My First and Last Memory

By Xiuchxn

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Cinco anos se passaram desde a partida de Wonwoo. Ninguém acreditaria que depois de tanto tempo iriam encontr... More

1- I can't believe...
2 - It's really you?
3 - After so much time ... it's really you.
4 - Many things and few answers
5 - I'm just an angel
6 - Telephone Call...
8 - Maybe it was not meant to be...
9 - The Truth Untold (Extra)
10- Some truths...
11 - Milk-shake and memories
12 - Would you like to go out with me?
13 - I love you dad
14 - Grandfather?
15 - It's just a kiss
16 - Everything is gonna be fine
17 - Skates and Revelations
18 - I Love you but...
19 - Home
20 - Press Conference
21 - Letters For You
22 - Prince Jaehyun
23 - Together Forever, Remember?
24 - Party
25 - Kim Jinwoo
26 - The Simple Truth
27 - Ice Heart
28 - In The Rain
29 - The Family Secret part.1
30 - The Family Secret part.2
31 - After The Truth
32 - Diamond Crystal
33 - I love you 3000
34 - Together to infinity
Bônus 1
Bônus 2
Epilogo
💫 Agradecimentos 💫

7 - So much feelings

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By Xiuchxn

𝐴𝑞𝑢𝑖 𝑣𝑜𝑐𝑒̂𝑠 𝑣𝑎̃𝑜 𝑣𝑒𝑟 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑜 𝑀𝑖𝑛𝑔𝑦𝑢 𝑣𝑖𝑣𝑒𝑢 𝑛𝑒𝑠𝑠𝑒𝑠 𝑐𝑖𝑛𝑐𝑜 𝑎𝑛𝑜𝑠, 𝑚𝑒𝑠𝑚𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑏𝑒𝑚 𝑝𝑜𝑟 𝑐𝑖𝑚𝑎, 𝑒 𝑣𝑎̃𝑜 𝑣𝑒𝑟 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑒𝑙𝑒 𝑒𝑠𝑡𝑎́. 𝑇𝑎𝑚𝑏𝑒́𝑚 𝑡𝑒𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑣𝑎́𝑟𝑖𝑎𝑠 𝑜𝑢𝑡𝑟𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑖𝑠𝑖𝑛𝒉𝑎𝑠 𝑒𝑛𝑡𝑎̃𝑜 𝑟𝑒𝑐𝑜𝑚𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑙𝑜𝑐𝑎𝑟𝑒𝑚 𝑜 𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑖𝑛𝒉𝑜 𝑏𝑎́𝑠𝑖𝑐𝑜 ;)
𝑁𝑜 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑒𝑠𝑠𝑒 𝑐𝑎𝑝𝑖́𝑡𝑢𝑙𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑜 𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑖𝑟𝑜 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑙𝑖𝑔𝑎𝑐̧𝑎̃𝑜 𝑒 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑟𝑜 𝑎𝑗𝑢𝑑𝑎𝑟 𝑛𝑎𝑠 𝑠𝑢𝑎𝑠 𝑡𝑒𝑜𝑟𝑖𝑎𝑠 ❤

15/12/22

Vão fazer cinco anos, mas parece que foi ontem o dia em que você entrou naquele avião e nunca mais voltou. As coisas estavam indo tão bem, estávamos noivos, mas o destino foi cruel demais com nós dois.

Entrei em depressão, sei que fui fraco, mas eu precisava de você, precisava da minha irmã que havia morrido também, as coisas ruins resolveram acontecer seguidas uma das outras, o que me causou muita frustação e medo. Sinto muito por ter sido fraco desse jeito, por não ter conseguido cumprir a promessa que fiz à você, não fui capaz de viver por nós e me arrependo muito por isso.

Sabe como consegui superar a depressão? Foi tudo graças a um menininho de 9 anos, Jung Jungwoo, o filho mais novo do seu irmão Jaebum. Jungwoo é um menino especial, quase um anjo, e graças a suas sabias palavras eu fui capaz de me curar, de aprender a sobreviver. Vou sempre ser grato a ele por tudo que fez por mim e ainda faz, Woo é como um filho meu, e tenho um carinho tão grande por ele que chega a ser meio estranho.

Depois que consegui superar a depressão, voltei para faculdade de artes e assumi o ateliê de Zitao hyung. Voltar a desenhar roupas e pintar quadros me ajudou muito, me fez perceber que ainda tenho muito o que mostrar para o mundo, e mesmo que lentamente vou conseguindo atingir novos objetivos.

Quando Zitao hyung e Yifan hyung morreram todos ficaram realmente devastados, em menos de três meses aconteceram quatro mortes, o que se deve esperar disso? Descobri que Tao hyung havia deixado seu estúdio pra mim por Renjun, foi ele junto com o advogado que cuidaram dos testamentos. Quando ambos morreram todos acharam que o pequeno Zhang Wu iria sofrer muito, ainda mais por não ver os pais adotivos a exatos sete meses, mas Renjun lidou com a morte melhor do que qualquer outra pessoa faria, melhor do que eu lidei.

Você lembra que Renjun passou a morar com Yixing assim que ambos admitiram ser pai e filho? Bom, desde então Rennie passou muito tempo com o pai biológico e quase não via os pais adotivos, mas mesmo distante fisicamente sempre estava por perto. Quando Zitao e Yifan morreram Renjun estava de férias com Yixing e Junmyeon no Havaí, foi difícil para todos, mas Renjun se manter sério e lamentou a morte apenas em palavras.

Me lembro muito bem o que ele disse quando questionaram sobre a morte dos pais: "A morte é a única certeza que temos, eles morreriam uma hora ou outra, talvez a hora deles fosse agora, não tem como prolongar algo que foi destinado. Eles cuidaram de mim durante onze anos e eu os amei muito, são meus pais, mas sei que ficariam tristes se eu chorasse agora. Vou ser forte por eles, vou ter um futuro bom para poder orgulha-los onde quer que estejam."

Sempre tive inveja de como um adolescente de doze anos conseguiu ter um pensamento tão maduro e racional, eram os pais dele! Eles morreram! E Renjun lidou com a perda de uma forma tão incrível e simbólica. A morte é o último medo dele e ver como um adolescente lida com assuntos ruins e considerados de "adulto", me dá forçar para lutar todos os dias.

Sei que já escrevi coisas parecidas em outra cartas, mas precisei lembrar disso para poder te contar algo muito importante. Sei que deveria ter contado desde que aconteceu, mas por algum motivo adiei isso por três anos e acho que finalmente chegou a hora de falar.

Bom, conheci uma pessoa há três anos, uma pessoa que me fez um bem tão grande que eu até mesmo me assustei no começo. O nome dele é Kim Jinwoo, nós nos conhecemos na faculdade e devo admitir que a forma como nos conhecemos é digna de um dorama, você riria muito se ainda estivesse vivo.

O dia em que nos conhecemos estava sendo horrivel pra mim, minha mochila havia estragado e precisei carregar todo o meu material na mão, e para aumentar o meu azar as aulas do meu curso seriam no bloco de música, que fica do outro lado da faculdade. Eu andava apressado sem me importar com as pessoas em volta, tentando segurar meus materiais, e foi nesse momento que ele surgiu. Jinwoo também estava andando sem olhar o caminho, ele carregava o violino nas costas e estava tão apressado quanto eu, nos trombamos no meio do corredor, meu material se espalhou pelo chão e Jinwoo caiu. Eu fiquei bem bravo, meus desenhos todos estavam no chão, eu queria xingar quem havia feito aquilo, mas me mantive calmo.

