UM AMOR PARA ETERNIDADE

By Jaqueline_Carvalho69

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Um passado. Um medo. Uma vida. Mariana Assunção viveu essas palavras com tanta intensidade, que só ela sabe a... More

PRÓLOGO
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 25
CAPÍTULO 26
CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 28
CAPÍTULO 29
CAPÍTULO 30
CAPÍTULO 31

CAPÍTULO 19

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By Jaqueline_Carvalho69

               MARIANA ASSUNÇÃO

Já que tinha deixado boa parte do meu trabalho pronta eu teria uns minutinhos a mais na hora do almoço.  E minha nossa senhora, como estou faminta, ultimamente não tenho me alimentado bem e nem dormindo sequer seis horas por noite.

— Vai almoçar com a Mel hoje? – Karol me pergunta, enquanto ajeita seus cabelos. Nunca vi uma pessoa mais vaidosa que essa daí. Ela diz que é pra chamar atenção dos gatinhos que passam por aqui. Safada!

— Hoje não. Ela está na escola ainda e de lá vai pra casa de uma amiguinha. – depois de um discurso enorme eu liberei.

— Festa do pijama?– essa festa veio em uma boa hora.

— Eu dei nome de, folguinha. – mordo o lábio quase machucando.

Karol me olha de boca aberta.

— Que maldade criatura, tirando "folguinha" da própria filha. Sua Cruela. – não tem como manter a seriedade perto dela.

— Para com isso criatura. Eu amo ser mãe, mas confesso que têm dias que eu realmente preciso ficar sozinha. Como hoje por exemplo. Minha mente tá uma loucura.

Só quero chegar em casa e apagar naquela cama.

— Hum, sei. Aposto que é tudo culpa de um certo gostosão que está um deus grego vestido naquele terno. E que por sinal, está vindo na sua direção.

Fico confusa, mas olho na direção que ela aponta.

— O quê? – o meu coração acelera e parece que me falta oxigênio no momento. Até minhas pernas tremem, traidoras!

Karol sorri e manda beijinhos.

— Tchauzinho flor, boa sorte aí. Aí que inveja branca.

Eu mereço!

Amiga safada que me abandona justo agora que estou com as pernas moles. Vou acabar caindo desses saltos filho da puta de tão altos. Ah, amiguinha... Vai ter volta viu.

— Posso saber porque não me atende Mariana? – como pode isso gente. Seus olhos exalam raiva e tesão na mesma medida.

Ôps! Calma aí. Oi? Ouvi bem o que ele disse?

— Bom dia Dr. Dominic, alguma preferência de mesa? – ignoro a sua arrogância e faço o meu trabalho com um sorriso fingido e sarcástico. Isso com certeza vai irrita-lo mais ainda. Nem ligo.

Continuando...

— Prefiro que pare de fingir e responda a minha pergunta de uma vez. – quanta fúria numa frase só. Tadinho dele.

Passo às mãos no cabelo buscando paciência e olho em seus olhos.

— Primeiro, não te devo nenhuma satisfação da minha vida. Segundo, estou no meu local de trabalho se não percebeu. E terceiro, não estou nem aí pra sua tromba de elefante.

Acho que agora sim a fera vai me engolir de vez.

Ele se aproxima do balcão de vidro escuro e me fuzila com os olhos. Isso moço, arranca os cabelos pra vê se você para de chamar atenção dessas mulheres interesseiras.

— Não teste a porra da paciência que não existe em mim Mariana. Pare com esse atrevimento.

— Não sou obrigada, querido. – sorrio abertamente.

Ficamos nos encarando por uns segundos até alguém para ao lado dele.

— Bom dia Mari. Acordou bem? – recebo um sorriso gigante que aos poucos se desfez.

Dominic Falcão é o motivo.

— Bom dia, Felipe. E sim, dormi muito bem. Obrigada! – ele assina algumas coisas e some.

A fera agora enlouqueceu. Seus punhos estão fechados e vejo nitidamente suas veias pulsarem. Uau!

— Quem é esse daí? – ogro.

— Não te devo satisfação, lembra?

— Vou quebraram todos os ossos daquele babaca.

— Deixa de maluquice homem. Aquele ali é o Felipe, novo garçom do restaurante. Agora se me der licença Preciso de concentração.

— Transou com ele?

— Não é da sua conta com quem eu faço, ou deixo de fazer sexo.

— Você está me tirando do eixo Mulher.

— Ótimo. Agora saia daqui, você está me atrapalhando.

— Só mais uma coisa.

