Hana
Ao entrar na sala do diretor Marina estava lá com Ana, mamãe fechou logo a cara e seu semblante mudou completamente quando direcionou o olhar para Marina, me aproximei de Ana e ela me abraçou forte.
- O que aconteceu? Abracei ela fortemente.
- ela me colocou na parede e pediu para que eu falasse com o diretor que a culpa da briga era minha, eu já ia fazer isso, mas ...
- decidiu tirar uma com a minha cara, né? Gritou Ana.
- primeiro Marina, não se ache tanto, você não é o centro do universo.
- você...
- calada Marina, você está sem razão alguma aqui. Mamãe indagou.
- segundo, eu briguei com aquele idiota porque eu não vou com a cara dele, então o senhor já pode me colocar na detenção diretor.
- isso merece uma suspensão senhorita DesLaurier.
- senhor diretor. Mamãe iniciou. - pra que tudo isso? Sabemos que os jovens tem um temperamento um tanto quanto explosivo, Yohana não estava nos seus melhores dias, mas garanto que isso não irá se repetir.
- tá bom senhora DesLaurier, não irei suspender Yohana, mas ela ficará uma semana na detenção.
- ela irá se comportar como uma verdadeira menina sensata na detenção, eu lhe garanto.
Marina levantou rapidamente e deu um soco forte que nem eu sabia que ela era capaz de dar em Ana, a menina cambaleou e eu a segurei para que não caísse.
- agora eu posso ir pra detenção satisfeita. Foram as palavras de Marina.
No final, o diretor me colocou junto com Marina na detenção, Ana escapou, graças a minha incrivelmente maravilhosa mãe.
Saímos da sala e Marina esbarrou em mim ao olhar nos olhos dela pude ver que ela ainda estava ali, a mulher que me amava, que me beijava carinhosamente, que me abraçava forte e queria ficar comigo o tempo inteiro, ela me deu um papel sem ninguém ver, eu guardei no meu bolso e decidi não contar a ninguém
Mamãe foi embora e eu estava indo pra sala quando senti alguém puxar minha mão e me arrastar para uma sala, quando pude perceber era Marina.
- o que você quer?
- leu meu bilhete?
- o que você quer?
- você. A loira falou e já foi me beijando urgentemente, meus lábios estavam cobrindo os seus e minhas mãos já passeavam pelo seu corpo inteiro.
Que saudade desse beijo, ela aprofundou o beijo e você já pode imaginar que a intensidade gritava naquele momento, minha reação foi pegá-la no colo e continuar o beijo, nem se eu fosse uma tola pararia aquele beijo.
- que saudade desse beijo ... Marina sussurrou com os lábios perto dos meus.
- por que tá fazendo isso comigo? Por que tá se afastando de mim e dando mole pra outro cara?
- aqui não dá pra explicar, lê o bilhete amor, por favor.
- okay.
Marina já estava saindo quando a puxei para mais um beijo intenso, como eu precisava disso, a beijei com bastante ferocidade e ela parou o beijo com uma mordida forte no meu lábio inferior.
- e parar de da bola pra tal de Ana. Ela me deu dois tapinhas fracos no rosto e mais dois selinhos, sorri e suspirei aliviada.
Sem pensar duas vezes já peguei o papel amassado e li.
"Vá até minha casa hoje, suba pela janela, as 02:00 hrs da manhã, a luz vai tá apagada, mas eu vou estar acordada, por favor, preciso esclarecer as coisas, não fale com ninguém."
Eu sei que parece besteira, mas eu estava um pouco desconfiada, Marina de uma hora pra outra me tratou como um nada e agora me beijei como se nada tivesse acontecido, o que me garante que não era uma armadilha? Mas eu estava preparada, estava com a minha Glock e estou 100% recuperada, pronta pra qualquer briga.
O sinal tocou anunciando que estava na hora de voltar para sala, andei calmamente até a sala de aula e adentrei, sentei em meu canto e Gabi já estava me observando.
- soube que mamãe esteve aqui. Iniciou Gabi
- esteve sim. Cortei
- você tá bem?
- vou ficar.
Deitei minha cabeça na mesa e fechei os olhos, eu sabia que Marina deveria tá dando mole pro desgraçado daquele jogador e não queria me estressar. Depois se alguns minutos senti carinhos no meu cabelo e ao abrir os olhos Ana estava lá, sorrindo e olhando pra mim, olhei de relance pra Marina e vi seu semblante mudar, ela estava com ciúmes.
Ao término das aulas levantei quase que imediato e Ana segurou minha mão.
- eu te vejo amanhã Hana?
- com certeza. Abracei a loira e depositei um beijo no topo de sua cabeça.
Antes que eu pudesse falar qualquer coisa Gabi saiu me puxando pra saída, ela estava de mãos dadas com Sky e eu sorri por pensar na hipótese delas estarem namorando, chegando na entrada do colégio Travis estava lá.
