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Galing kay lionheartmz

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HISTÓRIA COMPLETA Luísa Clark nunca pensou que uma troca de olhares com um anônimo poderia mudar tanto sua vi... Higit pa

Prólogo
Um
Dois
Três
Quatro
Cinco
Seis
Sete
Oito
Nove
Dez
Onze
Doze
Treze
Quatorze
Quinze
Dezesseis
Dezessete
Dezenove
Vinte
Vinte e um
Vinte e dois
Vinte e três
Vinte e quatro
Vinte e cinco
Vinte e seis
Vinte e sete
Vinte e oito
Vinte e nove
Trinta
Trinta e um
Trinta e dois
Trinta e três
Trinta e quatro
Trinta e cinco
Trinta e seis
Trinta e sete
Trinta e Oito
Trinta e Nove
Quarenta
Quarenta e Um
Quarenta e Dois
Quarenta e Três
Quarenta e Quatro
Quarenta e Cinco
Quenta e Seis
Quarenta e Sete
Quarenta e Oito
Qurenta e Nove
Cinquenta
Cinquenta e Um
Cinquenta e Dois
Cinquenta e Três
Cinquenta e Quatro
Cinquenta e Cinco
Cinquenta e Seis
Cinquenta e Sete
Cinquenta e Oito
Cinquenta e Nove
Sessenta
Sessenta e Um
Sessenta e Dois
Sessenta e Três
Sessenta e Quatro
Sessenta e Cinco
Sessenta e Seis
Sessenta e Sete
Sessenta e Oito
Sessenta e Nove
Setenta
Epílogo

Dezoito

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Galing kay lionheartmz

Achei você no meu jardim
Entristecido
Coração partido
Bichinho arredio

Peguei você pra mim
Como a um bandido
Cheio de vícios
E fiz assim, fiz assim

Reguei com tanta paciência
Podei as dores, as mágoas, doenças
Que nem as folhas secas vão embora
Eu trabalhei

Fiz tudo, todo meu destino
Eu dividi, ensinei de pouquinho
Gostar de si, ter esperança e persistência
Sempre [...] – Minha Herança: Uma Flor, Vanessa da Mata – Slim.

Luísa solta o ar pela boca e lambe seus lábios, juntando suas mãos sobre a mesa. Minha atenção está completamente nela, todas minhas células foram tomadas por uma descarga de ansiedade em ouvir o que ela tem a me dizer, porque parece que finalmente e aos poucos estou conseguindo ter sua confiança. Cada vez mais minha garota tem se mostrado mais confortável em minha presença, está mais leve, solta e até já tem me dado apelidos carinhosos sem nem perceber.

– Eu preciso que você não diga nada, tudo bem? Eu não sei quando vou conseguir falar sobre novamente. – sua voz é baixa.

Concordo calmamente. Sei como deve ser doloroso para ela falar sobre o assunto, todo trauma causa dor e leva tempo para curar a ferida. Eu mesmo havia passado por isso. Agora, estou tentando ao máximo não demonstrar como eu anseio por ouvi-la contar seus traumas, apenas tento passar calma e tranquilidade para que ela sinta-se confortável em fazê-lo.

– Bom, meus pais sempre viveram no Bronx, meu avô dizia que eles sempre foram grudados desde que eram crianças. Minha mãe sempre foi muito estudiosa, dedicada, era a menina dos olhos de meus avós. Até começar a se envolver com meu pai. Minha avó nunca viu com bons olhos essa aproximação porque sempre pôs todas suas expectativas de melhorar de vida e finalmente sair daquele lugar em minha mãe. Só que meu pai começou a se envolver com drogas, no início era maconha e depois tudo piorou até ele se viciar em crack. – engole em seco. – Minha mãe acabou se envolvendo também. No fim, eles acabaram fugindo dali depois que minha avó fez um escarcéu ao encontrá-los juntos pensando que eles haviam terminado, como havia sido combinado entre elas... meses depois eles retornaram, minha mãe estava grávida. – suspira. – Só que o estado deles era horrível por causa do vício, ela estava muito fraca e desnutrida; papai não ficava sem fumar por meia hora. Oh, meu Deus... isso dói. – sua voz está embargada.

Eu sinto minha pele ser cortada aos poucos a cada palavra que sai de seus lábios, a dor que ela sente é totalmente evidente. É horrível saber que ela passara por tudo isso e guardou tudo para si.

– Ei, babe, você não precisa me contar, então. Não quero te ver mal. – acaricio suas mãos trêmulas mas ela nega com a cabeça.

