Devil Eyes • jjk&pjm

Bởi Astraeaphia

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[CONCLUÍDA] [NÃO ACEITO ADAPTAÇÕES DESTA OBRA] Olhos nos olhos dele: diabólicos, provocantes, do tipo que sab... Xem Thêm

BDSM
Book trailer
Cast + avisos
Mídia
🔥 playlist ❄️
[00] Prologue
[01] Bratty?
[02] Fated souls
[03] What if I fall in love?
[04] On your feet
[05] It's good for me
[06] Good boy
[07] Bad and exciting boy
[08] Initial experience
[09] Rules of worship, game
[10] Doctor hope
[11] Go back in time
[12] A snack and some information
[13] With self esteem, jikook
[14] Honey + spittle = paradise
[15] Young forever
[16] Through warmer eyes
17 [ Revelations ]
18 [ O pedido ]
Instagram's jikook
19 [ My love? ]
20 [ Baise moi, daddy ]
21 [ Eudaimonia ]
22 [ Flogger and paddles and amour ]
23 [ Love is not random, we are chosen ]
24 [ Inverter? ]
25 [ #pensei_que_ia_casar ]
26 [ Aceita, meu bem? ]
Grupo de leitores
28 [ Je vais te baiser comme un chaton ]
29 [ A good kitten ]
Epilogue: Jungkook & Jimin
Q&A
livro físico de DE

27 [ Waxplay, Safeword, Exibicionism ]

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Bởi Astraeaphia


No capítulo anterior...

Eu rio, incrédulo.

ㅡ Está dizendo que me trouxe para essa praia pra exibir meu corpo para outras pessoas, pelado, com você? ㅡ Questiono, e o sorriso torto nos seus lábios entrega a confirmação antes mesmo que ele a complemente:

ㅡ Exatamente. Mas existe um programa especial, uma prática nova... ㅡ Ele me olha daquele jeito que indica quando está prestes a assumir seu posto sádico, e eu, rapidamente todo o meu, de bom garoto. ㅡ Mas você só vai saber qual é se aceitar a proposta que acabei de lhe dizer. ㅡ Arqueia as sobrancelhas.

Eu engulo em seco ao imaginar mil e uma possibilidades que passam por minha cabeça neste momento.

Jungkook, como um animal prestes a atacar sua presa, perante ao meu estado de inação, questiona: ㅡ Acceptez-vous de vous livrer à un plaisir intense, quoi qu'il se passe, chérie (Você aceita se entregar ao prazer intenso independente do que estiver acontecendo, meu bem)?

❄️


ㅡ Aceito. ㅡ Digo, então, sorrindo para ele também.

Jungkook se aproxima de mim e deixa um beijo em minha bochecha, para logo em seguida ordenar: ㅡ Então vá se lavar e vista apenas um short e uma camiseta. ㅡ Diz, sorrindo com carinho para mim.

Eu, apenas assinto em obediência, ciente de que ele disse apenas um short e uma camiseta, e que isso quer dizer que nada de roupa íntima. Lhe lanço um sorriso complacente ao entrar para dentro de casa e correr em passos curtos até o banheiro.

Sorrindo animado, acato sua ordem de tomar banho e, depois (juro que foi rápido mas lavei direitinho), corro em direção ao quarto para vestir minhas roupas.

E ao terminar, não deixo de colocar minha gargantilha colorida com um coraçãozinho para seguir o caminho com ele, que me espera do lado de fora pacientemente logo após ter pegado uma caixinha e um lençol, provavelmente enquanto eu tomava banho.

ㅡ Você fica adorável com essa gargantilha. ㅡ Jun sorri para mim, acariciando minha cabeça que inclino sobre suas mãos em um ato carentezinho. ㅡ Mas... ㅡ Com as mãos calmas, ele as tira de meu rosto e abre a caixa que está ao seu lado, tirando de lá algo que faz meus olhos brilharem. ㅡ Hoje você irá usar essa.

Meus olhos se arregalam para o acessório que já havia visto uma vez ao momento em que junto as mãos em um ato quase infantil, mas não deixo de pular feliz demais para não demonstrar isso ao meu Jun.

ㅡ Sério? ㅡ Ainda procuro uma reconfirmação, apreciando seu olhar atencioso sobre cada reação eufórica minha.

