Esconde - Esconde

By caixadefanfics

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O assassinato brutal de uma criança choca os moradores do interior de Minas Gerais. O que os policiais não es... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20

Capítulo 5

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By caixadefanfics

Samara, Layla e Renato não passaram muito tempo em sua sala. Pouco depois que eles chegaram, a investigadora recebeu uma mensagem do legista em seu celular informando que havia terminado as necropsias. O trio então seguiu para o estacionamento e deixou o prédio.

Doutor Túlio os recebeu na sala onde os corpos eram armazenados. Além de sua escrivaninha, havia geladeiras em forma de gaveta em duas das paredes que iam do chão ao teto.

Depois de trocarem cumprimentos, o médico legista foi informando o que tinha descoberto em cada cadáver.

— Este homem — ele puxou uma das gavetas. — Morreu de infarto fulminante perto de sete horas da noite de ontem. — O legista se aproximou de outra gaveta e a puxou — o menino morreu devido a um corte profundo no pescoço que rompeu a carótida provocando sangramento intenso até a sua morte perto das cinco da tarde.

— Algum detalhe atípico que possa nos ajudar? — perguntou Samara.

— Apesar do garoto ser muito pequeno, não é comum uma morte tão violenta sem marcas de luta. Estou suspeitando que ele tenha sido drogado. Já mandei uma amostra de sangue para análise e teremos o resultado amanhã de manhã — Túlio pegou um papel sobre sua escrivaninha e entregou para Layla que estava mais perto dele. — A julgar pelo conteúdo do estômago, acho que ele ingeriu a droga.

— O que encontrou? — continuou Samara.

Túlio retirou um pote de dentro de uma pequena geladeira quase oculta por sua mesa contendo pedaços do que parecia massa de modelar — balas mastigáveis.

— Acho que me lembro de algum dos meninos ter mencionado que o estranho oferecia balas... — comentou Renato.

— O que conversou comigo disse isso... — comentou Layla. — Você já vai liberar os corpos? — ela dobrou o papel pensando em guardar em sua bolsa que estava no carro.

— O do homem sim, mas o menino eu prefiro esperar vir o resultado desse exame antes de liberar.

— Talvez seja melhor esperar um pouco pelos dois — continuou Renato. — Tem uma equipe de peritos de Las Vegas vindo acompanhar o caso. Pode ser que eles queiram ver os corpos.

— E por que a polícia internacional está sendo envolvida?

— Talvez o assassino seja de lá — respondeu Layla.

Doutor Túlio sentou em sua cadeira e cobriu a boca com a mão. Depois de um tempo em silêncio anunciou — melhor eu esperar um pouco mesmo. Quando eles chegam?

— Vão tentar estar aqui até amanhã à noite — disse Samara.

— Tá certo. Obrigada por avisar.

Depois de se despedirem, o grupo deixou o IML.

— O homem infartou depois de encontrar o filho morto. Não vejo outra explicação — comentou Layla que dessa vez estava ao volante.

Renato e Samara concordaram com ela, mas não puderam conversar, pois a investigadora recebeu uma ligação que não podia deixar de atender.

— César quer falar com a gente — anunciou ela quando desligou.

— Acho que rodamos nessa... — Layla já estava sem esperança.

— Vai ver não é isso — Samara tentou desconversar, mas ela sentira algo diferente no tom de voz de César enquanto falava com ele.

Assim que o trio chegou à antessala do chefe, Marta os fez entrar.

— Investigadores, tem alguma coisa sobre o caso que eu não sei? — perguntou ele girando sua cadeira em direção à porta.

A pergunta foi como um balde de água fria para os três, apesar de Layla já estar na expectativa que algo do tipo acontecesse.

— Não há nada que saibamos que você não saiba — respondeu Samara.

— Muito bom. Alguns policiais foram escolhidos para trabalhar com os peritos de Las Vegas e eu vou ter que passar tudo para eles.

— Nós mesmos podemos passar o que sabemos — Layla tremia tentando controlar o tom de voz para esconder a raiva que sentia.

— Não — César sorriu. — Vocês vão estar ocupados com outro trabalho amanhã. Eu, junto com os policiais, vou assumir tudo e trabalhar com a equipe de Las Vegas.

— Não pode nos tirar do caso! Fomos nós que começamos a investigação. Ninguém concordaria com isso! — Layla percebeu que não conseguia mais evitar que a raiva que sentia a abalasse e percebeu a mão de Samara segurando seu casaco pelas costas.

— Como eu já disse, vocês estarão ocupados. Temos pouco pessoal e não podemos nos dar ao luxo de perder três profissionais para um caso que vai demandar dedicação exclusiva. Por isso eu quero saber de todos os detalhes. A partir de agora a investigação é minha. Vocês estão dispensados por hoje. Logo depois, claro, de coletar evidências nessa loja na Rua Halfeld. É o novo caso de vocês. Houve um assalto hoje à tarde.