— Não criatura, ele não fodeu a minha boceta. – ôps! Acho que essa frase saiu um pouco mais alto.

Algumas pessoas me olham e rir. Droga.

— Não era isso que eu ia perguntar, mas obrigado pela informação.

— Fala de uma vez. – agora sou eu quem estou impaciente.

— Onde está a minha filha?

— Na escola e depois vai dormir na casa de uma amiguinha. Mais alguma coisa senhor das cavernas?

— Você deixou ela dormir fora de casa sem me consultar? – como é? Hã?

Senhor, daí-me paciência porque se me deres força eu vou torcer o pescoço dele.

— Não vem com essa não. Ainda estou me adaptando a essa nova vida que a minha filha está migrando.

— Nossa filha Mariana, foi o meu pau que gozou na sua boceta naquele dia lá na praia enquanto você estava de quatro, louca e gemendo. Lembra?

Deus! Que homem sem filtro.

— Sai daqui Dominic.

— Claro, querida. Ah, irei te pegar a noite. Vamos sair.

Ele diz, e sai pra sentar em uma mesa no centro do salão.

Pisco algumas vezes e vou atrás dele.

— Quem disse que eu quero sair com você? – disparo assim que chego, batendo o cardápio na mesa.

— Ninguém. – agora é ele que vai me tirar do eixo. Certeza.

— Eu não vou pra lugar nenhum com você Dominic. – cruzo os braços e bato o pé.

— Bem que eu avisei pro Caio, mas ele não acreditou. – ele tá resmungando pra mim?

— Quem? – pergunto.

— Um amigo. Precisamos conversar Mariana. Uma conversa séria, temos uma filha e isso nada pode mudar.

— Eu sei, mas não precisa se hoje e nem agora. – digo é saio de perto dele.

Aff, que homem cheiroso.

— De qualquer forma irei na sua casa mais tarde. – ainda escuro quando ele diz.

— O que está fazendo fora do seu lugar? – já não basta Dominic e o capeta ainda me manda a sua secretaria siliconada.

— Nada, Débora. Estou voltando agora mesmo.

— Dom, querido. Que prazer vê-lo aqui.

Cobra peçonhenta, faz questão de falar alto pra chamar a atenção de todos.

Eles se cumprimentam com dois beijinhos no rosto e sentam. Claro que boas intenções aquela demônia não têm.

Entre risos e passadas de mão no cabelo vejo nitidamente a Débora se jogar pra cima dele sem reservas. Cretina! Minhas bochechas queimam e nem sei porque dessa reação agora.

Se afastaram da mesa por motivos que desconheço no momento. Droga! Detesto agir por impulso, sempre faço merda.

— Que tal um jantar hoje à noite, na minha casa? – ela pergunta mas eu a interrompi antes da resposta dele.

— Desculpe querida, mas hoje Dominic Falcão irá jantar comigo. – deixo o cardápio de sobremesas nas suas mãos e saio sorridente e rebolando vitoriosa.

Meu deus, o que eu fiz?

Minhas mãos tremem, e sinto que eu necessito de água. Acho que eu vou ter um troço nesse salão.

                  DOMINIC FALCÃO

Estava puto com Mariana desde quando tentava ligar pra ela e a mesma não atendia nenhuma das minhas ligações.

Mas agora, depois desse verdadeiro show de atrevimento que ela me proporcionou parece que a raiva sumiu. Mariana demonstrou ciúmes, e esse sentimento só existe quando se tem algo verdadeiro envolvido. Talvez seja uma prova de que entre nós ainda há uma chance, uma esperança reacendendo.

O tempo mudou a todos nós, isso pode ser bom.

Me levanto do lugar onde estou e vou até ela deixando a Débora falar sozinha.

— Então, nós vamos jantar hoje? – pergunto.

— Não comece com sua ironia Dominic, só disse aquilo porque não suportei ver aquela cobra me provocando.

— Eu sabia. Você está com ciúmes. Você ainda sente algo por mim, eu sei e confesso que também sinto o mesmo por ti.

— Do que você está falando? Não tem ninguém sentindo nada aqui. Que conversa maluca é essa. – a sua reação só mostra o contrário.

— Sejamos sinceros meu amor, você ainda me ama. Não precisa ter medo, é totalmente recíproco.

Ela me olha nos olhos. Bem no fundo. E posso ver aquela menina apaixonada de antes.

— Às sete horas, estarei esperando. Não se atrase.

Olho para o teto sorrindo comigo mesmo. Essa mulher abala qualquer estrutura minha, e como eu gosto disso nela.

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Boa leitura.
Beijos, Jaqueline Carvalho.

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