Contrato Escarlate

Door bizzleone

3.7M 328K 144K

Quando seu mundo desaba sob seus pés logo após descobrir que o seu noivo Brian a traiu com sua melhor amiga... Meer

Prólogo
Capítulo um
Capítulo dois
Capítulo três
Capítulo quatro
Capítulo cinco - O casamento
Capítulo seis
Capítulo sete
Capítulo oito
Capítulo nove
Capítulo Dez
Capítulo onze
Capítulo Doze
capítulo treze
Capítulo Catorze
capítulo quinze
provocação
lembranças
Rancor
Amigos?
Maddie
Blake
Oliver
Tóquio
Scott
Ollie
Brian
Amor?
Louis
Zoollie
Daisy Smell
Brady
Chamas - Bônus.
Diga sim.
Desentendimentos
Italy
Maddie Again
Ele não se importa
nós dois
Chama
Amor?
Veneno
Verdade - Parte um.
Carta
promessa
Wado?
Verdades
Contrato?
Proposta
Desculpas
Eu amo você
Confusão
Aniversário?
Zrian
Real e Verdadeiro. - Bônus.
Blue Label
Harry Styles
baby
Charlie
Partido
Bônus II
Aaron
Adam - Bônus III
New
Future
Family
ZHT
Memories
desculpas
Água
Respire
Eu e você
Choque
Foto dos personagens.
Uma nova chance
Aaron e Adam
Epílogo.
NOVIDADES.

Thomas

48.4K 4.2K 678
Door bizzleone

O choro silencioso do meu pai parecia ecoar pela casa inteira. Eu sabia que tinha alguma coisa errada, e as lágrimas do homem que eu considerava meu herói provava isso.

Dei passos tímidos até entrar na sala de música, meu pai estava atrás do piano azul escuro que tinha dado de presente a minha mãe quando ainda eram noivos. Eu sempre ouvia falar da história deles, e o piano estava incluso na maioria das histórias que faziam eles rir.

Meu pai fechou com uma força assustadora o teclado antes de tranca-ló com uma chave. Os dedos brancos por estar segurando a borda do instrumento com força me incomodava, eu não queria que ele descontassa qualquer raiva em uma coisa que unia ele e a minha mãe. bastavam as brigas que ele estava tendo, bastava os gritos que um dava para o outro por um motivo que eu não parecia saber.

Passos de saltos altos e risadas escaparam pela casa me fazendo franzir o cenho. Quem estava na minha casa aquela hora? Com certeza tinha passado da minha hora de dormir, mas mesmo assim eu saí da cama para viajar meu pai, que não parecia estar tão perto de dormir como eu. A voz sussurrada da minha mãe chegou mais perto e meu sangue gelou, se ela me pegasse aqui eu com certeza iria ficar de castigo. Com esse pensamento consegui andar rápido e me esconder atrás de um equipamento de som. Eu sempre me escondia ali com a filha da minha psicóloga, Riley. Ela era a minha melhor amiga, ou pelo menos eu achava isso.

- Meu marido não está em casa. - Ouvi sua voz dizer. - Lembra que eu te falei de um piano? Eu tocava quando era mais nova.

Olhei assustada para o meu pai que permanecia impassível olhando para a porta, nada mais que pura decepção enchia seu olhar. O quê significava aquilo? Minha mãe estava com outra pessoa? Ela traiu meu pai?

- Shii! Minha filha está dormindo. Não faz esse barulho, querido, hahaha! Para, Thomas, você é impossível...- Ouvi ela rir antes de abrir a porta. O olhar de desgosto do meu pai fez ela paralisar por alguns instantes. O ruivo ao seu lado fez uma cara de puro desconforto antes de tirar as mãos da cintura dela, se afastando.

- Blake, eu posso explicar. Não é o que você está pensando.

- Pensando? Quando a Marie Sain't Claire me disse que viu você com outro eu não pensei duas vezes antes de te defender. Eu achei que nós prometemos que nunca faríamos esse tipo de coisa. - Meu pai falou com desprezo.

- Nós estávamos conversando! E além disso você nunca para em casa. Você sabia o que estava acontecendo, só não quis admitir para si mesmo. - Minha mãe alterou a voz.

