My First Love

By Mononoke_e

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Kara e Lena se conheceram na infância e logo de início se tornam grandes amigas. Mas o tempo e as circunstânc... More

Friends
If I Could Fly
Happy End
I loved you dangerously
Pillowtalk
Too Good at Goodbyes
Você Vai Lembrar de Mim
I Have Questions
Yes, I love you
Jealous
Only Love Can Hurt Like This
Rewrite The Stars
I Need Somebody to Love Me Blue
Pure Imagination
Fire On Fire
High Hopes
Linda Danvers
Slide Away
Secrets
Bad Blood

We Don't Talk Anymore

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By Mononoke_e

Ver o caixão de Jeremiah ser colocado dentro daquela cova feito por estranhos fez o peito de Kara doer, de uma forma que a mesma nunca tinha sentido antes. Alex estava arrasada, mesmo não demonstrando e Kara fazia de tudo para que sua irmã se alimentasse corretamente durante aqueles dias terríveis.

Segundo superiores, que Kara não fazia ideia de quem fosse, o corpo de Jeremiah foi encontrado em um estado crítico, por isso o caixão precisou ficar fechado durante o velório inteiro. Kara desejava saber qual foi a causa da morte de Jeremiah mas toda vez que ela tocava no assunto Alex e Eliza ignoravam, o que deixou ela irritada por não conseguir fazer nada para ajudar.

Três dias se passaram, Kara só queria continuar em seu quarto, onde o mundo lá fora não era tão importante assim. Mas havia pessoas precisando de sua ajuda e ela sabia que continuar daquela forma só lhe traria mais dor.

Mesmo com as insistências de Eliza para que ela ficasse em Metropolis, Alex voltou para a Califórnia. A irmã mais velha de Kara não estava nada bem mas prometeu que cuidaria de tudo sozinha.

Semanas se passaram e mesmo com toda a dor e tristeza ainda presente na casa das Danvers, Eliza e Kara voltaram a suas rotinas. Kara acordou pela manhã ciente de que deveria voltar para a escola, ela só não sabia se teria tanta paciência para encarar seus dramas antes esquecidos. Lena não apareceu no velório de Jeremiah e muito menos se interessou com o estado de sua amiga após perder alguém tão querido. Aqueles eram motivos suficientes para que Kara passasse a odiar o fato de anda amar a garota de olhos verdes, mas, dentro de seu coração, as coisas eram diferentes e isso lhe causava pavor.

Kara caminhava pelo corredor da escola, muitos de seus colegas lhe confortavam e lhe desejavam boas-vindas. Nenhum deles era Lena.

O dia pareceu voar e logo Kara já estava em sua última aula do dia. Essa aula em especial ela tinha com Lena, seu coração acelerou após ela se dar conta disso. Mesmo lutando para não transparecer sua felicidade ao ver a garota de cabelos negros e olhos verdes entrar na sala, foi inevitável. Kara ficou paralisada vendo Lena se aproximar encarando o chão, ela estava linda no uniforme da escola, assim pensou Kara. A morena sentou na classe ao seu lado ignorando ela completamente. Kara suspirou frustrada e voltou sua atenção para a professora.

Os boatos de que James e Lena estavam juntos rodavam pela escola a meses e Kara ao ouvir isso sentia seu sangue ferver. Ela odiava saber que Lena poderia estar com  o babaca do James e simplesmente ter esquecido de tudo o que as duas haviam passado. Mas ela ainda segurava-se na chance de que aquilo fosse apenas boatos.

As noites da loira passaram a ser as piores até então, seus sonhos e pesadelos eram quase sempre os mesmos, lembranças da destruição de Krypton e os lábios de Lena junto aos seus. Ambos os sonhos faziam a mesma desejar nunca mais dormir, a saudade de sua terra natal e a falta dos momentos juntos de Lena lhe causavam uma dor sufocante.

O final do ano estava chegando, Kara via todas as famílias de seu bairro reunidas para comemorar as festividades e agradecer o que aquele ano havia lhes dado, mas ela se perguntava o que de bom ela poderia agradecer. Eliza, depois da morte de Jeremiah, passou a ficar mais tempo no trabalho. Alex não dava notícias, a última vez que Kara soube da irmã ela tinha trancado a faculdade.

O mundo de Kara estava desabando e não havia nada que ela pudesse fazer para reverter aquela situação.