ㅡ Sério, bem. ㅡ Outra vez ele encurta o apelido, e é a minha de pular mais um pouquinho e jogar meus braços ao redor do seu pescoço.

ㅡ Aaaai, isso é o máximo! Eu vou mostrar pra todas as pessoas que eu tenho um dominador lindo e gostoso que ninguém têm! ㅡ Digo enquanto ainda o abraço, para arrancar uma gargalhada gostosa sua.

E eu surtarei por toda a eternidade e mais um dia para que Jun sorria assim, por mim.

Com calma ele puxa minha cintura para que eu o solte, e com um sorriso bem largo daqueles que mostram seus dentes de coelhinho que condenam toda a imagem impermeável que tive dele quando o conheci, estende a coleira de cor marrom meio chantilly ㅡ e sei que ele escolheu essa porque a preta chamaria muita atenção.

Ainda não consigo conter o brilho no olhar ao vê-la, mas não me contento apenas porque ele coloca a coleira em meu pescoço e a prende como se tivesse se encaixado perfeitamente depois, e questiono:

ㅡ Jun, eu sei o significado da coleira, mas... eu gosto muito como as justificativas ficam nas suas palavras. Você poderia me explicar? ㅡ Questiono, acariciando o adereço em meu pescoço com grande ansiedade.

Jun, como sempre, apenas sorri ㅡ ele faz isso constantemente quando está comigo ㅡ, para então explicar: ㅡ Você deve saber que muitas pessoas acham que a coleira simplesmente indica posse, uma vez que o dono/dominador a dá ao submisso. ㅡ Jun apoia a mão na base de minha coluna para me guiar pelo caminho contrário ao que eu havia ido mais cedo. ㅡ No entanto, uma coleira indica bem mais que isso. São três coisas fundamentais depois do ato de encoleiramento; compromisso, comprometimento e propriedade. Todos esses três fatores inclusos numa linha que ambos os lados devem seguir. Além disso, a coleira já não serve apenas para humilhação como costumava ser seu âmbito antigamente, porque as práticas evoluíram tanto que os padrões se tornaram até estranhos para a maioria das pessoas. Basicamente sua função é essa; representar a devoção oficializada tanto do dominador quando do submisso. ㅡ Explica, enfim.

E ele faz isso com tanta calma e foco, que eu acabo percebendo que já estamos longe daquela casa quando olho para trás, a vendo quase totalmente perdida por entre as árvores, assim como o caminho curvado que fizemos após sair dela.

ㅡ Eu poderia passar minha vida toda ouvindo sua dissertação sobre tudo no BDSM, que eu seria tão feliz... ㅡ Não deixo de comentar aquilo que sinto com tanta transparência. Porque melhor do que demonstrar com os olhos, é confessar em voz alta o que você realmente sente para quem te ama de verdade.

ㅡ Sério? Eu acho que você enjoaria da minha voz. ㅡ Seu tom é brincalhão enquanto ele me dá uma das mãos, a balançando enquanto mantém a outra imóvel segurando a caixinha que me faz me sentir curioso.

ㅡ Ah, eu aposto que nunca enjoaria. ㅡ Insisto, sorrindo.

Com as mãos entrelaçadas em uma completa paz que me faz até duvidar se realmente estamos em paz porque isso parece quase impossível, continuamos rindo e comentando sobre o que enjoariamos e não enjoariamos um no outro até que chegamos na tão pensada praia de nudismo ㅡ mesmo que nenhum dos dois tenha aceitado que enjoaria de algo um no outro.

É uma praia bem grande, aberta e ensolarada. E não me auto julgo por achar estranha, porque tipo, nunca vi tanta gente pelada em um lugar só. É como se eu estivesse assistindo a uma espécie de preparação para uma orgia como naquele filme da Netflix "Como planejar uma orgia", porque todo mundo parece tão disposto a transar a qualquer momento que me faz pensar isso.

ㅡ Jun, não tem perigo de ninguém, sei lá... tirar fotos da gente aqui? ㅡ Questiono, acompanhando-o para um lugar mais afastado daquele monte de pessoas (mesmo que estivessem um pouco espalhados).

