Tudo Começou Com Uma Taça De...

By GihGibeline

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Quando Lisa aceita tomar uma taça de vinho oferecida por Hector ela não imaginava que sua vida viraria do ave... More

ATENÇÃO !
EPÍGRAFE
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
GENTE !!
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 25
CAPÍTULO 26
CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 28
CAPÍTULO 29
CAPÍTULO 31
CAPÍTULO 32
CAPÍTULO 33
CAPÍTULO 34
CAPÍTULO 35
CAPÍTULO 36
CAPÍTULO 37
CAPÍTULO 38
CAPÍTULO 39
CAPÍTULO 40
CAPÍTULO 41
CAPÍTULO 42
CAPÍTULO 43
CAPÍTULO 44
CAPÍTULO 45
CAPÍTULO 46
CAPÍTULO 47
CAPÍTULO 48
CAPÍTULO 49
CAPÍTULO 50
CAPÍTULO 51
CAPÍTULO 52
CAPÍTULO 53
CAPÍTULO 54
CAPÍTULO 55
CAPÍTULO 56
CAPÍTULO 57
CAPÍTULO 58
CAPÍTULO 59
EPÍLOGO
AGRADECIMENTOS

CAPÍTULO 30

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By GihGibeline

LISA

Hector Lonnie

Esse é o nome que desde de ontem a noite ronda meus pensamentos, nem mesmo quando fechei os olhos eu me vi livre dele e a julgar pela situação em que estou, tenho certeza que isso não é nada bom. Não gosto de pensar nele, porque sei que ele não merece um pingo da minha preocupação, mas mesmo sabendo disso meu coração insiste em se apertar dentro do peito.

Agora já são mais de duas da tarde e nem um sinal de vida Hector chegou a dar. Me iludi pensando que Dylan talvez soubesse para onde o amigo tinha ido se refugiar, mas bastou ele aparecer aqui para eu saber que nem mesmo ele sabe onde o amigo se meteu.

Será que tudo isso é porque ele descobriu que a suposta mãe do seu futuro filho é virgem? Não, não pode ser. Isso não pode ter o assustado tanto ao ponto dele querer passar longas horas fora de casa. Hector não está bem, eu vejo melancolia tomando conta de seus olhos toda vez que ele olha para mim, já quando ele olha para a dançarina mascarada eu vejo confusão e culpa.

Talvez seja porque o corpo dele queira muito a mulher mascarada que o encanta todas as noites, mas o seu coração, talvez queira a mim, eu sei que posso está parecendo uma idiota falando isso, mais ontem ele mesmo sussurrou isso para a mascarada e suas palavras continuam frescas e encravadas em minha memória.

Você me lembra ela, toda vez que vejo você, eu lembro dela, minha esposa.

Ele pensa em mim.

Talvez seja esse o motivo que o levou a empurrar a dançarina mascarada de seu colo, talvez Hector tenha pensado em mim e isso tornou impossível que ele aceitasse o toque de outra mulher e isso me deixa confusa. É assim que me sinto toda vez que ele vem à minha mente.

Tem horas que quero simplesmente me afastar, mas tem horas que desejo com toda minha alma quebrar o gelo que cerca seu coração, para assim eu conhecer o verdadeiro homem que existe por trás daquela forte armadura, mas eu sei que não sou forte o suficiente para isso. Hector tem uma grande e dolorosa ferida em aberto, que eu ainda não sei o que acarretou isso e acho que nem vou saber.

Ele não permite que eu o ajude e infelizmente sozinha eu não posso fazer nada, não se pode ajudar que não quer ser ajudado.Como ajudar alguém que não permita que eu me aproxime?

- Dylan, você não sabe mesmo um lugar que ele costumar ir de vez enquando? - insisto mais um vez, torcendo para que do nada um vislumbre surja em sua mente.

- Sinto muito Lisa, mas o lugar em que eu pensei que ele estaria ele não está, acabei de ligar para os trabalhadores de lá e Hector não apareceu por lá.

Suspiro desanimada e sento no sofá, levando minhas mãos ao rosto. Por que toda essa preocupação com um homem que tornou minha vida um inferno? Odeio ter um coração tão bobo assim, ter uma grande parte de bondade dentro de si, muitas vezes não é bom.

- Então não nos resta outra saída a não ser esperar. - Sussurro para Dylan que senta ao meu lado me olhando como se procurasse as palavras certas para me dizer.

- Você tem um coração gigante Lisa e fico feliz que seja você a estar do lado de Hector, por mais que ele não te trate como você merece, agora você está aqui se preocupando com ele, só espero que meu amigo abra os olhos e veja a mulher que tem ao lado.