– Então, depois de esforços da parte de minha mãe e avô, minha avó aceitou-nos em casa com tanto que minha mãe aceitasse tratamento e meu pai nunca mais se aproximasse de nós. Depois disso meu pai sumiu, eu não sei quem ele é... e, por mais que uma parte minha entenda que ele precisava fazer isso para o bem de minha mãe e o meu, eu me sinto abandonada. Ele nunca veio ver como eu era, Justin, nunca me procurou. Ele nunca quis conhecer sua própria filha. – ela diz ferida. – Se meu próprio pai nunca me quis, por que alguém faria?

– Eu quero você, Luísa. Eu quero muito você. – seguro seu queixo e a faço olhar para mim.

– O combinado foi você não me interromper. – ela diz com um sorriso de lado.

Ela está fugindo, ela está fragilizada e suas defesas estão armadas. Dói ver o que aconteceu a uma garota ainda tão jovem e que trouxe tantas consequências para sua vida. O sentimento de culpa em sua voz aumenta gradativamente ao avançar da história da mesma forma que a dor cresce e ela diminuía seu tom hora ou outra.

– Continuando... meu pai foi embora e minha mãe começou o tratamento, mas ela estava muito debilitada, então, a gravidez era de alto risco tanto para ela quanto para mim. De qualquer forma, o parto acabou sendo muito complicado e minha mãe acabou morrendo... Eu matei minha mãe, Justin. – um soluço sai de sua boca e ela a tampa com as mãos.

Eu nego com a cabeça e passo a língua por meus lábios, procurando as palavras certas a serem ditas nesta situação mas antes que isso aconteça ela volta a contar sua história depois de respirar fundo calmamente.

– Minha avó nunca me perdoou por isso. Ao contrário de meu avô, que sempre me tratou como seu bem mais precioso. – sorri sem mostrar os dentes. – Ele sempre cuidou de mim, já que minha avó nem ao menos conseguia me olhar sem me praguejar infinitamente. Com o passar do tempo tudo piorou; Glória, minha avó, sempre me tratou como um lixo, dizia que eu havia matado minha mãe, que eu era a única culpada por toda a desgraça que aconteceu em nossa família. – enxuga suas lágrimas. – Ao menos na presença de vovô ela não se dirigia a mim, mas quando saia eu era tratada como uma escrava e seu saco de pancadas. Era como se me dar surras fosse seu passatempo preferido. – faz uma careta. – Ela batia em lugares que não eram visíveis para meu avô não perceber; até que um dia, no meu aniversário de nove anos, estávamos voltando da escola – porque ele sempre ia me buscar e buscar, ele disse que me pagaria um sorvete; eu amava sorvete, também era uma forma de ficar longe de Glória por um pouco mais de tempo. – dá de ombros e molha seus lábios.

Eu não consegui controlar a raiva que senti por saber que sua avó, alguém de deveria amá-la e protegê-la, fazia tudo aquilo por um achismo absurdo, sendo que tudo o que aconteceu foi consequência de escolhas dos pais de Luísa, ela é apenas mais uma vítima do vício de seus pais. Ela era apenas uma criança.

– Então estávamos andando pela calçada, eu estava com meu sorvete de duas bolas – flocos e morango – ouvindo uma de suas intermináveis histórias de sua juventude como cantor de jazz enquanto ele rodava seu inseparável guarda chuvas com suas grandes mãos quando ele foi atingido por um tiro no braço.- os soluços estavam mais altos e cada vez mais lágrimas rolavam por seu rosto. – Um policial disparou vários outros seguintes porque pensou que ele estava com uma arma mas quando percebeu que havia confundido apenas entrou na viatura e fugiu... Ele nos deixou ali. Eu não entendia muito bem o que estava acontecendo então eu só me deitei entre braços de meu avô, em seu peito, e comecei a cantar a música que ele fez para mim e me cantava toda noite para que eu dormisse porque eu pensei ser isso que ocorria. – tampa seu rosto com suas mãos trêmulas.

Imaginar Luísa, ainda criança, deitar no peito de seu avô morto por um policial que fugiu, sem entender nada, rasgou meu coração e tudo que eu desejei foi voltar no tempo e impedir que tudo aquilo acontecesse.

– Não me lembro de muitas coisas naquele dia, apenas de ser levada para casa por um comerciante do bairro e ver minha avó descontrolada dizendo que eu havia matado mais uma pessoa importante para ela, que eu era a culpada da morte de seu marido. Eu matei outra pessoa, a única pessoa que me fez ser amada, Justin. Eu não mereço nada de bom, eu sou a culpada pela morte de duas pessoas, só eu. – ela diz baixinho.

