Negócio Fechado

By _Nix81

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[Reta Final | Em Revisão] Não estava nos planos de Henrique repetir o último ano do ensino médio, mas, quando... More

Em Breve
Notas Iniciais
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Capítulo Doze
Capítulo Treze
Capítulo Catorze
Capítulo Quinze
Capítulo Dezesseis
Capítulo Dezessete: Parte I
Capítulo Dezessete: Parte II
Capítulo Dezoito
Capítulo Vinte
Capítulo Vinte e Um
Capítulo Vinte e Dois
Capítulo Vinte e Três
Capítulo Vinte e Quatro
Capítulo Vinte e Cinco
Capítulo Vinte e Seis
Capítulo Vinte e Sete
Capítulo Vinte e Oito
Capítulo Vinte e Nove
Capítulo Trinta
Capítulo Trinta e Um
Capítulo Trinta e Dois: Parte I
Capítulo Trinta e Dois: Parte II
Capítulo Trinta e Três
Capítulo Trinta e Quatro
Capítulo Trinta e Cinco
Capítulo Trinta e Seis
Capítulo Trinta e Sete
Capítulo Trinta e Oito
Capítulo Trinta e Nove

Capítulo Dezenove

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By _Nix81

— Tem certeza que está tudo bem por aí?

Ayla brincava com a pequena almofada que havia em cima de suas pernas, enquanto escutava com atenção a voz preocupada de seu pai do outro lado da linha.

— Tá tudo bem, pai, não se preocupa — garantiu, buscando ao máximo parecer convincente e não deixar transparecer para o homem que, na verdade, não estava exatamente "tudo bem". Ela remexeu-se no sofá onde estava sentada e mirou de soslaio Santi mover-se pela sua cozinha com maestria.

— Eu fico preocupado, filha. Você ainda é a minha garotinha e saber que está aí, sozinha nessa cidade, me deixa, no mínimo, aterrorizado — ele respirou fundo. — Às vezes, eu penso que seria melhor se você voltasse a morar aqui.

— O senhor sabe muito bem que não existe a menor possibilidade de eu voltar a morar aí. Além disso, seria só mais uma boca pra vocês alimentarem, e despesas são a última coisa que o senhor e a minha mãe estão precisando nesse momento.

Santi caminhou lentamente em sua direção e depositou, com cuidado, dois pratos de vidro sobre a pequena mesa que havia no centro da sala de estar. Ela inalou com prazer o aroma da comida recém-preparada pelo garoto e apressou-se em encerrar a ligação com seu pai.

— Eu preciso desligar agora — informou rapidamente. — Mas fica tranquilo, ok? Tá tudo bem por aqui. Amo você.

— Também te amo, filha. Juízo.

Ayla desligou o telefone com um pequeno sorriso no rosto. Seus pais preocupavam-se bastante com ela. Isso era um fato indiscutível.

Até poderia dizer que toda essa preocupação exagerada era simplesmente uma consequência do grande amor que sua família nutria por ela, mas, no fundo, sabia que Fábio e Juliana não confiavam cem por cento em sua palavra.

E, bem, não era como se eles não tivessem bons motivos para toda aquela desconfiança.

— Era o seu pai? — questionou Santi, entregando um garfo e uma faca para a garota, que rapidamente acenou em confirmação. — Tá tudo bem por lá?

— Sim — respondeu, enrolando parte da massa com o garfo que havia em sua mão e levando-a com pressa em direção a boca. O auxiliar de cozinha a encarou em expectativa. Ayla mastigou com gosto a comida que Santi havia preparado e em poucos segundos, soltou um gemido de satisfação. — Perfeita, como sempre.

Ele sorriu aliviado com o veredito da garota e ajustou-se no sofá, também começando a comer o conteúdo de seu prato. Quando Santi mandou uma mensagem para Ayla perguntando sobre a possibilidade de aparecer em sua casa, ela não hesitou em aceitar o convite do garoto e em pouco menos de uma hora, ele apareceu em sua porta, segurando uma sacola cheia de ingredientes.

