Capítulo 9

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Sara, César e Fernando foram os primeiros a chegar. Após checarem as digitais ligaram para o funcionário identificado pedindo que ele se apresentasse ainda naquele dia no prédio da polícia. Layla, Grissom, Cristiano e Greg chegaram praticamente juntos.

— Layla, há algum lugar onde podemos ver as gravações da loja de brinquedo?

— Sim, os computadores no subsolo têm leitor de DVD.

— Vá com Greg para lá enquanto eu e o policial que foi com ele nos encontramos com os outros na sala de César — sugeriu Grissom.

Os dois concordaram com um aceno de cabeça.

— Temos a gravação da loja no dia que Maurício comprou a bola — explicou ela para Greg enquanto caminhavam.

— Vocês visitaram muitas lojas?

— Não precisamos. Eu conversei com a família do menino antes e eles me disseram onde foi feita a compra.

— Bem pensado — concluiu ele sorrindo e tendo o sorriso da perita como resposta.

Layla acendeu apenas algumas luzes da sala para não haver muito reflexo no monitor. Depois de ligar o computador e colocar o DVD na máquina, ela puxou duas cadeiras e as colocou de frente para a tela. Não havia som, somente imagem.

— Você se importa? — perguntou Layla apontando para o programa que reproduzia músicas.

— Por mim tudo bem.

A perita tirou seu aparelho de MP3 de dentro do bolso do casaco, o conectou em uma entrada USB na parte de trás do computador e voltou para seu lugar colocando a primeira música para tocar.

— Boa música. Não imaginava que você gostasse de rock.

— De que você imaginou que eu gostasse?

Greg ficou um tempo em silencio sem coragem para responder a pergunta.

— Tudo bem, eu não sou muito transparente.

O perito sorriu — que grupo é esse?

— Angra. Eles são da cidade de São Paulo.

— Bom mesmo! Adoro Rock. Ajuda a relaxar enquanto trabalho. Costumo ouvir Merlin Manson.

— E você consegue relaxar? — a pergunta fez os dois sorrirem.

— Eu também não sou muito transparente. Duvido que você adivinharia que eu coleciono moedas.

— Numismática? Jamais desconfiaria. Eu estou aprendendo a andar de skate.

— Sem chance de eu saber. Eu gosto de surfar e mergulhar — ele se sentia cada vez mais à vontade em conversar com Layla.

— Eu amo praia. Já trabalhei coletando amostras em costão rochoso — ela por sua vez também já não tinha as mãos frias enquanto conversavam.

— Biologia marinha — Greg cruzou os braços sem tirar os olhos das imagens no monitor. — Achei que você sempre tivesse sonhado em ser perita.

— Amo meu trabalho, mas durante a faculdade trabalhei um pouco com análise de espécies marinhas. Se não fosse eu ter perdido a empolgação com a área, talvez hoje eu não estivesse aqui — Layla deu um pequeno sorriso e percebeu pela visão periférica que foi correspondido por Greg.

— Café? — perguntou ela depois de um tempo em silêncio.

— Devo confessar que tenho um gosto bem exótico quando o assunto é café.

— Tô perguntando se você quer — Layla sorriu.

— Ah, desculpa — Greg sorriu de volta. — Aceito sim.

Esconde - EscondeWhere stories live. Discover now