ㅡ Acho que essa praia nunca esteve tão segura como agora, já que implantei seguranças nas vigias para ficarem atentos a qualquer mosca que queira captar a gente pelado aqui. ㅡ Ele sorri tranquilo, ainda afetado pela nossa conversa descontraída no caminho.

Eu também acabo sorrindo, mas arregalo os olhos assim que entendo a parte de seguranças.

ㅡ Os seguranças estão vendo a gente pelado? ㅡ Tapo a boca, olhando para todos os lados tentando identificar algum segurança. ㅡ Meus deuses, mas...

ㅡ Ei. ㅡ Jungkook me segura pelos braços e cessa meus movimentos alertas, procurando meus olhos com os seus. Quando o olho, já um pouco mais calmo apenas com seu toque, ele pergunta: ㅡ Não confia em mim? ㅡ Seu tom é reconfortante.

Faço um sim com a cabeça. ㅡ Sim, senhor. ㅡ E digo, então, totalmente despreocupado.

O Jun é um tipo de pessoa que as pessoas olham para ele e parece estar escrito em sua testa "Comigo ninguém pode".

Ele sorri para mim, e isso é como uma chave que cela a minha despreocupação.

Após estender uma espécie de lençol que não sei o nome porque quase nunca vou em praias mas sei que muitas gente os usa quando vai, Jungkook ordena: ㅡ Se deite de barriga para baixo ali, bem. ㅡ Indica o tecido colorido para mim.

Eu o faço sem demorar, me deitando ali logo em seguida, e estranhando por ainda estarmos de roupa assim como a ideia por termos que tirar a roupa provavelmente em breve.

Com o rosto amassado contra o tecido macio, eu não deixo de perceber que algumas pessoas olham curiosas para nós, e suspiro aliviado quando vejo que bem no meio delas tem um casal de homens homossexuais trocando carícias, porque confirmo que não é por nossa proximidade que estão curiosas.

Mesmo confuso quando mais algumas pessoas olham para nós, eu digo:

ㅡ Jun, e se eu ficar igual uma torrada queimada? ㅡ Porque está tão calor que não tem nem um ventinho pra me refrescar, o único jeito é a água, mas percebo que o que iremos praticar não está relacionado com ela.

ㅡ Para isso que eu trouxe protetor solar. ㅡ Ele diz.

Eu sorrio ainda sem o olhar, mas tão sonhador que minha alma parecer correr de mim para pular nas nuvens.

ㅡ Jun ㅡ sem me importar com a monotonia, o chamo mais uma vez.

E sem se dar conta dela, Jungkook me responde, mas sem me olhar:

ㅡ Sim, meu bem? ㅡ Continua a fazer barulho enquanto mexe na caixa.

ㅡ Por que as pessoas estão olhando pra gente? Eu sou tão feio assim? ㅡ Questiono.

ㅡ Não diga isso, meu bem. É bem mais provável que elas estejam olhando para sua beleza. ㅡ Rebate, e eu sorrio nasalmente ao ponderar a ideia.

ㅡ Foi só uma brincadeira, é que minha mente não forneceu nenhuma justificativa mais lógica do que meu subconsciente costuma responder para quase toda questão assim. Mas, na verdade, acho que estão olhando é para você, já que é tão bonito. ㅡ Digo.

ㅡ Na verdade... ㅡ Seu tom é ponderante. ㅡ Eu acho que estão olhando é para isso. ㅡ Ele diz, e não demora nem um segundo para que eu virei minha atenção para ele e siga seu gesto indicando uma vela de cor alaranjada sob a areia e alguns vidrinhos ao nosso lado, inclusive nosso lubrificante.

Surpreso com tudo, só não me sento porque ele ordenou que eu me deitasse, mas ainda pergunto: ㅡ A gente vai praticar Waxplay? ㅡ Arregalo os olhos, animado demais com a ideia.

ㅡ Quando você foi compartilhar alguma foto no Instagram, eu vi na sua galeria que tinha tirado print só dessa prática, porque estava do seu lado. Geralmente você passa bastante tempo pesquisando mais a fundo nesse site que você usa, e só printa aquelas práticas que realmente te chamam atenção. Então... ㅡ Ele sorri para mim. ㅡ O que acha de experimentar? ㅡ Indaga.