Ele me ajudou a recolher tudo e ficou segurando grande parte dos meus materiais. Jinnie pediu desculpas e foi naquele momento que o olhei pela primeira vez, ele era lindo, parecia um anjo. Seu cabelo era castanho, os olhinhos pequenos, a pele clara e bem mais baixo do que eu. Ele estava usando uma coroa de flores adorável e parecia uma criança com as roupas claras e alegres. Nós dois ficamos em silêncio durante alguns segundos apenas nos encarando, até que resolvi quebrar o silêncio perguntado se ele não devolveria meus materiais. Para minha surpresa Jinwoo se ofereceu para me ajudar a carregar tudo até onde eu iria, e claro que aceitei!

Fomos o caminho inteiro conversando e sem que me desse conta, eu ria e sorria em sua direção com uma facilidade que não era comum.

Quando paramos enfrente a sala onde ocorreria minhas aulas, Jinwoo me convidou para tomar um café depois da faculdade, eu aceitei. Depois da aula nos encontramos na cafeteria perto do campus, nunca achei que teria tanta coisa para conversar com um homem que parecia um anjo. Descobrimos muitas coisas nas três horas que passamos dentro do estabelecimento, ali surgiu a sementinha que deu origem a nossa amizade.

Nós começamos a nos ver todos os dias, saíamos sempre depois das aulas, passávamos muito tempo juntos. Sem que me desse conta, acabei deixando os meninos de lado para ficar com Jinwoo por mais tempo. Pode parecer ruim, mas naquela época foi a melhor decisão que eu poderia ter tomado, sei disso hoje, mas naquele tempo parecia que estava fazendo algo errado. Jinnie estava fazendo faculdade de música, ele tocava violino como um perfeito profissional e só de ouvir o som de seu instrumento eu já me acalmava.

Escondi minha amizade com ele por muito tempo, ainda hoje quase ninguém sabe que somos amigos, preferi que as coisas se mantivessem entre nós, fizemos muitas loucuras em três anos de amizade e preferimos manter todas as nossas aventuras como um segredo só nosso. Sei que acabei de dizer que não contaria nossas loucuras, mas acho que tudo bem dizer a você.

Assim que nos formamos, um ano depois de nos conhecermos, Jinwoo me perguntou se eu não queria fugir, sair viajando pelo mundo, ver novas culturas, viver ao extremo, fazer loucuras. Naquela época ele já sabia de toda a minha história, tanto com você, quando a do momento, e sempre tentou me animar sendo ele mesmo e propondo coisas loucas. O que ele não sabia, e provavelmente ainda não sabe, é que o simples fato dele respirar do meu lado já me deixa tranquilo e melhor. Eu pensei em negar, mas estar com ele me fazia tão bem que eu iria até o quinto dos infernos se Jinwoo pedisse.

Passamos um ano viajando pelo mundo e fazendo loucuras, dos cinco anos que se passaram com toda a certeza do mundo aquele foi o único em que eu me senti bem. Não dei satisfação a ninguém quando peguei minhas coisas e entrei em um ônibus junto com Kim Jinwoo. Não vou especificar tudo o que fizemos, mas vou listar algumas coisas:

1- Fui preso 3 vezes
2- Andamos pelados pelas ruas de Berlim (motivo da nossa primeira prisão)
3- Trabalhamos em diversos lugares aleatórios e divertidos
4- Vendi meus desenhos nas praças das cidades enquanto Jinwoo tocava violino
5- Acampamos em diversos lugares
6- Nadamos em um lago congelado
7- Grafitamos paredes de todos os lugares onde passamos
8- Roubamos uma floricultura - roubamos as flores no caso- (motivo da nossa segunda prisão, que foi em Moscou)
9- Bebi diversos drinks e cervejas diferentes
10- Tiramos muitas fotos
11- Fumei maconha.

Preciso falar sobre esse número 11. A primeira vez que fumei maconha foi quando estávamos no México, Jinwoo não gostou nada da ideia, mas não podia mandar em mim e naquela época tudo parecia muito bom, principalmente as coisas que me faziam esquecer você. Devo admitir que foi muito bom, bom mesmo. Então a partir daquele dia eu sempre precisava tragar pelo menos um baseado pra relaxar. Hoje não faço mais isso, e tenho que agradecer a Jungwoo e Jinwoo.

12- Escrevemos em variados cadeados e prendemos em diversas pontes
13- Fomos em vários templos
14- Conhecemos novas culturas e novos costumes
15- Ajudamos ONGs de todos os países onde passados
16- Fomos presos por ultraje público ao pudor (nossa última prisão)

Certo, essa precisa ainda mais de explicação. Nós estávamos em Toronto no Canadá, invadimos o parque Nacional de madrugada e deitamos perto do lago para beber uma garrafa de whisky e fumar o baseado diário. Jinwoo ainda não aceitava muito bem o fato de que eu fumava maconha agora, mas de vez em quando ele tragava junto comigo enquanto conversávamos coisas aleatórias.

Estava muito frio naquele dia e por algum motivo Jinwoo me pareceu muito mais bonito e sexy do que em quase dois anos de amizade. Não sei de foi efeito da maconha ou do álcool, mas quando dei por mim nós já estávamos fazendo sexo ali mesmo na grama.

Foi muito bom na verdade, preciso ser sincero e admitir isso. Claro que não se compara a todas as nossas noites de amor, mas eu não estava com ninguém daquele jeito tão íntimo a tanto tempo e sendo mais sincero ainda Jinwoo tem um corpo escultural e macio, quando eu o tocava parecia ser um travesseiro.
Eu precisava daquele sexo, mas me culpei muito por aquela noite depois, aquela e todas as que se seguiram.

Fomos pegos pelo guarda do parque e na mesma hora encaminhados para polícia. Não me arrependo disso, naquela época foi bom demais e a adrenalina que vivemos naquele dia nos moveu a fazer mais loucuras.

Eu disse que tiveram outras vezes em que nos envolvemos dessa forma tão íntima, e tiveram mesmo. A maioria delas foi em público, era o nosso fetiche pessoal, só que aprendemos a ser discretos e nunca mais fomos pegos. Jinwoo e eu vivemos uma espécie de "romance de verão" foi bom, e eu precisava daquilo para perceber que mesmo que ele me fizesse feliz eu sempre vou precisar de você, Wonwoo, eu sempre vou te amar e ninguém pode mudar isso.

Depois de toda a nossa incrível viajem resolvemos voltar para a Coreia e recomeçar. Deixamos tudo o que aconteceu para trás, como uma memória boa e quentinha que me faz sorrir sempre.

Assumi o estúdio do Zitao hyung, deixei a maconha de lado assim como as bebidas alcóolicas. Não consegui me desprender do cigarro, mas essa é uma luta que venho tentando vencer junto com Jungwoo e Jinwoo. Quanto ao Jinnie, ele foi chamado para compor a orquestra da cidade e da aulas de violino no Instituto de Arte Moderna de Gangnam, ele é professor do Haechan.

