Capítulo 7

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O carro da polícia buscou os peritos de Las Vegas no hotel pontualmente às sete da manhã. Para a surpresa deles, não era César quem dirigia, mas o policial informou que ele tivera um contratempo pessoal os encontraria no saguão do prédio da polícia.

Grissom, Sara e Greg foram deixados na entrada do prédio quase tão vazio quanto na noite anterior, a diferença é que agora havia mais luz e alguns funcionários da limpeza.

Apesar de muito solícitos, nenhum falava inglês e depois de um tempinho resolveram encaminhar o grupo para falar com uma funcionária que chegara alguns minutos antes e estava ali perto na esperança de que ela conseguiria ajudá-los.

O trio de Las Vegas desceu para o subsolo do edifício seguindo as direções indicadas e depois de passar por uma porta de vidro, entraram num corredor onde apenas uma das salas estava iluminada. Seguiram diretamente para ela.

A perita estava de costas para a porta com fones nos ouvidos balançando o corpo se controlando para não sair dançando pela sala. Música era a única coisa que a acalmava e os instantes antes de fazer o que planejara a estavam deixando desesperada.

Por isso a escolha da biblioteca no subsolo para ler um pouco enquanto pensava em como se tornar indispensável para trabalhar junto dos policiais de Las Vegas.

— Engraçado como estou tendo um déjà-vu com essa cena — Sara riu enquanto olhava para Greg.

— Com licença? — Grissom entrou na sala. — Será que você poderia nos informar onde é a sala do senhor César Alves?

— Gil, ela não pode ouvir você com esses fones no ouvido — interrompeu Greg.

Layla inspirou devagar tentando controlar a respiração e o coração disparado. Nunca imaginou que seu encontro com os peritos de Las Vegas se daria daquela forma.

— Na verdade eu posso ouvir sim — ela virou a cadeira de frente para eles. — Mantenho o volume em um nível que eu possa saber quando há alguém falando — Layla se levantou. — Vocês não fazem ideia do que se fica sabendo quando as pessoas acham que você não pode ouvir — ela sorriu e tirou os fones. — Mas quando falam comigo prefiro tirá-los.

— Gil Grissom — ele sorriu estendendo a mão para cumprimentá-la.

— Layla Rios — ela sorriu de volta e retribuiu o cumprimento. — Eu falei com o senhor por telefone.

— Esqueça as formalidades, — Grissom balançou uma das mãos. — Estes são Sara Sidle — a perita entrou na sala e as duas trocaram um aperto de mão. — E Greg Sanders — continuou Grissom.

Layla não conseguiu tirar os olhos do último perito e torcia para que ele não percebesse nada enquanto trocavam um aperto de mãos. Ele era o mais diferente do grupo com cabelo castanho liso cheio de mechas loiras — vocês foram os primeiros investigadores desse caso, não é?

— Isso — Greg respondeu e a perita sentiu as bochechas ardendo quando ele pareceu ter notado o olhar fixo dela. Quase instantaneamente ela desviou o olhar.

— Venham comigo. Estava mesmo precisando falar com o chefe. Tenho alguns relatórios para entregar a ele — a perita guardou de volta na estante a revista de criminalística que estava lendo

Layla pegou uma pasta de papel pardo, apagou as luzes e os quatro saíram da biblioteca. Seu coração ainda estava acelerado enquanto guiava os peritos pelos corredores e entrava no elevador.

Ela queria dizer alguma coisa sobre o caso, passar algum detalhe, mas não havia nada que não estivesse escrito nos relatórios que entregara.

Esconde - EscondeWhere stories live. Discover now