Proposta de amor

De CintiaTerzi

347K 28.4K 1.3K

RECOMENDADO PARA MAIORES DE 18 ANOS. História completa! Esse é o primeiro livro de dois de "Proposta de amor"... Mais

Sinopse
Prefácio
Capítulo um
Capítulo dois
Capítulo três
Capítulo quatro
AVISO.
Capítulo cinco
Capítulo seis
Capítulo sete
Capítulo oito
Capítulo nove
Capítulo dez
Capítulo onze
Capítulo doze
Capítulo treze
Capítulo quatorze
Capítulo quinze
Capítulo dezesseis
Capítulo dezessete
Capítulo dezoito
Capítulo dezenove
Capítulo vinte
Capítulo vinte e um
Capítulo vinte e dois
Capítulo vinte e três
Capítulo vinte e quatro
Capítulo vinte e cinco
Capítulo vinte e seis
Capítulo vinte e sete
Capítulo vinte e oito
Capítulo vinte e nove
Capítulo trinta
Capítulo trinta e um
Capítulo trinta e dois
Capítulo trinta e três
Capítulo trinta e quatro
Capítulo trinta e cinco
Capítulo trinta e seis
Capítulo trinta e sete
Capítulo trinta e oito
Capítulo trinta e nove
Aviso
Capítulo quarenta
Capítulo quarenta e um
Capítulo quarenta e dois
Capítulo quarenta e três
Capítulo quarenta e quatro
Capítulo quarenta e cinco
Capítulo quarenta e seis
Onde me encontrar.
Capítulo quarenta e sete
Capítulo quarenta e nove
Capítulo cinquenta
Capítulo cinquenta e um
Agradecimentos.

Capítulo quarenta e oito

4.4K 399 25
De CintiaTerzi

*Bom dia, amores e amorecos.

Desculpe não ter postado na segunda, mas passei o fim de semana inteiro lendo muuuuiiito (delícia! *__*) e acabei forçando muito os olhos e ficando com eles bem irritados. Por isso, achei melhor não abusar e nem me atrevi a mexer em computador segunda e terça.

Sobre o cartão que o Paco deu para a Giulia lááááá no começo: calma. Giulia é Giulia e logo vão saber o que aconteceu.

Ah, e entramos em contagem regressiva! \o

Tenham uma boa leitura e um ótimo dia! Beijo, beijo.

[...] “— A única coisa que sei dele, é o nome... de resto, mais nada. Por isso eu vim aqui... vocês são as únicas pessoas que podem me ajudar a encontrar ele! As únicas que podem me ajudar a encontrar o amor da minha vida.”[...]

— Olha... — Lauren suspirou. — Não sei...

— Eu sei que você não pode me passar o telefone dele, mas... — Giulia pedia. — Por favor, me ajuda. Eu preciso pedir perdão para ele. Eu tenho que encontrá-lo.

Quem é que se importava em ter que implorar por algo? Com toda certeza do mundo Giulia não se importava. Estava desesperada!

Lauren olhava para Giulia sentindo compaixão pela mulher. Sabia que ela estava falando a verdade.

— Eu amo muito o Paco. — Giulia suspirou. — Preciso dele.

— Dá para ver isso no seu olhar... — Lauren comentou.

— Por favor, me ajuda.

— Ok! — Lauren respirou fundo e passou a mão pelos cabelos. — Eu vou te ajudar!

— Sério? — Giulia arregalou os olhos.

— Sério! — sorriu.

— Obrigada! — Giulia soltou um gritinho empolgado. — Obrigada mesmo! Não tem ideia de como eu fico agradecida.

— Eu vou fazer o seguinte, Giulia. Eu não posso passar o telefone dele, mas...

— Não?!

— Não. Mas eu vou ligar para ele e pedir permissão para te passar o número, certo?

— Certo.  — isso se ele quisesse vê-la outra vez...

Lauren sorriu, pegou o telefone e uma agenda. Após encontrar o número de Paco, fez a chamada. Não demorou muito e ouviu uma voz do outro lado da linha.

— Alô. — ela disse. — Bom dia, Paco... — fez uma pausa, ouvindo algo. — Sim... eu sei. Queria te agradecer por ter participado do nosso leilão semana passada...

Giulia sentia seu coração disparar enquanto observava a conversa. Era como se fosse explodir a qualquer momento.

