Burn

By Leitoramaster1

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Eu via todo o medo refletido no castanho dos seus olhos. Dizem que os olhos são os espelhos da alma e, defini... More

Personagens
Sinopse
Prefácio
Prólogo
| Capítulo Um |
| Capítulo Dois |
| Capítulo Três |
| Capítulo Quatro |
| Capítulo Cinco |
| Capítulo Seis | pérola
| Capítulo Sete |
| Capítulo Oito | Bad Things
| Capítulo Nove |
| Capítulo Dez| pérola
capítulo onze | entertainer
capítulo doze | dark horse
capítulo treze
capítulo catorze
capítulo quinze
capítulo dezesseis | pérola
capítulo dezessete | pérola
capítulo dezoito
capítulo dezenove | especial
capítulo vinte
capítulo vinte e dois
especial dalillah | flashlight
capítulo vinte e três | pérola
the end | mirror - SoMo
m e d u s a | woman
| Dalillah is real |

capítulo vinte e um

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By Leitoramaster1

Saint

Você pode chorar, meu amor. -eu ouço o riso na voz de Pérola e reviro os olhos.

—Como diabos eu perdi o primeiro ultrassom da minha filha?

—Culpa dessa viagem de última hora...

—Não pude ver a minha menina. -mudo de assunto.

—Eu já te disse que é um menino, meu bem.

—E eu já te disse que ela vai se chamar Firmina. -eu desvio do seu tapa e desço as escadas rindo e escutando os seus passos atrás de mim em direção a cozinha.

Aspiro o cheiro doce de perfume feminino que só a minha casa tem, e porra, que saudade.

—Como foi a reunião? -Pérola se encosta na bancada. Eu seguro a sua cintura e a impulsiono, a sentando no mármore. —Eu ainda posso me sentar sozinha, Saint. -ela sorri e acaricia a minha barba por fazer.

—Eu sei. -dou-lhe um beijo suave nos lábios. —Foi normal. O de sempre. Investimentos, procura e oferta. -dou de ombros e vou até a geladeira.

—Hum, sei. -meus ombros tencionam quando eu detecto a desconfiança na sua voz.

Ignoro e continuo a olhar a geladeira. Sinto os seus olhos queimarem as minhas costas, capaz de fazer um buraco. Porra.

—Você já jantou? -mordo o lábio inferior e pego uma garrafa de leite.

Eu bato a porta da geladeira e então a garrafa escorrega entre os meus dedos, caindo no chão e criando uma poça branca aos meus pés. 

—Porra, Pérola! -a palma da sua mão se conecta no meu peito com força, me empurrando para trás e me colocando contra a geladeira.

Os seus olhos castanhos me observam como duas facas afiadas e os meus batimentos aceleram.

E eu nem fiz nada de errado.

—Saint, eu tentei. Eu juro que tentei, mas você não me ajuda. -a cada palavra dita, um passo é dado na minha direção. As suas mãos estão enroladas em punho e eu aposto que ela quer socar o meu rosto. —Eu tento ser coerente. Eu tento agir como a mulher madura que sou. -a última parte é dita como um sussurro ameaçador. Eu prendo a risada.

—Amor, o que...

—Foda-se amor, Saint. -o seu punho se conecta com o meu ombro e eu uivo de dor, absorvendo o impacto.

—Porra!

—Foi você quem me ensinou a bater. Viu como eu sou uma ótima aprendiz? E você não me leva a sério. -ela da de ombros e acaba com a nossa distância.

—Você é ótima em tudo, Pérola. -eu mordo o lábio inferior e tento me afastar do seu corpo, principalmente das suas mãos.

Os seus braços se posicionam cada um em um lado do meu corpo, mantendo-me preso contra a geladeira. Observo a sua feição irritada e o seu lindo cenho franzido. Porra.

—Eu vou perguntar uma vez e eu quero que você seja sincero, meu bem. -as palavras são sussurradas no meu ouvido e o meu corpo tenciona ainda mais. É estranho eu estar excitado agora?

Or Nah.

—Sim, Pérola. -eu sussurro devolta e toco a sua cintura.

—Onde você esteve nesses sete dias? -as suas palavras são ditas pausadamente no meu ouvido, fazendo com que uma onda de arrepios se espalhem por todo o meu corpo.

—Você sabe, reunião em Miami. -eu limpo a garganta para disfarçar o engrossar da minha voz.

—Resposta errada.

Então os seus dentes se conectam com força no lóbulo da minha orelha. Deveria doer, mas só faz com que o tesão que eu estava sentindo aumente significativamente.

—Droga, Pérola. -ela solta o lóbulo da minha orelha e me encara. A sua pupila está dilatada, como um reflexo da minha. Os seus olhos castanhos estão escuros, quase negros. Os seus lábios incrivelmente cheios e avermelhados são um convite tentador para que eu mate a saudade de sete dias.

—Você sabe que mente. -ela desvia os olhos dos meus e leva o rosto para a curvatura do meu pescoço.

—Não. -ela morde levemente a área sensível.

—Não? -a sua língua suave sai e escova o meu pescoço onde ela mordeu. Meus olhos caem fechados com o prazer que se alastra cada vez mais.

—Sim. -eu suspiro e arregalo os olhos. —Não! Não. Isso. Não. -eu respiro fundo e tento, mais uma vez, me afastar do seu corpo curvilíneo.

—Contradições, baby?

—Você está me confundindo. -eu mordo o lábio e passo a língua entre o mesmo.

