Total Eclipse of My Heart |Za...

By vintxgejanes

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Ele sabe o passado dela. Mas será que ela aguenta saber o dele? More

Total Eclipse of My Heart
Chapter 1- Invitation
Chapter 2- Matt
Chapter 3- The Party
Chapter 4- Hazel Eyes
Chapter 5- The Guy
Chapter 6- Zayn
Chapter 7- Conversations
Chapter 8- The First Day
Chapter 9- You Again?
Chapter 10- Heads and Cars
Chapter 11- Dangerous Streets
Chapter 12- Guns
Chapter 13- Blood
Chapter 14- "I like that smile"
Chapter 15 -Feelings
Chapter 16- Someone?
Chapter 17- Too Happy Mornings
Chapter 18-The Black Dress
Chapter 19-Dinner
Capitulo 20- N.1 Party Anthem
Chapter 21- Flash
Chapter 22- Cars
Chapter 23- Stay
Chapter 24- Arya
Chapter 25- Weird Boxes
Chapter 26- Liam
Chapter 27- Some Jealousy?
Chapter 28- Accidents
Chapter 29- Fail
Chapter 30- Surprises
Chapter 31- The begining
Chapter 32- The truth
Chapter 33- The real Zayn
Nota de autor
Sequela

Chapter 34- The End?

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By vintxgejanes

Acordei encharcada em lágrimas, tinha parado de chorar mas elas continuavam ali. Estava no chão da minha casa de banho, totalmente dorida, sem conseguir dizer uma única palavra, com vontade de voltar a adormecer e acordar sem me lembrar de nada do que se tinha passado. Apenas de saber que o meu corpo me doía eu não sentia essa dor.

A arma continuava na minha mão, não tinha a certeza das vezes que a tinha apontado contra a minha cabeça, naquela noite, com o pensamento fixo no facto de desaparecer para sempre, com o pensamento fixo nele. Sempre nele nunca em mim.

A minha garganta doía das várias vezes que tinha vomitado por causa dos nervos, a minha barriga estava totalmente vazia mas tinha a certeza que se comesse não ia adientar nada pois vinha para fora. Tinha dormido mas sentia-me estoirada como se tivesse feito uma maratona e não dormisse durante dias. Olhei o quarto de onde vinha a luz fraca da janela do luar pois eram por volta das 4 da manhã e eu conseguia ouvir a chuva. Fechei os olhos por segundos e fiquei a ouvir apenas o barulho da chuva a bater na janela. Era bom, relaxante.

Rodei a arma na minha mão e levantei-me desiquilibrando-me de imediato e por isso ficando apoiada no lavatório e obrigando-me a olhar-me ao espelho. Podia afirmar que não me reconhecia, os meus cabelos castanhos estavam emaranhados de uma forma esquisita e os meus olhos castanhos claros estavam agora mais escuros por causa das olheiras carregadas que os sublinhavam até os meus lábios tinham perdido os vermelho vivo, estava pálida demasiado pálida. Não ficava admirada ou assim por estar naquele estado, mas sim por estar naquele estado por causa dele.

"Olha só no estado em que ele te deixou." Sussurrei para mim própria fazendo a minha garganta ficar irritada comigo mesma.

Pousei a arma na sanita e saí da casa de banho. Tirei os meus sapatos e atirei-os para a cama enquanto caminhava para a cozinha, não conseguia pensar em nada porque ele estava sempre lá. O pior é que eu sentia-me como se ele tivesse morrido para mim e aquele era apenas o meu luto,  mas não era só a agonia mas também o ódio, o ódio pelo que ele fez e pelo que eu disse, as ameaças, o facto de ser estúpida o suficiente por não entender a parte dele também.

Arrastei-me devagar para o móvel onde Kylie tinha deixado as bebidas alcóolicas e peguei na garrafa de vodka. O cheiro forte do líquido não me afetou como costumava fazer mas senti a garganta a arder no primeiro gole. Peguei no telemóvel e marquei o número de Kylie que atendeu ao segundo toque.

"A?" Perguntou com a voz ensonada."São 4 da manhã."

"Eu sei..." Sussurrei.

"Está tudo bem?" 

Não.

"Sim, tive uma pequena discussão com .." Aclarei a voz e fechei os olhos." ..o Zayn e só queria ouvir a voz de alguém.."

"Mas ficou tudo bem?"

"Sim, não te preocupes, volta a dormir, desculpa." Pousei a garrafa e olhei-a por momentos. " Amo-te Ky."

"Ainda bem que está tudo bem também te amo A." Disse antes de eu desligar.

Abri a caixa de entrada e tentei escrever uma mensagem apesar de os meus dedos tremerem tanto que tive de apagar umas 20 vezes antes de finalmente conseguir alguma coisa.

                            "Hey mommy, era só para te relembrar que te amo, okay?:)"

E enviei. Fiquei especada a olhar o ecrã antes de desatar a chorar desalmadamente. O pior é que não era apenas a relação, toda a minha vida era gerada por ele, se ele não fizesse o que eles queriam eu seria a vítima de mais e mais coisas, mais e mais acidentes, talvez até algo mais grave e eu estava farta de tudo aquilo.  