— Sim... Vamos doar tudo o que foi arrecadado. — sorriu. — Sim, sim. Bem, Paco... esse não foi bem o real motivo dessa ligação. — olhou para Giulia. — É que a Giulia está aqui na minha frente e... — ela ficou muda, provavelmente ouvindo o que ele falava. — Sim, sim, sei... Mas... bem... ela está me pedindo para passar o seu telefone e como não podemos, por ser política da empresa, liguei para você, pedindo permissão para poder passar ele e... — ficou muda outra vez. — Sim, sei. Entendo... Tudo bem, entendo... — ficou calada por algum tempo e não olhava para Giulia, que respirava com dificuldade. — Tudo bem... como quiser. Bom dia. — desligou o telefone.

— E então?

Paco desligou o telefone, sentindo seu coração disparado e despedaçado ao mesmo tempo.

Não esperava que Giulia voltasse da Inglaterra assim tão rápido e fosse a procura dele. Isso realmente o deixou chocado. Saber que ela queria falar com ele, fazia bem para seu coração. Mas ao mesmo tempo, machucava muito.

Se lembrava da noite em que se declarara para ela, das coisas que ela lhe disse... não suportava a dor que sentia ao se lembrar daquilo.

— E ai? Quem era?

Paco olhou para Raul e suspirou.

— A Giulia está atrás de mim...

— E ai?

Paco respirou fundo. Esperava que estivesse fazendo a coisa certa...

Lauren fitava Giulia, sem saber muito o que dizer e, principalmente, como dizer.

— E então? — Giulia voltou a perguntar, quase se sufocando de tanta ansiedade. — O que ele disse?

Lauren olhou para Giulia e respirou fundo.

— Sinto muito...

Giulia ficou estática, não era preciso ser nenhuma vidente para saber o que Paco dissera. Simplesmente não queria mais falar com ela...

Dianna viu o jeito como a prima ficou e se virou para Lauren, indagando:

— O que ele disse?

— Bem... ele disse que sentia muito, mas não poderia passar o telefone, porque aquele número é pessoal e... — deu uma pequena tossida. — Que a você só importa o lado comercial e que ele se recusava a tratar com você. Sinto muito, mas... eu tentei.

Dianna olhou para Giulia. Ela não dizia uma só palavra, estática.

Giulia fitava algum lugar na parede, sentindo-se péssima. Não acreditava que ele havia dito todas aquelas coisas. Sabia que tinha magoado muito ele, mas aquilo já era demais. Estava ali para pedir desculpas e era assim que era tratada.

Você pediu por isso, Giulia..., ela pensou, com seu coração pesado. Não coloque a culpa nele! O que esperava? Que ele estivesse de braços abertos para você depois de tudo o que disse? Não seja tão ridícula!

Dianna olhava para Giulia, esperando alguma reação da prima. Mas nada. Giulia não se mexia e se preocupou com ela.

— Giu... — tocou nela. — Você está bem?

Giulia virou lentamente a cabeça na direção da voz de Dianna, mas não disse nada.

Ele me odeia...

— Giulia ...

— Ele me odeia... — sussurrou.

— Ele não odeia. Só está magoado.

Giulia balançou a cabeça.

— Não... você não o conhece. Ele não seria capaz de me tratar assim... ele é muito educado pra fazer uma coisa dessas.

— Giulia, calma... ele está magoado. Dá um tempo para ele.

Giulia abaixou a cabeça e duas lagrimas rolaram pelo seu rosto. Ele nunca vai me perdoar! Como você foi estúpida, Giulia! Sentia como se seu mundo houvesse despencado sobre sua cabeça.

Vendo que não adiantava argumentar com Giulia naquele estado, Dianna olhou para Lauren e disse, com um sorriso triste:

— Obrigada, Lauren.

— Imagina... — fitou Giulia e disse com sinceridade: — Espero que vocês consigam se acertar.

Dianna ajudou Giulia a se levantar.

— Temos que ir. Mais uma vez, muito obrigada.

Lauren sorriu e disse:

— Espero de todo coração que vocês se ajeitem...

Giulia murmurou algo incompreensível e Dianna a levou até seu carro.

Giulia se sentou no banco do carro, ainda sem dizer nada. Dianna se sentou na frente do volante e se virou para ela.

— Giulia... acorda! Você está me preocupando...

Giulia fitou Dianna, com os olhos cheios de lagrimas.

— Ele nunca vai me perdoar, Dianna... — murmurou, chorando descontroladamente.

Dianna suspirou e abraçou a prima.

— Calma... vai dar tudo certo. É só ter paciência...

— Como eu vou viver sem ele, Dianna? Como eu vou viver sabendo que eu magoei a única pessoa que eu realmente amei? A única que me amou como eu sou, sem se importar com nada... como fui estúpida, meu Deus...

— Você vai dar um jeito, Giu... Fica calma. Tudo vai se acertar, você vai ver. Só tem que acreditar no amor que sente por ele. E, principalmente, no amor que ele sente por você.