Nos últimos dias, Ayla meio que estava se sentindo solitária e até um pouco melancólica. Enquanto Babi alternava seu tempo entre a escola e o trabalho, tornando quase impossível um encontro entre as duas, ela e Henrique não haviam mais trocado nenhuma palavra desde a conversa calorosa que os dois haviam tido no cinema.

Ayla tinha consciência que não podia jogar todo a culpa para cima do filho do prefeito, pois também não havia feito muitos esforços para que as coisas entre os dois melhorassem. Bom, ainda possuía amor-próprio e não iria ficar correndo atrás de Henrique para pedir desculpas ou algo do tipo.

Naquele momento, sentada ao lado de Santi, finalmente estava tendo a oportunidade de esclarecer, de uma vez por todas, as dúvidas que rodeavam sua cabeça sem parar.

— Eu tenho uma coisa pra te mostrar — informou soltando os talheres dentro do prato e fitando o garoto um pouco ansiosa. — Na verdade, te entregar.

— O que é? — ele arqueou sobrancelhas, limpando os cantos de sua boca.

Ayla virou-se de lado, respirou fundo e puxou para fora de seu bolso o fone que estava guardando há mais de três dias. A verdade é que ela não havia conseguido criar coragem para abordar aquele assunto com Santi. Porque mesmo que soubesse que ele não era capaz de assaltar um lugar, principalmente o local onde ela trabalhava, ficava um pouco receosa em saber o motivo do seu fone ter sido encontrado justo na ala administrativa.

— Isso é seu, certo? — estendeu o objeto em direção ao garoto, que a encarou confuso por alguns segundos. — Eu sei que é seu porque tem a suas iniciais: SM.

— É — Santi pegou os fones de sua mão. — São sim. Onde achou?

— No cinema.

— Ah — disse baixinho evitando manter contato visual com ela.

— Quando você foi lá? — Ayla não sabia exatamente o motivo de estar fazendo aquela pergunta para Santi, como se realmente estivesse desconfiada dele. Mas ela e Henrique haviam se desentendido exatamente por causa daquele fone e se quisesse fazer as pazes com ele novamente, precisava ter certeza da inocência de seu amigo.

— Algumas semanas atrás, não lembro o dia — deu de ombros como se não fosse nada de mais. — Acho que você tava de folga.

Ayla piscou os olhos rapidamente procurando ficar calma. Estava tudo bem. Santi não havia roubado o bracelete.

— E... Por que seu fone tava na ala administrativa do cinema?

— Como assim?

— A ala administrativa é reservada apenas aos funcionários e não é necessário passar por ela pra chegar até as salas de exibição.

Santi coçou a nuca voltando a comer sua macarronada um pouco sem jeito.

— Bom, como eu nunca tinha ido até lá, acabei me perdendo quando fui procurar um banheiro.

Ayla balançou a cabeça lentamente buscando absorver tudo o que garoto havia acabado de falar. De certa forma, suas justificativas faziam sentido. Mas ela ainda se sentia como se ele estivesse deixando de falar algo.

— Olha, eu não sou muito de me gabar, mas essa macarronada tá ótima — disse Santi completamente alheio as suas desconfianças. Ela forçou um sorriso para sua constatação e voltou a comer, procurando deixar para trás todos aqueles pensamentos.

Santi não era um ladrão.

Distraidamente, Henrique fechou a porta da geladeira de sua casa, segurando, com apenas uma mão, uma jarra cheia de suco de laranja.

— Oi — ele pulou de susto e quase derrubou o objeto ao escutar a voz de sua mãe preencher todo o ambiente, até então silencioso.

— Meu Deus, mãe, quer enterrar seu filho antes mesmo dele se formar no ensino médio? — exclamou colocando a mão em cima do próprio peito. — Ainda não é hora de eu dizer adeus a esse mundo.

Helena colocou as mãos no quadril enquanto observava com desdém o show que Henrique fazia.

— Eu realmente não sei de quem foi que você puxou todo esse drama.

O garoto abriu a boca, sentido-se ofendido.

— Dramático? Eu?

Ela soltou uma risada, entrando completamente para dentro da cozinha. Henrique a acompanhou com os olhos escorando-se no balcão de concreto que havia logo ali e soltou um suspiro.