Eu reviro os olhos em um ato quase desacreditado.

ㅡ É lógico que eu quero. E esse é o cenário perfeito, Jun! Eu só não levanto pra te dar um abraço bem gostosinho agora porque você me mandou deitar aqui. ㅡ Digo, totalmente animado.

ㅡ Eu vou querer esse abraço depois. Você está se tornando um bom garoto, controlando os impulsos... talvez eu deva te dar uma recompensa qualquer dia desses. ㅡ A franja escura pende de sua testa enquanto ele organiza os objetos com um sorriso sugestivo nos lábios.

Balanço a cabeça em uma negação carregada de descrença por merecer uma pessoa tão interessante como Jun, mas me contenho em esperar com ansiedade que ele explique tudo antes de praticarmos o que eu pretendia pedir a ele há algum tempo.

ㅡ Eu fiz essa vela, então não existe nenhum componente que possa te causar alergias, mesmo que você não tenha de quase nada. ㅡ Inicia a explicação séria que amo tanto. ㅡ Você já leu muito sobre, mas como seu dom é meu dever explicar sempre do que se trata uma prática e, principalmente, porque eu gosto de fazer isso para o meu garoto. ㅡ Acaricia meus fios, sorrindo como um coelhinho. Me seguro para não apertar suas bochechas. ㅡ A prática do waxplay não é totalmente segura como qualquer outra, porque nada é completamente seguro independente do preestabelecimento de uma safeword ou qualquer outro símbolo de segurança e, por isso, de acordo com que eu for diminuindo e aumentando a proximidade da vela de sua pele, eu preciso que se concentre no que está sentindo e use a palavra de segurança caso esteja muito desconfortável. Porque eu não posso parar uma prática se você gosta da dor e provavelmente vai sentí-la e responder naturalmente a isso, então me avise se estiver realmente ruim, tudo bem? ㅡ Pergunta, então.

Além de fazer um sim frenético com a cabeça, eu o respondo: ㅡ Sim, senhor.

Ele sorri para mim, afagando meus fios platinados. ㅡ Então podemos começar assim que eu passar protetor em você. Vou tirar suas roupas, e lembre-se de tudo que você disse a si mesmo aquele dia antes de se auto depreciar.

Respiro fundo, maneando a cabeça outra vez em uma confirmação, enquanto Jun retira meu short e eu sinto a brisa quase imperceptível tocar minhas nádegas nuas, me fazendo arrepiar inteiro. Logo após, ele começa a espalhar o protetor por toda extensão de minhas pernas e bumbum.

É como se o universo estivesse preparado esse dia para nós praticarmos waxplay, já que o vento não se faz presente e, com isso, o fogo da vela não se apagará com facilidade.

Depois ele tira minha blusa quando levanto o torso com calma para ele, começando a me proteger com o líquido cheiroso em seguida. E assim que o faz completamente, volta a ficar do meu lado, em pé.

Eu o olho dali, observando seu corpo ainda coberto pelas roupas mas, após me observar por um longo tempo como quem observa a pedra preciosa mais incomum do universo, Jun sorri e tira a camisa, exibindo todo seu peitoral firme e o abdômen bem mais definido que o meu e, dessa vez, não me sinto inferior, reconfortado pelo fato de que ele considera todo mundo lindo independente de ser malhado ou não e, certamente, todo mundo tem uma beleza de alguma forma.

Depois, é a vez de ele tirar seu short e, claro, de eu rir e me sentir excitado ao mesmo tempo.

Eu sempre faço isso, porque é muito engraçado ver sua intimidade balançando livre no ar.

Jun também ri porque entende o motivo de meu riso, e é claro que ele não liga com os possíveis inúmeros olhares das pessoas que estão naquela praia o comendo com os olhos.

Não vou nem olhar porque ele me mandou ficar deitado e se eu olhar é bem possível que eu levante... claro que não pra arrancar os olhos de alguém, lógico.

Jungkook se abaixa ao meu lado mais uma vez depois de dobrar nossas roupas e as colocá-las sob a caixinha de isopor que já está fechada, os pares de vestes um em cima do outro, juntinho.

Meu coração fica quentinho com essa imagem.

ㅡ Está pronto, meu bem? ㅡ Ele questiona, já totalmente atento a cada reação minha.