— Eu o perdi...

Duas semanas depois, Giulia já tinha voltado a trabalhar.

Não tinha conseguido falar com Paco naquele tempo. Era como se ele tivesse desaparecido no mapa.

Não comia, não dormia... Vivia praticamente como um zumbi. Dianna e Maísa se preocupavam cada vez mais com ela, mesmo Giulia tentando enganá-las dizendo que estava bem.

Não era normal uma pessoa viver assim.

Naquele dia, Giulia chegou ao trabalho na mesma hora de sempre e foi direto para sua mesa.

Maísa viu ela sentada e foi até lá.

— E ai, amiga? Como você está?

— Vou indo... — Giulia respondeu, sem tirar os olhos do monitor. — Como sempre.

— Hum...

Giulia tinha virado uma máquina de trabalhar. Não parava por momento algum. Mal se lembrava que precisava parar para comer, ou até mesmo respirar. Queria ocupar sua mente a maioria do tempo. Assim evitaria pensar tanto em Paco.

— Eu e a Dianna vamos em um festa hoje. Vem com a gente, Giulia?

— Não dá...

— E por que não?

— Trabalho...

— Giu... — arqueou a sobrancelha. — Aposto que o que seja que você esteja fazendo, não vai fazer a mínima diferença se deixar para fazer outra hora.

— Aí que você se engana. Quero terminar isso logo de uma vez.

— E posso saber para quê?

— Para poder começar a fazer outra coisa.

— Mais trabalho...

— Exato!

Giulia em nenhum momento olhou para Maísa, tão concentrada estava na sua tarefa. Maísa se irritou com aquilo e desligou o monitor.

— Ei! — Giulia arregalou os olhos.

— Escuta aqui, Giulia Vidal! É muito bom que você queira trabalhar, mas dedicar vinte e quatro horas do seu dia só para trabalho, trabalho e mais trabalho, vai acabar deixando você doente! Não agüento mais ver você desse jeito. Você não se cuida mais como antes, quase não come nada e só sai de casa para trabalhar. Você tem duas opções: ou você muda por vontade própria, o que seria o mais sensato, ou você vai mudar na marra! E ai? O que vai ser?

Giulia fitava Maísa com os olhos arregalados. Sabia que ela dizia a verdade, mas, por mais que quisesse, não conseguia sair daquele estado lastimável que tinha se enfiado desde que voltou da Inglaterra.

Giulia suspirou e passou as mãos no cabelo.

— E então? — Maísa indagou.

— Olha... eu sei que vocês querem o meu bem, mas... eu não consigo.

— Você nem ao menos tentou, Giulia.

— Não é fácil, Maísa...

— Eu sei que não é, mas você sabe que não está sozinha nessa!

— Eu sei disso...

— Então por que você não tenta mudar?

— É difícil, Maísa... não consigo. Acha que quando me vejo no espelho, gosto do que vejo? Claro que não! Mas nada me faz mudar... — suspirou.

Maísa se sentou na cadeira ao lado dela e pegou em suas mãos.

— Eu sei que não é fácil, mas você tem que ao menos tentar! Deixa eu e a Dianna te ajudar, ok?

Giulia olhou nos olhos da amiga e deu um leve sorriso.

— Certo...

— Ótimo! — sorriu. — Vai começar por hoje! Vamos naquela festa.

Giulia murchou e se desesperou.

— Mas, Maísa...

— Nada de “mas”, mocinha! Você vai e ponto final!

certo... — bufou, um pouco irritada. — Mas eu não tenho nada para vestir.

— Não se preocupa! — sorriu. — Levamos algo para você vestir.

Giulia arqueou a sobrancelha.

— A ultima vez que eu deixei a Dianna escolher o que eu ia vestir, fiquei parecendo uma piriguete.

— Oras, não reclame! Naquela noite você foi um arraso. — piscou. — Chamou a atenção de todos os homens do lugar.

— Também... com um vestido decotado, curto e colado como aquele, impossível não chamar atenção até mesmo do Papa...

— Mas bem que você gostou.

— Talvez só um pouquinho... — sorriu.

— Sabia! Então está resolvido... a gente passa na sua casa lá pelas dezenove horas.

— Ok!

— E nada de inventar desculpas para não ir, ok?

Tá bem, tá bem...

— Ótimo!

— Tudo muito lindo. Será que agora posso ligar o monitor? Tenho que terminar isso daqui em trinta minutos.

— Ohh... certo.

— Obrigada! — Giulia ligou o monitor e voltou a trabalhar feito uma máquina.

