Um dia, três outonos.

By YnaraVieira

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Yohana, uma garota corajosa e acima de tudo leal, nunca havia conseguido se apegar a nada e nem a ninguém, se... More

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Ela
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Vida nova
Reconciliação
Reconciliação 2
Reconciliação 3
Reconciliação 4
Retorno
As vésperas

Cativeiro

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By YnaraVieira

Marina

Fiquei apavorada com os tiroteios mas não ousei olhar pra trás um minuto se quer, fiz exatamente o que Hana mandou e fui praticamente engatinhando na direção de Charles, quando cheguei perto o moreno me puxou e me colocou para trás de si.

Meus olhos logo procuraram Yohana, ela tinha golpeado o idiota que estava com uma arma apontada pra sua cabeça e agora se encontrava atirando em vários homens, Charles dava cobertura, mas não foi capaz de prever que aquela morena que comandava as batidas do meu coração iria olhar pra mim.

Na realidade nem eu esperava, ela parecia querer verificar se eu estava bem, mas esse foi seu erro, escutei um disparo e Hana havia sido atingida na barriga, minha reação foi querer correr pra cima dela e a proteger, mas Charles me segurou, minha garganta deu um nó e as lágrimas rolavam sobre meu rosto sem minha permissão, meus olhos estavam pendidos na morena dos olhos verdes mais lindos do mundo e os dela pendidos nos meus, ela caiu e meu coração se despedaçou, Gabi tentou correr até ela, mas Tomas e Sky a impediram.

Travis olhou para Hana e largou a arma, logo em seguida um homem alto e moreno, o único que estava sem máscara se aproximou de Hana e não sei o que ele lhe disse.

Eles a levaram e deram uma coronhada na cabeça de Travis, levando o mesmo juntos, Hana quis me proteger e eu não pude fazer nada para cuidar dela, ela estava baleada e eu temia que ela não conseguisse sobreviver, meu mundo parecia ter desabado em cima dos meus ombros e os pensamentos ruins tomavam conta da minha cabeça.

- temos que ir Marina, precisamos ir

- ela... Ha...na- as palavras pareciam cortadas e Gabi se aproximou e me abraçou fortemente.

- Marina, precisamos ir agora.

Ela me levou para o carro onde Charles, Tomas e Sky já estavam, Charles dirigiu o mais rápido que pode para a casa dos DesLaurier.

Gabi falava no telefone com Henry, pelo pouco que pude entender.
O portão gigante se abriu e todos saímos do carro assim que Charles parou, D. Lola só chorava e Henry parecia muito triste e muito preocupado, os dois se aproximaram e Henry iniciou.

- Charles, eu sei que deu seu melhor, mas precisa me dizer detalhadamente como era o cara que não estava encapuzado.

Charles fez um resumo de tudo que aconteceu e descreveu o moreno alto precisamente, Henry se afastou e fez uma ligação. D. Lola abraçou Gabi e as duas choraram muito.
Andei até o jardim e Scarlet se aproximou.

- nós vamos achar ela.

- E se ela não sobreviver?

- ela é a pessoa mais forte que eu conheço, ela vai sobreviver.

Sky me abraçou bem forte e ali desabei, minha cabeça estava a mil e eu só pensava nas coisas monstruosas que aqueles homens poderiam fazer com Hana.

Hana

Chegamos em um lugar horrível, com ratos passando pra lá e pra cá, era tipo galpão, me amarram com corda de frente para Travis, que estava amarrado e jogado no chão, olhei para ele e comecei a calcular as probabilidades de sair dali com vida.

- Travis. Falei em um sussurro alto, mas de nada adiantou porque ele não acordou.
Comecei a chutar areia nele e o mesmo acordou tossindo.

- Hana. Ele falou alto e eu lhe repreendi

- fala baixo, precisamos arrumar um jeito de sair daqui.

- como?

- eu não tenho muitos recursos pois estou presa a cano, mas vou chamar algum desses caras e você enforca ele, mas antes precisamos achar algo pontudo para cortar essas cordas.

Travis começou a caçar e achou um caco de vidro, demorou alguns minutos e cortou a corda, então dei início ao nosso plano.

- Travis, você precisa pegar a arma dele e você usar. Fiz um sinal pra ele entender que eu estava com a minha arma.

- eu tô com fome, será que algum fudidinho pode me dá alguma comida? Gritei na esperança de algum idiota entrar por aquela porta metálica.

Um cara encapuzado veio e sorri para Travis.