Eu respiro nervoso, fazendo um sim com a cabeça no momento em que afago minha própria coleira.

ㅡ Estou, amor. ㅡ Digo, para que no momento seguinte veja Jun morder o lábio inferior e um tom ruborizado tomar suas bochechas.

Meu coração quase cava um buraco na areia.

Com calma, Jungkook risca um fósforo e acende a vela, deixando que meu corpo sofra um arrepio colossal outra vez. Depois, ao deixar o objeto de cera começar a derreter, enquanto me sinto entusiasmado porque vai ficar vários pontinhos de cor pêssego-avermelhado-alaranjado na minha pele, ele pega nosso lubrificante e, debaixo de uma espécie de saco plástico que ele levanta para pegar um termômetro, percebo que há um objeto preto bastante familiar ali mas, por incrível que pareça, ele não aparenta perceber que meus olhos curiosos o notaram.

Engulo em seco, ansioso.

ㅡ Respire fundo e relaxe. ㅡ Ele diz, analisando a temperatura que o termômetro atinge quando pinga a cera colorida na ponta.

Eu fecho os olhos e respiro fundo.

ㅡ E provavelmente alguém irá querer ver de perto. Isso é normal, tudo bem? ㅡ Questiona, preocupado com a minha reação.

A ideia parece nova de um jeito apreensivo, e eu faço um sim com a cabeça outra vez.

ㅡ Não faça movimentos e tente focar na sensação. ㅡ Então, no instante seguinte, Jungkook despeja um pouco de nosso lubrificante com cheirinho de maçã em minhas costas inteirinha e eu fico mais relaxado. Entretanto, quando sinto uma gotinha da cera cair em minha nuca, toda a sensação de conforto vai embora.

A dor é árdua de um jeito chato como uma dor de cabeça insistente e pulsante, mas eu controlo minha respiração porque dizem que o oxigênio pode regular a pressão do sangue e, logicamente, isso regula o fluido que comanda a ansiedade que desbalanceia meu cérebro, me deixando mais sensível. Se eu estiver menos sensível, isso quer dizer que minha sensibilidade a esse calor será menos forte que o normal.

Eu respiro com mais calma, esperando outra gota, a qual não demora cair.

Eu afundo meu nariz na areia, tentando me acostumar com a ardência. O lugar pulsa por mais alguns instantes depois do primeiro impacto e eu já me sinto mais confortável, mas não menos estranho por não ter começado a sentir alguma sensação de adrenalina como na vez em que praticamos spanking na punição.

Volto a apoiar meu nariz no braço quando sinto outra gota cair e o efeito afrodisíaco não vir, me deixando um pouco apreensivo.

Jun, no entanto, aumenta a altura da vela ao perceber meu desconforto.

Quando ele pinga a cera derretida mais uma vez, desta em um ponto aleatório de minhas costas, eu ofego de dor, mais nervoso ainda. Em contrapartida, tento controlar minha respiração mais uma vez só que, é quando Jun diminui mais um pouco da distância porque percebeu que aumentar não adiantou, que toda a calma vai pelos ares e eu me permito me sentir apreensivo com essa prática.

Aos poucos ele diminui a distância da vela, e enquanto os pingos caem um de cada vez,  eu debato meus pés contra a areia, mas Jun não impede que eu não resista porque sabe que estou tentando me adaptar a essa espécie de dor ardente e, automaticamente, me auto testando.

Sinto duas presenças ao lado oposto do qual estou olhando, e imagino que estejam observando a prática com curiosidade. Por isso, meu cérebro diz para que eu me empenhe mais em aceitar a dor, mas ao mesmo tempo uma parte de mim diz para que eu seja sincero.

E é quando a vela está tão perto e a cera cai no meio de minha coluna que eu sou sincero, com uma lágrima pela dor descendo em uma linha reta após transbordar de meu olho: ㅡ Jun, lírio.

E é claro que no instante seguinte Jun deixa a vela de lado e diz: ㅡ Estou orgulhoso de você.

Eu franzo o cenho, de alguma forma me sentindo satisfeito só com isso.

ㅡ Por que? ㅡ Questiono enquanto fungo levemente o nariz, ciente da presença ao nosso lado, mas sensível demais para resistir a questionar o motivo de seu orgulho.

