UM AMOR PARA ETERNIDADE

By Jaqueline_Carvalho69

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Um passado. Um medo. Uma vida. Mariana Assunção viveu essas palavras com tanta intensidade, que só ela sabe a... More

PRÓLOGO
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 25
CAPÍTULO 26
CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 28
CAPÍTULO 29
CAPÍTULO 30
CAPÍTULO 31

CAPÍTULO 20

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By Jaqueline_Carvalho69

               MARIANA ASSUNÇÃO

Assim que saí do trabalho peguei um táxi, queria tomar um banho digno e fazer o máximo para disfarçar a minha cara de acaba.

Karol como sempre, me desejou sorte e ordenou que eu vestisse algo sexy e caprichasse no perfume.

Respondi algumas mensagens nas redes sociais e aproveitei para saber como a minha filha está se comportando na casa da sua amiguinha. Falei brevemente com a minha mãe e foquei na loucura em que me enfiei. Jantar com o Dominic.

Pra quê eu fiz aquilo senhor?!

Agora é tarde. Vou ter que jantar. Aí que fome estou, sou capaz de devorar um banquete sem esforço algum.

Credo, Mariana. Estou até parecendo uma esfomeada.

[...]

Viro a taça de vinho de uma só vez e volto a me arrumar. Borrifo mais um pouco de perfume, mordo os lábios quando me vejo no espelho do quarto. Será que exagerei na roupa? Ou, na maquiagem?

A campainha toca e xingo. Nem dá tempo de trocar nada. Solto as peças que tinha pego e vou abrir a porta.

— Sete em ponto. Vamos? – Dominic sorri mostrando os dentes.

O filho da mãe é pontual.

— Nossa, você está lindo. – as palavras simplesmente saem da minha boca.

— Obrigado. Você também está muito linda, sempre foi na verdade. – ele me entrega um buquê com flores. Nem tinha reparado.

— Obrigada, são perfeitas. Vou coloca-las em um vaso e já volto.

Ponho as flores no vaso e dou mais uma olhada rápida no espelho. Pego minha bolsa que parece mais uma lixeira de tanto papel.

— Ah, esse cheiro. O mesmo. O único. – raramente troco de perfume. E Dom sempre gostou desse cheiro meu.

— Sempre gostei desse perfume. – sorrio e ele retribui.

— Eu sei. Vamos? – ele estende sua mão e eu aceito. Está fria como a minha.

Antes de dar qualquer passo, peço Mentalmente para não cair com a cara no chão por conta dos saltos que inventei de usar. Optei por roupas básicas, calça de alfaiataria na cor preta, uma blusa de alcinhas finas com decote em V na frente, não muito profundo.

Fiz uma makes com sombras leves, passei rímel pra realçar os meus cílios mas não deixei tão carregado e na boca apenas um batom nude com gloss. Como acessórios coloquei somente um colar com um pingente oval, onde eu guardo a primeira foto da Melissa ao nascer, e brincos de argolas pequenas.

Um carro para próximo a nós e um belo moreno desce dele, com um sorriso enorme.

— Boa noite, olá moça bonita. – diz me olhando.

— Mariana Assunção. – cumprimento.

— Caio Tavares, amigo gato de Dominic.

Acho que ele é um pouco convencido, isso sim.

— Cala essa boca seu filho da mãe. – Dom responde.

— Ô senhor amigo gato, podemos ir? –  diz uma loira sentada no banco do carro com a porta aberta. Ela é linda.

— Não vive sem mim. – diz Caio.

— Só acho que está muito convencido Caio, eu vivo muito bem sem você aliás. – ela rebate.

Bem feito. Ela tem língua afiada e parece saber colocar alguém em seu devido lugar com maestria.

Cada um seguiu para seus carros e fomos para o lugar marcado.

Acho que vai ser uma noite e tanto.

[...]

Paramos no estacionamento do restaurante e antes que eu conseguisse perguntar qualquer coisa Dominic já estava cheirando o meu pescoço. Arrepios e sensações de prazer me abraçaram no mesmo instante. Que delícia!

Se ele lamber novamente a minha orelha, juro que não vou me controlar dentro desse carro.

— Os pombinhos nem jantaram ainda e já estão indo comer a sobremesa? Que isso casal!

Convencido, palhaço e divertido... Caio Tavares tem várias qualidades.

— Filho da puta. – Dominic e sua boca suja de sempre.

— Vamos, estou faminta. – digo e recebo um olhar cheio de intenções indecentes.

— Posso resolver isso agora mesmo.

— Nem pense nisso moço, pode abotoar essa calça agora mesmo. Estou me referindo a comida que vem servida no prato.

— Se esse for o problema, posso me deitar na mesa e você estará servida.

Deus, como que faz pra manter o controle depois de escutar isso?

— Vocês vem ou não? – dessa vez é a loira quem chama.

— Da pra acreditar, algumas horas de convivência com o Caio e ela já virou uma empata foda igual a ele?

— Não fala assim da moça. – reclamo.

Saímos do carro e já podemos escutar as risadinhas do casal empata foda.