— Bem... — Maísa fitou aquilo e meneou a cabeça. — Vou indo.

— Ok...

Maísa deu uma última olhada em Giulia e saiu de lá.

Giulia percebeu que Maísa tinha ido embora e suspirou.

Tinha que mudar sua vida.

Sabia que a amiga estava certa e que ela queria o seu bem. Por isso mesmo decidiu que, naquela noite, sua vida ia começar a mudar. Nem que fosse a última coisa que fizesse.

Ela suspirou novamente, sabendo que tudo poderia ter sido tão diferente...

— Eu já falei, Raul! Não vou e ponto final! — Paco não agüentava mais toda aquela insistência de seu primo para que ele saísse de casa. Por mais que tentasse, não conseguia fazer ele entender que não queria sair.

Cara... Vai ficar vivendo enclausurado eternamente por causa de uma mulher?

Paco suspirou do outro lado da linha, mas não respondeu.

Sai dessa vida, Paco! Você já abandonou sua profissão, vive dentro de casa. O que mais você pretende fazer?

— No momento me sinto muito tentado a desligar esse telefone na sua cara.

Você até pode fazer isso, mas nada vai mudar, Paco! Sai dessa vida! Mulher nenhuma merece isso.

— Você não a conheceu. Não pode dizer isso.

E nem quero conhecê-la! Só pelo jeito que ela te deixou, é capaz até eu me apaixonar por ela.  — brincou.

— Não teve graça.

Claro que não! Não quero nem saber de me apaixonar!

— Você nem sabe do que está falando... — ele disse, meneando a cabeça.

— E nem quero! Já basta o jeito que ela te deixou... mas e ai? Vamos ou não?

Paco suspirou outra vez.

— Já disse que não estou afim...

Paco... agora é sério! Eu brinco com você e tudo, mas... estou preocupado com você... Você não era assim. Não se deixava enfraquecer por mulher nenhuma. Só a...

— Eu sei disso. — o cortou, não querendo voltar com um assunto já quase enterrado de seu passado. — Não precisa se preocupar comigo. Eu vou ficar bem...

É claro que vai... e vai começar essa noite! Vamos na festa!

— Você não vai desistir tão facilmente, não é?

Me conhece muito bem. Sabe que quando quero algo, eu não desisto!

Paco respirou fundo e passou a mão pelos cabelos.

— Está bem... eu vou. Mas...

Finalmente!

— Mas... já vou logo avisando. É melhor você não tacar nenhuma mulher no meu colo, porque senão, já sabe... eu vou embora na hora.

Como você é estraga prazer, Paco...

— Você entendeu bem, Raul?

Tá, tá... entendi...

— Acho bom mesmo!

Além de viver como um bobo apaixonado, virou um chato!

— Sempre fui...

Isso é verdade. Mas ela conseguiu te deixar pior... se é que isso era possível.

— Olha, tem outra coisa...

Lá vem... fala!

— Não quero ouvir o nome dela, não quero que você mencione ela de jeito nenhum e nem dizer que estou apaixonado!

Ok! Já estamos evoluindo. Passo ai as vinte horas.

Eles desligaram o telefone e Paco se sentou na cadeira.

— Eu não posso continuar vivendo assim... não tem condições. Tenho que seguir com minha vida. E vai ser hoje...

As dezenove horas em ponto, a campainha tocou e Giulia foi atender. Maísa e Dianna entraram, cheias de coisas nas mãos.

— Meu Deus... — Giulia fitava as sacolas. — O que é isso? Trouxeram o guarda roupas todo, é?

— Quase isso...

— É para você não ter a desculpa de que nada te serviu.

— Sem comentários para vocês duas... — Giulia revirou os olhos.

— Nem adianta fazer essa cara, Giulia. — Dianna disse. — Você vai e ponto final! Fiquei sabendo que vai estar cheio de gatinhos lá... — sorriu.

— Ai, Dianna... — Maísa riu. — Tome jeito...

— Como se eu quisesse saber de gatinhos. — Giulia fez uma careta e se jogou no sofá.

Dianna e Maísa se olharam, depois olharam para Giulia.

— Giulia ...o que foi que eu te disse mais cedo? — Maísa indagou.

— Está bem... — bufou. — Já entendi. Mas dá um desconto, certo? Eu não estou muito bem hoje...

— Grande novidade...  — Dianna revirou os olhos e Giulia jogou uma almofada em direção à prima.

— Ânimo, menina! Vamos te deixar linda...

— Duvido... — suspirou.

Dianna arqueou a sobrancelha e indagou:

— Giulia... você tem ideia de como está chata e rabugenta?

