Boa tarde meninas!
Como foi o Carnaval de vcs?
Somos mais de 6mil seguidoras e mais de 500 mil leitoras. Então, acreditando na força dessa nossa parceria, peço para seguirem minha pequena no insta. Vamos em busca de visibilidade. Nesse sábado ela começa a gravação de um mine série.
@laradepaivaoficial
Grande beijo e agradeço de coração. ❤
Théo
Vejo minha vida passar toda em segundos. Vejo uma cena dolorosa se repetir. Quando fui perseguido e as gêmeas estavam comigo, quase morri de angústia, mesmo sendo um homem totalmente preparado. Agora, me vejo na mesma situação com minha mulher grávida. Tento três vidas em risco. Sim, três. Porque a minha diante da deles não vale nada.
Estou tenso. Mas preciso fingir que estou descontraído para deixar a Luna mais relaxada possível.
Confio completamente no Renan e além de tudo tem um Deus que não me deixará perder essa batalha. Sei que a Luna quer transparecer calma e maturidade. Mas, conheço minha mulher e ela está querendo ser forte por nós dois. E é confiante que desço do carro pensando em me entregar para ganhar tempo.
Olho para cara dos meliantes e não conheço nenhum. Deduzo que o chefe é o que fala comigo que logo após algumas palavras trocadas descubro que é filho do Romero.
Tudo acontece de forma que não planejei. A Luna saiu do carro e achei que meu coração iria explodir de tanto medo. Quando percebi que ela se entregaria aos bandidos para salvar minha pele, corri em sua direção quando vejo o cara mirar em mim e apertar o gatilho. Quando vi, já estava no chão e inteiro. O Renan se jogou em minha frente e levou um tiro por mim. Olho para ele em desespero. Ao mesmo tempo que procuro pela Luna e vejo que a minha princesa está deitada no chão com a Luna por cima dela. Louise mais uma vez age em minha defesa. Ela protegeu minha mulher e meus filhos.
Enquanto ela arrasta a Luna para a loja, vejo meus homens renderem o bandido e todos os outros da quadrilha.
- Aguenta aí cara. Não morre não que você me deve cinco caixas de cerveja. - tento brincar para dissipar o medo que vejo em seus olhos.
- Filho da puta. Levei um tiro no pescoço e você quer cerveja? Perdoa a divida aí. - diz com esforço.
Meu coração congela com a possibilidade de perder meu melhor homem e acima de tudo, melhor amigo. Entrou na linha de tiro por mim.
- A ambulância está chegando. Por sorte tem um hospital aqui perto. - falo segurando sua cabeça em meu colo enquanto seguro minha camisa para estancar seu sangue.
- Se eu morrer, dá meu nome para o garoto. Ele não merece o nome do mauricinho do tio aparecido. E diz para ele que o padrinho era o melhor. - diz sorrindo fraco e a respiração ficando forte.
- Não dorme irmão. Por favor. - peço já em desespero.
Chegam duas ambulâncias. Os médicos se aproximam do Renan e sou afastado. Olho para o lado e vejo que é o Ben quem segura meus braços.
- E a Luna? - Pergunto esgotado.
- Está em segurança com a sua irmã. - diz.
Não penso em mais nada. Só quero abraçar minha mulher e dizer que está tudo bem. Depois dou umas broncas para ela não se colocar mais em risco.
Ao encontrar a Luna só penso em abracá-la. Mas, fico tenso quando ela me diz que está sentindo dores. Organizo tudo para sairmos e vou na ambulância com ela. Meu desespero está no nível máximo. Não sei o que está acontecendo. Só sei que ainda não é tempo dos gêmeos nascerem.
Quando a médica me diz que Luna está entrando em trabalho de parto, perco o chão. Não sou muito religioso, mas acredito em um Deus e é a Ele que peço que dê tudo certo.
Tento tranquilizar a Luna, mas quando ela desmaia esqueço o que essa palavra significa e me desespero.
- Doutora. O que está acontecendo? Luna!
