O perigo

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Hana

Marina e eu nos encontrávamos de mãos dadas, abri a porta do carro pra ela, ela entrou e logo em seguida entrei no mesmo.

- não tô com um pressentimento bom.

- para com isso, vem cá. Abracei ela e Marina deitou no meu ombro.

Peguei meu telefone e vi ligações da minha mãe, mandei uma mensagem pra ela "Oi mãe, tô bem, tô indo levar o pessoal em casa, amo vocês."

Nesse momento Travis parou o carro bruscamente, escutei uns passos e logo depois senti um frio metálico na minha bochecha. De imediato tudo que eu pensava era na segurança de Marina e como eu iria contornar aquela situação.

- sai do carro. escutei um deles falar.

O outro entrou do outro lado e puxou Marina, me obrigando a descer, assim que desci dei uma cabeçada no cara encapuzado que tava com a arma apontada pra mim, ele logo tratou de me dar um chute na barriga que momentaneamente me fez abaixar.

Ao sair do carro pude reparar que Charles estavam um pouco atrás com uma arma apontada na nossa direção.

- solte essa arma franguinho, você é um só, nós somos a maioria, se todos cooperarem só vamos levar as meninas e esse galo de briga aqui. Um cara alto e moreno falou puxando o cabelo de Travis, com excessão do restante ele não usava máscara.

Eu só precisava pensar em um plano para deixar Marina segura, mesmo que isso custasse minha vida.
Por uma falha, eles deixaram Marina perto de mim.

- amor me escuta, preciso que me obedeça e confie em mim, okay?

- Hana eu tô com medo.

- eu sei que tá, mas precisa confiar em mim e ficar calma, promete? Ela assentiu

- quando eu mandar quero que você corre para a direção de Charles, mas abaixada, eu prometo que nada de mal vai acontecer com você, okay?

- Hana é muito arriscado.

- me escuta por favor.

Ela assentiu e olhei diretamente para Travis, ele sabia o que aquilo queria dizer, olhei para Marina e só consegui mandar ela correr, dei um golpe na mão do rapaz baixo que estava atrás de mim, tomei a arma dele e atirei duas vezes contra sua cabeça, Travis fez o mesmo e começamos a atirar calmamente e em sintonia em todos miseráveis que ali se encontravam, mas nem sempre dias ensolarados são sinônimos de dias bons, eu errei.
Sabe qual foi meu erro? Olhar para trás para verificar se Marina estava a salvo.

O moreno que estava sem máscara me acertou com um tiro do lado esquerdo da barriga, Marina gritava e chorava desesperada, seus olhos verdes estavam envoltos por uma cor avermelhada em volta de sua íris, ela estava sem chão e com medo, assim como Gabi, tudo parecia ser um filme em câmera lenta, Charles segurava Marina para que ela não corresse até mim, Travis havia se rendido e recebeu bons golpes no rosto por isso.

Tomas e Sky seguravam Gabi e eu? Tentei aguentar a pressão mas meus joelhos vacilaram, minha última visão foi Marina chorando, mas a salvo e isso era tudo que eu queria, por fim desabei no chão e olhei para o moreno que estava sem máscara.

- você não vai morrer. Ele disse. - eu vou salvar você e depois vou te matar na frente do seu papai

- você é um homem morto. Sorri mesmo com sangue em minha boca, eu precisava de um dos meus sorrisos sarcásticos

O moreno demonstrou preocupação, deu uma coronhada em Travis e me colocou junto dele em uma mini van, não se deu o trabalho nem de me revistar, dentro de van tinha um médico meio nerd e estranho. Como minha blusa era curta não foi preciso que eu tirasse a roupa, para minha sorte minha arma estava bem escondida.

Comecei a fazer o que papai me ensinou, contar os minutos e identificar locais pelos seus sons, para que eu pudesse ter uma pista de onde estavam me levando, enquanto isso eu gravava se eles viraram pra esquerda ou pra direita.

O doutor nerd, apelidei ele assim e achei legal, ele deu uma anestesia local e iniciou o processo para tirar a bala que estava alojada na minha barriga, a anestesia de nada adiantava, olhei para Travis e ele estava totalmente apagado, eu precisava me concentrar nos detalhes do trajeto mesmo sentindo muita dor.

Um dia, três outonos. Where stories live. Discover now