CAPÍTULO 12

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HECTOR

Satisfação me toma quando Lisa lança um olhar raivoso em minha direção toda vez que sua mãe me chama de querido. Está claro que ela está se corroendo de ciúmes da mãe, mas sinceramente estou pouco me importando se vou matá-la de nervoso ou não, meu objetivo ao vir aqui foi exatamente esse.

Eu não estaria aqui perdendo meu precioso tempo se hoje mais cedo ela não tivesse me provocado. Lisa estava confiante demais em suas palavras, mas quando suas mãos trêmulas puxaram minha gravata um sorriso interno brotou dentro de mim por ver que ela tenta ser o que não é. Nunca Lisa será uma mulher de atitude e nunca ela conseguirá me intimidar, quem faz isso sou eu e adoro vê-la acuada toda vez que fico frente a frente com ela.

Minha alegria nessa vida é tornar o dia a dia dela um verdadeiro inferno. O que a pobre Lisa não sabe é que sua tormenta está apenas começando e que cabe a ela decidir pará-la ou não, basta que ela abaixe a cabeça e me dê um filho como uma boa mulher faria.

- Você já pode ir embora, Hector. - escuto a voz dela soar atrás de mim assim que me encosto na ilha da pequena cozinha.

- Você ouviu a sua mãe, sou bem vindo aqui. - dou de ombros tomando um gole da água - Já ia me esquecendo, ela adorou saber que vai ser avó.

Como eu bem previa, Lisa arregala os olhos em um claro sinal que não esperava que eu fosse contar para sua mãe que pretendo ter um filho, mas vi ali a chance perfeita para que ela ceda a pressão e deixe de ser idiota.

- Não vou engravidar! Eu não quero ir para cama com você. Isso que você quer é um absurdo!

- Tudo o que você tem que fazer é abrir as pernas para mim e o resto fica ao meu cargo, além de não fazer nada você ainda terá o privilégio de se deitar comigo e bom, isso não é um absurdo, sendo que você assinou o contrato onde você se responsabiliza a me dar um filho.

- Você é um canalha! Como tem coragem de me dizer isso? Eu não sou uma qualquer para simplesmente abrir as pernas para um homem, ainda mais um igual a você - aponta seu dedo em minha direção ao mesmo tempo em que seu maxilar trava, resultado da raiva que a domina - Você está certo, eu assinei sim essa droga de contrato que até hoje não vi, mas você sabe muito bem que VOCÊ colocou alguma coisa na minha bebida aquela noite, então não se faça de desentendido.

Um sorriso brota no canto dos meus lábios. Lisa é uma ingrata, ela deveria lamber o chão onde piso e realizar todos os meus pedidos sem ousar em reclamar, até porque eu estou cuidando da mãe dela; indo atrás dos melhores profissionais para atendê-la. Sem contar que Lisa ao meu lado tem tudo do bom e do melhor, ela tem tudo o que as mulheres querem. Dinheiro, jóias, sapatos caros, roupas de grifes, TODAS gostam disso e fazem questão de esbanjar para a sociedade.

Mas minha esposa é santa demais para isso e insiste em andar como uma mendiga por aí, ou, vez ou outra ela inventa de se vestir como uma menina, o que me leva a pensar que ela não tem senso de ridículo. Ela já é uma mulher e deveria agir e se vestir como tal ou melhor, ela deveria se comportar como uma verdadeira Lonnie. É realmente vergonhoso saber que MINHA esposa vive em um mundo cor de rosa.

- Você é uma mal agradecida! Eu te tirei da pobreza, você tem tudo de bom estando ao meu lado.

- Não, Hector... Você está mesmo achando que fez um grande feito em minha vida? - Sorri sem humor - Isso só pode ser brincadeira ... Você não fez nada de bom pra mim. Você me tirou do céu e me levou para o inferno e, até onde sei, ainda estou na pobreza porque não deixei de ser pobre, o seu dinheiro não é meu.

Mais uma vez uma onda de impaciência me domina, Lisa novamente querendo pagar de certinha, de boa moça desentendida, e isso realmente me leva ao cúmulo da impaciência.

Tudo Começou Com Uma Taça De Vinho #1 Where stories live. Discover now