Amor Criminoso

By slrMarola

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Por mais que eu diga não, você sempre estará no meu coração. More

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By slrMarola

•••

Acordo super indisposta, corro pro banheiro e jogo tudo pra fora, do descarga e escovo meus dentes, logo em seguida vou para um banho gelado.

Eu tinha que arrumar um emprego, tinha milhares te contas acumuladas, estão prestes a vir cortar minha luz.

Pego minha bolsa e vou para rua sem comer nada, até porque, o que tinha já estava podre.

Passo em um mercado, em um salão, em uma loja de brinquedo, padaria... Tentei de tudo aqui no morro, mais eles nem olhavam meu currículo, " não estamos precisando de funcionários" era o que todos diziam. Ok.

O sol escaldante fazia meu suor escorrer pelo meu rosto e uma tontura tomar conta de mim, me apoio na parede e fecho forte meus olhos e, novamente, vomito.

Paro pra pensar se havia alguma coisa errada, talvez fosse a comida, ja que tudo que comi não tinha mais validade.

Eu poderia estar grávida, mais séria impossivel, já faz uns 2 meses que o Felipe morreu, e depois disso não tive relações com ninguém.

Cobra: Credo.- para a moto do meu lado e faz cara de nojo.

Luna: Você de novo? Caralho!- reviro os olhos e começo a andar.

Cobra: Tu tá cheio de marra em, só pra lembrar, eu faço o que quiser com você, quando eu quiser.

Luna: Na verdade...- paro de andar e ele para de me acompanhar.

Me aproximo dele e aperto seu pau por baixo da cueca.

Luna: Sou eu que estou no controle disso, seja lá o que esteja rolando.- sussurro no seu ouvido e ele aperta meu pulso.

Cobra: Você é louca.- ele sorri

Luna: E você trouxa.- continuo andando e dessa vez ele não vem atrás.

Vejo uns ferantes e vou até eles a procura de alguma renda

Luna: Tem alguma coisa aí pra mim? Tô procurando emprego a alguns dias, mais vocês sabem, tá difícil pra caralho.- eles me olham.

- Vai cortando essas mandiocas, depois embala as tapiocas, final do dia te dou uma grana, e se tu for bem, vai ficar com a gente, estamor precisando de funcionario.- um homem fala apontando para um balde cheio de mandioca.

Me sento em um banquinho no meio da rua e começo a descascar aquilo tudo.

...

Final do dia, minha mão estava cheia de cortes, mais também tinha algumas notas, poderia comprar algumas coisas pra comer.

Rita: Amanhã vai ter feira, saímos de madrugada.- assinti e ela olha pras minhas mãos - com o tempo você se acostuma.

Claro,.

Saio da li quase pulando de alegria, passo no mercado e pego um saco de arroz, ovos, feijão, macarrão e, por um milagre, carne.

Não via a hora daquela carne ficar pronta, nem sei quanto tempo não comia isso, quando muito, comia ovo.

Terminei e me enchi de prazer ao comer aquela comida deliciosa preparada por mim, guardei o resto na geladeira e senti um enjoo, trazendo uma certa preocupação.

Tomo um banho e me deito, preparada pro próximo dia.

...

Luna: Vai uma tapioca hoje moça?- pergunto há uma senhora que estava passando.

- Duas por favor.- fala simpática.

João: Luna?- ele grita de alegria e eu sorrio de volta.

- De onde conhece essa moça JP?

João: Ela é minha avó Luna, vovó ela é minha amiga.

Luna: Prazer Luana.- estendo minha mão.

- Joana.- sorri simpática.

Entrego a ela as tapiocas e ela me paga, ponho o dinheiro no caixa e volto ao meu trabalho.

Meu dia termina e eu ganhei mais que ontem, está tudo dando certo, graças a Deus.

Indo pra casa vejo fogos no céu e meu coração dispara, pela primeira vez tenho um certo medo do que há de vim.

Vou pra casa e tranco tudo, me ajoelho e começo a orar. Eu estava sentindo um aperto enorme no coração, algo que não poderia dizer ou demonstrar.

Corro pra cozinha e bebo um copo de água, esperançosa de ouvir fogos avisando que já havia acabado.

Ouço um barulho enorme na minha porta e o Cobra entra, cheio de ódio.

Ele puxa meu cabelo e me prende na parede.

Cobra: Quem é você em porra?!- grita comigo.- tu é x9 dele, tá aqui pra me vigiar?!- me dá um tapa.

Me solto dele e corro pro outro lado, mas alguns caras me prendem.

Luna: Dele quem?! Não sei do que você tá falando!

Cobra: Vai se fazer de vítima agora Luana?!- me encara e eu fico sem entender.- Estou falando do seu pai!

Paro por um minuto para tentar raciocíniar o que estava havendo.

Nem me lembro a última vez que falei com meu pai!

Ai, caralho!

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