- Calma senhor. Precisamos de tranquilidade para trabalhar. - diz e vira para cuidar da Luna pedindo auxílio a enfermeira.
Dobro meu corpo sobre os joelhos. Tento respirar melhor e não consigo. Me bate uma dor no peito. Me sinto sufocar. Meu melhor amigo baleado para me salvar e minha mulher em trabalho de parto que só deveria acontecer daqui a dois meses.
- Doutora. Como ela está? Meu pai tem um hospital. Se der tempo, me sinto melhor em levá-la para lá.
- Temos tempo. Quanto ao desmaio fique tranquilo. É emocional. Ela sente muita dor e aliada ao susto a pressão dela baixou. Mas está estabilizando.
Por causa dos batedores, não pegamos trânsito nenhum e depois de 40 minutos que pareceram eternidade, chegamos ao hospital do meu pai. Quando informei a médica, ela disse que dava para a Luna chegar em tempo. Fiz essa opção ja com meu pai avisado.
Já estavam todos esperando por ela. Com maca e médicos de prontidão. Inclusive meu pai. Com o seblante bem preocupado. Isso me deixou mais para baixo ainda.
Mesmo sendo filho do dono do hospital, não foi permitida a minha entrada por agora.
- Fique aqui filho. Preciso de tranquilidade para avaliar o caso da Luna e você não pode me dar isso agora. - diz
- Preciso estar com ela pai. Por favor. - peço desesperado.
- Eu disse que não. Se ela estiver realmente em trabalho de parto, você entra quando for a hora do nascimento. - diz sério.
- Não deixe que isso aconteça pai. Salva meus filhos. Eles não podem nascer agora. - digo sem conseguir segurar as lágrimas.
- Vou fazer meu filho. Fique em paz. Volto logo. - beija minha testa e sai.
Me escoro na primeira parede que encontro. Deixo minha testa encostar no concreto frio. Fecho os olhos. A única coisa que me resta é esperar.
Não sei quantos minutos se passaram. Sinto alguém me abraçar e mesmo sem saber quem é me sinto amparado. Com isso, dou vazão ao meu desespero.
- Calma meu filho. Vem sentar comigo. - escuto a voz doce da minha mãe.
- Estou com medo mãe. - falo engasgado.
- Não tenha. Ore e acredite. E ela está na mão do melhor médico. Diz acariciando meu rosto.
Sento ao lado dela e encosto minha cabeça em seu ombro. Isso me tranquiliza um pouco. O que me deixa em desespero é a falta de notícias. Só não surto porque ela está com meu pai. Isso mr traz uma certa segurança em meio a tudo isso.
- Mãe. Não deixa ninguém avisar a dona Edna. Ela não precisa passar por essa angústia. Quando tudo for resolvido, mando buscá-la. - peço
- Ninguém vai avisar. Pensei a mesma coisa e já avisei aos mais próximos. - diz Louise se aproximando.
- Cadê o Renan? - levanto agoniado.
Louise acompanhou o Renan na ambulância. E esteve com ele até agora.
- Esta sendo atendido. Nada até o momento. Mas fique tranquilo. Vaso ruim não quebra. - diz torcendo a boca.
Volto a sentar ao lado da minha mae. Olho o relógio pela trigésima vez. Baixo a cabeça para ver se me acalmo.
- Onde está a Luna? - Pergunta a Isabela entrando feito furacão na sala de espera.
- Está la dentro com meu pai. - respondo sem nem olhar para ela.
- A Louise me contou tudo. Estou temendo. Não consigo me controlar. - diz Isabella com a voz trêmula.
- Sente aqui meu amor. Você está muito nevosa. - diz minha mãe.
Olho para porta que a Luna entrou e nada. Ligo para meu pai e chama até cair. Respiro fundo para não enlouquecer.
Ficamos em um silêncio perturbador. Cada um com seu pensamento. Acredito que ja tenha quase uma hora sem notícias. Estou ficando louco.