Levanto-me rapidamente da cadeira e caminho até a garota que chora baixinho e repete desesperadamente que ela havia matado duas pessoas e que tudo é sua culpa. Seguro o seu queixo e beijo o caminho que as lágrimas percorrem em seu rosto, então sinto seu toque em minha mão antes de abrir seus olhos e encontrá-los com os meus. Eu nunca havia visto Luísa tão frágil quanto agora, eu vi apenas uma garota com medo, assustada; é tão diferente de todas as vezes que eu havia visto, como se só agora ela realmente parecesse uma jovem de vinte anos.

– A partir daquele dia minha vida se tornou um completo inferno. Eu apanhava todos os dias, sem qualquer motivos, fazia tudo em casa e ainda ia para a escola mas ninguém percebia nada de errado ou quando percebiam eu inventava um desculpa qualquer. Se ela fosse presa ou qualquer outra coisa eu iria para um orfanato e não queria isso. Assim, aguentei tudo isso até meus quinze anos, quando sai de casa com a ajuda de um amigo com quem morei até conseguir uma bolsa na faculdade. – bebe um pouco de água.

Eu tenho plena certeza de que ela havia passado por situações horríveis por analisar algumas reações dela a alguns acontecimentos em que estava ao seu lado. Agora eu entendo porquê ela sempre se encolhia quando elevavam o tom de voz para ela, quando eu fazia um movimento brusco e ela ficava assustada, seus pesadelos e comportamentos acanhados... senti-me horrível por saber que minha Luísa havia passado por tudo isso e todos os reflexos que trouxe a ela. Não é justo que ela tenha uma culpa em seus ombros que não é sua; não é justo que ela tenha tido ninguém em sua vida para mostrá-la o quão preciosa é.

– Como você deve ter deduzido, por causa de tudo isso que aconteceu, eu sou uma pessoa extremamente carente, Eva me explicou tudo. Então, eu me apego rapidamente às pessoas ao meu redor, as mesmas que tendem a sair de minha vida. Por isso, Justin, eu te peço que se você não quer ter todo esse problema em sua vida, caso você finalmente tenha percebido que sou ferrada demais para um cara como você, deixe-me agora que é o início porque eu não sei medir minhas emoções e... – ela diz séria.

Eu seguro seu rosto entre minhas mãos de maneira que eu olhe no fundo de seus olhos e aproximo nossos rostos até nossos narizes encostarem um no outro:

– Primeiro: você não é um problema, nunca mais diga isso. Além do mais, eu te disse que não iria a lugar algum quando você decidisse me contar sua história. Eu cuido do que é meu, babe. – ela dá um sorriso de lado. – Eu também nunca fui muito bom em medir os meus sentimentos.

Ela levanta sua mão e acaricia meu rosto com a ponta de seus dedos, fechando seus olhos e aproveitando meu carinho em sua pele macia.

– Você merece alguém bem resolvido, uma pessoa do seu mundo, Justin. – ela diz baixinho.

Eu nego com a cabeça.

– Posso até merecer, mas eu quero você. Entendeu? Eu quero você. – digo pausadamente.

Luísa suspira e flexiona seus dedos em minha nuca, olhando em meus olhos ela aproxima ainda mais nossos rostos de maneira que seus lábios se encontrem com os meus e ela deixe um selinho demorado antes de abrir seus olhos novamente e passar a ponta de seu dedo em meu lábio inferior.

– Eu não vou a lugar nenhum, amor. Nenhum. – seguro sua mão e beijo a ponta de seus dedos.

Ela sempre me olha com atenção quando eu faço isso, logo depois abre um sorriso e me beija calmamente, exatamente como agora. Sei que há mais coisas a serem ditas, ela havia mencionado um amigo que não sei quem é, talvez o cara daquele dia, nas fotos. Mas não irei cobrar-lhe nada, ela está muito frágil e já fora o bastante ter que relembrar todas essas coisas por hoje; vou recorrer à pasta que está em meu escritório, a que Stephen havia me entregado hoje no almoço.

Mais tarde, depois de jantarmos – mesmo que Luísa dissera ter perdido sua fome, fomos para minha casa. Durante todo o caminho minha garota permaneceu em silêncio, com sua cabeça apoiada entre meu ombro e cabeça, mão junto a minha sobre seu colo. Por mais que esteja pensando sobre como a ajudaria a partir de agora, eu também estou feliz em saber que ela confia em mim e finalmente havia me contado o que aconteceu sem tentar me afastar logo em seguida como fez até agora sempre que tocávamos no assunto. Permanecemos em silêncio até o momento em que nos deitamos em minha cama, sua cabeça em meu peito, ponta dos dedos passeando por minhas tatuagens, meus dedos em seus cabelos é meu nariz inalado seu cheiro.

