Os olhos da vida

By VitoriaSMReis

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Harley Castro, uma adolescente como qualquer outra que cativa a todos com seu jeito de ser, apesar da sua res... More

Apresentação
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57

Capítulo 15

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By VitoriaSMReis

Acordo só que desta vez consigo me mover, aonde estou? Automaticamente começo a chamar minha mãe, mas a minha voz não sai direito, sai muito baixa, e alguém parece se aproximar da minha cama.
- Mãe! Mãe!- minha voz sai um sussurro quase inaudível. Estou com muita sede.
- Calma Harley, vou chama - la.
- Sai de perto de mim, quem é  você? Cadê a minha mãe?
- Filha? Você acordou, finalmente.
- Mãe aonde eu estou?
- Calma, se acalme eu irei explicar.
- Senhora.- diz alguém.- Você precisa sair, teremos que dopar a paciência ela está muito agitada e isso não é bom pra saúde dela.
- Tudo bem, venha Christopher.
- Eu não quero, quero ficar aqui- diz uma voz quase gritando.
- Christopher, você precisa se acalmar pela Harley.
- Tá bom.- sinto uma picada em meu braço e o sono começa a tomar conta de mim, mas antes de eu apagar uma dúvida surge em minha mente "Quem é  Christopher?".
Acordo e a primeira pessoa que vem a minha mente eu chamo.
- Henry.
- Harley, que bom que você acordou.
- Henry cadê a minha mãe?  O que está acontecendo?  Aonde eu estou? Eu estou muito confusa.
- Filha?
- Mãe, o que tá acontecendo?
- Você fez uma cirurgia nos olhos meu bem. E após a cirurgia você entrou em coma.
- Quando tempo eu fiquei desacordada?
- Basicamente, umas duas semanas.- nossa tanto tempo assim?- Vou chamar um médico para examinar você.- fico calada.
-  Meu amor estou tão feliz que você acordou.-disse a primeira voz que eu ouvi desde que acordei agora a pouco e  se aproximou demais, o estranho é que não me senti desconfortável só meio que magoada.
- Se afaste por favor.
- Me perdoe, eu fui muito idiota.
- Te perdoar pelo que? E quem é você e como sabe meu nome?
- Sou eu meu amor, Christopher seu namorado.
- Não, você está enganado. Meu namorado se chama Henry.- alguém entra no quarto.
- Não filha, Christopher que é seu namorado.
- Vocês estão querendo me confundir.
- Não se preocupe senhora Castro, é normal após um coma o paciente acordar com confusão mental. Isso é temporário.
-Espero que sim.
- Pronta para tirar o curativo dos olhos e ver o resultado da cirurgia, Harley?- diz o médico.
- Bom, sim né.- respondo o óbvio.
Sinto que o médico está se aproximando e mãos um pouco geladas e trêmulas tocam meu rosto, o médico parece mais nervoso que eu, chega a ser engraçado.
-Harley vou pedir para que quando eu tirar os curativos dos seus olhos, você não os abra de imediato.
- Sim senhor. Doutor?- digo quando ele está prestes a tirar o outro.
-Pode falar.
- Eu queria pedir que só fiquei no quarto a minha mãe.
- Claro. Rapazes? Pode se retirar por gentileza?
-OK.- responderam ambos.
Não percebi quando mais eu fiquei aérea por um tempo pensando na confusão que está a minha cabeça e por que todos estão dizendo que esse tal de Christopher é meu namorado se eu sinto que é Henry?  E porque eu sinto tanta mágoa reprimida em mim só de ouvir o nome Christopher?  Por que eu sinto tanto carinho e admiração por Henry, ouço alguém me chamar.
- Harley pode abrir os olhos.- isso acelera meu coração. Quando abro os olhos a claridade me incomoda um pouco e eu os fecho novamente e fico super feliz por ver cores e a luz, abro novamente e consigo me acostumar com a claridade, só que a minha visão está bastante embaçada e só  vejo vultos.
- E então Harley? Como está a visão?- pergunta o médico.
- Bom, está bastante embaçada. Mais fico super feliz de ver a claridade e as cores.
-Ótimo, irei mandar fazer alguns exames em você, passar alguns remédios e colírios e vou mandar preparar o seu óculos de pós cirurgia recomendo a você, ficar pelo menos um mês com eles.
- Ok doutor.