[…]


A aula de educação física tinha acabado a alguns segundos. Kara pegou suas roupas e caminhou em direção aos chuveiros. Ela levou um susto ao ver Lena saindo de uma das cabines com os cabelos molhados. Lena também notou a presença de Kara ali e simplesmente congelou no lugar. Ela sentia muita falta de Kara mas sabia que era o certo se manter longe.

Lena até pode parecer a culpada da história mas ela é só mais uma vítima. Seu pai, Lionel, estava disposto a fazer dela a nova garota propaganda das empresas Luthor e para isso teria que moldar muito a garota. Ele tinha certeza de que com seus dois filhos a frente dos seus negócios, a visibilidade para a empresa seria ainda maior. Desde aquele dia em questão, onde Lex pegou sua irmã e sua melhor amiga aos beijos, Lionel passou a colocar seu plano em ação.

A morte de Jeremiah foi apenas uma queima de arquivo, o Danvers sabia demais e Lex não permitiria que aquela ponta solta ficasse assim. Agora o alvo dos Luthor’s era Eliza.

Como dito anteriormente, Lena era apenas uma vítima e deixou as ordens de seu pai e irmã falaram mais alto do que seus sentimentos. Ela desejou, com todas as forças, estar com Kara naquele momento tão difícil, mas Lionel obrigou a mesma a comparecer em um evento das empresas, onde ela precisou se manter longe da cidade por dias, tudo premeditado para que ela se mantivesse o mais longe possível de Kara. Só que nem com toda aquela pressão familiar, a mídia em cima como urubus, o sorriso orgulhoso de seu pai…Fez com que Lena esquecesse por um só momento de seu amor por Kara. Se tivesse a opção de desistir, ela faria isso sem pensar duas vezes.

As noites, assim como as de Kara, eram seu pior momento. A voz de todos ecoavam em sua mente lhe dando ordens para que ela fosse perfeita. A única vez que ela sentia-se feliz em seus sonhos era quando sonhava com Kara.

Lionel foi bem claro assim que o avião pousou no heliporto, Lena deveria se manter afastada de Kara, caso contrário sua ida para o colégio interno estava garantida. Ela concordou, mesmo seu coração gritando para que ela dissesse não.

Assim que viu Kara na escola, sentiu vontade de correr até ela e nunca mais lhe soltar. Aquilo não foi possível pois as ordens de seu pai lhe mantiveram ali, presa no lugar enquanto via o sofrimento estampado no rosto de sua amiga.

Os dias se passaram e o boato de que ela estava com James cresceu. Lena não fazia ideia de onde aquilo havia surgido. Desde onde ela sabia, James nunca seria fiel o suficiente para se manter com apenas uma garota, ainda mais ela, a nerd e apaixonada por física, totalmente o contrário de James que prezava um corpo em forma e odiava estar na escola.

Mas o destino deu um jeito de deixar ambas frente a frente. Lena até podia ser boa em se esconder e dizer que Kara não significava mais nada para ela, na frente de seu pai. Mas estando ali, frente a frente com a causadora de todos os seus sentimentos, era outra coisa bem diferente. Seu coração acelerou imediatamente, seu corpo paralisou e seu coração era o que ditava as ordens agora. Kara olhou nos olhos de Lena e por mais que os motivos para odiar a mesma fossem suficientes, ela apenas queria tê-la em seus braços, mesmo que fosse por pouco tempo.

Nenhuma das duas teve coragem de mover-se ou desviar o olhar. Aquele momento era a cereja para o bolo de entrega e reencontro ficar pronto.

Lena lutava contra tudo mas a situação não era favorável.

Kara queria que sua raiva falasse mais alto, mas falhou quando deu seu primeiro passo em direção a morena a sua frente.

As mãos se encontraram. Lena fechou os olhos e uma lágrima solitária desceu de seu olho, a batalha dentro de si era tão insuportável que era impossível não chorar. Com sua outra mão livre, Kara deixou que seu polegar enxugasse aquela lágrima.

–Eu senti tanto a sua falta!–Kara pensou mas como seu corpo era um eterno traidor sempre que via Lena, disse aquilo em voz alta. Aquelas palavras foram o suficiente para fazer Lena desistir de tudo, jogou-se nos braços de Kara e chorou feito uma garotinha indefesa, no fundo ela se sentia como uma. A loira colocou seu braço ao redor de Lena e prendeu seu corpo junto ao dela.

Nada foi dito, Lena chorava sem parar e o objetivo de Kara era fazer com que ela se mantivesse confortável em seus braços até que sua crise de choro passasse. Lena sentia seu corpo responder a aproximação de Kara, aquele era o momento que ela se sentiu feliz depois de tanto tempo. Se fosse possível, ela desejaria viver para sempre ali, nos braços de Kara.