– Tudo bem? – pergunto inclinando sua cabeça com a ajuda de minha mão em seu queixo.

– Tudo. – Luísa sorri de lado e volta a deitar sua cabeça em meu peito.

Em pouco tempo percebo sua respiração calma e me certifico de que ela está dormindo antes de sair da cama e caminhar para fora de meu quarto. Imediatamente após chegar em meu escritório vou até a bolsa deixada no sofá por minha governanta. Lá está o que minha cabeça não deixa de pensar a respeito, as informações sobre Luísa e aquele cara que ela mencionou mais cedo e que tem me perturbado há tempos. Seja o que ele for, ele não vai me separar de minha garota. Ninguém iria.

Sento-me na cadeira depois de colocar uma dose de uísque para mim, analiso as pastas que havia sobre minha mesa com o nome de Luísa e Tierre. Tierre Sli. Talvez eu deva esperar que ela me diga o que ele representa para ela, mas a verdade é que eu não quero, nem posso esperar; eu nunca posso perceber se ela sente por mim, então a porra da minha cabeça começa a me pregar peças dizendo que é ele seu cara, ele é quem conseguiu destruir todas as armaduras que ela tem ao seu redor. Ele quem a conhece como eu nunca conseguirei.

O cacete! Essa garota é minha, de mais ninguém.

Depois de ler todo o dossiê eu tinha ainda mais dúvidas em minha mente e algumas doses de álcool a mais em meu organismo. Eu não entendo como Luísa pode de relacionar com alguém como esse cara: ele é envolvido com tráfico de drogas, é um dos grandes de Nova Iorque, já havia passado algumas vezes pela polícia mas sempre achava uma forma de sair da prisão, com certeza propina. Por outro lado, quase compreendo essa relação. Provavelmente eles são muito importantes um para o outro, visto que esse cara arcou com todas as despesas de Luísa na faculdade com o custo de materiais e outras taxas, também paga o asilo em que colocou Glória, a avó de Luísa.

Com certeza ele sabe o que ela fez a Clark, por que ele faria isso? Luísa tinha conhecimento sobre?

Que caralho.

Quando eu encontro resposta para algumas perguntas outras dúvidas enchem minha cabeça.

Deixo a pasta que estava em minha mão jogada sobre a mesa e termino a dose de bebida com apenas um gole antes de me levantar e deixar o copo na mesinha em que algumas bebidas ficavam antes de caminhar para fora dali em passos preguiçosos. Vejo Luísa sonolenta no corredor, vestindo a blusa que eu havia vestido hoje, coçando seus olhos inchados com suas sobrancelhas juntas e cabelos graciosamente bagunçados. Inferno, ela fica linda de qualquer maneira.

– Eu acordei e você não estava lá... Tudo bem? – ela pergunta baixo quando eu dou mais alguns passos em sua direção.

Confirmo com a cabeça ao mesmo tempo que a inclino e capturo seus lábios com os meus e chupo sua língua vagarosamente ouvindo um som sair de sua garganta. Rapidamente Luísa passa seus braços por meu pescoço e eu me inclino e seguro a parte traseira de suas pernas de maneira que a faça enrolá-las em meu quadril e ela chupa meu lábio inferior.

Quando olho em seus olhos quase pretos, após terminarmos o beijo, tenho certeza: não importa o que qualquer outro queira com Luísa, ela é minha garota e não importa o que aconteça, isso não irá mudar. É isso que penso quando me enterro completamente nela, em minha cama, ouvindo seus gemidos, ao observar sua face quando atinge o orgasmo e chama meu nome baixinho em meu ouvido.

              LUÍSA ALI CLARK

Quando eu acordo, Justin não está mais na cama, provavelmente está correndo como sempre faz ao amanhecer. Mexo-me na cama e estico meus músculos antes de pular para fora dela e caminhar até o banheiro para fazer minha higiene matinal e tomar um banho. Olho-me no espelho e sorrio para minha imagem: mal posso acreditar que finalmente havia tirado um peso enorme de minhas costas, havia contado tudo a Justin e ele havia permanecido ao meu lado... Seu olhar completamente atento a mim, toques reconfortantes como suas palavras, ainda mais cuidadoso em relação a mim. Eu não esperava que ele ainda me quisesse em sua vida; evidentemente carrego traumas e um passado, mas ele apenas está cumprindo o que me disse e não consigo me acostumar com isso. A forma como ele disse que não iria a lugar algum a não ser meu lado depois de me ouvir pacientemente, como ele me beijou depois de tudo... Eu não irei perder este homem, eu farei de tudo para que ele não seja mais uma pessoa a sair de minha vida.

