Amber Lementez
Eu reconheço o quanto fui injusta.
Eu o acusei de tanta coisas, e agora estar mais que comprovado que eu fui uma filha de merda por desmerecê-lo inúmeras vezes.
Bato em sua porta, e o som da sua voz grave pedindo que entrasse, me faz respirar profundamente ao empurrar a porta. Seu corpo gira, e o vejo rígido ao me olhar. Estar com orelhas gritantes e as marcas de expressões estar mais evidente mostrando que a idade já estar o alcançando. Me forço a me mover para perto dele, imaginando formas de pedir desculpa. O medo que ele não me aceite mais me aperta o peito.
-O que faz aqui Amber? Não foi o bastante o que me falou na mesa? - pergunta seriamente, frio e vejo que eu mesma fui a causadora por esse tratamento.
-Eu vim lhe pedir desculpa. - sussurro, vendo de imediato sua expressão de supresa.
-Impossível. Fale Amber...
-Eu peço perdão por todos os esses anos.
-Porque agora? Porque mudou de ideia? Eu sonhei por muitos anos que viesse aqui e me dissesse essas palavras. - confessa e como uma completa sentimental que sou, meus olhos se enche de lágrimas.
-Pai me perdoe, por favor. Eu fui tão injusta com o senhor. Depois que li e ouvi, percebo a filha ruim que eu fui. Não estou pedindo que me perdoe pois sei que não mereço tal ato. Mas eu estou aqui pedido desculpa, mesmo sabendo que os anos que perdemos de pai e filha não voltarão. Percebo agora o quanto foi um verdadeiro pai quando ela me abandonou. Me lembro quantas vezes veio ao meu quarto apenas para me consolar e se sentar ao meu lado mesmo eu não querendo que estivesse ali. Eu te amo papai, eu amo muito o senhor e só agora percebi isso. - termino em lágrimas, soluçando para ser mais exata. Seus braços rodeiam meu corpo e a paz me consome ao sentir seu cheiro.
-Tudo que eu disse foi no momento da raiva. Eu sempre te amei minha pequena princesa. Me cortava o coração quando não me queria por perto. Um pai jamais guarda rancor. Eu sempre estive aqui para você e sempre estarei. Não sabe como fiquei preocupado quando fugiu. - diz com a voz chorosa e o aperto mais, querendo que aquele momento se eternizasse.
-Tive medo que nunca mais que me quisesse.
-Nunca. Eu te amo. - me tira de seus braços segurando meu rosto em suas mãos. -Fico feliz que reconheceu que sempre quis o seu bem. Fiquei desesperado quando sua mãe se foi, pois eu não sabia como seria te criar dali para frente. Estava triste pois pensei que tinha perdido Brianna. Mas agora eu percebo que tudo estar se encaixando.
-Estar sim. - me lembro das coisas que Rodolfo me disse o abraço novamente. Manter as aparências. -Irei ver Brianna e a pequena Stefany.
-Vai sim. Irei ver alguns documentos mas logo me junto à vocês. Te amo. - beija minha testa e saio com um sorriso em meus lábios.
Rodolfo me espera, me jogo em seus braços, colocando minhas pernas em volta de seu corpo não me contendo de felicidade e alívio.
-Como foi?
-Ele me perdoou.
-Não tinha dúvida. Ele é pai Amber. Se foi sincera, ele percebeu isso. - diz e fico boba olhando para seus traços. Eu tenho o homem mais lindo ao meu lado. -O que foi?
-Nada, apenas admirando o meu homem. - digo sem medo e ele sorrir de lado mostrando que é sexy e meu.
-Seu? Ninguém me disse isso não. - implica me dando um selinho.
-Eu disse. Sou sua alteza real, cadê o respeito? - pergunto quando ele me põe no chão se ajoelhando a minha frente me fazendo rir. -Levante daí Rodolfo!
-Desculpe-me alteza. - ele se levanta com um sorriso e me puxa com força, segurando minha cintura. -Você é uma diaba feiticeira. - diz me apertando fazendo-me sentir sua ereção que já estava grande.
-Você que é um tarado. Nem faz tanto tempo que transamos.
-Verdade. Talvez eu seja mesmo.
Seu celular toca, e ele atende falando com meu irmão.
-O que foi? - pergunto preocupada pois sua expressão fica séria.
-Seu irmão estar chamando para uma reunião. Provavelmente querendo prosseguir para o próximo passo.
-Eu também quero ir.
-Não acho bom. É sobre sua família Amber. Você pode não gostar...
-Não ficarei contra nada. Mas eu quero saber o que vai acontecer. - respondo e ele assente segurando minha mão ao descemos as escadas.