Mas como todas as coisas boas não duram para sempre, ambas tiveram que se separar. Kara passou suas mãos pelo cabelo de Lena e beijou sua testa. Agora mais calma, Lena se afastou.

–Eu preciso ir.–Disse e voltou a se afastar. Kara usou seu corpo como barreira para impedir que Lena fugisse pela porta do vestiário.

–Eu te amo.–Declarou fazendo Lena parar e lhe olhar surpresa.–Não foge de mim, eu imploro.

–Kara…Não podemos.–Disse como uma súplica para que, pelo menos Kara se mantivesse sã.

–Não fale isso, nós podemos sim. Eu te amo e você me ama, apenas pare de fugir.

–Isso está além do que queremos, tenta entender o meu lado.

–Então, apenas…–Kara estava com medo de propor o que estava pensando mas era a única forma de estar com ela sem que os outros soubessem.–…Foge comigo para longe disso tudo.–Pegou em suas mãos e olhou no fundo dos olhos verdes.–…Eu prometo que vou fazer você a garota mais feliz desse mundo todo e todos os dias darei motivos para que você nunca se arrependa de ter me aceitado. Por favor…–Encostou sua  testa na de Lena.–…Promete que não vai me deixar.

Lena estava sedendo, sua vontade maior era de dizer sim e simplesmente se entregar para Kara, mas ela sabia que quando toda a magia sumisse apenas a dor ficaria. Não que ela não acreditasse nas palavras de Kara, mas seu pai tinha dinheiro e loucura suficiente para ir atrás das duas.

–Eu te amo, Kara, mas meu futuro não inclui você.–Confessou, deveria ser sincera com a loira e assim seria por mais que doesse.–Estou tentando te esquecer e sugiro que você faça o mesmo.

–Foda-se a sua sugestão!–Kara se afastou irritada. Lena ficou surpresa, nunca tinha visto sua amiga tão irritada a ponto de dizer um palavrão.–Eu não quero ter que passar pelo inferno que é ter que ver você e dizer a mim mesma que não te amo.

–Olha, eu não posso, ok? Por favor, não insista!–Passou por Kara e caminhou para fora do vestiário.

–Não fuja dos seus sentimentos, Lena!–Kara gritou após ver a garota se afastar.

Dias depois…


Kara estava descontado sua raiva no carro velho que estava em um dos ferros velhos da cidade. A notícia que sua mãe acabara de lhe dar era demais para suportar sem ter uma crise de raiva. Eliza tinha sido promovida mas para isso teria que mudar-se para uma outra cidade, National City.

Claro que Kara estava feliz por sua mãe, mas ela não queria deixar a cidade pois temia que ficar longe de Lena era pior do que receber sua indiferença todos os dias. Pelo menos ali ela podia admirar a beleza e a perfeição de Lena, mesmo que escondida, ao mudar-se para National City aquilo tudo acabaria.

Por outro lado aquela era a oportunidade perfeita para dar um fim naquela confusão toda. Novas pessoas, escola nova, amigos novos…Sem Lena por perto. As chances eram grandes a favor de Kara e seu plano de esquecer Lena.

Sua respiração estava alterada e quanto mais seu punho alcançava o metal mas Kara sentia vontade de bater. Mas um grito de socorro ali perto lhe fez ficar em alerta. Ao que tudo indicava, alguém estava sendo assaltada. Kara parou o que estava fazendo e deu total atenção para descobrir de onde vinha os gritos. Foi ai que ela descobriu quem era a vítima.

–Lena!–Sem pensar duas vezes, Kara voou em direção ao local de onde vinha os gritos e assim que se aproximou viu dos caras segurando a garota.

–Me deixem em paz!–Ela gritou para os homens que apenas riram.

–Ela é bravinha!–Um deles disse rindo.–Vamos mostrar a ela o que fazemos com garotas bravinhas.

–Soltem ela!–Kara parou em frente aos homens, que assim que a viram riram ainda mais.

–Olha, ela chamou reforços!–Um dos homens soltou Lena e se aproximou de Kara.–Vai fazer o que, garota?

–Apenas soltem ela e ninguém sairá machucado.–Kara pediu novamente, segurando-se para não partir a cara daquele homem em duas. Os dois riram alto, Lena estremeceu nos braços do segundo assaltante.