Fiquei mais alguns dias no hospital e hoje finalmente eu pude voltar pra casa. Ainda bem, pois eu estava cansada de ficar naquele hospital, precisava de mais da minha cama.
- Harley, Christopher está lá em baixo e quer falar com você.
-Eu não quero falar com ele, como vou falar com alguém que nem conheço?
- Filha ele é seu namorado, você tem que fazer pelo menos um esforço para se lembrar dele.
- Aff tá bom, manda ele subir. - espero alguns minutos.
- Harley,  você realmente não lembra de mim ?
- Não, eu nunca brincaria com uma coisa dessas. - eu não me lembro, mas sei lá eu me sinto tímida e ao mesmo tempo tão bem perto dele. Mais alguma coisa me diz que ele fez algo que me deixou triste.
- Vou te contar como a gente se conheceu então.
- Como quiser.- digo desinteressada.
-Bom, foi assim. " Eu estava saindo da aula de física confuso e e stressado, pois não tinha entendido a matéria e iria me ferrar na prova. Quando do nada esbarro em alguém
-Você não olha por onde anda não?  Tá ficando cega é ?- quase gritei exaltado.
-Não, eu não olho por onde ando e não  estou ficando cega eu sou cega, idiota.-você gritou  um pouco alterada.
-Me desculpe...- digo desconcertado.
- Não, eu não desculpo. No mínimo você devia me ajudar a levantar né? - te levando do chão.
-Você pode ao menos me dizer seu nome ?- não é necessário, mas pergunto mesmo assim.
-Harley, você está bem ?- pergunta alguém, que pelo jeito que sua voz sai parece que veio correndo.
- Não, não estou bem. Venha vamos sair daqui.-você o responde com certa irritação.
-Que jeito estranho de se conhecer.- bem minha cara tratar alguém que me derruba desse jeito.
- Pois é mais assim não teríamos nos conhecido.
- E como ficamos tão íntimos assim?
- Bom aí já foi outra situação estranha.
- E você pode me contar?
- Claro. "De repente sinto uma pancada.
- Harley você está bem ? Aí minha nossa, desculpe mesmo.- digo, mas você não respondeu, apenas se encolheu no chão aonde caiu e ficou chorando.
- Ei Harley , você está bem?- pergunto novamente.
- Hum? Sim, sim estou bem.- responde tentando se recompor.
- Vem levanta daí
- Desculpas mesmo é...- diz tentando lembrar meu nome.
- Christopher.- completo.
-Isso, Christopher. Eu estava indo a farmácia.
- Mas por que você estava correndo e chorando?Depois você me conta, primeiro a gente vai na farmácia comprar o que você ia comprar.- me empolgo.
- Tá bom então.
- Boa noite em que posso ajudá - los?- diz o atendente.
- Boa noite, eu preciso de esparadrapo, gases, analgésicos, anti-inflamatorio e álcool antiséptico.- permaneço calado.
- Só um momento eu vou buscar.- esperamos um pouco até que o farmacêutico voltou. - Aqui está, deu R$ 25,00 reais.
- Ixi, minha mãe me deu só R$ 20,00 reais.
-Deixa eu pago pra você, e não pense em dizer que não. Aqui está moço, muito obrigada.- digo tentando ajudar.
Quando saímos da farmácia fomos até uma praça próxima dali e começei a fazer perguntas para você.
- Então, vai me contar o que fez você sair correndo e chorando que nem uma louca?
- Bom, eu não sei se eu te falei. Mas eu detesto que escondam algo de mim, por mais doloroso que seja e meu amigo Charlie escondeu algo muito importante de mim.
- Se não quiser falar o que tudo bem, eu respeito.
-Não, tudo bem. Eles escondeu de mim durante semanas que havia feito uma cirurgia para voltar a enxergar.
- E por isso você saiu que nem uma maluca ?