- Théo! - estremeci ao ouvir a viz do meu pai.
Rápido como un raio, levanto e vou até ele seguido por minha mãe, Louise e Isabella.
- Pai! - É só o que consigo falar.
- Meu filho. Tentamos de tudo para manter a gravidez. Mas ela está dilatando. Não há mais tempo. - diz.
- O que você quer dizer com isso? - pergunto temeroso.
- Luna esta no centro cirúrgico sendo preparada para uma cesariana de emergência. - ele diz.
Sinto como se alguém colocasse a mão em meu coração e o arrancasse. Tonto cambaleio para trás e sou amparado por alguém que nem me dou ao trabalho de olhar.
- O que eu faço pai?
- Vai na minha sala, toma um banho rápido e volta para se preparar e acompanhar sua mulher no parto. - diz como se tivesse falando sobre o tempo.
- Pai. O que pode acontecer com eles. - pergunto com medo.
- Está nas Mãos de Deus meu filho. Mas, se lhe acalma saber, a Luna está bem. Optei por fazê-la dormir para que seu estado de nervos não interfira na hora do parto. Vamos, seus filhos querem vir ao mundo. - ele diz tentado parecer animador, mas vejo que está preocupado.
Chego na sala, tomo um banho e visto a roupa apropriada para o centro cirúrgico. Faço tudo isso no automático.
Volto para a sala de espera e tem uma enfermeira me aguardando. Sigo até o centro cirúrgico. Entro e vejo a Luna deitada, adormecida. Sinto uma agonia sem fim. Cumprimento a equipe e me posiciono ao lado do anestesista e seguro a mão da minha pequena.
- Se acalme Théo. Vai dar tudo certo. - diz tia Ana.
Respiro aliviado por telê-la junto ao meu pai nesse momento. Pois ela acompanhou a Luna desde o início da gravidez.
Começo a suar frio quando vejo que já vai começar o procedimento. Faço minha oração. Peço para que tudo dê certo.
- Théo. - Luna me chama baixinho.
- Fique tranquila amor. Estou aqui. - tento acalma-la.
- Vamos lá Luna. Nos ajude. Fique tranquila que daqui a pouco terá nossos bebês nos braços. - fala tia Ana.
- Não se preocupe. Ela tinha que acordar. É um momento especial. Ela tem que ver. So a mantenha tranquila.
Dizendo isso, meu pai se afastou e tia Ana começou a fazer a incisão. Meu coração bate feito um alucinado. Mas não deixo a Luna perceber minha apreensão.
Encosto testa na dela e digo palavras de incentivo e carinho. Em meio a esse caos el a ainda sorri e retribui o aperto de mão.
- Bem vindo ao mundo pequeno garoto. - diz meu pai pegando meu filho da mão de tia Ana.
Olho para Luna e ela está aos prantos. Não consigo me controlar e choro junto. Ele está aos berros. Irritado por ter saído antes da hora.
A emoção quando ele me entrega para queneu mostre a Luna é inimaginável. Sinto os flashes disparando mas não estou nem ai. A equipe médica tem um fotógrafo profissional para esse fim.
Ele cala assim que encosto ele na Luna. Chegamos os três juntos.
- Preciso pegar ele Théo. - diz meu pai.
- incubadora, rápido. Prepare a uti neo natal. - diz tia Ana com urgência na voz.
Ao entregar meu filho a enfermeira percebo que Vitória ja javia nascido. E senti um aperto pois não a ouvi chorar.
- Pai. A Vitória. - pergunto num fio dw voz.
- Calma. Ela vai para o balão de oxigênio. O pulmão dela ainda não está pronto. - diz e entrega minha filha ao pediatra que rapidamente entuba ela.
- Meu Deus! - escuto a Luna.
Ela se desespera e eu não consigo ser imparcial para acalmá-la. A abraço e choramos juntos.
- Calma Luna. Ela precisa de cuidados
Está abaixo do peso e nao sabe respirar sozinha. - diz meu pai.