ㅡ Porque você foi sincero. ㅡ Ele pisca pra mim quando o olho, apenas para indicar que está ciente da minha coragem.

Eu sorrio em meio a sequência de lágrimas que escorrem a seguir.

ㅡ Por que eu não consigo controlar essas lágrimas sem sentido? ㅡ Questiono, com a voz embargada.

ㅡ Porque seu corpo está sensível e vulnerável por ter sentido dor. ㅡ Responde, então, e eu sorrio mais ainda.

De qualquer forma, eu estava errado por achar que gostaria de praticar qualquer coisa desde que fosse com Jun.

Suspiro fundo quando ouço as prováveis duas ou três pessoas que nos observavam se afastando, e Jungkook sorri para mim ao levantar a sacola e mostrar o que estava debaixo dela.

ㅡ Você já viu, mas eu trouxe a paddle para remover a cera. ㅡ Ele diz.

ㅡ Você viu que eu vi? ㅡ Indago, boquiaberto.

ㅡ Eu vejo tudo. ㅡ E minha mente viaja para quando nos conhecemos, me lembrando de como ele percebia tudo e sempre me dizia isso como garantia de que sabia o que eu queria.

Sorrio. ㅡ E como vai tirar com a Pad? ㅡ Uso a abreviação, já que particularmente acho desnecessário falar todo o nome do objeto.

ㅡ Você é um masoquista, não é? Eu um sádico... ㅡ Ele sorri de canto para mim. ㅡ E a cera está seca. ㅡ Completa para que no instante seguinte eu sorria verdadeiramente ansioso de um jeito muito bom pelo que virá.

Ele vai me bater com a pad e, com isso, tirar a cera porque ela se desprende com facilidade já que está seca e o impacto irá a deslocar fácil de minha pele.

Eu sorrio assim que sinto o primeiro estalar, me virando para me deleitar com as expressões das pessoas que nos observam com curiosidade.

Algumas um pouco assustadas, outras com um olhar que entrega uma espécie de interesse, e o casal homossexual que está realmente curioso enquanto nos olha.

Parecem que os homossexuais são realmente interessados pela nossa relação. Isso me faz lembrar do episódio na boate, quando eu Jun fomos na Desire e fomos observados pela janelinha da porta.

Eu aceito a dor com devoção, porque realmente gosto dessa. E levando em conta que a paddle é de couro, é melhor ainda porque tenho fetiche nele.

Depois de toda a ceira removida, Jungkook colocou tudo que usamos dentro da caixinha de isopor após fazer uma massagem gostosa em minha costas com um hidratante também de maçã.

ㅡ E agora? ㅡ Eu questiono para Jun depois de estar ainda pelado, mas de pé, me acostumando com a ideia de ficar nu em público mas nem um pouco incomodado.

ㅡ Agora a gente vai entrar no mar. Você gosta? ㅡ Me olha com atenção, e eu sorrio em confirmação.

Só que, antes mesmo que eu espere sua confirmação para irmos até o mar, de fato, Jun me pega no colo com facilidade e corre comigo até a margem da longa vastidão de água.

Agora imagine só a cena: Eu e Jungkook, pelados; eu sendo carregado em seu colo em uma corrida desajeitada até a beira da praia até que, assim que chegamos na primeira ondinha que banha seus pés, ele tropeça e me joga no mar sem querer, também caindo logo em seguida.

Uma onda de risadas se instala ali, enquanto nos divertimos peladinhos da Silva e jogamos água um no outro.

O amor poder ser cruel às vezes. Nós podemos errar com ele e acertar com ele; tudo depende do ponto de vista ao qual somos expostos. O amor é o mais terrível e também o mais generoso das paixões; é o único que inclui em seus sonhos a felicidade de outra pessoa, inteiramente.

Lidar com o amor pode ser a melhor experiência de nossas vidas, e eu tenho a confirmação disso agora porque vejo o sorriso bem largo de Jun, feliz e contente naquele momento, por nós juntos nos divertindo no mar de Gangwon. Também tenho a confirmação do que sempre me questiono internamente, já que sou bastante inseguro com qualquer relação minha: Como em A Bela e a Fera, são os defeitos que fazem de alguém uma pessoa única ㅡ mesmo que esse filme seja o caso de uma síndrome de Estocolmo clássica. Enfim... são meus defeitos mesclados às qualidades que me fazem único.