Estava lavando meus cabelos quando a porta do banheiro foi aberta e eu vi seu corpo forte e alto passar por ela sem qualquer tecido sobre ele. Passo os olhos por seus ombros largos, peitoral firme e tatuado, seus bicos igualmente firmes e então desço meu olhar até seu pacote de cinco – que nem ao menos sei como ele mantém tudo isso já que nunca o vi em uma academia – e então sua parte íntima. Passo a língua por meus lábios e esforço-me para erguer meu olhar e encontrar o seu; um sorriso convencido parece em seus lábios rosados e caminha confiante até mim. Inferno, ele sabe como me afeta.

– Bom dia, babe. – diz em meu ouvido e passa a ponta de seus dedos por minha pele molhada.

Inevitavelmente eu me arrepio e abro minha boca, ele sorri de lado e passa a ponta de seu nariz arrebitado em minha bochecha antes envolver meus lábios com os seus calmamente; mas em seguida seus dedos se afundam em meus fios molhados e sua língua parece foder minha boca de maneira que eu fico úmida e inchada, ele percebe no momento em que coloca uma de suas pernas entre as minhas e eu esfrego-me contra ela ofegando em sua boca. Eu puxo seus cabelos quando seus dedos percorrem minha extensão molhada e ele chupa meu lábio inferior entes de afundar dois dedos em mim. Eu gemo olhando em seus olhos e sinto seu braço passar firme por minha cintura.

– Diga que isso é para mim, Luísa. – diz rouco e arqueia seus dedos em mim, fazendo-me gemer alto.

– É para você, só você. – eu digo sem ar.

– Você é minha, não é? – eu me arrepio e sinto seus dedos movimentando vagarosamente com os lábios colados ao meu ouvido.

– Você... Você sabe que sim. – falo baixo e ele aumenta a velocidade de sua mão.

– Boa garota. – sua mão livre passa por minha bunda e deixa um aperto forte enquanto a outra ainda trabalha em mim.

Eu ofego e puxo seu rosto para junto do meu e junto nossos lábios num beijo cru, necessitado. Sinto seus dedos brincarem com o bico de meus seios e logo em seguida uma mordida em meu lábio inferior. Sinto o prazer ser formado com seus toques e beijos fazendo-me suspirar e fechar meus olhos, morder meus lábios para não gemer alto quando ele acaricia meu clitóris com seu polegar e chupa meu seio avidamente.

Quando estou quase atingindo meu ápice, Justin tira seus dedos de mim para segurar minhas pernas e enrola-las em seu quadril, apoiando minhas costas na parede antes de posicionar seu mastro duro em minha entrada e estocar com força fazendo-me gemer alto. Sinto seus beijos em meu pescoço e prendo seus cabelos entre meus dedos sentindo-o em mim, cada vez mais duro. No momento em que atinjo meu orgasmo estamos olhando nos olhos um do outro e em seguida eu projeto minha cabeça e esbarro nossos lábios antes de beijá-lo de verdade e sentir seu jato em mim.

Em questão de minutos eu estou no chuveiro novamente, dessa vez Justin passa seus dedos cuidadosamente por meus cabelos para tirar o xampu de meus fios enquanto eu observo seu rosto tão lindo perguntando-me como ele conseguia ser tão maravilhoso e tão incrível. Quando meus cabelos estão limpos ele alcança a luva de banho e despeja um pouco de sabonete líquido nela passando-a por minha pele com extrema atenção, ele está tocando-me como se eu fosse uma boneca de porcelana.

É engraçado como conseguimos ir de um clima totalmente sexual à calmaria tão rápido.

Depois de tirar toda a espuma de meu corpo o loiro suavemente me enrola a uma toalha felpuda branca e me segura em seus braços até colocar-me sobre a cama; meus músculos vaginais se contorcem quando vejo uma gota de água em seu mamilo rígido e rosado, que logo depois escorre por todo o resto de seu tronco. Eu quero lamber cada gota que está em sua pele.