Todos pararam pra observar quem iria entrar no carro, o louro abriu a porta para que eu e Gabi entrássemos, entrei rapidamente e Gabi logo depois.
- perdemos o teste de futebol por sua culpa, quer brigar com todo mundo.
- graças a Deus, não tô afim de pensar em várias coisas.
- a professora nos deu a chance de tentarmos amanhã.
- que ótimo. Eu já tenho tanta coisa pra pensar, agora vou ter que me preocupar com mais uma.
Liguei o carro e dei partida com o mesmo, "o comboio" estava atrás de nós e na nossa frente também tinha outro. Entramos em minha casa e estacionei bruscamente, sai do carro quase que correndo e fui direto para meu quarto, não queria conversar com ninguém, não hoje
Eu acho que meu coração queria acreditar que a Marina me amava, mas eu tinha que ter amor próprio, ela me falou coisas horríveis, eu não poderia confiar assim sem pensar na hipótese de ser uma armadilha.
Lola
Já era por volta de 15:00 hrs da tarde, eu ainda estava no escritório resolvendo algumas coisas, porém preocupada com a minha família, com Hana principalmente, depois de voltar da faculdade dela nem pude ir pra casa, a saudade de Henry aumenta a cada segundo.
Assim que dá 15:30 decido sair do trabalho e ir pra casa, sim, eu trabalho em um escritório de advocacia, na realidade sou dona desse escritório, quase nunca preciso passar aqui, mas eu amo revisar os casos e ajudar as pessoas inocentes. Ao sair do prédio olho para o outro lado da calçada e lá está o amor da minha vida, a minha melhor escolha, sem dúvidas.
Ele estava com um sorriso largo e um buquê em suas mãos, é incrível como mesmo com anos de casados ele continua sendo romântico, me tratando como uma princesa e me cortejando como se fossemos namorados.
Ele levantou e veio em minha direção.
- trouxe uma coisa pra você. Sorri e o beijei quase que imediatamente, um beijo doce e suave que só ele sabia dar, nos intervalos de beijos ele parava para sorrir e me observar.
- adorei a surpresa. Ele sorriu e selou nossos lábios, cheirei as flores e dei um sorriso largo pra ele.
- quero te levar pra almoçar, tem tempos que não almoçamos fora. Ele indagou.
- conheço um restaurante ótimo aqui perto.
- então vamos.
Ele entrelaçou nossos dedos e assim percorremos vários quilômetros, eu adorava andar de mãos dadas com Henry, me sentia importante, segura, não sei descrever. Ao chegar no restaurante, nós nos sentamos em uma mesa, Henry sentou ao meu lado e pediu o garçom para trazer duas águas com gás.
- o que vamos comer?
- não sei amor, você pode escolher. Ele tava estranho.
- pode começar dizendo o que tá acontecendo?
- descobri que encomendou a morte da Hana.
- o que? Quem?
- o pai da Marina, parece que ele tá obrigando ela a ficar longe de Hana, caso ao contrário ele vai tentar novamente, como se ele não soubesse quem sou eu e do que sou capaz pela minha família.
- então é por isso que Marina terminou com Hana e tá tratando ela muito mal.
- deve ser por isso, mas não posso permitir que Hana continue namorando Marina depois disso.
- não podemos amor, fora que quando fui buscar Marina pra dormir lá em casa os pais dela agiram estranho ao ouvir nosso sobrenome.
- amor, temos que ficar longe dessa família, não posso proteger Hana se ela ficar frequentando lá.
- concordo, vamos almoçar e no jantar conversamos com ela, pode ser?
- pode sim, agora vamos pedir.
Hana
Me tranquei no quarto o dia inteiro, papai e mamãe tentaram fazer de tudo para que eu descesse pro jantar, mas não abri a porta pra nada.
Quando a madrugada chegou eu me arrumei e caminhei para sala de estar.
Vi algumas movimentações e subi até meu quarto novamente, escalei por fora da casa e sai correndo pelo jardim, minha moto tava em um ponto estratégico próxima de uma saída quase que secreta
Montei na mesma rapidamente e pilotei até a casa de Marina, por um momento parei pra verificar se minha Glock estava na cintura e graças a Deus, estava, parei em um local escondido e escuro da casa de Marina e deixei a moto camuflada com alguns arbustos, parei próxima da janela da loira e comecei a tacar pedrinhas.
Ela logo apareceu e sorriu pra mim.
Escalei a casa dela e entrei no seu quarto, Marina estava com uma blusa minha e eu logo, ela veio me beijando urgentemente e eu só soube retribuir o beijo com mais urgência ainda.
As unhas de Marina arranhavam minha nuca e suas mãos se perdiam uma hora ou outra em meus cabelos, minhas mãos passeavam pelo seu corpo inteiro e apertavam suas pernas, deitei por cima dela na cama e tirei imediatamente a blusa dela, que na realidade era minha, ela estava de calcinha e sutiã e eu queria fazer amor com ela ali mesmo
- Hana, espera.
Parei imediatamente e a olhei
- preciso te contar uma coisa..