Apresentei Jungwoo à Jinwoo algum tempo, os dois são as pessoas mais importantes da minha vida fora você, e eles se deram muito bem, o que é ótimo pra mim. Nós dois deixamos nosso pequeno romance de lado e começamos a procurar pretendentes para o Jin.

Me lembro muito bem como ele conheceu o namorado. Estávamos saindo dos nossos cursos no Instituto a uns nove meses atrás e o Jinnie disse que queria passar no estúdio de tatuagem que havia no prédio, nós fomos lá e quem estava atendendo era Song Minho (seu atual namorado), no momento que eles se viram foi como se o universo se completasse para os dois, e olha que nem era eu que estava encontrando minha alma gêmea, foi o meu melhor amigo. Eles trocaram os números e começaram a namorar em menos de um mês. Eu dei total apoio e fui o primeiro a concordar com esse relacionamento, Minho é um cara bom que realmente gosta do Jinnie, e eu só quero o bem do meu anjo.

Contei tudo isso por que acho que você merece saber, Jinwoo foi uma pessoa importante na minha vida, ainda é, sempre vai ser. Jinwoo trouxe novas cores para minha vida, me fez perceber que o mundo não parou e que eu posso aprender a viver mesmo que aos poucos, me mostrou que eu posso continuar amando você e ao mesmo tempo me amar também.

Demorou muito, mas agora finalmente estou pronto para seguir em frente. Vou levar você no meu coração para sempre, mas vou seguir meus sonhos e fazer você se orgulhar de mim, Wonwoo.

Nunca se esqueça que eu te amo e sempre vou amar, nada vai mudar isso.

Com amor:
Kim Mingyu, seu noivo.

💫💫💫

16/12/22
18:37

—  Ainda não entendi direito o que você quer fazer Gyu.  —  resmungou.

Ajeitei seus cachinhos e selei sua testa.

—  Eu vou pintar você, qual parte disso você não entendeu Jinnie?  —  ri divertido.

Guiei Jinwoo até a mesa onde estavam todas as flores que serviam de ambientação e o fiz sentar na cadeira.

—  Eu entendi isso Gyu, não entendi por qual motivo você resolveu me pintar agora. Somos amigos a três anos e você nunca demonstrou interesse algum em me pintar.   — ralhou.
— Isso é porque eu sempre te considerei uma obra prima, você tem traços perfeitos, pele perfeita, cabelo perfeito e um sorriso que melhora o mundo, seria mais fácil te entregar como trabalho do que tentar pintar você.

Suas bochechas ficaram vermelhas e seu sorriso aqueceu meu coração.

—  O que te fez mudar de ideia?

Arrumei o cavalete e as tintas.

—  Um amigo meu me ligou hoje de tarde dizendo que tinha achado um modelo perfeito para minhas aulas.

Comecei a contar enquanto fazia o desenho com lápis dos traços de Jinwoo na tela.

— Jun falou que havia encontrado ele em um estúdio de tatuagem que havia ido com outros dois amigos meus. Segundo ele, o menino era muito fofo e lindo e ia ser um perfeito modelo. Imagina a minha surpresa quando eu perguntei o nome do menino e ele disse que era Kim Jinwoo! Nunca passou pela minha cabeça te desenhar ou pintar, mas acho que não custa tentar. Você é lindo Jinnie, precisamos retratar Isso.
—  Que bom que existem pessoas que reconhecem o meu brilho.

Gargalhei. Peguei minha câmera e mandei que ele ficasse paradinho, logo tirando uma foto.

—  Precaução.  —  respondi antes que ele perguntasse.  — Só pro caso de você estar ocupado nas horas em que eu for pintar.
—  Estou sempre disponível pra você Gyu.  —  piscou em minha direção.

Revirei os olhos e continue a desenhar seus traços.

—  Fica bem paradinho. — mandei.

Depois de um tempo finalmente havia terminando o esboço do seu rosto, todos os traços e detalhes bem marcados e desenhados.

— Você não ia sair com o Mino hoje?  —  perguntei enquanto desenhava as flores.
—  Ele saiu com os amigos. — resmungou.

Ri.

—  E você tá bem com Isso?
— Tô ótimo. —  ironizou.

Não entenda mal, Jinwoo não é ciumento nem nada, muito pelo contrário, ele adora os amigos do Mino e sempre sai com eles quando pode. O problema nessa situação toda é que Junhee, a irmã mais nova do Jongup, voltou pra cidade esses dias e digamos que ela tem um penhasco por Song Minho e deixa isso bem claro, não se importando se ele tem namorado ou não.

—  Por que não foi junto? Podia cuidar do seu namorado.
— Não, eu confio no Mino. —  sorriu. — Tá tudo bem, eu sei que se alguma coisa ruim acontecer não vai ser culpa dele, e além do mais, Zelo não gosta nenhum pouco dela também, então ele é como o meu cúmplice dentro daquele grupinho.

Revirei os olhos.

—  Que bom que você confia no seu namorado.
— Sim, eu confio muito nele, não confio naquela loca lá. Se ela passar na minha frente eu mato.

Rimos e eu continuei a fazer os traços do desenho, fiquei muito satisfeito com o resultado final, só preciso pintar agora.

—  Podemos dar uma pausa, vem vamos comer alguma coisa. —  chamei.

Desde que voltamos da viagem ao redor do mundo, eu moro em um apartamento duplex bem grande. Amo esse lugar com todo o meu coração, passo grande parte dos meus dias aqui e no meu ateliê. Todo o apartamento tem a minha cara e é tão reconfortante. Minha cozinha é toda em tons escuros e bonitos, tenho vários quadros espalhados pela casa, mas aqui na cozinha o que reina são as plantinhas e o quadro negro com minha agenda semanal.

Jinwoo e eu resolvemos fazer um hambúrguer bem gostoso e batata frita. Quando a comida já estava pronta pegamos o refrigerante e sentamos um de frente para o outro no balcão.

—  Como foi o dia hoje? —  perguntou.
—  Calmo.
—  Isso foi muito vago, Gyu. Me fala como foi lá no Memorial com o Jungwoo. —  pediu.

Suspirei.

—  Foi normal eu diria. Busquei Jungwoo bem cedo e ele estava morrendo de sono, dormiu tarde demais.
— Por que ele dormiu tarde?
—  Ele me disse que sua inspiração havia voltado e precisava aproveitar.
—  Voltou!? Nossa isso é ótimo, você sabe como?

Parei para pensar, não perguntei isso a ele, que burro!

— Não, na hora eu nem me liguei em perguntar.
—  Tinha que ser você mesmo. —  zombou.
—  Ei!

Jinnie riu e mandou que eu continuasse.

— Mandei ele dormir enquanto não chegávamos e no caminho passei em uma floricultura para comprar um buquê de girassóis, são as preferidas do Wonwoo. — sorri nostálgico. — Quando chegamos lá eu acordei o Woo e fomos até a cerejeira. Foi a primeira vez que levei ele lá, mas senti como se não fosse sua primeira vez no Memorial.
—  Talvez ele tenha ido no Memorial sem você.
—  Mas ele me diria, certo? Jungwoo é meio como um filho pra mim, nós contamos tudo um pro outro.

Jinwoo limpou as mãos e afastou o prato, em seguida me olhou profundamente.

—  Você esqueceu quem é o Jungwoo, não é?

Revirei os olhos.