— Se estou tão chata e rabugenta assim, por que vocês não me deixam aqui sozinha com a minha chatice?

— Porque nós somos suas amigas e não gostamos de ver você assim.

— Exato... sua chatice a gente bota de lado.

— Agora vamos lá...

Maísa e Dianna começaram a mostrar o que trouxeram para Giulia, que fazia de tudo para se mostrar interessada, mas as vezes fica meio distraída.

— Giulia Vidal! Sai da lua, garota!

— Ai Dianna, não enche...

Dianna estreitou os olhos, dizendo:

— Juro que se você não fosse da família, eu te dava umas boas porradas.

— Mas somos da mesma família e se você me batesse, sabe muito bem que ia sair com umas marcas roxas também.

— Não me tente, Giulia Vidal, não me tente.

As três começaram a rir. Giulia começou a relaxar um pouco. Fazia tempo que não se permitia rir.

Passava das vinte e uma horas, quando as três chegaram na festa.

Giulia escolheu um vestido ¹cropped em dois tons de rosa com uma fenda na perna, porque elas disseram que a cor ficou linda nela e que mostrava as lindas pernas que tinha.

Giulia não sentia isso, mas, para não decepcionar as amigas, acabou usando aquele mesmo.

— Nossa... é hoje! — Dianna disse, com os olhos felinos. — Olha como isso está abarrotado de homem.

Giulia e Maísa riram.

— Bem... não estou muito afim de saber de homem hoje... — Maísa comentou.

— Muito menos eu...

— Vocês podem até não estar... mas eu com certeza quero.

Giulia balançou a cabeça.

— Só quero que saibam uma coisa: não quero que nenhuma de vocês falem ou mencionem o nome de vocês sabem quem, ok?

²Lorde Voldemort? — Dianna a provocou.

— Não começa, Dianna... — Giulia a censurou, estreitando os olhos.

— Pode ficar tranqüila... — Maísa sorriu.

— É até bom que você não queira saber dele. Pelo menos assim se diverte um pouco hoje.

— É isso o que quero... é disso que estou precisando: diversão.

Paco estava no bar, junto com Raul, sentindo-se um verdadeiro idiota. Por que raios concordara em ir até ali?

— Cara... — Raul começou. — Você vai ficar com essa cara emburrada a noite toda?

— Não enche!

— Nossa... — arqueou a sobrancelha. — Não sei porque insisti que você viesse... — deu um gole na sua bebida.

— Insistiu porque você é um chato.

— Chato? Eu?! Era o que me faltava... — revirou os olhos.

Paco não respondeu, apenas fez uma careta.

— Você que não sai mais de casa, não faz nada, vive com essa cara emburrada... e eu aqui me preocupando com você e te chamo pra uma festa que, convenhamos, está lotada de gata, e ainda por cima sou chato. Eu não mereço isso...

— Está bem... foi mal. — Paco se desculpou. — Não estou de muito bom humor, só isso.

— Pois se eu fosse você, mudaria esse humor agorinha mesmo. Você não faz ideia de quem acabou de chegar...

— Quem? — estreitou os olhos.

— Olha ali... perto da porta.

Paco se virou para onde Raul apontou e não acreditou no que viu.

— O que ela está fazendo aqui?

— Cara... você está perdido.

Paco tinha sentido alguma coisa momentos antes, mas nem deu muita atenção. Agora entendia o que era aquela sensação.

— Ela não vai deixar você em paz... — Raul comentou.

Paco se virou para o primo.

— Ela não pode me ver aqui, Raul

— Já era... ela está vindo para cá.

— Eu não quero falar com ela... — ficou paralisado no lugar. — Não quero...

Oi, Paco... — uma voz feminina sussurrou em seu ouvido.

*Vestido cropped: é um vestido dividido em duas partes, deixando um pedaço da barriga a mostra.

*Lorde Voldemort: Personagem de Harry Potter. 

Continue lendo

Você também vai gostar

33.5K 3.2K 14
A vida é marcada por pequenos momentos muitas vezes registrados com flash. O que se esperar de uma simples viagem de férias, para um lugar afastado d...
610K 44.6K 44
Aos 28 anos e recém separada, Lara está começando uma nova fase de sua vida e sua única paixão, no momento, é seu trabalho, sua arte. Confusa e inse...
683K 44.9K 67
Jeff é frio, obscuro, antissocial, matador cruel.... sempre observava Maya andando pela floresta, ela o intrigava de um jeito que ele mesmo não conse...
4.5K 871 18
Sarah White e Nicolas Cook trabalham juntos na empresa de Arquitetura " Your Homes ", ambos talentosos no que fazem, deveriam ser companheiros de tra...