E eu, Park Jimin, único da minha maneira doidinha, sou a pessoa escolhida por Jungkook para fazer parte da vida dele.

Então, há uns seis metros de distância de Jun porque ele está nadando e infelizmente ainda não sei e também não quero aprender, eu aceno para ele e grito: ㅡ Ei, amor! ㅡ Seus olhos se voltam para mim no mesmo instante, e ele sorri enquanto desliza os dedos pelo rosto e depois acena de volta. ㅡ Eu te amo até o infinito e mais um pouco! ㅡ Digo bem alto, para que todo mundo ali escute em uma espécie de exibicionismo romântico.

Ele sorri mais uma vez.

ㅡ Eu também te amo até o infinito e muito mais! ㅡ Joga um beijinho para mim.

Eu sorrio igual um bobão, pedindo com a mão para que ele venha para a margem.

Espero por um instante, ansioso para dar aquele abraço gostoso que ele disse que queria depois.

E quando chega com um semblante genuinamente feliz, porque no fim das contas Jungkook é só um bebê por trás de toda sua imagem opressora, eu agarro seu corpo molhado e beijo seu pescoço.

ㅡ O abraço que você disse que ia querer. ㅡ Explico, beijando-o mais algumas vezes.

Por fim, então, ele sorri nasalmente e me aconchega com calma em seus braços fortes ao me dizer: ㅡ Obrigado.

Sei que esse agradecimento não é só pelo abraço. E ele sabe que também sou grato.

Assim, nós continuamos abraçadinhos sob aquela tarde feliz.

Ao longe de nós, um pôr-do-sol lindo se estende pelo horizonte, transmutando as cores do céu em uma paleta de cobre e amarelo. Eu deixei um selhinho em seus lábios quentes e únicos como cada átomo de seu corpo, depois apoiei a cabeça em seu peito, me permitindo apenas sentí-lo ali, com o cheiro de mar me entorpecendo por estar misturado ao do seu corpo ㅡ o qual ainda não consigo designar ao que se assemelha.

ㅡ Jun? ㅡ O chamo. Ele continua acariciando meu cabelo enquanto envolve minha cintura com o outro braço, e os meus permanecem rodeados em sua cintura fina.

ㅡ Sim, meu bem? ㅡ Responde, sereno e brando do modo que mais me acalma.

ㅡ Só quero dizer mais uma vez que eu te amo.

Jun deixa um beijinho no topo de minha cabeça.

ㅡ Obrigado por existir. Eu também te amo.

É a minha vez de deixar um beijo bem carinhoso em seu peito.

ㅡ E agora? O que a gente vai fazer? ㅡ Questiono, curioso por uma resposta sua.

Ele olha ao longe mais uma vez, parecendo procurar uma resposta e, depois de alguns segundos, segura em minha mão em um sinal de que vamos embora.

ㅡ Vamos fazer pipoca, comprar coca e assistir um filme bem legal. Depois vamos dormir de conchinha.

ㅡ Tá bom. ㅡ  Concordo, animado, já pensando em que filme vamos assistir.

Assim, sob a baixa luz do luar, nós seguimos para onde estavam nossas coisas, as pegamos e em seguida continuamos todo o caminho sorrindo, da mesma maneira que viemos.

Se estou com Jeon Jungkook, eu não quero mais nada, porque a única coisa que procurei durante toda minha vida é felicidade.

🐥

Feliz ano novo adiantado!


Vocês devem estar se perguntando: Qual o intuito desse capítulo se o Jimin não gostou da prática do waxplay?

Minha intenção foi quebrar um pouco da imagem que acho que passei (sim, estou consciente da minha empolgação), de que o Ji gosta de tudo que faz com o Jun. Essa prática foi uma maneira de mostrar que nem todas pessoas gostam de algo que seu parceiro gosta e, principalmente, concertar esse erro; ultimamente tenho tentado concertar várias coisinhas, mas não vou conseguir fazer isso com todas porque são várias, então eu estava pensando em, assim que finalizar DE, repostá-la em uma nova versão de escrita e sequência. O que acham?

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