- Não, eu fiquei super feliz por ele e tudo. Mas o que me deixou desapontada foi que ele não me contou por achar que eu ficaria com raiva dele por ele ter voltado a enxergar e eu não. Pois eu fiz várias cirurgias e não consegui voltar a enxergar e ele na primeira começou a enxergar, aí eu fiquei frustrada poxa eu nunca seria capaz de ficar com raiva da felicidade dos outros.
- Nossa você deve estar se sentindo péssima.
- Sim, ainda por cima minha mãe sabia e não me contou.
- Vamos parar de falar de coisas tristes. Pra que você comprou aquele tanto de remédios?
- Porque no dia em que você me viu na praça, eu me machuquei em uma mesa de vidro que minha mãe comprou e não me avisou que iria colocar na cozinha e pra completar na hora que eu esbarrei em você e acho que cortei a mão em algo.
-Deixa eu ver esses ferimentos.
- Vai dar uma de socorrista senhor Christopher? - diz zoando de mim.
- Claro que sim, e você vai ser minha paciente Senhorita Harley.
- Haha.
- Caramba Harley, seu ferimento do braço está horrível, vou passar o álcool. Com certeza vai doer bastante.
- Ai... Vai com cuidado.
- Prontinho, está liberada paciente.
- E o da mão doutor?
- Verdade, deixe-me ver. Nossa está menos pior que o outro.
- Engraçadinho.
- Prontinho senhorita, agora sim está liberada. Quer que eu a acompanhe até em casa?
- Se não for encomodo senhor doutor, você deve ter outras pacientes para atender.
- Não se preocupe, você é a única. Mas eu só vou se você me prometer que vai voltar a ir a escola a partir de amanhã.
- Então OK, eu prometo.
Depois da nossa encenação todo no meio da praça, provavelmente com pessoas olhando, te levei  até em casa.
- Aaaaa, que fofinhos e malucos kkkks.
- É por isso que eu amo você minha pimentinha.- diz e eu tenho um reflexo de memória
"-Christopher!?
-Oi? Desculpe eu estava no banho.
-Me ajuda a sair do banheiro, eu não conheço sua casa, então não queremos que algum acidente aconteça não é mesmo?
- Verdade, venha segura no meu braço.
-Pera, você disse que estava no banho e está molhado, então você está somente de toalha...Que vergonha, Christopher vai vestir uma roupa.
- Foi você quem me chamou bem na hora que eu estava tomando banho e você não está enxergando nada, então sem problemas.
-Digo é nada.
- Você sabia que você fica linda vermelha de vergonha.
-Para com isso, rum.- belisco o que eu rezo pra ser seu braço.
- Tá bom pimentinha. Aii!! para uma deficiente visual você tem uma bela pontaria.
-Faz piada de novo que eu te belisco de novo." Sem perceber acabo sorrindo.
- Que sorriso é esse no rosto ?- sou tirada de meus pensamentos.
- Eu estava lembrando do dia em eu você me chamou de pimentinha e eu te belisquei.
- Que bom que você lembrou disso, foi outro momento bom nosso.
- Christopher.- Harley  fica quieta.- Me da um abraço?- acho idiotice o que falei, mas sei lá de alguma forma sinto que eu preciso sentir o calor dele.
-Claro.- me abraça e eu sinto o alívio tão grande, como estávamos sentados em minha cama ele se deita e me leva junto, não me importo, pois é como se eu sentisse muita falta dele do nada eu como chorona de carteirinha começo a chorar.
- Ei pimentinha? Por que  está chorando?
- Eu não sei.- ele respeita meu silêncio e ficamos um tempo assim deitados e abraçados, provavelmente até adormecemos.

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