- um fudidinho disposto a me ajudar. Ele me deu um soco forte e sorri imediatamente, não iria dá a ele o gosto de me ver vulnerável, como se não bastasse a dor do ferimento da bala, que estava muito forte, ainda tinha que suportar o soco daquele idiota.

Pisquei para Travis que surpreendeu o cara e enforcou o mesmo, tapando a boca dele para não fazer barulho, depois de derrubar o homem, Travis pegou as armas dele e os pentes, veio até mim e tirou as cordas com um caco de vidro, meu corpo logo fraquejou e eu caí.

- Hana, preciso que você aguente, precisamos sair daqui e não temos tempo. Disse Travis me levantando e me servindo de apoio

- Travis, eu sei onde estamos, lembra daquela festa que eu fui escondida de vocês? Estamos uma rua atrás daquela rua, mais ou menos na quadra 5.

- as aulas de proteção te serviram muito bem hein. Travis sorriu e eu o acompanhei.

- muito.

Peguei o telefone do cara que Travis apagou e liguei para meu pai.

"pai, sou eu Hana."

"Hana, filha, vocês estão bem?"

"Estamos na rua Olimam, quadra 5"

"Eu tô indo buscar vocês, por favor não faça nada."

"Vem o mais rápido que puder."

Me recompus e sai do cativeiro com Travis, começamos a analisar o local e logo começaram a se aproximar uns homens com AK 47, metralhadoras e afins, Travis atirou em quase todos e começamos a correr para pular o muro.
O louro atrás de mim fez pezinho para que eu conseguisse subir e logo vieram uns caras atirando, ele abriu fogo e gritou.

- Hana, foge agora.

- não vou sem você.

- Hana, eu tô mandando.

- e eu já disse qu não vou sem você.

O moreno alto e sem máscara se aproximou e ordenou.

- é melhor se renderem, acompanhe meu raciocínio, vocês são praticamente um, pois essa linda donzela baleada não tem arma alguma, já nós somos três armados, o que vocês escolhem? Morrerem tentando fugir ou prolongar suas vid...

Nesse exato momento puxei minha arma e atirei no ombro esquerdo dele, Travis atirou nos outros dois rapazes e ajudei ele a subir o muro, deixei que ele pulasse primeiro e o babaca moreno me acertou com um tiro na minha perna direita.

Gritei de dor na hora e ele sorriu, senti meus sentidos se perderem e não suportei a dor, escutei um barulho e quando olhei pro cara que estava na minha frente ele estava caído no chão com um buraco na testa, meu corpo vacilou e caiu nos braços de Travis

- Hana, foi seu pai, aguenta, seu pai tá aqui, olha lá.

Quando olhei pra cima papai, estava em um helicóptero com uma arma grande que eu não soube identificar.

Ele estava meio apreensivo e logo vi o helicóptero se aproximar, papai desceu e veio até mim


Papai me pegou no colo e eu comecei a chorar, eu não estive tão fraca, mas ali no colo dele era o único lugar que eu podia chorar.

- pa..pai.. eu.. não. Tentei falar, mas estava perdendo muito sangue e minha boca estava cheia do mesmo.

- Hana, sim, você é a pessoa mais forte que eu conheço, você vai ficar bem filha, eu prometo. Papai me levou até o helicóptero e eu não consegui me manter acordada.

Foi nesse momento que desmaiei.

Henry

Ao chegar em casa com Lola tomamos um banho e nos trocamos, voltamos antes do combinado e por isso decidimos jogar um pouco de sinuca juntos.

Lola era simplesmente desconcertante de todos os jeitos possíveis, eu a amava mais que tudo nessa vida, com excessão de Yohana.
Jamais permitiria que nada acontecesse as duas, o mundo azul estava completamente cor de rosa.

- querido eu ainda acho tão peculiar seu jeito jovem de se vestir

Sorri e me aproximei de Lola.

- eu amo seu jeito culta de se vestir, me deixa totalmente "comovido". Sorri e beijei os lábios de Lola.
Iniciamos um beijo calmo e ardente como sempre, logo o jogo de sinuca ficou pra mais tarde, suas mãos passeavam nas minhas costas e no meu pescoço, arranhando minha nuca de vez em quando, segurei em suas pernas e comecei a distribuir beijos pelo seu pescoço, enquanto a deixava sentada na mesa de sinuca.

Lola

O celular de Henry tocou e praguejei aquele telefonema por um minuto, ele logo se afastou e começou a fazer perguntas estranhas.

"como ela está? Eles perderam ela?"

- o que foi querido? Meu peito começou a se comprimir

"Gabi fala devagar"
"Manda o Charles trazer vocês pra cá imediatamente."

Henry desligou o telefone e me abraçou bem forte.

