O dono do morro da Luz e a mi...

Por paixaoepureza

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ATENÇÃO: o livro é humor pastelão, uma sátira que brinca com os livros com essa temática, mas com uma mensage... Más

Nota
Elenco
Epígrafe
Prólogo
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capitulo 11
Capítulo 12
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo Bônus
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36:
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Epílogo
Nota das autoras
Para refletir
Casamento misto - vai acabar em pizza?
Passo a passo para um namoro evangelístico
Carta ao meu filho sobre jugo desigual
Tutorial de como ajudar uma pessoa a conhecer a Deus sem namoro evangelístico
Testemunhos reais - Parte 1
Testemunhos Reais - Parte 2

Capítulo 13

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Por paixaoepureza

Chocada, e ainda mal acreditando no que meus olhos viam, ouvi passos apressados do outro lado da porta, antes que a voz de América soasse preocupada.

— Amber, querida, você está bem? Te ouvi gritar. — Pisquei algumas vezes, tentando recuperar a fala. — Amber?

Céu colocou o dedo indicador sobre seus lábios, indicando que eu não revelasse que estava lá. Temendo o que ele poderia fazer, respirei fundo e dispensei a cozinheira.

— Está tudo bem, América. — Céu riu e aquilo me irritou. O medo se transformou em raiva. Quem ele pensava que era para violar a minha casa daquele jeito? — É só um inseto que invadiu o meu quarto. Mas, vou dar um jeito de expulsá-lo já, já.

Céu segurou uma gargalhada e a mulher se convenceu e foi embora.

— Já me chamaram de muitos nomes, mas, inseto, é a primeira vez — zombou ele, cheio de humor.

Os olhos dele se desviou do meu rosto e quando percebi para onde estava olhando, puxei o cobertor para me cobrir, dando-me conta que estava de pijama.

Seus lábios se curvaram novamente, antes de tirar os olhos de mim e ir em direção ao mural de fotos na parede do quarto.

Ele observou as fotografias em silêncio. Depois, inspecionou cada detalhe do aposento até olhar para mim novamente, grudada na cama e abraçada ao meu cobertor.

— O que você está fazendo aqui — questionei.

— Vim ver você. — Céu cruzou os braços e parou ao lado da cama novamente.

— Por quê?

— Você não apareceu no morro depois do baile da rainha. Fiquei preocupado.

Crispei os olhos para ele.

— Por quê?

Céu bufou descruzando os braços e passando as mãos nos cabelos.

— Você não vai facilitar, não é?

Ainda mais confusa, o encarei de volta.

— Não sei do que você está falando.

Com apenas um passo, Céu alcançou a cama e se sentou. Me olhou tão profundamente que tremi.

— Eu gosto de você, Amber. Me preocupo com você. Não percebeu ainda?

Meus olhos saltaram a órbita. Será que ele estava falando o que eu achava que estava falando? Se sim, ele só podia ser maluco! Nos conhecíamos a algumas semanas e eu, definitivamente, não era o tipo que um dono do morro se interessaria.

Como eu não disse nada, ele segurou uma das minhas mãos. Meu braço se arrepiou no mesmo instante ao toque quente de suas mãos.

— Eu adoro como você reage ao meu toque.

Engoli em seco, percebendo que meu rosto ruborizava.

Céu riu ao perceber minhas faces vermelhas. Ele estendeu a mão e colocou uma mecha de cabelo que caía sobre o meu rosto, atrás da minha orelha.

— Você precisa ir embora, James — pedi, em um fio de voz.

— Eu gosto quando você me chama pelo nome. — Ele ignorou o meu pedido. — Pode repetir?

— Não vou falar coisa nenhuma! Eu quero que você saia do meu quarto e vá embora.

— Ei! — Céu se afastou erguendo a mão em sinal de rendição. — Eu disse que não estou aqui para te fazer mal.

— Por que veio então? — questionei outra vez, ignorando a resposta anterior dele.

Pela primeira vez, desde que o conheci, vi algo nos olhos dele que não era petulância, raiva ou sarcasmo. Não soube decifrar naquele momento, dado ao meu estado de nervo, mas de certa forma, seu olhar me comoveu.

— Quando estou perto de você, Amber, eu sinto paz — disse ele, encarando um ponto qualquer na parede atrás de mim. — Você me acalma.

Meu coração foi na boca e voltou. Céu parecia afetado por algo e sua voz denotava uma angústia que não estava ali antes. Por incrível que pudesse parecer, senti um sentimento de pena se apoderar de mim.

James era uma alma. Uma alma amargurada e valiosa para Jesus. E ele estava ali. Da maneira dele, mas estava procurando certo alívio para as suas angústias.

— Aconteceu alguma coisa? — perguntei depois de Céu mergulhar em um silêncio profundo.

Mesmo estando ao meu lado, ele parecia está a quilômetros de distância dali.

— Sempre acontece... — respondeu, apenas.

— Você quer conversar? — perguntei, clamando internamente por sabedoria divina.

Ele me olhou novamente e sorriu fracamente.

— Não. Mas, obrigada por perguntar. — Ele hesitou, o que era novidade, já que ele era sempre tão cheio de atitude. — Se importa se eu só ficasse aqui por um tempo?

Ergui minhas sobrancelhas, surpresa com a mudança de comportamento tão repentina.

— Tudo bem — concordei.

— O que você estava ouvindo? — ele apontou para os meus fones jogados sobre o cobertor.

Meus ombros relaxaram, e a tensão foi se esvaindo. Diferente de antes, agora não sentia apreensão alguma por tê-lo ali.

— Minha playlist favorita — respondi.

— Posso ouvir? — Céu perguntou, mudando de posição e se sentando ao meu lado.