— Lá vem você com essa história do Jungwoo ser um anjo. —  desdenhei.
—  Não é história! Você não consegue ver!? Woo tem uma áurea tranquilizadora, ele acalma até um leão se deixar. Sem contar que ele sabe demais, sabe coisas que não deveria saber e tudo o que acontece tipo hoje ele já sabia a um mês atrás. —  revirei os olhos. —  Se você não consegue ver o quão especial Jung Jungwoo é, não posso fazer nada Gyu.

Suspirei.

— Não vamos falar sobre isso, ok?

Jinwoo concordou.

—  Você vai buscá-lo que horas amanhã?
—  Duas horas, por quê?
—  Só pra saber, vou dormir aqui então.
—  Mas olha que abusado! Você pergunto se podia dormir aqui?
—  Não preciso perguntar meu amorzinho, eu vou.

Sorri. Lavamos a louça e depois arrumamos toda a casa, no final emprestei um conjunto de roupas para Jinwoo, para que ele pudesse tomar banho.

Depois de tomarmos banho fomos nos deitar. Mesmo que o apartamento tenha quarto de hóspedes, Jinwoo sempre dorme comigo e não é como se eu me importasse também.

Deitamos pertinho um do outro como todas as vezes e ficamos em silêncio por um tempo apenas nos olhando.

—  Acho que vou fazer uma tatuagem. —  digo baixinho, por causa da distância.
—  Sério!? Isso é bem legal, Mingyu. Podemos fazer uma tatuagem juntos, tipo aquelas de amizade sabe?

Ri baixinho e concordei.

— Seria legal
— Vamos fazer então, assim vou ter duas tatuagens com os amores da minha vida. —  sorriu.

Arregalei os olhos.

—  Do que você me chamou?
— De amor da minha vida, o que você é convenhamos.
— Eu não sou o amor da sua vida Jinwoo, Mino é.

Jinnie riu graciosamente e se aproximou um pouquinho mais.

— Você é sim um dos amores da minha vida Mingyu.

Ainda o encaro com um ponto de interrogação. Por que raios eu sou o amor da vida dele se nem somos namorados?

— Você tem muito o que aprender sobre sentimentos meu pequeno gafanhoto. —  riu. —  "O amor da sua vida" é meio como almas gêmeas, não precisa ser necessariamente no sentido romântico, pode ser um amigo, um irmão, seus pais e acima de tudo, não se limita a uma pessoa só. Mino é meu soulmate, tive certeza disso quando o vi pela primeira vez, eu o amo como nunca vou amar ninguém nesse mundo e se depender de mim nós ficaremos juntos por toda a nossa pequena eternidade, mas o fato dele ser o meu soulmate não manda que fiquemos juntos no sentido romântico, poderíamos ser só amigos, mas o destinos nos uniu no sentido romântico.
—  Então você tá me dizendo que o amor da sua vida pode ser um amigo também, tipo nós dois?
—  Exato meu pequeno gafanhoto. Veja por exemplo os seus amigos: Chanyeol e Jongdae são soulmates, assim como Jun e Wonwoo eram. Hoje Baekhyun, Jun e Minseok, desenvolveram uma ligação quase parecida com o conceiti de almas gêmeas. A amizade dos três é algo bonito, que vai durar para sempre, eles podem não saber sobre isso, mas não muda o que eles são.
—  O que você virou!? Um mago, um gênio da lâmpada, não pera foi um guru! Como você sabe essas coisas? E como conhece meus amigos!?

Jinnie gargalhou e se sentou na cama, com as costas encostadas na cabeceira da mesma.

—  Você pode nunca ter me apresentado aos seus amigos, mas eu conheço a grande maioria deles. Junhui da aulas no Instituto, sem falar que ele é pai do Donghyuck e eu sou professor dele. — observou. — Baekhyun é pai do Taeyong e eu sempre o vejo também, assim como Chanyeol. Sei que eles são casados e qualquer outra pessoa ligaria esses pontos se prestassem mais atenção. Minseok de vez em quando aparece por lá também para levar o Mark nas aulas de canto. Eu os vejo interagindo, eles são adoráveis, a ligação deles não foi espontânea, alguém os ligou e só esse alguém pode separa-los.

Engoli em seco.

— Wonwoo os ligou. Quando ele morreu os três acabaram se aproximando, Baek e Jun são primos e tem uma boa relação, Minseok é o fator surpresa.
— Eu sabia disso. - sorriu fraquinho. —  Wonwoo os uniu mesmo que involuntariamente, e só ele poderia os separar.
— Não tem como ele fazer isso, ele está morto. —  olhei para o teto.
—  Mesmo se estivesse vivo não acho que algo poderia os separar agora.

Então ficamos em silêncio novamente. Ainda dói falar sobre Wonwoo, acho que sempre vai doer, mas falar sobre ele com Jinwoo ou Jungwoo é bem melhor, eles me passam uma tranquilidade que me deixa bem. Estar com os dois na verdade me deixa melhor.

Podem se passar quantos anos forem, eu ainda vou lembrar do Wonnie e ainda vai doer, mas escolhi seguir em frente e é isso o que vou fazer.

—  Se o que você disse for verdade, então você e Jungwoo também são os amores da minha vida junto com o Wonwoo.

O encarei quando terminei de falar. Jinnie sorria daquele jeito adorável que o fazia aparecer uma criança.

— Você me deixou muito feliz agora, vamos ser amigos pra sempre tá me ouvindo. —  Segurou meu rosto e o balançou.

Ri e concordei.

— Vamos fazer a tatuagem de amizade, mas eu também quero fazer uma tatuagem em homenagem ao Wonwoo, como um símbolo de que vou tentar novamente ser feliz. —  admiti.
— Não se preocupe ok, vou cuidar de tudo sobre a tatuagem. Agora nós precisamos dormir, descansa, dorme direitinho. —  selou minha testa.

Apaguei o abajur e nos cobri.

— Boa noite Jinie. —  sussurrei.

Ele mandou um beijinho com a mão e fechou os olhinhos. Alguns minutos depois foi minha vez de descansar.

💫💫💫

17/ 12/ 22

Jinwoo foi embora logo após o almoço. Assim que ele saiu pela porta um pequeno sorriso brotou em meu rosto. Ontem era o dia em que eu geralmente me trancava em casa e chorava por horas até dormir de exaustão.

No ano em que nos conhecemos, quando chegou o dia dezesseis de dezembro, Jinwoo não me deixou ficar trancado em casa, me levou para um parque de diversões e eu esqueci por um momento que aquele deveria ser o pior dia da minha vida, mas logo lembrei do Wonwoo novamente e chorei como nunca antes me sentindo culpado por me divertir em um dia tão significativo. No segundo ano da nossa amizade, nós estávamos viajando no dia, se não me engano estávamos no Caribe. Jinnie me deixou ficar trancado o dia todo no quarto, mas de noite me obrigou a sair, ele me levou para praia para podermos ver as estrelas, chorei muito também, imaginando que Wonu era alguma daquelas luzes bonita no céu. Jinwoo me abraçou e disse que as coisas ficariam bem, que onde quer que o Wonwoo esteja ele está bem, esta feliz, e que iria querer me ver feliz.