Entramos na sala de papai, e estavam lá reunidos.
-Rodolfo!
-Ela quis vim Tyler.
-Eu sei que não fui fácil, mas eu descobri uma coisa que me fez mudar.
Falo e eles me olham atento como se eu fosse dizer qualquer asneira. A impressão e atitudes que dei colaborou para a reação deles.
-Impossível.
-Ela descobriu que Brianna não é filha de Matias.
-Cacete! E eu achando que nossa família era mais confusa. - Ruby exclama e eu assinto caindo em si nessa verdade.
-Como assim?
-Eu encontrei cartas no antigo quarto dela. De um homem chamado Roriz. Ele deve ter tido um caso com ela pois implorava para que ela fosse com ele e Brianna.
-Falando do marido, mas ela também o traía. Que safadinha.
-Menos Ruby. - Fernanda adverte a filha olhando para mim com um pedido de desculpa.
-Se Brianna não é a sucessora do trono, Tyler que é por ser o filho mais velho. - John diz e olho para ele com ainda mais vergonha de minhas atitudes. Alegava tanto que Brianna merecia o trono agora sabemos que o Tyler sempre foi o primogênito.
-Mas eu não quero trono nenhum! - Tyler exclama em negação e a porta se abre com Dylan adentrando com sua esposa bem majestoso.
-Tinha que ser um cuzão mesmo para não querer ser rei. Te esgano agora ou depois? - Dylan pergunta sério mas termina com um sorriso de deboche.
-Não estava em missão?
-O que posso fazer se as crianças não sabem resolver um problema tão pequeno?
-Dylan tem horas que quero te matar. - Tyler diz com raiva e Dylan apenas sorrir colocando a mão na boca, segurando o riso. -Meu pai te mandou aqui?
-Desde de quando preciso de permissão do velhote? Sou vocês não.
-Agora eu te mato infeliz! - Tyler tenta avançar mais Fernanda o segura olhando irritada para o irmão.
-Estar se descontrolando muito rápido Tyler. Assim que eu mandar Denise para um hospício posso te encaminhar também.
-Dylan!
-Caramba você é filha dela. Desculpe se ofendi, mas a sua mãe é um problema crítico minha querida. Estava decidido se a matava...
-Cala a boca amor.
-Pronto, caladinho. Ficar sem boquete por um mês não dá.
-Vamos prosseguir por favor. - Rodolfo intervém com sua mão pousada em minha costas e agradeço por mentalmente por ele estar do meu lado.
-Posso falar agora? - Dylan levanta o dedo e bufo sabendo que com ele é impossível.
-Coisa séria Dylan, por favor.
-Então... já sabemos que Brianna não é filha de Matias.
-Como assim sabemos? Acabamos de descobrir. - John pergunta sem entender e ele revira os olhos. -Como soube Dylan?
-Com Roriz pai de Brianna, horas.
-Ele estar vivo? - pergunto e ele assente.
-Você o viu aonde? Dylan conte essa história direito. -Fernanda pede curiosa.
-Matias me ligou dizendo que as duas desaparecidas chegaram ao palácio. Porque depois de anos elas apareceriam? Fui atrás junto com Gael. Procurei por todos os hospitais de Mônaco perguntado se as duas tinham aparecido logo após o acidente. Porque se elas sofreram um acidente grave, não tinha como elas irem tão longe. Lá no interior, achei uma enfermeira que esteve nesse dia, e disse que elas ficaram pouco tempo pois um homem, Leonel Yuksel pai do embuste Yuri estava lá para pega-las. Pesquisei ainda mais por essa família, e Leonel tem vários comércios pelo interior. Porém... os que frequentam não são pessoas normais que querem encher a cara.
"Brianna perdeu realmente a memória pois essa enfermeira alegou para mim, e me mostrou os exames. Aí eu pergunto a vocês... porque eles voltaram agora? Simples. Yuri manipula Brianna para querer o trono. O pai era líder de uma gangue não muito famosa, por isso vocês não conhecem. Ele morreu, mas Yuri não sendo idiota logo casou pois ele sabia que podia usá-la no momento que ele precisasse que é nesse momento. Denise é louca desde de sempre, por isso precisa se tratar, mas como ela quer vingança apenas fez a cabeça da filha provavelmente, óbvio gente. Agora eles apareceram como uma família unida, arrependidos e que querem de verdade fazer parte da família de Matias... seria lindo se não fosse tão trágico. "
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Nota da autora:
Genteeee lindaaaa ❤️❤️
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Beijos 😘😘
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