As lágrimas caiam dos meus olhos como cascata. O rosto retorcido de dor que meu pai fez ao ouvir as palavras da minha mãe quebrou meu coração em milhões de pedaços. O cara que estava atrás dela se afastou um pouco, dando mais espaço para os dois enquanto fazia exatamente igual a mim. Apenas olhava o desastre.

- A culpa foi minha? Eu sou o culpado por você me trair? Esse cara não foi o primeiro, Daisy! - Meu pai gritou de volta antes de se levantar e andar em direção a ela.

- O que eu deveria fazer? Esperar você voltar das suas viagens redecorando a casa? - Perguntou irônica. - Eu não nasci para isso Blake. Você que quis casar, você que quis ter uma filha comigo. Nós dois sabemos exatamente como eu sou.

O soluço baixo que eu tentei conter a todo custo tinha acabado de sair. As minhas mãos tremiam tanto que eu não sabia se eu estava com medo ou se estava com frio. Minha mãe tinha traído meu pai, ele não aceitaria isso. Ele iria embora. Eu iria perder o meu pai.

- Você é uma vadia egoísta. - O seu tom de voz suavizou. - Nunca mais ouse dizer que não queria a minha filha.

O tal Thomaz que até agora estava calado se aproximou da briga, ficando em uma postura defensiva. Aquilo era mais do que um simples caso, dava para notar nos olhos dele que ele gostava dele. Aquele homem tinha destruído a minha família, e mesmo sem saber nada a não ser seu nome, eu o odiava.

- Eu quero a Zoe! Eu a amo. Mas essa não é a minha vida, Blake. Não nasci para ser a mãe e a esposa perfeita. - Ela suspirou tentando tocar o seu braço.

- Não toque em mim. Não depois de ter colocado as suas mãos nesse cara. - Meu pai falou com nojo. - Você ao menos perguntou o sobrenome dele antes de trazer ele para a minha casa para transar na minha cama?

Minha boca se abriu em choque. Era o fim, tinha acabado. Eles tinham ido de pais exemplares para pessoas que se agridem com palavras, pessoas que brigam e se destroem. Eu não queria ter pais assim. Por quê eu não podia ser apenas uma criança normal? Com pais normais?

- Não ouse falar assim de mim! - Minha mãe gritou.

O estalo que eu ouvi em seguida me deixou atordoada. A face vermelha da mulher que pensei amar meu pai de todo coração me deu um embrulho no estômago. Seu olhar era de puro ódio e eu podia ver as suas mãos tremendo do lado do seu corpo, as roupas perfeitamente alinhadas não pareciam mais pertencer a minha mãe. Não a aquela que nunca gritava e que sempre dava seu melhor para ser simpática com todos os meus amigos de colégio, não aquela que me levava aos sábados para comer tacos até eu explodir.

Ela não parecia mais minha mãe. A minha mãe jamais bateria no rosto do meu pai, a minha mãe jamais destruiria o homem que ela mais amava na vida.

- Eu achei que você me amasse. - Ele foi capaz de dizer ainda sentindo a vergonha do tapa.

- Às vezes só o amor não é o suficiente.






- Senhora Wado. A senhora está bem? - Elizabeth me chacoalhou visivelmente preocupada.

Despertei do meu transe rapidamente. Eu odiava brigas, odiava mais ainda que Riley tivesse feito isso. Como alguém que disse que te apoiaria para o resto da vida começa a te sabotar? Eu nem estava sendo ruim para ela!

- Eu estou bem. - Murmurei para Elizabeth antes de me soltar do seu aperto.

Louis e Oliver estavam segurando as duas loucas que estavam se agarrando no chão. Em algum momento da briga Oliver decidiu que não era mais engraçado e decidiu interferir. Mas Madson ainda se debatia nos seus braços gritando coisas como "Eu vou acabar com você" e Riley ainda estava chorando de puro ódio enquanto tentava inutilmente se soltar. A raiva me fez caminhar até as duas em passos rápidos, se elas achavam que iam fazer essa palhaçada e me colocar no meio estavam muito enganadas. Eu não iria ser motivo de tapas, não novamente.

- Vocês já acabaram ou eu vou ter que ligar para a polícia? - gritei fazendo as duas me olharem.

O meu tom era firme. E Oliver pareceu perceber isso quando me lançou um olhar apreensivo.