E agora é o terceiro ano dele comigo e pela primeira vez não chorei. Pelo menos não até dormir, ou até minha cabeça doer, chorei apenas quando fui com Jungwoo até o memorial. Acho que isso é um avanço, preciso lembrar só dos momentos bons que passamos juntos, Wonwoo merece meus sorrisos e minha alegria, estou sendo forte por ele, então tudo vai ficar bem.

💫💫💫

13:40

Resolvi ir buscar Jungwoo caminhando mesmo. Meu apartamento não fica tão longe assim de sua casa, sem falar que posso andar um pouquinho, espairecer a mente, e buscar inspirações para a nova coleção de primavera.

O dia está ensolarado, mas frio, é agradável andar na rua com esse tempo. Decido pegar o caminho que passa por uma praça muito linda, é mais rápido e bonito. Enquanto ando acabo divagando sobre os novos desenhos que preciso fazer e sem perceber acabo tropeçando em alguém.

—  Me desculpa. — digo.

Não trombamos com força, mas a pessoa acabou caindo mesmo assim. Estico minha mão para ajudar seja lá que for e assim que a pessoa se levanta eu arregalo os olhos.

—  Renjun!? Minha nossa senhora! O que aconteceu com você!? — pergunto preocupado.

Renjun está usando um conjunto moletom da Adidas preto, vans da mesma cor, uma toca também preta que cobre todo o seu cabelo —  não dá pra ver nenhum fio se quer —  e está usando uma máscara da mesma cor que o resto de suas roupas. Mas o que me surpreende são suas sobrancelhas, elas não existem mais!

— Oi Gyu. — deu para perceber o sorriso pois seus olhos se enrugaram.
—  Repito: o que aconteceu com você!?
—  Não aconteceu nada.
—  Onde estão as suas sobrancelhas!?
—  Ah! Meus colegas de mestrado rasparam, foi um trote por eu ser mais novo que a maioria lá, não se preocupa, elas vão nascer de novo.
— Não sabia que existia trote no mestrado. - observei.
—  Pois é, nem eu sabia.
—  E o seu cabelo? Por que está escondendo?
— Pintei ele, mas é uma surpresa. Vou mostrar só no natal.
— Hum, sei.

Tem alguma coisa errada nisso aí, mas não vou falar nada.

— Onde está indo, hyung? — perguntou.
— Vou buscar Jungwoo, vamos na exposição de arte que vai ter daqui a pouco. Não quer ir também? — Eu adoraria, mas preciso fazer algumas coisas. Falando nisso, já estou atrasado. Foi bom te encontrar Mingyu hyung, nos vemos outro dia, e diga a Jungwoo que mandei um oi. — sorriu e se foi.

Renjun saiu andando, até mesmo de costas ele parecia diferente, magro, frágil. Preciso descobrir o que está acontecendo, talvez Jungwoo saiba de alguma coisa.

Cheguei na mansão presidencial alguns minutos depois, toquei a campainha e me identifiquei para que os portões pudessem ser abertos. A casa de Jaebum é simplesmente gigantescas, acho que tem mais cômodos do que pessoas lá dentro.

Toco a campainha e quem abre a porta é Yugyeom.

— Mingyu hyung! Oi. — sorriu.
— Oi Yug.
— Veio buscar o Woo?
— Sim, ele está pronto?
— Acho que sim, desde ontem ele tá trancado lá dentro do ateliê dele e só sai pra comer, você pode ir lá ver.
— Ok, obrigado.

Yugyeom sorriu e me deixou entrar dentro da casa.

— Você sabe onde fica o ateliê dele, certo? — perguntou.
— Sei sim, vou lá atrás dele.
— Vou voltar para cozinha, sinta-se em casa hyung.

Ri e concordei. Já vim aqui várias vezes e conheço cada canto dessa mansão enorme. Chego em frente às duas portas enormes que dividiam o nosso mundo do mundo de Jungwoo, toco a campainha e segundos depois as portas de abrem.

— Hyung! — sorriu.

Woo estava uma gracinha, nunca vi um menino de 11 anos tão estiloso quanto ele.

— Está pronto?
— Estou sim, vamos?

Fechou a porta logo a trancando novamente.

— O que você esconde lá dentro? Nárnia?

Jungwoo riu daquele jeitinho infantil e adorável, e negou com a cabeça.

— Não, infelizmente não é Nárnia.
— Não entendo porquê guarda seu ateliê a 90 chaves.
— Eu só gosto de ter minha privacidade. — riu. — Mas quinta-feira eu deixei alguém entrar lá dentro. — murmurou.
— Você o que!? — falei meio alto. — E por que não fui eu!? — questionei indignado.

Woo apenas riu e saiu correndo, corri atrás dele e só o alcancei quando chegamos na sala, e ainda sim eu só o alcancei porque Jaebum havia o pegado no colo.

— Seu trapaceiro! — indago.

Woo riu e abraçou o pescoço do pai.

— Você que é lerdo, hyung.
— Olha os modos Jung Jungwoo! — repreendeu Jaebum.
— Desculpa appa.
— Tudo bem, Mingyu é lerdo mesmo. — sussurrou.
— Mas é o que!? Virou o dia de insultar Kim Mingyu!?

Os dois gargalharam.

— Não seja bobo, Gyu. — mandou Jae. — Estamos só te irritando, amávamos você, Sim?
— É estranho ouvi você falando essas coisas Jaebum, quem fala assim é o Youngjae.
— Meu marido no caso, nunca ouviu falar que a convivência faz com que adquiramos hábitos?
— Tá bom Jae, agora eu vou levar o Woo. — tento pega-lo, mas Jaebum desvia.
— Que horas você vai trazer o meu anjinho de volta pra casa?
— Assim que acabar o evento.
— Muito tarde.
— Pelo amor de deus, Jaebum! Você não vai sair com Youngjae? Tá preocupado com o horário porque? — questionei.
— Jungwoo é meu bebê, quero ele em casa antes das cinco e meia, ouviu Kim Mingyu!?

Revirei os olhos mas concordei.

— Relaxa appa, a feira acaba exatamente nesse horário. Gyu hyung e eu podemos vir embora as quatro, o que acha?
— Você é tão esperto, appa te ama. — beijou a testa do filho antes de colocá-lo no chão. — Se divirta meu anjo, aproveita bastante.
— Pode deixar appa.

Woo veio para perto de mim e segurou minha mão.

— E você cuide dele ouviu!?
— Relaxa Jaebum. — ri.
—Se divirtam. — sorriu.

Neguei com a cabeça e guiei o pequeno Jung até o lado de fora dos portões.

— Esse seu appa, não muda nunca.
— Appa tá feliz hoje, por isso ele tá assim.
— Por que ele tá feliz? — questionei curioso.
— Por sair com o papai. Faz tempo que eles não tem esse momento "casal", então ele tá muito feliz. — contou.
— Ei mocinho! Você fugiu de mim lá na sua casa pra não me contar quem você deixou entrar no seu ateliê, agora você não tem escapatória, abre o bico fofinho. — mandei.
— Eu...hum... na quinta eu conheci um menino chamado Lucas, ele estava lá em casa junto com alguém e acabamos nos trombando. Foi ele quem eu deixei entrar. — contou enquanto olhava para o chão.

Arregalei os olhos. Jungwoo deixou um completo desconhecido entrar no seu mundinho, sem esforço algum! Tá isso é bem inesperado.