Estava em busca de qualquer motivo que o fizesse sorrir, mesmo que fosse o menor possível. Sabia que tudo aquilo parecia, no mínimo, melodramático demais e com toda certeza, patético e ridículo, mas não conversar com Ayla estava fazendo ele se sentir péssimo. E nem era por ter conseguido a proeza de arruinar toda e qualquer chance de um envolvimento romântico entre os dois, mas sim porque, apesar de tudo, ela era sua amiga.

Henrique estava sentindo falta de sua amiga.

Helena remexia nas panelas, enquanto ele despejava dentro de um copo de vidro o líquido amarelo da jarra. Ela caminhou até o armário e abriu uma gaveta começando a retirar alguns talheres de lá.

— Já são mais de seis horas e seu pai ainda não chegou — constatou despretensiosamente olhando para o relógio em seu pulso e colocando garfos e facas sobre a mesa. O garoto colocou o copo sobre o balcão e apressou-se em ajudar a sua mãe a organizar os pratos.

— Pois é — disse, apenas para não deixá-la sem resposta. Ele bem sabia o motivo de Sérgio ainda não ter voltado para casa. Provavelmente estava com Fátima fazendo coisas que nem gostaria de imaginar.

Henrique sentia que, de alguma forma, a culpa por não contar a verdade para sua mãe a respeito da traição, o corroía por dentro com uma força tão grande, que em algum momento, ele não aguentaria mais e simplesmente explodiria.

— Boa noite — o garoto deixou seus pensamentos de lado e levantou o olhar ao escutar a voz de seu tio ressoar por todo o local. Dionísio trajava um genuíno sorriso no rosto, enquanto caminhava em direção a Henrique e Helena.

— Oi, tudo bem? — ele abraçou a mulher do prefeito e depositou um beijo em seu rosto.

— Tudo bem — respondeu Helena prontamente. — Vai ficar para o jantar? O Sérgio já está perto de chegar.

— Não, não. Eu só vim para desejar um feliz aniversário ao Henrique.

— Você já fez isso por telefone, tio. E não é querendo ser grosso, nem nada, mas já passou alguns dias desde o meu aniversário.

Dionísio soltou uma risada.

— Eu sei, garoto. Acontece que eu não consegui arrumar um tempo livre para vir aqui antes e queria te dar o presente pessoalmente.

— Presente? — Henrique engasgou-se tratando de colocar o último prato sobre a mesa e andou rapidamente para perto de seu tio.

— Sim — respondeu o homem risonho, divertindo-se com o desespero de seu sobrinho. Helena observava toda a cena com um grande brilho no olhar. — Está no meu carro, vamos lá buscar. Assim aproveitamos e conversamos um pouco.

Henrique foi rápido em seguir seu tio pela sala de estar e não demorou muito para que eles chegassem ao lado de fora de sua casa. Enquanto caminhava ao lado do homem, colocou as mãos dentro de seus bolsos e contemplou por alguns minutos o silêncio acolhedor que havia se formado entre os dois.

— Então, como anda a vida? Alguma novidade? — indagou Dionísio abrindo a porta de seu carro.

— É, vai indo — disse Henrique, repousando suas mãos em cima do capô do veículo e soltando um suspiro pesaroso. O presidente da vinícola franziu o cenho para a ação do garoto.

— Certeza? — insistiu puxando uma grande caixa embrulhada para fora do carro, mas Henrique estava tão submerso em seu "sofrimento", que nem notou o homem colocá-la atrás de suas costas.

— Bom, tem essa garota que trabalha comigo... Nas últimas semanas a gente se aproximou bastante e talvez... — divagou brincando com seus dedos indicadores. — ...eu tenha desenvolvido alguns sentimentos por ela.

— Você está apaixonado — afirmou.

— Se o senhor quiser chamar assim — deu de ombros. — Resumindo: eu e ela estamos investigando o roubo do bracelete, eu acabei pisando na bola, falei algumas mer.das e agora não sei como resolver.

Dionísio pareceu surpreso por alguns segundos, mas respirou fundo, colocando sua mão direita no ombro de Henrique em uma tentativa de confortá-lo.

— Conversa com ela. Mesma que essa garota não corresponda aos seus sentimentos, você precisa deixar tudo claro. Nem sempre o amor é recíproco, mas não é todo dia que encontramos um bom amigo. Te aconselho a não deixar escapar essa amizade.