Afastei-me, dando-lhe espaço. Ficamos lado a lado, com as costas apoiadas na cabeceira da cama. Olhei pelo canto dos olhos para o seu braço musculoso roçando o meu e engoli em seco.

O que meus pais pensariam se entrassem aqui e nos vissem assim?

Jesus estava vendo, com certeza!

"O Senhor sabe que não há más intenções aqui, né Jesus?"

— Você está bem? Quando me dei por mim, Céu me encarava.

— Sim! — Estendi um fone a ele e coloquei o outro no meu ouvido.

Quando peguei o meu MP3 player, foi que percebi o quanto estava trêmula ao tê-lo tão próximo a mim. Eu odiava admitir, mas meu corpo reagia incontrolavelmente quando se tratava de James Bonde e o infeliz já havia percebido isso.

Reprogramei a playlist e a primeira música a tocar foi "Cansado" do Projeto Sola.

Céu se ajeitou no travesseiro atrás das costas dele. Parecia concentrado nos primeiros versos do hino.

"Atrevo-me a chegar
Depois de tanto andar
Com feridas nos pés
E chagas no coração"

"Pesado o fardo é
Vergonha e aflição
Miserável sou
Recorro ao teu perdão"

"Cansado venho a ti
Imploro o teu favor
Tem compaixão de mim
Sou pobre e pecador"

De repente, cada palavra parecia estar falando não só com ele, mas comigo também.

Eu havia saído do caminho. Estava mentindo com tanta facilidade, que meu coração se partia sempre que percebia para onde estava indo.

Lágrimas brotaram dos meus olhos ao perceber o quão pecadora eu era, tanto quanto o homem ao meu lado. Eu era uma hipócrita!

"Rica salvação, infinito amor
Atenda o suplicar desta oração"

"Elevo a Deus a minha voz e clamo
Elevo a Deus a minha voz
Para que me atenda"

Perdão, Senhor. Não quero continuar assim. — Fechei os meus olhos e orei em silêncio. Não quero mais mentir. Quero voltar de onde desviei. Me ajude a retornar para o centro da sua vontade.

A música seguiu, e assim eu também prossegui intercedendo, contrita e arrependida.

"Compadece-te de mim, Senhor
Porque estou angustiado
De tristeza se consomem os meus olhos
A minha alma e o meu corpo"

Céu se moveu ao meu lado, dobrando os joelhos e apoiou o queixo neles, concentrado a cada palavra cantada.

"Por que você está abatida, ó minha alma?
Por que se perturba dentro de mim?..."

De repente, Céu arrancou o fone do ouvido e saiu da cama, ficando de pé outra vez.

— Está na minha hora.

Ele foi até a janela e olhou para baixo e coçou a nuca. Estávamos no segundo andar da casa. Provavelmente estava pensando como sairia dali.

— Por que você não sai por onde entrou? — perguntei, alfinetando-o.

Ele me olhou por cima do ombro e sorriu.

— Uma coisa que eu aprendi quando se entra em um lugar na surdina, é nunca voltar pelo mesmo caminho.

Ao lado da janela, havia uma planta trepadeira que subia por uma treliça de madeira até o telhado.

— Acha que isso aqui me aguenta? — perguntou ele.

— Provavelmente, não.

— Acho que vou ter que arriscar.

Antes que ele empoleirasse na janela, e esquecendo-me completamente do meu pijama ridículo, afastei o cobertor e saí da cama, indo até ele.

— Antes de você ir, eu preciso te pedir algo — falei cautelosa.

Ele pareceu perceber meu nervosismo com o que eu estava preste a dizer.

— Claro. Qualquer coisa.

— Não posso mais fazer o que você me pediu. Não posso mais levar informações para você sobre o morro das travas — disse olhando para o chão. — Eu simplesmente não posso ir contra os meus princípios dessa forma. Deus não está se agradando dessa atitude. Eu não posso continuar assim, James. Por favor, você não pode continuar a me obrigar a fazer isso. — Atropelei as palavras, nervosa e com a voz trêmula.

Ele ficou em silêncio por longos segundos e não me atrevi a levantar os olhos em sua direção.

— Tudo bem. Não precisa mais fazer isso.

Surpresa por ter sido tão fácil, sorri aliviada.

— Obrigada.

Impulsionada pela minha felicidade e gratidão, joguei-me contra ele e o abracei. Porém, só quando ele passou os braços pela minha cintura e em puxou para mais perto dele, foi que percebi o que tinha feito. Afastei-me, empurrando-o para longe.

— Desculpa! — Levei a mão a boca. — Eu não queria fazer isso.

James riu e quando percebi, eu também ria, mas de vergonha, pois a vontade de correr e me esconder era maior.

Céu passou pela janela e agarrou-se a treliça.

— Ore para eu chegar lá em baixo vivo, missionária.

Eu sorri debruçada sobre a janela. Não estava me reconhecendo.

— Não quer pedi perdão pelos seus pecados antes? Assim se você morrer, sua alma estará salva.

— Você não perde a oportunidade. — Ele desceu alguns metros e olhou para cima. — Você devia fazer isso mais vezes, Amber.

— O quê?

— Sorrir, você deveria sorrir mais vezes. Seu sorriso é lindo.

Dito isso, ele terminou de descer e correu pelo jardim. Fiquei ali, debruçada sobre o parapeito, observando-o como um garoto peralta, esquivando-se entre os arbustos até chegar ao portão principal e acionar o controle preso ao meu chaveiro para abri-lo.

Antes de sair, James se virou para me olhar pela última vez. Meu coração acelerou. Foi quando eu soube o quanto eu estava verdadeiramente encrencada.

***

Eu já estou shippando esse casal e vocês?

Ahhh... suspirando aqui.

V.E.

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