— Ele tinha uma áurea diferente, sabe? — continuo. — Ninguém que eu conheço tem aquela áurea, me senti tão bem perto dele que quando ele pediu pra ver meu ateliê eu só deixei. — terminou envergonhado.

Uau! Alguém conseguiu fazer o Woo ficar assim, isso é inesperado, preciso conhecer esse menino.

— Bom... Eu encontrei Renjun quando estava vindo pra cá. — mudo de assunto.

Woo se virou na minha direção como um raio e me encarou assustado.

— Você encontrou com ele!?
— Sim? — respondi incerto, o que deu nessa criança?
— C-como ele estava?
— Na verdade eu achei ele bem mal. Estava magro, usando máscara e sem as sobrancelhas. — observei.

Woo arregalou os olhos e murmurou algo que não consegui entender.

— Ele disse como perdeu as sobrancelhas?
— Falou que foi um trote no doutorado. Eu achei estranho, geralmente quem faz doutorado já tem uma certa idade e não fazem essas brincadeiras idiotas de adolescentes.
— Renjun tem dezesseis anos, está em uma turma com pessoas de trinta pra cima, talvez as outras pessoas se sentam ameaçadas por ele e fizeram isso.
— É pode ser, não é uma opção a ser descartada. Ah, quase me esqueci, Renjun estava escondendo o cabelo também, disse que pintou e vai mostrar só no natal.
— Pintou o cabelo? Ele sempre gostou do cabelo pretinho. — observou.
— Eu também achei estranho, mas Renjun é uma incógnita muito difícil de decifrar e provavelmente nós só vamos entende-lo quando ele deixar.
— Sim.

Continuamos conversando até chegarmos ao parque. A exposição estava linda! O contraste das cores vibrantes nas telas com a natureza deixava tudo ainda mais majestoso, os alunos da Yonsei merecem um prêmio por isso, está realmente lindo.

— Uau hyung, tudo é muito lindo. — diz Woo, maravilhado.
— Sim, eles são verdadeiros artistas.
— Você acha que um dia meus quadros vão ser expostos assim também?
— Claro que sim, você é um verdadeiro artista já com doze anos, imagina quando estiver na faculdade? Sem dúvida vão fazer uma exposição só pra você Woo.

O mesmo sorriu alegre e saiu me puxando por todos os cantos para que conseguíssemos ver tudo. Em uma parte da exposição estava acontecendo um concurso de desenho, as pessoas podiam se inscrever, fazer um desenho bem bonito que iria ser julgado pelos professores da Yonsei, o vencedor leva uma bolsa integral no curso de artes para iniciantes na faculdade.

— Você acha que eu deveria me inscreve, Gyu hyung?
— Acho que sim, você desenha muito bem e é uma chance para mostrar o seu talento.

Woo sorriu e concordou. Ele se inscreveu e recebeu um caderno de desenho e um estojo com lápis.

— Eu tenho duas horas para entregar o melhor desenho que eles já viram. Preciso ficar sentado ali naquela área reservada para os competidores, você pode ir andar ou fazer qualquer outra coisa.
— Ok, tome cuidado e faça o melhor desenho que todos aqueles professores já viram. — o incentivei.

Jungwoo abriu um lindo sorriso e concordou, logo saindo em direção ao lugar onde os competidores deveriam ficar. Resolvi andar pelo parque enquanto esperava as duas horas se passarem, me sentei em um banco mais afastado da área movimentada do parque e acendi um cigarro.

Sei que deveria tentar parar de fumar, mas é um vício, já diminui o número de cartelas, hoje fumo apenas um cigarro por dia, mas ainda sim é difícil.

Relaxei no banco e continuei fumando tranquilamente, algumas pessoas passavam por ali caminhando, mas ninguém realmente me chamou a atenção. Já estava quase acabando o cigarro quando um homem passou por mim. Sei que várias outras pessoas passaram, mas aquele homem tinha algo de diferente, suas roupas eram todas de couro, dava para ver as tatuagens em seus dedos e pescoço, seu cabelo era de um castanho claro muito bonito, mas o que me chamou a atenção mesmo foram seus olhos.

Nossos olhares de encontrar por uma fração de segundos, e só isso fez meu copo inteiro ficar gelado e meu coração disparar de um jeito que chegou a doer. Não consegui ver seu rosto por causa da máscara que o mesmo usava na boca, mas só os olhos já me deixaram sem chão... aqueles olhos eram tão familiares...Da onde eu os conheço?

💫💫💫

Duas horas depois:

Acabei fumando três cigarros depois do que aconteceu. Aquele homem tinha uma áurea estranha e os olhos muito familiares, eu o conheço tenho certeza, mas não sei quem é.

Voltei para o lugar onde iria ocorrer a competição e vi todos os competidores alinhados em uma fila, eram sete no total, Jungwoo com certeza era o mais novo de todos.

Depois de uma rápida apresentação os jurados foram pedindo para que os competidores mostrassem seus desenhos e foram avaliando um por um.

Woo foi o último e o mais impressionante, ele desenhou o pai, Jaebum, e foi um desenho tão perfeito, tão detalhado e realista que até os professores da Yonsei ficaram imprecionados.

No final ele ganhou a bolsa de estudos e o reconhecimento de todos que estavam ali.

Woo ficou muito feliz por ter ganho o prêmio, e veio de lá até em casa saltitando e completamente orgulhoso de si mesmo. Esse menino tem um futuro brilhante pela frente, e ninguém vai atrapalha-lo, tenho certeza disso.

💫💫💫

19/12/ 22
18:40

Estou tão cansado.

Passei tanto tempo dentro do meu ateliê fazendo os últimos ajustes em várias roupas, também desenhei vários figurinos novos e entrei em contato com várias pessoas do ramo da moda. Foi um dia muito cansativo, só quero tomar um longo banho de banheira.

Tiro minhas roupas apressadamente e entrou dentro da banheira já cheia de água quente, sais minerais e espuma. Faz tanto tempo que não relaxo assim. É bom.

Alguns minutos depois meu celular começa a tocar e resolvo deixar cair na caixa postal, porém, ele tocou mais três vezes então resolvi pega-lo. Para minha surpresa quem estava ligando era Minseok.

— Seok? — atendo confuso.
Oi Gyu, você tá ocupado?
— Não, só tô tomando banho de banheira. Pode falar.
Certo. Eu preciso que você esteja amanhã as 8 horas em ponto na casa do Youngjae.

Arregalo os olhos.

— Como assim?

Ouço o mesmo suspirar.

Baekhyun, eu, Jun e Youngjae temos algo muito importante para contar a você e todos os nossos amigos. Por favor venha sem falta, esse assunto lhe interessa muito.
— Tudo bem, estarei aí.
Ok. Agora pode aproveitar o seu banho.
— Obrigado, hyung. — desligou.

Confesso que estou com medo dessa tal "reunião", eles querem reunir todos nós, nada de bom vai sair disso, eu tenho certeza. Deixei meu celular de lado e voltei para o meu delicioso banho, preciso relaxar.

💫💫💫

Narradora:
20/12/22
7:55

Todos os convocados já estavam chegando na mansão presidencial. Mingyu estava aflito como nunca antes, de alguma forma ele sentia que algo não daria certo, que algo estranho estava por vir.

O lugar escolhido para que a reunião acontecesse foi justamente a sala de reuniões presidencial, o único lugar onde caberiam confortavelmente trinta e três pessoas, sendo que três delas estarão em vídeo-chamada.

