Katia Santiago
Minha raiva exalava pelos poros.
-Você não pode fazer nada comigo Katia. Eu ainda vou conquistar meu marido. - diz cínica e só o jeito dela chamar ele de "meu marido" estava me dando nos nervos.
Uma ideia brilhante veio a minha mente.
Caminho até a porta a fechando com chave, e vou até ela pegando o travesseiro o segurando.
-Será que não posso fazer nada? - pergunto dando um sorriso de lado. Mesmo não querendo sentir aquilo, uma alegria me invade ao ver sua cara de cobra com medo. -Impressionante como se calou tão rápido.
-Não faz isso. Por favor não faz isso Katia. - implora mais a empurro na cama pressionando o travesseiro no seu rosto. Ela tenta se levantar, se debate contra a cama, porém eu pressiono percebendo que ela estar perdendo as forças.
-Morre! - digo com meu coração batendo a mil quando a vejo morrer pois para de se debater.
Ajeito o travesseiro atrás dela, e abro a porta saindo, mas antes olho para os grandões que me olham curiosos.
-Aconteceu algo senhora?
-Vocês ouviram alguma coisa? Eu não ouvi nada.
-Não ouvimos nada senhora. - sorrio diante da resposta dele.
-Ótimo. Se quiserem dá uma volta estão liberados. A cobra estar inofensiva.
Viro com meus saltos, e caminho de volta para onde meu marido estar. O vejo no celular, mas assim que me olha sei que tem perguntas apenas no olhar.
-Passou mal Katia?
-Coisas de mulher. - respondo mas sei que não caiu na minha.
Olho para trás vendo a enfermeira entrar no quarto dela. Minutos depois a enfermeira sai às pressas trazendo o médico. Respiro fundo sentindo o peso sair de minhas costas.
Amber Lementez
Umas horas se passaram e recebi alta pois não tinha nada de errado comigo. Desmaiei apenas pelo susto. Rodolfo me ajudou a colocar minhas roupas mesmo eu alegando que estava bem. Claro que ele se aproveitou para tirar uma casquinha mas não aprofundamos mais pois qualquer pessoa podia entrar.
Ele me contou que meu pai agora estava bem, pois Dylan doou o sangue de que ele precisava ao qual tenho que agradecer pois ele salvou meu pai. Falou também que minha mãe faleceu, não disse com muitos detalhes mas estava claro em seu olhar que a mataram. Não posso dizer que não doeu, mas infelizmente ela cavou a própria cova.
Soube que Yuri e Brianna sofreu o acidente pois tentaram fugir. Yuri morreu e minha irmã estar aqui no hospital, não sei ainda como ela estar, apenas soube que o carro capotou.
-Quero ver meu pai, e saber como Brianna estar. Seria tão mais fácil se ela voltasse com a memória. - comento e ele assente quando saímos do quarto encontrando a todos.
-Logo saberemos dos dois. Fique calma. - ele diz segurando minha mão, e com esse simples gesto me acalma.
Vejo Dylan e sem pensar o abraço não me importando se estão vendo. Ele salvou meu pai.
-O que foi criança?
-Obrigada por ter salvo meu pai. Serei eternamente grata. - falo sincera e ele sorrir me abraçando também. Por mais que ele seja doido, eu gosto demais dele.
-Deram sorte. Esse sangue é raro. Mas eu faria por qualquer um que merece viver claro. - diz e sorrio quando saio de seus braços.
Vejo que Alex estar aqui ao lado de Katia, e percebo que ela é realmente linda, pois mais que tenha idade. Antes eu a julguei, porém é perceptível porque pai a ama.
-Obrigada a todos mesmo. Antes eu não enxergava quem era minha mãe. Mas em saber que terei tempo para me reconciliar ainda mais com meu pai me deixa feliz demais. - meus olhos marejam e Rodolfo me abraça de lado quando o médico se aproxima de nós.
-Princesa Amber, o rei estar bem. Agora estar em observação, mas logo mais poderá vê-lo. - o médico faz primeiro a reverência o qual acho desnecessário mas não o interrompo.
-Agradeço doutor. Nos comunique de qualquer coisa.
-Claro princesa. - ele da um aceno e se vai com a pauta em mãos.
-Princesa em? Ver se não continua mimada porque já gostamos de você. - Dylan diz e acabo rindo junto com todos.
-Prometo mudar Dylan.
Tyler Santiago
Horas antes...
-Merda o carro deles capotou! - John exclama ao meu lado, quando paro o carro bruscamente indo correndo até eles.
-Tenta ver a Brianna, que eu vejo Yuri. - falo e ele assente já indo pro lado dela. -Preciso de ambulância e escolta. - aviso no comunicador.
-Ja chamei a ambulância. Estará aí em vinte minutos. A escolta já estar sendo enviada também.
-Brianna estar viva, mais tem um machucado grande na cabeça. - John avisa e Fernanda se agacha ao meu lado.
