Capítulo dois

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*Amores, não se esqueçam das estrelinhas. Durante a semana volto para postar mais. Tenham uma boa leitura e até a próxima! Beijo, beijo.

Capítulo 2

Enquanto Giulia andava por entre as mesas, sentia o olhar de todos sobre si. Isso era uma coisa que ela odiava; não suportava chamar a atenção dos outros.

Olhou para o palco e viu que Paco não tirava os olhos de cima dela. Sentiu um arrepio subir pelas suas costas, tamanha era a intensidade daquele olhar. Não sabia o porquê, mas não conseguiu desviar seu olhar do dele.

Quando ela subiu no palco, a apresentadora a puxou para o meio do palco, toda animada e com um sorriso luminoso estampando seu rosto.

— Qual o seu nome, querida? — ela indagou e colocou o microfone perto da boca de Giulia.

— Err... — Giulia afastou sua cabeça um pouco, assustada. — Giulia Vidal.

— Muito bem, Giulia, faça bom proveito do seu prêmio. — sorriu e deu uma piscadinha discreta para ela.

Giulia estreitou os olhos, se perguntando em pensamento se a mulher sabia que ele era...

Paco se aproximou dela e a pegou no braço, os tirando do palco. Só quando chegaram aos bastidores, foi que Giulia percebeu a loucura que fez.

Oh, meu Deus!, Giulia se recriminava em pensamento. Não acredito nisso...  Eu arrematei um garoto de programa por uma semana! Devo estar com sérios problemas mentais. Tenho que marcar um psiquiatra amanhã mesmo!

Giulia olhou para o seu braço e viu a mão de Paco ali. Soltou-se dele como se seu toque fosse capaz de queimar sua pele e começou a andar de um lado para o outro, fazendo com que Paco ficasse intrigado com aquele comportamento.

Ele ficou em silencio, olhando para ela, se perguntando qual era o problema da mulher. Tinha a impressão de que era bem maluquinha, ainda assim, a fitou de cima a baixo e chegou à conclusão de que tinha um corpo que deixaria qualquer um babando.

Aproximou-se dela e tentou tocá-la, mas ela percebeu e se afastou ainda mais.

— Não me toca... — ela disse. — Oh, meu Deus, eu estou perdida. O que eu faço, o que eu faço?

— Bem, pra começar, que tal parar de andar pra lá e pra cá, feito uma maluca?

Giulia parou de andar por um momento e o fitou com atenção, dizendo:

— É exatamente isso o que eu sou. Maluca! Onde eu estava com a cabeça quando deixei elas me convencerem? — começou a andar de novo.

Paco suspirou e a pegou pelos ombros.

— Ok! Eu não sei o que está acontecendo, mas se acalma, ok? Respira fundo e se acalma...

Giulia fez o que ele pediu. Começou a respirar fundo, enquanto Paco a acompanhava, até que percebeu que ia ficando mais calma.

— Isso... — ele sorriu com aprovação. — Viu só? Bem melhor agora.

— Obrigada... — sorriu para ele.

E um sorriso lindo..., ele pensou, fitando aquele sorriso. Ainda assim, completamente maluca...

— Bem, acho melhor nos apresentarmos... — estendeu a mão para ela. — Eu sou Paco Bauer, prazer.

— Giulia Vidal.

— Prazer, Giulia. — sorriu e pegou na mão dela, depositando um leve beijo ali.

Giulia sentiu uma corrente elétrica passar pelo seu corpo. Olhou para sua mão, ainda presa na dele, e Paco subiu a cabeça, fitando-a diretamente nos olhos. Giulia sentia uma dificuldade imensa de respirar. Mordiscou de leve o lábio e soltou sua mão da dele.

— Bem... — ele começou, sua voz um tom mais rouca. — Acho que sou seu por uma semana.

Com aquela declaração, Giulia se sentiu como se fosse desmaiar.

Por favor... não me diga uma coisa dessas., ela pensava. Você não tem nem idéia do que faz...

— Errr... acho que sim. — ela sussurrou.

Paco sorriu, satisfeito por impressionar ela com seu charme.

Giulia balançou a cabeça, tentando se recuperar do impacto que aquele homem tinha sobre si.

— Escuta... — ela começou e respirou fundo. — Eu sei muito bem o que você faz e... — se calou por um momento.

— Que seria....? — ele a incitou.

— Hum... você sabe melhor do que ninguém.

— Não, não sei. Por que não me diz você? — afastou um pouco as pernas e cruzou os braços sobre o peito, fitando-a com atenção.

Giulia soltou um gemido baixo, enquanto pensava que tudo aquilo seria ainda mais difícil do que imaginara no começo.

Lição número dois: nunca dê um lance em um garoto de programa, você provavelmente vai perder sua sanidade mental!

— Bem... — ela começou. — digamos que... Bem, você é... é... — deu uma pequena tossida, envergonhada. — Um... garotodeprograma. — disse rápido.

— Eu sou o quê? — estreitou os olhos.

Garotodeprograma.

Paco sorriu e arqueou a sobrancelha. Estava se divertindo com aquela situação.

— Alguém alguma vez já te disseram que seria bom você ir à fonoaudióloga?

— Oh, por Deus... — ela revirou os olhos, irritada. — Você é garoto de programa!

— Ah, isso... e como você sabe?

— Bem... — fez um gesto vago com a mão. — Sabendo.

— Hum... E foi por isso que você deu aquele lance absurdo em mim?

— Mais ou menos...

— Hum... — sorriu com segundas intenções.

— Não, não. — ela se apressou em responder. — Não é o que você está pensando.

— Não mesmo?

— Não. Quer dizer... suspirou e meneou os ombros. — Nem eu sei mais...

— Que tal me dizer? — ele indagou, enquanto fazia uma anotação mentalmente: nunca se candidatar a um leilão beneficente, você pode parar na mão de uma louca!

— Er... eu preciso de ar. — ela disse e se encaminhou para o balcão onde fazia o pagamento, fazendo um cheque de vinte mil dólares. Se sua mãe descobrisse isso, Giulia estaria morta.

Após isso, foi com Paco para fora do salão. O ar fresco fez muito bem à ela, que se sentou em um banco, sabendo que Paco fazia o mesmo.

— Eu vou ter que te contar de qualquer jeito, então, lá vai... — ela respirou fundo, encontrando uma coragem que estava longe de possuir. — Eu vim aqui com umas amigas, que praticamente me obrigaram, mas isso não vem ao caso. Bem, esse fim de semana minha irmã vai se casar com o melhor amigo do meu ex-noivo. Eu, claro, serei a madrinha. Ah, e só para piorar um pouquinho mais a situação, ele será o padrinho, e eu não quero que me vejam por baixo por causa disso. E também, sei que alguns jogarão na minha cara que eu estou sozinha e blá blá blá. Então, essas minhas amigas me convenceram em vir aqui e dar um lance em um homem. Eu não queria fazer isso, juro. Até que você apareceu e eu soube da sua profissão... então — deu de ombros. —, eu achei que... bem... seria mais fácil pra você fazer isso do que qualquer outro homem. — respirando fundo mais uma vez, ela o fitou com atenção e soltou a bomba: — Eu quero que você me acompanhe nesse casamento, se fazendo passar por meu namorado. Pronto, falei!

***

Proposta de amorWhere stories live. Discover now