As pessoas chamadas para essa reunião são: Jaebum, Daehyun, Youngjae, Dahyun, Sana, Yixing, Junmeyeon, Kai, Kyungsoo, Nayeon, Mina, Yuta, Winwin, Chanyeol, Mingyu, Jeonghan, Seungcheol, Soonyong, Jihoon, Harbin, Bobby, Mark, Jackson, Jimin, Jungkook, Johnny, Ten, MingHao e Chenle.

Jaebum está atônito, sabe que o marido esconde algo de si, e teme verdadeiramente descobrir o segredo. Chanyeol por mais que aparentasse certa calmaria, por dentro está uma pilha de nervos, não só para descobrir o que o trio maravilha e Youngjae escondem, mas também por rever o marido - ou ex - tão de perto.

Quanto a Chenle, o mesmo está viajando. A alguns meses ele vem sentindo que algo muito ruim vai acontecer, e seus temores só pioraram quando conheceu Jisung e saiu da casa do namorado, ou ex-namorado, nem o próprio Jung sabia mais o que ele e Renjun eram.

Quanto aos outros, todos também estão aflitos, nada de bom poderia vir daquela ligação tão inesperada de Zhang Minseok.

Quando Mingyu entrou na sala, percebeu que a grande maioria já estava ali, até mesmo Jimin e Jungkook que haviam chegado ontem de viagem. Jeonghan segurava o IPad onde MingHao, Ten e Johnny estavam fazendo a ligação. As únicas pessoas que faltavam eram justamente aquelas que haviam os chamado.

Gyu se sentou no lugar vago próximo a Chanyeol, que sorriu gentilmente em sua direção. Enquanto esperava que os quatro descem o ar da graça, o Kim começou a observar a sala. O lugar é grande, bem arejado, as janelas de vidro vão do chão ao teto, a mesa é enorme e tem o formato da letra "U" o que faz com que caiba um grande número de pessoas.

Se passaram alguns minutos e finalmente o quarteto entrou. Todos se colocaram no vão da mesa onde todos as outras vinte nove pessoas poderiam vê-los. Baekhyun está no meio dos quatro, e é também o mais aflito, afinal, é ele quem vai dizer tudo o que precisa ser dito.

— Obrigado por terem vindo aqui hoje. — começa Youngjae. — Sei que tiveram que deixar seus trabalhos, mas o assunto que vamos tratar é muito importante.
— E qual seria esse assunto? — questiona Yuta.

Yuta e Sicheng foram com certeza os que mais tiveram que se deslocar para poderem estar presentes nesse encontro, afinal, Yuta é o atual presidente do Japão e precisou vir as pressas para Coréia.

Antes de começar a falar, Minseok deu uma leve olhada pela sala e sentiu falta de uma pessoa.

— Onde está Renjun? — questionou.

Todos olharam em volta procurando o pequeno Zhang e perceberam que ele não estava ali.

— Renjun está no hospital. — diz Soonyoung.

Todos arregalam os olhos, Chenle principalmente.

— O que ele está fazendo lá? — questiona Yixing.
— Ajudando as crianças. Ele é voluntário lá e não pode ir no sábado e nem no domingo por isso teve que ir hoje, mas eu conto tudo a ele assim que sairmos daqui. — afirma Jeonghan.
— Por que Yoongi e Hoseok não estão aqui? — pergunta Daehyun.
— Nós preferimos manter o que vamos falar em segredo para os dois por enquanto, deixar eles aproveitarem a viagem em paz. — responde Minseok.
— Falem logo o que tem para falar, já estão me deixando aflita! — mandou Dahyun.

Os quatro se entreolharam e concordaram silenciosamente.

— Antes de dizer qualquer coisa, queremos que saibam que tomamos essa decisão em prol de apenas uma pessoa. — diz Jun.
— Que pessoa? — pergunta Jimin.
— Wonwoo. — responde os quatro juntos.

Mingyu sente uma pontada forte no coração e começa a tremer ligeiramente. Jaebum endireita sua postura e procura se manter calmo, Chanyeol encara os quatro tentando compreender o que foi dito, enquanto Chenle apenas tenta absorver.

— Por que estão falando do Wonwoo? — pergunta Jackson.
— Nós chamamos vocês aqui para falar do Wonwoo. — diz Minseok.
— Diga logo de uma vez! Estão rodeando demais o assunto! — mandou Nayeon.
— Wonwoo está vivo. — solta Baek.

Por um segundo todos param de respirar.

— Não é legal brincar com esse assunto Baekhyun! — adverte Daehyun.
— Não estamos brincando, tio. — informa Minseok. — Nunca brincaríamos com um assunto tão sério.
— Então expliquem isso direito! — berra Jaebum.

Jaebum estava tenso, não conseguia acreditar no que estava ouvindo, todos os seus músculos estavam tensos.

— Não sabemos como, mas Wonwoo sobreviveu ao acidente. — começa Jun.
— Eu o conheci no dia dezesseis enquanto ia ao memorial. — conta Baek.
— Por que você disse "conheceu"? — questiona Jungkook.

Baekhyun encara os amigos antes de dizer:

— Wonwoo perdeu a memória. — Todos param. — Ele não é mais Jung Wonwoo, ele não lembra de nada e nem de ninguém!

O coração de Mingyu doía, sua garganta ardia e a vontade de chorar lhe consumia. "Wonwoo está vivo" era a única coisa que rondava sua cabeça.

— Ele perdeu a memória? — questionou Chanyeol.

Os quatro concordam.

— Quando nos encontramos eu fiquei muito assustado, vocês não tem noção. Wonwoo me chamou para tomar um café e conversamos, ele me explicou que ficou em coma durante um ano e quando acordou já estava sem memórias. — começa. — Ele tem uma nova família agora, dois homens cuidaram dele quando tudo aconteceu, ele tem filhos e um novo irmão. Wonwoo recomeçou do zero e me disse que não quer lembrar do passado.
— Por que ele não quer lembrar? — pergunta Seungcheol.
— Não sabemos ao certo, mas ele gosta da vida que leva agora, de como tudo está. — diz Jun. — Escolhemos respeitar sua decisão e não perturba-lo, não falarmos sobre o passado, ou até mesmo com ele, até que o mesmo tenha tomado uma decisão.
— Wonwoo nos ligou ontem e disse que já tem essa decisão, vamos nos encontrar hoje a tarde para conversarmos, mas independente do que ele decidir vocês precisam entende que ele mudou, esqueçam o Wonwoo que conheciam, ele não existe mais. — afirma Minseok.
— E qual é o seu envolvimento nessa história toda Youngjae!? - questionou Jaebum irritado com toda a situação.

Jae entendia a raiva do marido, mesmo que ele só tivesse descoberto tudo ontem, seu dever era ter contado no minuto seguinte.