Meu coração está dilacerado. Em pensar que o pior pode acontecer com a minha filha, me tira o chão. Principalmente porque eu vi a troca de olhares entre meu pai e tia Ana quando levaram a Vitória.
- Meu filho, agora você precisa sair.
- Quero ficar aqui. - resisto.
- Vá ver seus filhos. - diz.
Beijo a testa da Luna e saio do centro cirúrgico desnorteado. Não sinto meu corpo. Estou totalmente anestesiado.
- Filho. Como estão eles?
- Não sei mãe. A Vitória não chorou e foi entubada. - término a frase sentando no chão e apoiando as mãos na cabeça.
- Meu Deus. - escuto Louise falar.
Todos ficam comovidos comna situação da minha filha. Não esperávamos isso.
- Ai meu Deus. Segura Ben. - olho para ver o que houve. Vejo a correria para seguraram a Bella que passa mal.
- Chama um médico. - grita minha mae para a reveocionista.
Na mesma hora Bella é levada para a emergência. Me preocupo também. Ela anda doente e não sabemos o que ela tem. Esse susto pode piorar tudo.
Choro convulsivamente. Não era para ser assim. Maldita carreira que não consigo deixar para trás. Por esse motivo sempre me neguei a ser pai. Mas, agora é tudo o que quero. Uma chance de poder ser o pai da Vitória.
Sinto alguém se agachar ao meu lado. Levanto a cabeça e vejo meu pai.
- Levante meu filho. Va ficar com a sua mulher. Vou fazer o melhor pelos seus filhos.
- Como estão? - pergunto com a voz embargada.
- O menino consegue respirar alguns momentos. Mas cansa fácil. Ele também está no balão. Mas é forte. Minha preocupação e a Vitória. O pulmão não está pronto e está muito abaixo do peso. Mas, vamos ser otimistas. - diz meu pai.
Volto a chorar. Não me incomodo que o hospital inteiro me veja assim.
- A Luna está dormindo. Vá ver seus filhos e vá ficar com ela. Vai precisar de você quando acordar.
Saio meio perdido e vou para onde meus filhos estão. Entro depois de me higienizar e olhos os dois. Tão pequenos. Tão frágeis.
- Papai ama vocês. Vamos sair dessa. - falo.
Coloco a mão pela abertura da incubadora de Vitória e seguro sua mãozinha. Qual não é meu espanto quando a sinto segurar meu dedo.
- Filha. Seja forte. Por mim e por sua mãe. Sei que vai sair dessa. Te amo. - falo chorando.
Tento sair para ver meu filho que na verdade ainda não sei como ficará o nome. Mas, deve ficar Miguel mesmo. Mas n consigo me desvencilhar de Vitória e não quero puxar a mão. Como as incubadoras estão lado a lado me estico e pego na mãozinha dele. Ele dorme mais tranquilo. Vitória me deixa nervoso e apreensivo com sua respiração forte.
Escuto a porta abrir mas não dou a mínima a quem entra. Só quero viver esse momento que é meu e deles. Como se eu pudesse aplacar qualquer coisa de ruim que estejam sentindo.
Vitória continha segurando minha mão e por mim, passo a o tempo todo aqui até o dia qie receberem alta, sem sair. Nao consigo controlar as lágrimas.
- Meus pequenos. Sabe quando parece que o mundo todo deapareceu e só resta nós três aqui? Saibam que não vou sair daqui desse hospital enquanto não puder levar vocês. Não importa quanto tempo leve. Vou estar aqui sem descanso todos os dias. A mamãe também. Mas ela precisa ir para casa e repousar. Mesmo que todos se cansem e desapareçam, sempre estarei aqui. Mesmo que passe dias e noites sozinho, mas estarei com vocês. - falo soluçando.
- Você nubca estará sozinho. Estou aqui para ser seu alicerce. - escuto a voz de Léo.
Então, choro com todas as minhas forças. Era disso que eu precisava. Um porto para me segurar.