Henrique balançou a cabeça em concordância e sorriu de lado, um pouco mais tranquilo. Era impressionante como seu tio sempre sabia o que dizer para fazê-lo se sentir melhor.

— E agora, o seu presente — estendeu o grande embrulho em direção ao garoto e esperou pacientemente ele abrir a caixa.

— Uma mesa digitalizadora! — exclamou, não conseguindo se conter. Há meses estava querendo uma daquelas, mas desde que seu pai retirara todo seu dinheiro, incluindo seu cartão de crédito, precisou adiar por um tempo aquele desejo. — Nossa, eu não sei como te agradecer.

— Não precisa, filho. É seu aniversário e eu sei o quanto você estava querendo.

Henrique não hesitou e puxou seu tio para um abraço. Enquanto sentia o calor aconchegante do homem contra seu corpo, poderia dizer que finalmente havia encontrado seu grande motivo para sorrir.

— Você tinha que ver, Ayla, ele curtiu aquela foto de quando eu fui pra praia.

— Babi, se alguém curtisse uma foto minha de três anos atrás, no mínimo, eu ia achar que era um psicopata que cometeu um erro em sua busca assassina.

A garçonete soltou uma lufada de ar a empurrando de leve.

— Não estraga o meu momento — reclamou enquanto as duas caminhavam lentamente pelas ruas do Tártaro. Babi mantinha seu braço entrelaçado com o de Ayla e mesmo que a morena não admitisse, estava feliz por finalmente ter um tempo a sós com sua melhor amiga. Queria conversar com alguém sobre todas as coisas que estavam acontecendo e desde que não podia ser completamente sincera com Santi a respeito da investigação do roubo, a única pessoa em que ela poderia confiar com toda certeza era Babi.

— Eu tô brincando. O Isaac é um cara legal e vai dar tudo certo no encontro de vocês.

— Obrigada — agradeceu sorridente. — É que ele é diferente de todos os garotos com que eu já saí, sabe? É como se eu tivesse no controle. Ele fica todo nervoso quando conversa comigo e gosta de quase todas as coisas que eu gosto. Acredita que eu liguei pra ele e ele desligou na minha cara, porque não gosta de falar por telefone? Dois minutos depois meu celular se encheu de mensagens com pedidos de desculpas.

— Ele é um fofo — Ayla deu o braço a torcer e baixou a cabeça, imaginando que Henrique também era, mas que, provavelmente, não voltaria a tratá-la daquela forma.

Babi não pôde deixar de notar a rápida mudança de humor no rosto da garota e a cutucou de leve, a obrigando a encará-la.

— O que foi? Você me parece um pouco triste.

— Acho que eu tô brigada com o Henrique — confessou de uma vez, sem fazer rodeios.

— Por quê?

— No sábado, a gente encontrou um fone em um dos corredores do cinema, e eu acabei reconhecendo como sendo do Santi. Então, o Henrique deu a entender que talvez ele possa ter roubado o bracelete.

Babi puxou uma respiração profunda quando acabou de escutar todo o seu relato. Ela negou rapidamente com a cabeça como se a ideia em si, de Santi ser um ladrão, fosse simplesmente absurda.

— Eu não acho que isso seja possível. Quer dizer, obviamente ele tá precisando de dinheiro por causa da família, mas ele não chegaria a esse ponto.

— Eu sei que não! — garantiu Ayla. — Na verdade, eu nem tô muito preocupada com isso. O que me deixou mal foi outra coisa.

— Que seria...?

— Sabe na noite do aniversário do Henrique? — Babi acenou em confirmação. — Eu fui pra casa dele um pouco bêbada e meio que acabei dando um beijo nele sem querer — revelou sem jeito. — Quando a gente tava discutindo no cinema, ele acabou jogando isso na minha cara e agora eu tô me sentindo péssima, porque talvez ele tenha razão. Eu fico criando falsas esperanças pro garoto quando nem eu sei o que quero. Eu sou uma péssima pessoa — se martirizou.

Babi parou de andar e segurou o corpo de Ayla com as duas mãos, lhe lançando um olhar indignado.