- Hector nunca irá abrir seus olhos para a vida. Ele parece ter passado por coisas dolorosas demais, só isso explica seu jeito duro de ser. Você sabe de algo?

- Infelizmente não, nem a mim Hector confia suas fraquezas e levando em consideração que sou o melhor amigo dele, seja lá oque for deve ser algo que ainda não cicatrizou.

Escolho pelo o silêncio que é quebrado por passos pesados que chegam até nossos ouvidos, quando levanto meu olhar junto a Dylan minha boca se abre em espanto quando tenho a minha frente um Hector todo machucado, com as roupas rasgadas e sujas de sangue, seus cabelos pretos sempre bem alinhados agora estão desgrenhados, caindo sobre seus olhos azuis que estão opacos.

Sem me dar conta, meu corpo deixa o sofá e corre até Hector que está escorado na entrada da sala, sem me importar com seu estado eu me aproximo dele e o abraço, ficando na pontinha dos pés. Confesso que eu já sabia que ele não iria retribuir e mesmo com isso em mente eu posso sentir a decepção me espetando, mas oque realmente importar é que ele está aqui, não necessariamente bem, mas ele está.

- O que aconteceu com você ? - sussurro tocando de leve seu rosto machucado, Hector não se mostra disposto a responder, então me contento com o silêncio e me afasto dele.

- Por Deus, Hector, onde você se meteu? Nós estávamos loucos de preocupação.

- Eu só estava me divertindo por ai, Dylan - respondeu calmo demais, o que acaba me deixando preocupada, esse não é seu estado normal.

- Você estava querendo se matar isso sim, olha o seu estado... - Dylan rebate indicando com as mãos as roupas rasgadas do amigo.

- Juro que isso nem me passou pela cabeça, mas não seria nada mal que eu morresse. Eu faria um favor para você não é, Lisa? Você quer se livrar de mim, você quer o divórcio.

Congelo. Como ele pode falar uma coisa dessas? Eu não quero seu mal. A todo tempo eu estava aqui com a preocupação tomando conta de mim. Querer o divórcio não significa que o quero morto. Mas que diabos deu nele?

Engulo a seco quando Dylan me olha de uma maneira estranha. Tudo isso por causa da palavra divórcio solta no ar? Eu não sirvo mais para ser a mãe do filho dele e ele mesmo deve ter percebido isso, então a melhor opção agora é cada um seguir seu caminho, só quero que ele me prometa que continuará a bancar o tratamento da mamãe.

- Vou subir para tentar ajudar ele - falo para Dylan, me apressando em subir os lances de escada para que eu alcance Hector.

Entro em seu quarto e logo seu olhar caiu sobre mim, trazendo consigo um misto de surpresa e indagação. Dou de ombros e caminho até ele parando em sua frente, mesmo me sentindo intimidade com seu olhar, eu levo minhas mãos até sua camisa suja e a tiro de seu corpo, tendo a todo momento seus olhos azuis cravados em mim, me perfurando de uma maneira desconcertante.

- O que está fazendo?

- Não é óbvio? Te ajudando.

- Não preciso de ajuda - rebate seco, me fazendo respirar fundo, buscando manter a calma.

- E eu não preciso te ajudar e nem devia, mas eu estou aqui e mesmo que você não queira vou cuidar de você.

Engulo a seco quando minhas mãos descem até o cós de sua calça, com as mãos tremendo começo a desabotoar e lentamente vou descendo a peça por suas pernas, deixando seu corpo apenas com uma cueca box. Pego em sua mão e o puxo até o banheiro, ligando o chuveiro que derrama água morna sobre seu corpo machucado.

Pego o sabonete e começo a passar em suas costas largas e musculosas. Surpreendentemente ele não está reclamando e isso é um bom sinal, certo? O bom e velho Hector não se sujeitaria a isso, então acho que pela primeira vez, desde de que o conheço eu dei a largada e estou na casa um agora.

Me assusto quando Hector vira ficando de frente para mim, com o susto acabo me afastando por reflexo, mas suas mãos voam até minha cintura, me colando a ele, fazendo agora a água também me molhar. Não consigo evitar a surpresa em meu olhar, já Hector continua me olhando de um jeito estranho. Estremeço dos pés à cabeça quando suas mãos vão até meu cabelo e desfazem o coque, fazendo meus fios agora molhados caírem sobre meus ombros.

- Por que você está em tudo que eu vejo? Pra todas que eu olho eu vejo você.

- E...Eu não sei, Hector - solto em um fio de voz - O único que sabe essa resposta é você.

- Eu não sei - sorrir fechando os olhos - Eu simplesmente não tenho essa resposta, você do nada resolveu me atormentar e eu odeio quando você chega invadindo meus pensamentos como uma intrusa.