— Assalto?

— É Renato. Se vocês não têm mais nada para acrescentar, podem se retirar. Ainda tenho que ligar para os hotéis da cidade. Temos três investigadores de Las Vegas para hospedar.

Samara pegou a pasta que o chefe colocara sobre a mesa e os três saíram. Sem trocar nenhuma palavra, passaram por sua sala e novamente se dirigiram para o estacionamento.

— Eu achei que a Layla fosse agredir o César — falou Renato sentado no banco do carona.

Isso provocou uma onda de risada dentro do carro.

— Ela ia — disse Samara que dirigia. — Foi por isso que eu a segurei.

— Você teve que segurar ela? — Renato estava com lágrimas nos olhos.

— Eu não ia agredir ele... Quer dizer, podia até estar com vontade, mas não valia o meu emprego — Layla ainda ria. — Mesmo assim, obrigada por me conter.

O calçadão por onde entraram era exclusivo para pedestres, mas veículos oficiais tinham permissão para transitar no local caso fosse preciso.

A loja assaltada estava fechada para evitar que curiosos transitassem e atrapalhassem o trabalho da perícia. Provavelmente uma exigência da seguradora para cobrir os prejuízos.

Um policial estava de pé ao lado da pequena porta recortada na grande estrutura de lata que fechava o estabelecimento e deu passagem para os três.

A área dos caixas estava completamente revirada. Renato ficou para coletar evidências por ali enquanto Samara e Layla continuaram caminhando pela loja.

O barulho de um objeto caindo chamou a atenção das duas.

— Está com sua arma? — sussurrou Samara.

Layla negou com a cabeça.

A investigadora então sacou a sua e guiou a perita para que andasse atrás dela. Enquanto isso, Renato conversava com o gerente da loja.

— O vídeo mostra uma grande confusão na hora que o caixa foi furtado, mas não mostra quem roubou, nem mesmo fugindo da loja. A única coisa que sabemos é que foi o ladrão que provocou a confusão gritando a palavra fogo.

Layla percebeu que uma das estantes de prateleiras estava um pouco fora do lugar e indicou para Samara. A investigadora pediu para a perita afastar a estante mantendo a arma em punho.

— Será que esse garoto aqui pode explicar o que aconteceu? — perguntou Samara olhando para um jovem de olhos arregalados cujos bolsos do moletom estavam estufados.

Ela se afastou enquanto três policiais vieram da frente da loja efetuar a prisão. Os bolsos do jovem foram esvaziados revelando uma grande quantidade de notas e alguns itens eletrônicos pequenos.

— Acho que o crime já foi resolvido — depois de guardar a arma, Samara, seguida por Layla, se aproximou do gerente da loja. — Provavelmente o senhor irá recuperar o que foi roubado, e o B.O. será suficiente para o seguro cobrir os prejuízos.

— Muito obrigado! — ele apertou a mão da investigadora e depois fez o mesmo com os peritos.

Os três saíram da loja.

— Como deixaram passar essa? — Renato olhou em direção dos policiais.

— O garoto estava bem escondido. Se a gente não tivesse ouvido o barulho no fundo da loja talvez não o encontrássemos também — respondeu Layla. — Estranho é ele não aparecer indo para lá no vídeo de segurança.

— Só filma os caixas... — respondeu Renato.

— Ah, entendi — a perita balançou a cabeça.

— Então caso encerrado — comentou Samara. — Acho que podemos ir para casa. Amanhã entregamos o relatório.

— Eu deixo vocês em casa — ofereceu Renato.

— Eu não vou agora, quero andar um pouco — anunciou Layla. — Encontro você em casa Samara — ela pegou sua bolsa no carro. — Amanhã a gente se vê Renato.

Samara e Renato entraram no carro e subiram o calçadão onde estavam em direção a uma das avenidas principais da cidade, enquanto isso, Layla seguiu lateralmente pelas galerias que ligavam as ruas umas às outras.

Ela prestava atenção em todos os homens que passavam.

Qualquer um deles poderia ser o assassino.

Os investigadores de Las Vegas logo estariam no Brasil e certamente descobririam quem era.

Mas ela e os amigos não fariam parte disso. Os tais 15 minutos de fama haviam subido à cabeça de César de tal forma que ele decidira assumir tudo e nem a chance de se encontrar com tais peritos eles teriam.

Layla andou até se sentir exausta e então foi para casa. Na frente da porta do apartamento que dividia com Samara, ela abriu a bolsa para pegar a chave e um sorriso iluminou seu rosto quando seus dedos tocaram um pedaço de papel.

Ela havia ficado tão nervosa que se esquecera de falar com o chefe sobre a análise do legista e o pedido de exame que ele fizera. O único jeito era entregar o resultado a César pessoalmente.

Não tinha como haver desculpa mais apropriada para se encontrar com a equipe de investigadores de Las Vegas.

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