–Quem você pensa que é? O Superman?–Caçoou desferindo um soco em direção ao rosto de Kara. O homem gemeu de dor.

–Não, mas sou prima dele.–Kara respondeu apenas aquilo e em segundos derrubou os homens no chão, com um golpe só, salvando Lena.

Lena correu em direção a Kara e escondeu seu rosto no peito da mesma. Estava agradecida por Kara estar ali para lhe salvar.

–Você está bem?–Kara passou suas mãos no cabelo de Lena, aquele abraço fez suas defesas cederem.

–Estou.–Lena se afastou percebendo o que tinha causado com aquele abraço repentino.

–Tudo bem!–Kara passou por ela e caminhou de volta para a rua.

–Espera!–Lena pegou em seu braço. Kara estranhou o ato pois ela achava que o desejo de Lena era que ela se mantivesse longe. A loira ficou de frente para Lena com os braços cruzados, esperando a mesma falar.–Eu…Quero agradecer por você ter me salvado.

–Não precisa agradecer, eu faria isso por qualquer um que estivesse no seu lugar.–Respondeu tentando o máximo se manter neutra e fria, não queria começar a se humilhar para alguém que não tinha coragem de admitir seus sentimentos.

–Está tudo bem?–Lena insistiu mesmo não entendendo o porquê de tantas perguntas. Kara estava fazendo o que ela pediu na última vez que se encontraram mas por que aquilo era tão difícil de acreditar que estava acontecendo?

–Eu sinceramente não entendo você.–Kara deixou suas perguntas vir a tona.–Estou fazendo o que você queria, me mantendo o mais longe possível de você mas aqui está você, testando minha resistência.

–Kara, eu não…

–O que você quer? Ver eu me humilhar pra você? Pois eu sinto muito em lhe informar, isso não vai acontecer mais e sou idiota o suficiente para admitir que não é nem por vontade minha, mas sim porque estou indo embora desse lugar.

–O que?–Lena sentiu seu coração quebrar de vez.

–Parece que seus pedidos foram ouvidos, eu vou deixar você em paz para o resto da sua vida de covardia. Viva sua vida e por favor, não faça outra pessoa sofrer como eu estou sofrendo. Isso é muita crueldade.

–Pra onde você vai? Como isso aconteceu?–Lena se aproximou de Kara e segurou a mesma pela blusa.

–E porque isso importa agora? Ah, já sei você não terá mais em quem pisar. Talvez James seja tão idiota como eu fui e você possa fazer dele seu novo brinquedinho.

–Cala essa maldita boca, Kara Danvers, e me responda o que eu acabei de perguntar!–Lena ordenou segurando firme Kara pela gola de sua blusa, mesmo sabendo que a loira era bem mais forte do que ela. Kara engoliu em seco, a ordem de Lena até poderia parecer não causar efeito alguém em quem assistia a cena mas Kara estava rendida novamente.

–Minha mãe recebeu uma promoção. Ela passará a cuidar de uma nova pesquisa em um laboratório maior em National City.–Kara explicou.

–National City? Você também vai? Mas e a escola?

–Eu tenho certeza que National City possui escolas.–Sorriu sem humor.

–Quando você vai?

–Dentro de uma semana, no máximo.

Lena largou Kara enquanto processava a notícia. Ela tinha certeza de que aquilo era mais uma das jogadas de seu pai para manter as duas afastadas. Porém, aquela cartada final era fatal. Com Kara longe, Lena só teria tempo para focar em seu futuro, nenhum sentimento resistiria a toda aquela pressão e distância.

Foi ai que Lena se deu conta de que deveria aproveitar o tempo que as duas estivessem juntas na mesma cidade. Aquele era o momento perfeito para um adeus, Lionel estava com sua atenção total em um novo projeto com investidores alemães que só tinha tempo para saber de Lena nos finais de semana.

Lena sorriu ao juntar as peças do quebra-cabeça. Kara iria embora, mas ela teria uma despedida digna, se assim a loira também aceitasse.

–Do que você está rindo?–Kara perguntou ao ver Lena sorrir sozinha.

–Você lembra da sua proposta, para fugirmos juntas?–Perguntou olhando nos olhos azuis de Kara.

–Lembro, lembro também que você fugiu logo em seguida.

–Eu tenho outra para fazer.–Colocou suas mãos sobre o peito de Kara, esperançosa com seus planos.

–Qual?

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QUEM JÁ LEU A FIC, POR FAVOR NÃO ESTRAGUEM A SURPRESA. 😉😘

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