- Henry me diz o que tá acontecendo?

- pegaram Hana e Travis

Minhas pernas vacilaram e Henry me segurou.

- amor, eu prometo que vou trazer Hana em segurança, olha pra mim. Ele olhou em meus olhos com aquele olhar determinado e eu apenas assenti e comecei a chorar

Henry

Depois de todos ficarem calmos, liguei para meus homens e chamei meu piloto eu ia encontrar minha filha. A qualquer custo.

Eu estava no jardim preparando as armas e munições, quando recebi uma telefonema de um número privado, atendi imediatamente e era Hana.

Depois do telefonema entrei correndo em casa e alertei.

- Hana acabou de me ligar, eu estou buscar ela, quero que todos fiquem calmos.

- Henry. Disse Marina se aproximando de mim. - salva ela, por favor. A menina estava com os olhos cheios de lágrimas e seu rosto se encontrava vermelho de tanto chorar.

- eu prometo.

Sai imediatamente e o helicóptero já estava posicionado.
Informei para onde íamos e deixei centenas de seguranças protegendo minha casa.
Ao chegar no local indicado vi Juarez, ele estava com uma arma apontada pra Hana e atirou na perna dela, imediatamente atirei na cabeça dele.

- desce, rápido, pousa o mais rápido possível.

- okay Sr. DesLaurier.

Vi Hana cair no colo de Travis e assim que o helicóptero se aproximou segurei ela em meus braços, ele desmoronou e começou a chorar.

- pa..pai.. eu.. não. Ela tentou falar mais sua boca estava com muito sangue, pressionei seu ferimento e olhei em seus olhos.

- Hana, sim, você é a pessoa mais forte que eu conheço, você vai ficar bem filha, eu prometo. Entrei com ela no helicóptero e ela desmaiou.

- vai mais rápido.

- pra onde senhor?

- qualquer hospital.

Depois de 5 minutos paramos em um hospital, desci com ela no colo e a coloquei em uma maca, já vieram vários enfermeiros.

- o senhor é o que dela?

- sou o pai.

- ótimo, nós vamos cuidar dela, preciso que o senhor fique aqui e espere o médico vir falar com o senhor.

- salva minha filha, por favor.

Sentei no chão do hospital e chorei tudo que estava guardando, eu nunca acreditei em nada, mas naquele momento pedi pra qualquer astro, qualquer Deus ajudar minha filha, eu não podia perder Hana, não mesmo, eu não suportaria.

Travis se aproximou de mim.

- senhor, D. Lola está ligando. Ele me estendeu o telefone e só aí percebi que meu telefone ficou com ele.

Limpei o rosto e segurei o telefone.

"Oi amor, estamos no hospital e.." não aguentei, minha voz ficou embargada e voltei a chorar de novo. "Eu tô com muito medo Lola, não podemos perdê-la"

"Querido, não vamos perder ela, onde ela está?"

"Ela tá na sala de cirurgia, ela foi atingida na perna e já tinha sido atingida na barriga, ela tá muito fraca"

"Eu tô indo aí"

"Não amor, eu não sei quem tá por trás disso ainda, eles podem querer fazer algo com vocês, fiquem aí, por favor."

"Eu vou e não adianta tentar me impedir."

"Passa pro Charles."

"Pode falar senhor."

"Quero que disponibilize um carro para cada pessoa que está aí, com 4 seguranças dentro de cada carro, em um desses carros, Gabi e Lola vão estar juntas no mesmo carro, quero dois carros a frente do carro onde elas estarão, com 5 homens em cada carro, dois carros atrás, com 5 homens em cada e dois carros em cada lado com 5 homens em cada. Quero que redobre a segurança da casa e traga todos eles até o hospital, aqui quero que façam guarda máxima, entendido?"

"Sim senhor."

"Charles, total sigilo, okay?"

"Okay"

Desliguei o telefone e fui até a área de alimentação do hospital, comprei dois hambúrgueres e dois milk shake grande, paguei e andei até onde Travis estava.

- toma, precisamos comer.

- obrigado senhor.

Sentei ao seu lado e comecei a comer.

- senhor eu tinha pedido pra que ela fugisse, mas ela ficou e é só por isso que estou aqui agora, ela não quis me deixar lá.

- ela tem um coração enorme, tenho muito orgulho de ter uma filha como ela

- ela suportou um tiro, suportou a dor do pessoal tirando a bala, mesmo com dor suportou um soco na cara e aguentou mais um tiro na perna, só queria dizer que ela é muito forte e não vai ser isso que vai derrubar ela.

- eu sei disso.

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