— Boa noite Dr. Dominic.

— Hoje não tem formalidades Bruna, estamos como amigos aqui.

— Certo.

— Essa é Mariana, minha... – interrompi.

— Amiga. Prazer! – ele me olha e sorrir. Se olhar matasse eu estava mortinha da silva.

Calma moço, vamos com muita calma nessa história. Não vou me foder duas vezes.

— Afinal, que lugar é esse Caio?

Analiso o local visualmente e nunca tinha notado que ele existia. Parece meio escondido. Talvez tenha coisas inapropriadas lá dentro.

— Deixa de frescura cara, você achou mesmo que eu ia convidar essas belezuras pra jantar meia grama de salada e escutar o blá blá blá daquele povo sem graça, num restaurante cheio de gente metida?

Caio Tavares parece não ter filtro também. Esses homens são todos descontrolados e impacientes. Mas isso parece que vai ser divertido e eu gostei do lugar.

— Você não tem jeito. – acho que alguém aqui não curtiu muito a ideia.

— Não vejo problema algum, aqui parece ser animado. – digo.

— Concordo com Mariana. Vamos, vai ser legal.

— É rapunzel, vai ser legal.

Esse apelido eu nunca escutei, mas parece que deixou Dominic ainda mais puto.

Depois de muitas brincadeiras rolando, entramos de vez no bendito restaurante e de cara já gostei do lugar. É animado, tem bastante gente conversando e algumas mulheres param pra babar os dois exibidos aqui.

— Mas é muito metido esse Caio viu.

— Vou nem falar da Rapunzel aqui.

— Do que vocês estão rindo? – Caio pergunta. Eu falo ou vocês?

— Nada. – digo.

— Nadinha mesmo.

[...]

O jantar estava uma delícia, se eu não estivesse satisfeita comeria muito mais daquele estrogonofe. Sem dúvidas aquilo é algo preparado pelos deuses. Eu estava devorando uma sobremesa de chocolate quando uma música romântica começou a tocar. Nem tinha percebido que aqui tem um pequeno palco, microfone e tudo o que precisam para fazer um show.

Caio não perdeu tempo e logo puxou a loira sensual pra dançar. É engraçado ver a mulher toda sem jeito retirando a sua mão indecente que insiste em ficar grudada na sua bunda. Descarado, sem vergonha.

— Vai ficar só olhando Mariana? – Dominic oferece a sua mão.

— Melhor não. – recuso.

— Sua bunda deve estar doendo de ficar sentada tanto tempo. Vamos, não se faça de difícil. É só uma dança.

— É, pode ser.

Rumo a foder o juízo aí vou eu.

Me aconchego nos seus braços e colo o meu rosto no seu, apesar de Dominic ser mais alto que eu. Sigo os seus passos de acordo com o ritmo da canção. A letra e linda e com ele cantando baixinho no meu ouvido só melhora.

(Djavan - Oceano)

Suas mãos me apertam e minha calcinha só fica mais pesada. Seu balanço me seduz e a sua respiração quente no meu pescoço, como é bom sentir isso.

— Lembra de quando a gente fugia a noite pra dançar no quiosque lá perto da praia? A sua mãe fazia de tudo pra ninguém flagrar você pulando a janela.

— Lembro, e lembro mais ainda o dia em que você quase quebrou o braço quando o despertador não tocou e você quase foi pego na minha cama. Nunca vi ninguém pular daquele jeito de uma janela.

— Valeu a pena. Tivemos uma noite incrível de amor.

— Loucos e apaixonados. – digo.

— Eternamente, loucos e apaixonados.

É tão inevitável ignorar esses olhos de safira me hipnotizando, nossa. Seus corpo queima e a sua boca me chama de um jeito safado que só ele faz e eu vou.

Tudo a nossa volta parecia ter sumido, era como se tivesse somente nós dois naquele lugar.

Me senti tão dele que sequer conseguia raciocinar, suas mãos puxava o meu cabelo com força e eu gostava daquilo. De força, com força.

— No andar de cima tem quartos é só alugar uma chave e foder a noite toda.

Caio é, de fato, o empata foda que Dominic disse.

— Agora entendi a escolha do lugar, seu safado. – diz Bruna, dando um soco no ombro do moreno.

— É como diz o ditado, dois coelhos numa cajadada só. Agilidade é essencial.

— Nunca escutei esse ditado.

— Está escutando agora, pronto.

— Já volto. – Dom some no meio das pessoas e já até sei aonde foi.

— Acho que alguém aqui vai visitar o andar de cima.

— Acho que você também vai, até porque foi o Caio quem escolheu esse restaurante, karaokê e meio motel maluco.

— Boa sorte pra você Mariana.

Acho que eu preciso de controle, isso sim.

— Pra você também Bruna.

Rimos muito, sem saber o motivo, acho que o álcool das bebidas estão fazendo efeito. Os meninos voltam e mostram as chaves.

— Dezoito. – diz Dominic.

— Vinte. – diz Caio mostrando a chave.

É, vai ser uma longa noite.

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Boa leitura.
Beijos, Jaqueline Carvalho.


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