— Você é uma pessoa incrível, tá bom? Sei que te incentivei a tentar algo com o Henrique, e eu sinto muito se isso contribuiu de alguma forma pra você se sentir assim, mas no final de tudo, a decisão sempre vai ser sua.

Ayla expirou com força, tentando ficar calma. Podia não parecer, mas ela se importava com Henrique. Muito. Odiava ter tido aquela briga com ele e odiava ainda mais o fato de não saber o que fazer para que as coisas voltassem ao normal.

— Eu só... eu não quero que ele sai magoado dessa história — insistiu com a voz um pouco trêmula.

— Pra isso acontecer, não precisa ser você a afetada — disse Babi calmamente. — Olha só, não precisa se cobrar desse jeito. Todo mundo tem o direito de ficar confuso pelo menos uma vez na vida. Se o Henrique realmente gosta de você, ele vai saber respeitar o seu tempo. Por que você não procura ele pra conversar?

— Você acha que ele vai querer? — ponderou um pouco receosa.

— Claro que vai — respondeu convicta, voltando a caminhar e puxando Ayla junto consigo. — E se ele te magoar de alguma forma nessa conversa, pode ter certeza que eu esqueço que sou uma pessoa da paz, mato ele, ressuscito e mato de novo.

Ayla soltou uma gargalhada sentindo-se um pouco mais leve.

— Você é fofa e assustadora ao mesmo tempo.

— É uma ótima definição pra mim — disse Babi satisfeita. — E sabe, se nada der certo com o Henrique ou com qualquer outro garoto, a gente pode desistir dos homens e viajar pelo mundo, aprendendo novas línguas e culturas.

— Me parece uma boa ideia.

— É ótima — afirmou convencida, mas, aos poucos, a expressão de seu rosto tornou-se mais séria e ela fitou Ayla serenamente. — Você sempre vai ter a mim, ok? Eu nunca vou te deixar.

Talvez fosse porque sua mãe tivesse ido embora de casa quando ela era pequena, mas Babi tinha essa necessidade de sempre deixar claro para as pessoas ao seu redor, que jamais iria abandoná-las. Já era ruim o bastante sentir aquele vazio em seu coração por causa da ausência de sua mãe, ela não precisava que os outros também se sentissem assim.

— Eu sei que você não vai — Ayla sorriu. — Eu também não vou.

— Pode parar. Você sabe muito bem que eu sou um pouquinho emocionada — disse olhando para os lados. — Não quero chorar no meio da rua.

— Não seria nenhuma novidade, Babi. Todo mundo do Tártaro sabe que você é uma manteiga derretida. Chora até quando leva susto.

— Foi só uma vez, tá? — defendeu-se rapidamente e olhou para frente, prendendo o olhar em algo atrás de Ayla. — Quem é aquele com o Fox?

A funcionária do cinema virou-se para trás e cravou os olhos em algo que parecia ser a figura de Fox conversando com um homem alto e consideravelmente forte. Como eles estavam em um beco escuro e o homem em questão, de costas para elas, Ayla não foi capaz de identificar nada mais além da roupa que ele estava usando. Um terno.

— Esse cara não parece alguém que mora no Tártaro — constatou Babi pensativa e Ayla precisou concordar com ela. Fox e o homem misterioso deram um aperto de mão e entraram ainda mais para dentro do beco, sumindo de vez em meio a escuridão.

Havia algo de muito errado acontecendo.

***
Oi, muito obrigada por ter lido até aqui, se tiver gostado do capítulo, deixa o seu voto 💜.

Novamente, capítulo com mais de três mil palavras, pessoal. Eu sei que eu disse que iria tentar atualizar a história com mais frequência, mas acontece que eu finalmente intensifiquei meus estudos pro Enem (a coitada aqui ainda quer entrar em uma faculdade) e tô um pouco triste por causa do desaparecimento da Naya Rivera (provavelmente vocês devem ter ouvido falar sobre), ela fez parte da minha série preferida de todos os tempos e eu tô na espera por novas notícias.

No mais, é só isso. Eu tô trabalhando para que o capítulo vinte saia o mais rápido possível.

Fiquem bem e até mais 💜.

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