- Sinto muito, essa de longe não era minha intenção - solto minhas palavras e agora aproveito que seus olhos ainda estão fechados e lavo seu peitoral com alguns roxos, tudo isso com suas mãos ainda firmes em minha cintura, me deixando um tanto quanto embasbacada por eu está tranquila estando tão próxima assim dele.

Com cuidado lavo seu rosto e nessa hora meu coração acelera dentro do peito quando seu olhos se abrem e seu olhar se aprofunda em mim, me fazendo sentir exposta diante de seus olhos tão intensos.

- Você....Você vai me dar o divórcio? - deixo escapar e me repreendo mentalmente por isso, essa não é a melhor hora para tocar nesse assunto.

- Você quer que eu te dê?

- Não, não sei, quer dizer, eu não sirvo mais para você, eu sou virgem e quero continuar assim até que o homem certo apareça em minha vida. Você não vai querer continuar casado com uma mulher como eu.

- Uma mulher como você?

- Não se finja de bobo, você sabe muito bem do que estou falando - rebato amarga, arrancando um meio sorriso dele.

- Uma mulher como você, uma mulher virgem, pura como um anjo - deixo o sabonete cair quando seus dedos acariciam meu rosto, mas a verdade é que suas palavras me pegaram de surpresa - Você tem razão Lisa, você não serve para mim, mas mesmo assim seu destino é continuar sendo minha, então não sonhe mais, porque não irei te dá o divórcio. Você é minha e assim será até que eu decida o contrário.

- Vou sair para você se secar e vestir um roupão, estarei te esperando para passar um anti-inflamatória nesses arranhões do rosto.

Sem mais esperar saio do banheiro deixando ele sozinho, resolvi não levar adiante o assunto do divórcio, agora não é a melhor hora para isso, mas ainda tentarei convencê-lo de que isso é o melhor a se fazer. Tiro rapidamente minhas roupas molhadas e me visto em um roupão que encontrei jogado em cima da cama que para o meu azar está com um cheiro já bem conhecido por mim, o cheiro forte e marcante do homem que agora pouco estava com as mãos em minha cintura, causando uma grande e indecifrável loucura dentro de mim.

Volto a realidade quando ele senta na cama esperando que eu cuide de seus ferimentos e diante do seu belo comportamento chego a conclusão que tudo seria mais fácil se ele fosse sempre assim. Pego o anti-inflamatório e espirro no corte em seu supercílio, depois me prontifico a fazer o mesmo com o corte em sua bochecha, mas sua mão voa até meu punho, impedindo seu movimento .

Olho para ele sem entender sua reação, mas minhas dúvidas se vão quando ele me puxa com força e agilidade para seu colo. Sua mão direita desliza até minha nuca e me puxa para colar sua boca na minha em um beijo calmo, doce e profundo. Hector está mesmo me beijando tão suave desse jeito?

Quando sua mão esquerda acaricia minha coxa eu tenho a resposta para minha pergunta, de fato ele está me beijando de uma forma doce e carinhosa e isso me faz ter a certeza que existe sim um homem bom dentro dele, basta que ele liberte esse lado.

Sinto algo molhar minha bochecha ao mesmo tempo em que um gosto salgado invade minhas papilas gustativas e só então percebo ser lágrimas, mas não são minhas e sim de Hector. Pela segunda vez ele está deixando seus muros caírem em minha frente, ele está mais uma vez tirando sua armadura de espinhos.

- Não chora - sussurro beijando uma lágrima grossa que para em sua bochecha - Me deixa te ajudar, Hector, não é bom carregar essa dor que você carrega sozinho - encosto minha testa na dele.

Silêncio. Essa é resposta dele e eu não sei se isso é bom ou ruim. Não sei se prefiro suas palavras cortantes ou seu absoluto silêncio. Mãos grandes me tiram de seu colo e ele agora levanta da cama, indo a passos melancólicos até a enorme janela de vidro.

- Sai daqui.

- Maz, Hector, eu...

- Eu mandei sair!

- Tudo bem, eu vou, mas por favor jogue esse orgulho no lixo e permita que eu chegue até você, jogue essa vergonha de mostrar fraqueza fora, jogue a vergonha de derramar lágrimas pela janela, só quando você fizer isso eu vou poder te ajudar e acredite, Hector, eu quero muito te ajudar, mas para isso você terá que me guiar até você. Eu me preocupo com você - lhe dou as costas - Até mais do que eu gostaria - sussurro em um fio de voz assim que fecho a porta atrás de mim.

Essa é a verdade, entre tantas confusões e incertezas a única coisa que sei ao certo é que de fato eu me importo com esse homem, cujo os olhos azuis escorrem melancolia.

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