Os seus olhos seguem o movimento da minha língua, então ela pressiona os seus lábios suavemente contra os meus. Eu aperto a sua cintura com força e a puxo mais perto para aprofundar o beijo, mas os seus lábios se desligam dos meus.

—Contente-se. Saiba que isso vai ser tudo o que você vai ter até que me conte a verdade. Eu disse que só perguntaria uma vez.

Eu fico estático vendo o seu corpo se afastar. As minhas mãos caem da sua cintura e eu observo ela caminha em direção ao corredor.

Ela para na porta.

—Ah, e vê se limpa o leite que você derramou. -então ela desaparece. 

Suspiro frustrado e pego o pano de chão.

Porra.

*

—Droga, Pérola. -eu sussurro enquanto fecho a porta da varanda e subo as escadas.

Ela decidiu sumir. Passo pelo nosso quarto mais uma vez e olho no banheiro para ver se ela já apareceu por ali. O meu coração acelera, quando mais uma vez, constato que ela realmente não está no nosso quarto.

Uma olhada rápida no closet é o suficiente para eu saber que ela não pegou nenhuma das suas roupas. Uma pontada de alívio me toma. Eu pego o meu celular no criado-mudo e disco o seu número. Toca três vezes até que eu ouça o som abafado de música vindo do corredor. Encosto a porta do quarto e sigo o som. Quando eu passo por um dos quartos de hóspedes o som fica mais audível, assim como outro. O seu choro.

Desespero me toma e eu empurro a porta do quarto e a encontra enrolada na cama. Os seus ombros tremem com o choro. Finalizo a ligação e o seu celular para de tocar.

Caminho lentamente até ela e me ajoelho a sua frente. Pego o seu celular e o coloco no criado-mudo e toco os seus cabelos bagunçados. O seu corpo tenciona e ela se vira para o outro lado, livre dos meus olhos. 

—Hey, baby... -desço a minha mão pelas suas costas e o seu choro fica mais forte. —Amor? Quer me dizer o que aconteceu? 

—Não sei, talvez a sua mulher da rua saiba explicar. -a sua voz é chorosa e rouca. Preciso de alguns segundos para ver se realmente escutei o que escutei.

—Pérola?

—Vai se fazer de desentendido? -a sua voz é arrastada. Ela se afasta da minha mão e vai para a ponta do colchão.  —Quer saber? Só sai daqui.

Eu me levanto e passo a mão entre os meus cabelos e os puxo.

—Pérola, não existe outra.

Ela se levanta da cama como um foguete e eu só assimilo as coisas quando o seu punho se choca contra o meu peito, então outro e outro.

—Vá se foder, seu traidor!

—Pérola, para!

—Não! Eu disse que te amava todos os dias! Eu estou esperando um filho seu. Como você pôde fazer isso comigo, seu bagit*? -as suas lágrimas caem sem parar. Os seus olhos estão avermelhados e as suas mãos não param de me empurrar.

Eu tomo os seus pulsos e a prendo contra mim.

—Você precisa se acalmar!

—Eu te odeio! Eu te amo tanto e você fez isso comigo! -ela se sacode tentando me acertar ou se afastar.

Meu coração acelera ainda mais e eu não posso aguentar o pensamento dela me odiando. Não.

—Eu jamais te trairia!

—Quem é Dalilah, então? O que você estava fazendo em Dubai e dizendo que estava em Miami? -ela grita em meu rosto.

—Ela é sua irmã, porra. Eu a achei!

O seu corpo se acalma contra mim.

—Irmã? -ela sussurra.

—Sim. -eu percebo o quão aceleradas são as nossas respirações.

—A minha irmã morreu quando eu era uma menina. -os seus olhos se perdem dos meus e ela da curtos passos para trás, afastando-se de mim.

—Não, Pérola, ela foi sequestrada assim que nasceu e traficada.

—Oh, mi Jah*! -as suas mãos tremem. Eu sou rápido o suficiente para ver o seu corpo cair lentamente. Seguro o seu corpo desacordado contra mim. 

—Pérola? -desespero me consome quando a sacudo e ela não reage.

O tempo pausa.

Como no dia em que a resgatei.

Os segundos parecem cronometrados.

O seu corpo desacordado é um peso desmedido para o meu coração que martela.

Eu vejo sangue manchar as suas pernas.

As minhas pernas tremem.

Eu grito por socorro.

Socorro. Socorro.

Parece que ninguém me escuta.

Eu toco entre as suas pernas e os meus dedos estão manchados de vermelho.

A minha garganta já esta seca e áspera, os meus gritos fizeram isso? Alguém me escuta?

A ajuda chega e eles tentam levá-la para longe de mim, mas eu não posso deixá-la ir. Eu não posso.

A minha mulher.

A minha filha.

As minhas meninas.





******************
Voltei e trouxe esse babado. Gente, a Pérola tem irmã? Como assim?

Então, meu sumiço tem motivo! Fiquei quase quatro semanas sem postar nada. Entrei para o grêmio do colégio e agora sou uma garota empregada! Além disso, estou em um concurso de Modelo Diplomático da ONU, isso está sugando toda a minha energia, mas vale muito à pena. Estou em uma ótima fase da minha vidinha e queria compartilhar com vocês. Depois da chikungunya, nada mais me abala!

Peço desculpas pelo sumiço e demora. Peço-lhes para que não desistam de mim, por favor. Amo vocês. Obrigada por tudo.

SÓ PRA LEMBRAR, SOMOS 18K. OBRIGADA POR TUDO, DE VERDADE!!!!!!

NÃO ESQUEÇAM DE DEIXAR O SEU VOTO E A SUA ESTRELINHA.

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