Justin passa a toalha entre meus seios e logo depois abaixo de cada um deles olhando-os todo o tempo, eu suspiro e mexo-me na cama. Ele passa a língua por seus lábios e continua a secar-me sem se importar se eu estava ficando excitada ou não. Depois de totalmente seca ele me puxa delicado e firmemente até ter seu corpo colado ao meu.

– Vista-se enquanto eu tomo banho para que tomemos café da manhã. – acaricia meu queixo e olha em meus olhos.

Pouco depois meus fios de cabelo eram amassados por minhas mãos em seu closet, onde eu havia pegado uma calça moletom sua e uma blusa que havia deixado aqui em uma das noites que dormimos juntos. Ao voltar para o quarto vejo que Justin fala ao celular de maneira irritada, então, apenas me sento na cama e espero que ele fique pronto para irmos, o que acontece em pouco tempo, já que ele desliga a ligação rapidamente, mas continua com uma feição carrancuda.

Justin e eu temos uma mania estranha de eu sentar-me em seu colo durante nossas refeições e é o que acontece quando nos sentamos à mesa de jantar, como sempre. Depois de dar-lhe alguns beijos e poucos pedaços de alguns dos alimentos ali dispostos ele parece menos estressado e me beija depois de alimentar-me. Eu estou limpando o canto de sua boca com minha língua quando a sua governanta entra no cômodo acompanhada de um homem alto, magro, de barba completa e fios de cabelo totalmente alinhados igual as roupas que cobrem seu corpo. Seus olhos claros têm um ar de zombaria quando encontram os meus.

– Termine seu café, babe. Eu só preciso resolver algumas coisas. – Justin diz impulsionando meu corpo para cima e se levanta da cadeira.

Eu apenas confirmo com a cabeça e vejo ele sair da sala acompanhado pelo homem que lança-me um pequeno sorriso antes de perder-me de vista, ouço Justin xingar baixo.

Aproveito, depois de terminar o café, para responder algumas mensagens pendentes em meu celular. E, mesmo ouvindo a governanta, Alice, dizer que aquele não é meu trabalho e que eu não tenho que ajudar os empregados a arrumarem as louças eu o faço, aproveito para aprender o nome deles e acabo me divertindo ouvindo algumas histórias.

Pouco depois que entro no quarto de Bieber ele aparece dizendo que eram apenas assuntos relacionados à empresa quando o pergunto sobre aquele homem. Resolvo não insistir, mas não parece ser apenas isso. Apenas me junto a ele em sua cama e leio um dos livros que peguei na biblioteca enquanto ele mexe em seu notebook.

Eu sorrio para a imagem que era refletida pelo espelho do closet de Justin.

Pouco depois do almoço um homem, Dee, junto a duas mulheres que são suas assistentes, chegaram aqui dizendo que iriam me ajudar com a arrumação para a festa de Sylvia, a loira que cismou ser namorada de Bieber. Eu concordei, claro; quero estar no mesmo nível que Justin hoje, pelo menos aparentemente, afinal teria muitas pessoas de alto escalão no lugar e, como havia deduzido e ele me disse, faria bem à imagem de sua empresa comparecer a essa festa.

Eu ainda não coloquei o vestido azul escuro de seda que Dee havia separado para mim. Meus cabelos estão partidos ao meio totalmente alinhados graças ao creme que ele havia usado para organizá-los e mantê-los baixos, seu comprimento estava enrolado em minha nuca, preso por grampos. As pequenas pedras dos brincos que estão em minha orelha reluzem; de acordo com eles, Justin havia separado para mim junto ao colar delicado que é conjunto e está em meu pescoço. Como sempre, minhas peças íntimas são de renda, desta vez claras.

Nem preciso olhar para trás para saber que Bieber me observa, meu corpo sabe quando sim. Seu andar, como tipicamente é, confiante, seu olhar predador e admirador me deixam inquieta e a necessidade de ter seu toque e beijo crescem a cada passo em minha direção. Quando está exatamente atrás de mim ele passa a ponta de seu nariz do final de meu ombro até minha orelha, onde deixa um beijo e diz baixo para que eu abra minha boca. Em seguida um cordão com algumas pequenas bolas prateadas estão postas da maior para a menor é levantado e Justin a aproxima de meus lábios até que cada uma delas passe por minha boca e seja molhada por minha saliva.

– Calma, garotão, aonde você vai colocar isso? – junto minhas sobrancelhas.

Justin ri e separa minhas pernas com uma das suas então introduz as bolinhas do cordão claro em minha vagina me fazendo suspirar. É uma ótima sensação. Depois beija meu pescoço e ajeita a pequena calcinha que visto antes de deixar um beijo num ponto abaixo de minha orelha e me olhar através do espelho. Deixa um beijo curto em meus lábios antes de sair do cômodo e Dee entrar segurando o vestido longo que usarei todo sorridente. Em questão de minutos estou vestida deslumbrantemente, sorridente para a minha imagem no espelho.