- Prender? Eu vim te defender dessa louca! - Madson exclamou.

- Louca? Quando eu conseguir me soltar desse idiota eu vou te mostrar quem é a louca! - Gritou Riley de volta, ainda se debatendo.

- Eu vi como você estava me mostrando. - Debochou Maddie. - Você estava batendo forte em mim quando eu te derrubei no chão.

Riley gritou alguma ofensa para ela fazendo Madson se debater mais e toda a gritaria começou novamente. Aquilo não iria acabar a menos que alguma coisa acontecesse, eu não pensei duas vezes antes de pegar o meu telefone fixo e digitar o número da polícia.

- Já chega, porra! Cansei. Querem se matar? Se matem! Foda-se vocês duas e esse drama. - Oliver gritou soltando Madson de uma vez.

Meu olhar caiu em Oliver que tinha perdido o resto de paciência que lhe restava. Eu ter pego o telefone foi a deixa para saber que não era mentira, eu faria o que teria que ser feito para parar aquela briga.

- Madson, você não pisa na minha casa e nem vai sonhar com a voz da Zoe se tocar em um fio de cabelo da Riley. - O seu tom frio de ameaça fez Madson tremer, os seus olhos se esbugalharam por um momento antes dela assumir uma postura birrenta. - E você, você vai dar meia volta e vai ir embora como se nada tivesse acontecido. Caso contrário eu mando os seguranças te jogarem na rua, e vai estar em todas as manchetes que sua mãe se importa que a filha dela foi expulsa da empresa do sócio do marido dela.

O rosto de Riley se torceu em incredulidade. Seus lábios que antes tinham gloss rosa se abriam em um perfeito O antes dela se soltar de Louis, dando passos confiantes até ele.

- Você não faria isso. - Ela riu com escárnio. - A Zoe não iria deixar.

A risada debochada de Oliver preencheu o local antes dele imitar o movimento de Riley, andando até mais próximo dela.

- Se você não sair agora. Não existe nada que a Zoe me diga que me faça não te colocar para fora eu mesmo.

O seu tom firme foi o suficiente para o pânico crescer no olhar de Riley. Madson ria descontroladamente atrás dela e Louis e Elizabeth pareciam tão chocados como eu.

- Você vai se arrepender, Wado. - Riley rosnou. - Eu vou conseguir tirar a sua princesinha de você, e quando isso acontecer, nós dois veremos quem vai ter esse sorrisinho vencedor nós lábios.

A raiva era visível quando ela apressadamente foi ao elevador, tocando o botão compulsivamente até o mesmo abrir e ela desaparecer entre as portas de metal. Seu tom frio me fez tremer, Riley era louca. Ela não perdoava as coisas facilmente e a partir daquele momento as coisas seriam um inferno. Eu sabia que não era uma promessa vazia, ela ia tentar me destruir de todas as formas.

Um suspiro cansado saiu dos meus lábios. Eu estava ferrada, o jeito seria falar com Helena e com a minha mãe já que Blake e eu não estávamos em um bom momento. Meu pai poderia ser capaz de ficar do lado dela apenas para me desafiar, era estranho como ele não era nada parecido com o pai que ele costumava ser. Era estranho como minha mãe era exatamente quem eu lembrava, talvez as pessoas não conseguissem superar tudo como dizem os livros de autoajuda por aí. Meu pai certamente não foi capaz de suportar o furacão Daisy, ela o destruiu.

E agora, eu tinha que evitar que eu também fosse destruída.


ALO MEU POVO CHEGUEI

Ga verder met lezen

Dit interesseert je vast

38.7K 5.3K 33
Sinopse A vida nunca foi generosa comigo, minha mãe morreu no parto levando meu irmão com ela e me deixando aqui para ser castigada por meu pai e sub...
50.5K 3.4K 40
Uma história de amor é realmente o suficiente para manter um casamento vivo entre duas pessoas imperfeitas? Quando uma música começa, a melodia é per...
9.5K 1.4K 25
Segunda parte da história de Mabel e Diogo
8.7K 970 14
Olivia tinha a vida considerada perfeita pela imprensa, bonita, casada, dona de uma empresa em ascensão. Até o dia que recebe a notícia que seu marid...