Um sinal de mensagem apareceu a iluminar o ecrã.

                                                     "Acaba lá com isso miúda."

Respirei fundo e atirei o telemóvel com toda a força que me restava contra a parede e fiquei parada a ver o vidro a estilhaçar-se e bebi. Não era beber por beber era o literal "beber para esquecer".

Despi as calças e fiquei sentada no chão da cozinha. Eu estava a ficar maluca, eu sentia-me a ficar maluca. Pousei a garrafa ao meu lado e tirei a minha camisola e encostei-me à parede fria que me arrepiou toda mas deixou-me relaxada. Estaria ele bem? Onde estaria? O que estaria a fazer? Porque me tinha feito aquilo? Porque não me amou como eu o amava? Porque não confiou e mim?

Levantei-me rapidamente quase tropeçando nos meus próprios pés, não estava habituada à bebida sobretudo a uma bebida forte. Dirigi-me para a casa de banho sem tirar a garrafa da boca e liguei a água da banheira. 

Ele tinha dito que me amava antes de me partir por completo, mas porque não me amou? Ele tinha mentido demais como podia agora acreditar que ele alguma vez tivesse gostado de mim. 

Mal bebi outro gole, senti-me prestes a vomitar novamente e então atirei a garrafa ao chão e debrucei-me na sanita começando a vomitar no instante.

"Merda." Sussurrei para mim mesma.

Deixei de ouvir o barulho da água a correr e vi quando a banheira encheu. Peguei a garrafa que tinha deitado um bocado do líquido para o chão e bebi mais um pouco, talvez tivesse bebido meia garrafa, porque não esquecia? Mas não conseguia beber mais nada por muito mais que tentasse. 

Esqueci a roupa interior e enfiei-me na banheira. Apesar de toda a água que a outros dias me tinha relaxado, parece que piorou a choradeira três vezes mais.

Toda a dor que estava a sentir piorou mais e assim como esta, a má desposição. 

Ainda tentei chegar a garrafa novamente mas não consegui. Não queria conseguir queria acalmar a dor.

Fechei os olhos.

Sustive a respiração e deixei-me escorregar até ficar totalmente submersa.

Zayn POV

Simplesmente não consegui parar de chorar. Mas ela tinha razão, eu era um cretino, um idiota que não merecia menos que o desprezo ou ser aceitei. Eu não queria causar problemas mas causei dizendo e fazendo todas as porcaria que lhe fiz, ela não teve culpa de eu ser um completo idiota, mas ela é que sofreu por eu ser.

Mandei um murro no botão de stop do elevador e olhei-me ao espelho. O que lhe tinha feito? Era tudo a minha culpa e ela não me iria perdoar nunca, ela iria odiar-me até ao final da vida dela. 

Traste.

Era a única coisa que eu pensava de mim próprio. Um ódio total que começava em mim e acabava em mim. 

A minha mão atingiu a parede do elevador com toda a força que eu consegui arranjar. Um arrepio percorreu-me da cabeça aos pés e acabei por perceber que bater em coisas não ia acalmar nada. Encostei a minha testa à parede fria do elevador e chorei, chorei como não tinha feito desde que tinha perdido a minha mãe.

Carreguei no botão novamente e senti o elevador descer. Tinha traziado demasiada porcaria a cima na minha cabeça naquela noite. Tudo. A minha mãe, Safaa... E o pior tinha magoado Arya, uma das únicas pessoas que me tinham conseguido amar de verdade.

A porta abriu-se e a minha cabeça disse que eu tinha de ir apesar do meu corpo querer entrar no elevador e subir para ver se estava tudo bem com ela. Mal saí não resisti a tirar um cigarro e o acender mesmo antes de sair do hotel.

"Desculpe." A receptionista chamou-me a atenção mal saí do elevador, tinha um ar chocado." Não pode fumar aqui dentro! Ou terei que chamar o segurança."

" É o mínimo que pode fazer não é?" respondi friamente encolhendo os ombros  " Estou de saída e sinceramente uma noite na prisão não é mau."

Ela ficou a olhar-me enquanto eu saía. 

O tempo estava cinzento e podia começar a chover a qualquer altura. Apertei o casaco até acima e atravessei a rua. O que ia fazer agora? Caminhar e caminhar, sem qualquer destino. Esforcei-me para não chorar mais. Não o queria fazer, queria sentir-me forte, queria dizer que eu não iria chorar porque iria recuperá-la, mas a verdade era que não era verdade. 

A chuva começou a cair rapidamente e eu só tive tempo para me abrigar por baixo daquelas árvores de jardim que tornam um parque bonito. Naquele dia o parque não estava bonito. Estava vazio, costumavam passear pessoas naquele sítio, mas a chuva preenchia tudo de forma tão triste.

Deixei o fumo sair da minha boca lentamente. Era tão relaxante, eu não fumava porque achava que era fixe ou que parecia bem com isso, eu fumava porque relaxava sem isso provavelmente passava-me por tudo, eu era nervoso, demasiado nervoso. Atirei o cigarro para o chão e calquei-o.

