Capítulo sete

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Capítulo 7

Após entrarem na casa, Giulia e Paco deixaram suas malas em uma sala reservada e dirigiram-se ao salão onde a recepção estava acontecendo.

— Tia Maggie, quanto tempo! — Giulia exclamou assim que a viu.

— Querida... — Maggie a abraçou. — Como você está, meu bem?

— Muito bem, e a senhora? — sorriu.

— Ótima, meu anjo! — sorriu e abaixou o tom de voz: — Mas era para você estar se casando e não sua irmã.

Giulia olhou para tia sem saber o que dizer. Depois olhou para Paco e disse:

— Tia, eu queria te apresentar o Paco. — apontou para ele, sorrindo.

Maggie olhou para ele de cima a baixo, mas nada disse.

— Paco Bauer, a seu dispor. — ele sorriu e pegou na mão da senhora, depositando um beijo em sua mão.

Maggie olhou para ele encantada e deu uma piscadinha para Giulia, dizendo:

— Querida... Jamais deixe esse rapaz fugir.

Giulia sorriu e deu um beijo em sua tia e se afastou, puxando Paco consigo. Ela adorava sua querida tia. Era a única que não a envergonhava e foi ela quem a apoiou — junto com Dianna — sua ida para Los Angeles.

— Vamos guardar nossos casacos, Paco. — ela disse, enquanto entravam no quarto onde estavam os casacos dos convidados. Enfiou-se no meio deles e começou a retirar o seu.

Enquanto Paco retirava seu casaco, deu uma olhada para Giulia e a estranhou. Normalmente ela não ficava calada por mais que um minuto.

— Você gosta muito daquela sua tia, não é? — resolveu puxar assunto.

— Muito! — o fitou e sorriu. — Ela é a mãe da Dianna, você não a conheceu ainda.  Dianna estava no leilão. Foram essas duas que me apoiaram quando eu resolvi ir embora e...

Paco olhava para ela, que voltava a tagarelar como sempre e começava a se arrepender de puxar assunto.

Esse era um mal dela: Empolgava-se demais quando começava a falar.

Tinha que dar um jeito de falar isso para ela, sem que a irritasse ou a magoasse. Porque já a tinha visto com raiva e sinceramente, não tinha a mínima vontade de vê-la daquele jeito novamente.

Era melhor deixá-la continuar a falar feito uma gralha. Pelo menos sua saúde física continuaria intacta.

— Paco? O que você acha?

— Achar o que? — meneou a cabeça e a fitou com atenção.

Giulia colocou a mão na cintura e estreitou os olhos, dizendo desconfiada:

— Você não ouviu uma só palavra do que eu disse, não é?

Ele abriu a boca para falar algo, mas Giulia começou a falar de novo:

— Tudo bem... eu acho que falei demais. De qualquer forma... O que você acha de ser terapeuta?

— Hein? — ficou confuso com a mudança repentina de assunto.

— Sua profissão. Eu não posso te apresentar como... Você sabe...

— Ah! Isso. Realmente, seria meio estranho você me apresentar como gigolô. Pelo menos para a sua família seria inaceitável...

— Gigolô?  — fez uma careta. — Que palavra horrível, é ofensiva...

— Mesmo? E do que você chamaria minha profissão? — ele demonstrou mais interesse do que devia, o que era um erro, pois não deveria misturar as coisas.

— Hum... — parou para pensar. — Profissional do amor. — sorriu, satisfeita. — Isso! Soa mais simpático, não acha?

Paco riu e balançou a cabeça.

— Você é mesmo uma figura, Giulia! Ninguém nunca falou esse termo para mim e, você tem razão: é muito mais simpático do que gigolô.

— Viu só: eu sempre tenho a razão.

Paco ficou olhando para ela, sabendo no seu intimo, que de alguma forma estava encrencado.

Muito encrencado! Talvez até estivesse inaugurando um novo nível de encrenca.

—É sério Paco: o que você acha de ser terapeuta?

— É... Pode ser.

— Ótimo... — sorriu, mas logo ficou séria.

— O que foi? — ficou preocupado. Estava se acostumado com essas mudanças de humor repentino nela.

— Vão me perguntar onde foi que nos conhecemos e provavelmente vão dizer que eu estava me consultando com você e...

— E isso é tão ruim?

— Péssimo! E é capaz de dizerem que é  porque eu ainda não superei o fim do meu namoro com o Went e...

— E superou?

— Como assim?

— Superou o fim do seu namoro?

— Mas claro que sim!

— Pois não parece... — deu de ombros.

— Porque diz isso? — estreitou os olhos.

Ele arqueou a sobrancelha e disse irônico:

— Se você já superou o fim desse namoro, me responde uma coisa: Porque se importa tanto com o que as pessoas vão dizer? E porque você me trouxe até aqui, justamente para fazer ciúmes pra ele? — não entendia o porquê, mas estava começando a ficar incomodado com toda aquela situação.

Não agüentava mais ficar falando toda hora daquele tal de Went. Mas isso era ridículo! Porque ele foi para lá sabendo exatamente o motivo: que ajudaria Giulia a fazer ciúmes ao ex. Então, por que se incomodar tanto com aquilo? — Pra mim — ele continuou: —, você não superou é nada.

 *Eu sei que é curtinho, mas amanhã posto outro capítulo. Não se esqueçam das estrelas, amores! :D :*

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