Eu me sinto linda. Em parte, até poderia dizer que fazia parte do mundo que as pessoas que estariam na festa faziam; além disso, estaria ao lado de Bieber e isso me deixa mais calma para ir a lugares assim. Quando desço as escadas com a ajuda de Dee, vejo Justin esperando-me ao fim dela vestido com blusa e calça pretas e paletó branco, cabelos num topete para trás e um sorriso de lado nos lábios enquanto estala os dedos de suas mãos.

– Você está tão linda, amor. – diz envolvendo-me pela cintura.

– Obrigada, você está lindo também. – passo minhas mãos por seu rosto.

Quando viro-me para agradecer e despedir-me de Dee e suas companheiras, percebo que eles saíram em silêncio. Justin dá de ombros e seguimos para o elevador, onde Oliver nos espera para irmos à festa. Até chegarmos ao carro conversamos sobre uma luta de UFC da noite passada e eu não havia visto, apesar de querer muito. Oliver abre a porta para que eu entre e logo depois para que Justin entre, em seguida já está no banco e acelera o carro em direção ao local.

O calor de excitação corre por meu corpo e eu tomo água para tentar me acalmar, diminuir minha temperatura. Sinto os músculos de minha vagina apertarem os pequenos objetos que estão introduzidos nela e prendo um gemido em minha garganta, aperto a mão de Justin e ele me olha malicioso, então aproxima seus lábios de meu pescoço e beija vagarosamente o local. Eu arfo e enrolo seu paletó em meus dedos porque só aumentara minha excitação suas ações.

– Justin... Se você não vai me foder agora, para. – eu digo baixo, respirando fundo.

Ouço sua risadinha e sua língua passa vagarosamente no mesmo lugar que estava seus lábios antes dele se afastar, eu tentar não pensar o quanto estou molhada e com certeza ele não fará nada neste momento, porque chegamos ao local onde acontecerá o aniversário. Oliver abre a porta e Justin me ajuda a sair do carro e arrumar meu vestido, agradeço aos dois homens e em seguida Bieber envolve minha mão com a sua caminhando em direção à entrada da grande casa de cor clara, com luzes que valorizavam a decoração dourada e vermelha do local. Eu estou admirada com tudo isso, definitivamente é completamente diferente do que estou acostumada. Tudo é tão luxuoso, cada mínimo detalhe grita o quão rica é está família e me faz perceber que mesmo com o vestido e jóias lindos que estou vestindo, nunca me encaixarei ali. Principalmente quando todos os olhares são voltados para nós assim que adentramos a sala, percebo o desdém e a zombação explícita no rosto deles.

Eu quero ir embora no mesmo instante, é como se eu nunca me encaixasse em lugar algum por motivos diversos; mesmo fazendo o possível para isso não acontecer, eu sempre me sinto assim. É como se todos soubessem que eu não sou dali, que não faço parte de seu mundo, que só estou ali como mais uma da lista de Justin Bieber.

– Ei, está tudo bem. Você não precisa ficar nervosa, eles estão te olhando porque você é a mulher mais linda da festa. – Justin segura meu rosto e fala olhando em meus olhos. – Você confia em mim?

Eu confirmo com a cabeça.

– Então, sabe que não mentira para você, Luísa. Você está linda, meu amor. Os olhares são de inveja: as mulheres querem ser lindas como você, os homens querem ser eu para estar junto a você; estou me controlando para não sair socando cada um deles.

Eu dou uma risadinha e acaricio sua mão antes de seus amigos se juntarem a nós. Ryan e Chaz estão vestidos com ternos claros sem gravata e sorriem em nossa direção.

– Famosa Luísa! – Chaz me abraça e Justin aperta ainda mais minha cintura.

– Famosa? – digo com as sobrancelhas juntas e sorrio olhando para Justin.

Uh, sim. Bieber só fala sobre você agora. – Ryan diz rindo.

– Calem a boca, seus idiotas. – Justin bufa.

– Você se lembra de mim? Daquele dia na loja. – o moreno oferece sua mão e beija as costas da minha quando eu a envolvo, concordando.

– Chega, já deu, Charles. – Justin o afasta de mim e eu rio.

– Ei, Jay, não precisa ficar com ciúmes, você ainda é o amor de minha vida. – Chaz faz uma voz fina e eu rio junto a Ryan.