Eu nunca quis causar problemas, eu nunca lhe quiz fazer mal. Eu queria protegê-la, eu queria ficar com ela. Queria passar dias com ela, queria deitar-me com ela à noite e sussurrar o quanto gostava dela até adormecer, porque eu gostava de a ver dormir. 

Mas lixei-me com a minha própria porcaria.

Estaria bem? Provavelmente não. Olhei o hotel por momentos. Eu devia ir lá, eu tinha a sensação que tinha de entrar naquele quarto, ela podia precisar de mim.

Uma gargalhada abafada saiu da minha garganta misturada com as lágrimas. Parvo, ainda tinha esperanças que ela precisasse de mim. Eu não tinha qualquer dúvida que se ela me visse iria ser pior. Muito pior.

Eu precisava de desaparacer por uns tempos, por muito tempo. 

O meu telemóvel vibrou e vi uma mensagem de Harry.

                                                                      "E então?"

Respirei fundo e tentei engolir em seco apesar de ter algo que me empedia de o fazer. A culpa.

                                       "Ela descobriu tudo, Harry, não vale a pena fazeres nada."

Guardei o telemóvel no bolso e tentei correr para outro sítio que estivesse mais abrigado. As minhas pernas não queriam correr, sim, eu merecia que me chovesse em cima. Corri para uma paragem de autocarro vazia e tentei recuperar o fôlego. Tirei o telemóvel e voltei ás mensagens.

                                     "Desculpa. Há alguma coisa que possa fazer por ti?"

Fechei os olhos por momentos. Teria a certeza? Todas as consequências que traria tudo isto eram mais do que os bons efeitos que poderiam trazer. Mas era o melhor para ela.

                                      "Arranja-me um voo para Nova York, o mais rápido possível."

E enviei. Acendi outro cigarro e coloquei-o na boca rapidamente. Era o mais correto. Sair de junto dela de vez, não a fazer sofrer mais, levar toda a merda que tinha feito atrás de mim. Ir embora sem olhar para trás. Não tinha nada a perder e ela só tinha a ganhar. Sim, ir embora, talvez voltar um dia.

                                                         " Zayn tens a certeza?"

As lágrimas impediram-me de fixar o ecrã por mais de 5 segundos. Os meus dedos hesitaram sobre as teclas mas acabei por me decidir.

                         "Sabes como dizem, ás vezes é necessário desistir de algumas coisas por alguém, certo?"

Sentei-me no pequeno banco e tentei fechar os olhos e pensar no que ia fazer. Mudar-me para Nova York... e depois? 

                                  "Tens um avião em 3 horas, arranjaste? Pensa no que vais fazer."

Fiz um sorriso que durou perto de 2 segundos e depois desvaneceu-se. Eu ia embora, eu ia fazer as minhas malas e ir embora. Respondi afirmativamente a Harry e tentei correr até ao meu carro finalmente. 

Quando entrei fiquei uns minutos a pensar no que iria ser dali em diante. Só tinha de me assegurar de uma coisa. Peguei no telemóvel mais uma vez e marquei o número da única pessoa que ainda podia conseguir alguma coisa. 

Liam atendeu á primeira.

"Zayn? O que se passou?" Disse rapidamente.

Apaguei o cigarro e fechei os olhos.

"Eu preciso que me faças um favor." Sussurrou.

"O que é que tu fizeste Zayn?!" A irritação da voz dele era mais que visível, era como se ele tivesse gritado que estava zangado comigo.

"Asneira. Mas preciso que me oiças okay?" Interroguei.

A resposta que obtive foi silêncio durante um longo minuto.

"Diz."

"Cuida da Arya... Por mim.." Disse a limpar a cara. " Ela não merece nada de mal, eu preciso que a protejas."

"Zayn o que é que.." Começou.

"Eu sei o que vou fazer, okay? Eu vou-me embora."

"Isso.. Isso vai piorar, tu não a podes deixar!" Gritou-me.

"Ela odeia-me. Por favor Liam, trata bem dela, vai a casa dela agora, ela precisa de alguém."

"Okay."

"Depois eu ligo-te a dizer alguma coisa. Vai para casa dela agora."

Liam desligou. Ele gostava dela, eu sabia disso desde que eu lhe pedi para ele regressar, eu sabia que ele ia cuidar bem dela se algo acontecesse.

E aconteceu.

Mas ela merecia alguém melhor. Apesar de nunca a deixar de amar.

___________________________________________________________

E este foi o último capítulo da "Total Eclipse Of My Heart". Agradeço imenso a quem leu, e a quem me deu muitas ideias e que me ajudou bastante a escrevê-la. É claro que assim que vocês lerem isto vocês vão querer matar-me ou fazer um pequeno/grande motim à porta do meu quarto mas......

..... Não se preocupem porque vou fazer uma sequela. Pensavam que acabava assim? Hahah A sequela chama-se "Daylight" e está em "fase de estudo".


Anna xx

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