Puxo Yuri para fora, e mesmo ensanguentado ele abre os olhos dando um sorriso de deboche para mim.
-Desgraçado! Quase a matou! - vocifero dando um soco em seu rosto. -Miserável! Você nunca a amou?! Você tinha uma família merda! - digo indignado pois para mim minha família é tudo. Nunca os colocaria em risco.
-Desde de que vi Brianna, eu a amei. Mas aprendi que negócios vem sempre em primeiro. - fala e vejo em seus olhos que diz a verdade contudo não me contenho e o puxo pelo colarinho, socando-o.
-Família sempre vem em primeiro desgraçado! Sempre! - grito com raiva pegando minha faca na perna, rasgando sua garganta.
-Acabou meu amor. Suas irmãs ficarão bem. - Fernanda toca meu ombro e escuto o barulho da ambulância chegando.
Vejo John com a Alyssa a amparando, mas os paramédicos tomam a frente a levando na maca.
Matias Lementez
Agora...
Meu corpo inteiro parece pesado, como se tivesse passado um trator em cima de mim. Assim que me acostumo com a luz do quarto, me lembro de tudo o que aconteceu.
Eu estava na porta procurando por minhas duas filhas quando ouvi a conversa de Brianna e Yuri tramando contra mim. Também me lembro de ver Denise desacordada no chão e por isso entrei querendo uma explicação. Burrice minha, confesso. Yuri sacou a arma, Brianna tentou impedi-lo mas foi tarde demais quando ele me acertou em cheio. Depois disso não me lembro de mais nada.
O médico adentra meu quarto, e assim que ele percebe que estou acordado, ele faz uma reverência.
-Fico feliz que esteja vivo alteza. Foi por pouco. - diz e assinto quando Amber logo adentra também.
-Não me contive esperar demais. - minha pequena se aproxima de mim, e sem eu esperar ela me abraça com cuidado. -Não sabe como tive medo papai. Pensei que tinha perdido o senhor.
-Os deixarei a sós. - ele fala saindo.
-Mas não me perdeu. Seu velho é bem persistente. - brinco e ela sorrir se levantando para me olhar.
-Que bom que é. O senhor perdeu muito sangue, sendo que Dylan doou. Foi por pouco...
-Dylan? - pergunto surpreso pois meu sangue é raro, e encontrar alguém assim em cima é difícil.
-Ele mesmo. O importante que estar vivo.
-Sim. Brianna, sua mãe? - pergunto e vejo seus olhos mudar.
-Brianna sofreu um acidente papai. Mas não se preocupe, ela estar bem. Quando eles dois estavam fugindo, o carro capotou. Yuri morreu no processo. Minha mãe também faleceu. - ela não me diz tudo, estar claro. Provavelmente a máfia tomou sua decisão de matá-la. -Eu a amo papai. Ela minha mãe sabe. Não consigo odiá-la... entretanto como eu disse a Rodolfo, ela escolheu tudo isso. Ela escolheu ser má e nos largar.
-Você é boa e por isso não consegue sentir ódio. Vamos esquecer tudo que vivemos, e teremos uma nova vida partir de hoje. Falaremos tudo para sua irmã, mostrar a ela que não somos isso que sua mãe disse, e se ela nos aceitar, ela fará parte de nossa vida. Agora se ela não aceitar deixarei nas mãos da máfia mesmo que me doa. Não poderei fazer mais nada.
-Certo pai. Quer ver mais alguém? Katia estar aqui. -diz e por essa eu não esperava. -Sei que a ama papai, é compreensível. Linda até mesmo na idade.
-Não fale assim. - digo sem saber se quero vê-la. Eu quero na verdade, mas será que ela quer?
-Pai estou ouvindo daqui seus pensamentos. Ela estar aqui na porta na verdade. Vou sair para ver Rodolfo. - beija minha bochecha e sai quando Katia entra com um sorriso discreto nos lábios.
-Matias. - ela diz meu nome e só ouvir sua voz meu coração acelera parecendo um menino apaixonado. Isso nunca passará?
-Estar aqui. - falo que nem um idiota como se ela fosse um sonho. Ela toca minha mão, e lentamente levo até meus lábios dando um beijo. Suas bochechas coram e nesse momento me condeno por querer provar seus lábios.
-Estou sim. Fico feliz que estar bem. Quando me contaram o que aconteceu... - seus olhos marejam e aquilo me pega desprevenido. -Sou uma boba mesmo.
-Não é não. É linda. - elogio e ela sorrir me mostrando o quanto sinto falta de ver isso.
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Nota da autora:
Olá belezuras 💐☔️🥰
Aqui no RJ estar chovendo e me espirou para escrever esse capítulo. Como vocês estão? Espero que bem. O que acharam? Sejam sinceras. ❤️❤️
Comentem e votem ❤️❤️
Bjs 🥰❤️