— Eu encontrei o Wonwoo diversas vezes na semana pela cidade, mas não achava que era ele, mas sim alguém muito parecido. Só tive a confirmação de que ele era mesmo o nosso Wonnie quando fui buscar as crianças ontem e acabamos nos conhecendo. Eu me fiz de cínico e fingi que realmente não nos conhecíamos, e posso dizer com todas as letras: Wonwoo mudou muito, fisicamente principalmente. — afirma. — Sinto muito por não ter contado assim que descobri Bummie, mas foi a coisa certa.
— Estamos contando isso hoje, aqui, para vocês, porque Wonwoo me pediu para que até que ele tome uma decisão sobre lembrar ou não do passado, Wonnie não quer que vocês venham pra cima dele o enchendo de perguntas sobre coisas que ele não se recorda. — diz o Byun.
— Preferimos contar para todos de uma vez, assim se vocês o encontrarem por aí não partam para cima, ignorem. Eu sei que é difícil, mas façam como eu, é a melhor solução. — pede Jae.

Todos estavam chocados demais para fazer qualquer coisa. Digerir a informação de que Wonwoo ainda está vivo levaria tempo, e talvez fosse até mais dolorosa do que digerir sua morte.

— Quem são as pessoas que cuidaram dele? Vocês sabem quem são? — pergunta Hanbin.
— Na verdade nós achamos que foram seu irmão e Junhoe. — admite Seok.

Todos arregalam os olhos.

— C-como assim?
— Wonwoo se apresentou como Koo Wonwoo. — conta Youngjae.
— Então Jinhwan não morreu? Quantas reviravoltas em um dia só! — diz Bobby.
— Não fazemos ideia de como Junhoe e Jinhwan conseguiram esconder o Wonwoo por tanto tempo, mas eles conseguiram. Provavelmente Junhoe vai atrás de você em algum momento, espere isso acontecer e tire dele e do seu irmão toda a verdade! — manda Junhui.

Os quatro continuam respondendo todas as perguntas e explicaram o máximo que podiam sobre Wonwoo. Quando já eram lá pelas uma hora da tarde, a reunião foi dada como encerrada e cada um seguiu para seu próprio canto, ainda tentando absorver tudo o que foi dito naquela sala.

Enquanto Mingyu saia pelos portões da mansão a única coisa que passava pela sua mente era: "aquele menino do parque era o Wonwoo" e realmente era ele. Gyu precisava pensar, digerir tudo. Seu coração batia como um louco e sem perceber, as antigas cores que lhe preenchiam começavam a ressurgir, mesmo que minimante.

💫💫💫

17:46

— Eu tô nervoso. — murmurou Baek.
— Todos estamos Baekkie. — afirma Youngjae.
— Será que ele vai demorar muito pra chegar? É capaz do Jun acabar fazendo um buraco na grama. — observa Minseok.
— Cala boca Zhang Minseok! — ralhou Junhui.

Na ligação que aconteceu no dia anterior, todos concordaram em se encontrar as dezoito horas na praça principal. Wonwoo tinha tomado sua decisão e já estava na hora de contar a Baekhyun.

— Ai tô muito nervoso, vou ali e já volto. — diz Jun.
— Ali aonde? — questiona Baek.
— Ali perto do rio, já volto é rapidinho.

Os outros três concordam e se ajeitam nos bancos. Se passam alguns minutos e logo eles veem a figura alta e toda tatuada de Wonwoo chegando perto deles. Os três se levantam e Seok chama por Jun.

Wonwoo estava nervoso isso era fato, mesmo que não se lembrasse de ninguém. Apenas ver aqueles três ali em sua frente mexeu com seu coração.

— Cheguei! — disse Jun, ao se por ao lado dos amigos.

Assim que os olhos do Jung batem no Wen seu corpo todo trava, seus olhos se arregalam e sua visão fica turva.

Jun? — é a última coisa que diz antes de desmaiar.

💫💫💫

Minseok:
23:40

Já está tão tarde e eu estou tão cansado, foi um dia cheio demais pra mim. Entro em casa e tudo está em completo silêncio, o que é normal pelo horário, mas Jongdae geralmente me espera acordado quando não chego no horário, e ele não está aqui.

Olho na cozinha e não vejo nada, subo as escadas e abro uma frestinha da porta de Mark e o vejo dormindo como um anjinho. Vou até o meu quarto e não encontro meu marido. Ok, tem algo muito errado.

Resolvo olhar na piscina. Quando vou me aproximando da parte externa da casa acabo ouvindo um barulho de choro relativamente alto, meu coração se acelera pois sei de quem pertence aquele choro.

Jongdae estava sentado na borda da piscina com as pernas encolhidas e chorava de um jeito doloroso e duro. Seu rostinho estava inchado e completamente molhado, a quanto tempo ele está ali?

— Amor? — chamo baixinho.

Dae arregala os olhos e tenta limpar as lágrimas.

— O-oi.

Me sento ao seu lado.

— O que aconteceu amor? — perguntei realmente preocupado.
— Não aconteceu nada, não se preocupe.
— Dae você não estaria chorando se não fosse nada, o que aconteceu?

Trouxe meu marido para um abraço acolhedor e beijei sua testa.

— Não foi nada Minnie, eu juro. Eu só quis chorar um pouco, faz bem.

Tá que eu acredito nisso.

— Você foi investigar meu irmão hoje não foi?

Ele fica em silêncio.

— Fui. — confirmou baixinho.
— Você descobriu algo? — Tenho certeza que sim.

Novamente o silêncio.

— Não.

Dae não sabe mentir, pelo menos não pra mim.

— Dae...

— Não se preocupa amor, vá descansar sim? Eu vou ficar mais um pouco aqui, não se preocupe. — sorriu ladinho.

Suspirei.

— Tudo bem. Boa noite. — lhe dei um selinho.

Me levantei e segui em direção ao quarto. Tem algo muito errado, e tenho que descobrir o que é.

                                                👑👑

𝐸𝑠𝑝𝑒𝑟𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑣𝑜𝑐𝑒̂𝑠 𝑡𝑒𝑛𝒉𝑎𝑚 𝑔𝑜𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜, 𝑒𝑢 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑔𝑜𝑠𝑡𝑒𝑖 𝑚𝑢𝑖𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑐𝑟𝑒𝑣𝑒𝑟.

𝑆𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑠𝑖𝑛𝑐𝑒𝑟𝑎 𝑒𝑢 𝑎𝑚𝑜 𝑜 𝐽𝑖𝑛𝑤𝑜𝑜, 𝑒𝑙𝑒 𝑒́ 𝑐𝑜𝑚 𝑐𝑒𝑟𝑡𝑒𝑧𝑎 𝑢𝑚 𝑑𝑜𝑠 𝑚𝑒𝑢𝑠 𝑝𝑒𝑟𝑠𝑜𝑛𝑎𝑔𝑒𝑛𝑠 𝑓𝑎𝑣𝑜𝑟𝑖𝑡𝑜𝑠♡♡♡ 𝑠𝑒 𝑣𝑜𝑐𝑒̂ 𝑛𝑎̃𝑜 𝑔𝑜𝑠𝑡𝑜𝑢 𝑑𝑒𝑙𝑒 𝑠𝑖𝑛𝑡𝑜 𝑚𝑢𝑖𝑡𝑜 𝑒𝑚 𝑙𝒉𝑒 𝑖𝑛𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑟 𝑞𝑢𝑒 𝑛𝑎̃𝑜 𝑝𝑜𝑑𝑒𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑡𝑒𝑟 𝑢𝑚𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑖𝑣𝑒̂𝑛𝑐𝑖𝑎 𝒉𝑎𝑟𝑚𝑜̂𝑛𝑖𝑐𝑎 (𝑏𝑟𝑖𝑛𝑐𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎)

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