Os amigos de Justin são muito engraçados e isso me relaxa um pouco, ele parece perceber a ajuda e sorri lado ao ver meu sorriso enquanto ouvimos Ryan contar sobre uma história de quando eram adolescentes. Permanecemos naquele mesmo grupo variando uma ou outra pessoa que chegava e ficava por pouco tempo conosco a não ser por Christian, outro amigo de Justin, que chegou acompanhado por uma garota, Leslie. Ela tem um cabelo castanho escuro longo que está enrolado em cascatas, seu vestido preto tem um decote que valoriza seus seios e o seu tecido valoriza seu corpo e curvas; seus olhos claros estão realçados pelo delineado e seus lábios estão pintados por um batom claro como o meu. A garota tem minha idade, é uma acompanhante de luxo – ela mesmo me disse, era bem extrovertida e falava muito. Lembrei-me de Lizzie.

Tudo estava indo muito bem até a aniversariante se infiltrar em nossa roda, totalmente deslumbrante. Seu vestido é vermelho, longo, desenha perfeitamente seu corpo esbelto. Seus fios dourados estão jogados em apenas um de seus ombros, presos por uma linda presilha de diamantes. Como a última vez que a vi, está com uma maquiagem perfeita, seus olhos azuis estão brilhantes e seus dentes brancos são destacados por seu batom vermelho.

Sylvia passa seus olhos por mim com desdém e então olha Justin e seus olhos voltam a brilhar e um sorriso toma seus lábios ao se aproximar dele e deixar um beijo em sua bochecha. Eu sinto minha mão coçar para puxá-la imediatamente para longe dele; ele é meu cara, ela não pode agir assim. Respiro fundo e abro um sorriso irônico olhando aquela cena; Justin se afasta da loira, mas ela ainda diz algo em seu ouvido. Minha pulsação se acelera e eu tenho que respirar fundo para não fazer algo; então ela cumprimenta o resto do grupo e oferece que façamos um brinde.

– Não. Agora, como uma boa anfitriã, vá cumprimentar o resto de seus convidados. – digo com falsa calmaria.

Sabia que ela tentaria algo, talvez derrubar champanhe em meu vestido, ou em meus cabelos como acontece nos filmes e tudo mais. Não seria surpresa, é evidente que ela é uma mulher mimada, com mentalidade muito mais nova do que sua idade real só por analisar algumas de suas ações; ela não aceita que suas vontades sejam negadas e com certeza minha negação teria troco. Mas, por enquanto, eu só quero que ela se afaste de Justin e nos deixe em paz no tempo que em ainda estivermos aqui.

A tensão é palpável.

Ela estreita seus olhos mas em seguida abre um pequeno sorriso; posso ver a fúria em seus olhos. Eu realmente não me importo, não tenho medo dela, já havia lidado com coisas piores. Eu apenas me aproximo de Justin e envolvo seu tronco com meus braços mostrando a ela que ele é meu. Só meu.

– Você não sabe com quem está lidando. – ela sussurra em meu ouvido ao passar por mim.

– Pode apostar que eu sei. – digo acenando para ela.

Posso ver a surpresa no rosto de quatro das seis pessoas de nosso grupo, já que Justin está com uma de suas sobrancelhas arqueadas e passa a língua por seus lábios antes de aproximá-los de meu ouvido.

– Não sabia que minha garota também é possessiva. – beija-me.

Olho a garota a minha frente que tem um sorriso incentivador nos lábios e me dá uma piscadela, depois olho para os amigos de Justin que conversam entre si mas me olham hora ou outra. Talvez sobre minha atitude em relação àquela loura e Justin; nem eu  absorvi o que eu havia feito ainda. Eu senti o ciúmes tomar todo o meu corpo, sem pensar em mais nada a não ser tirar aquela mulher dali para tê-la longe de Justin.

Oh, meu Deus.

Eu havia mesmo feito tudo isso? Por ciúmes?

– Você arrasou, garota! Aquela lambisgoia tem que saber quem é que manda! – Leslie diz apertando meus ombros.

Com certeza ela se daria bem com Lizzie.

– Eu nem te conheço direito, mas te acho foda, Luísa! – Ryan passa um de seus braços por meus ombros.

Eu dou ombros e sorrio. Justin empurra seu amigo e me puxa para ainda mais perto.

– Meu cara é tão possessivo. – sussurro no ouvido de Justin.

– Com certeza. – segura meu queixo e beija meus lábios.

[...]

Agora estamos sentados em uma mesa junto a várias outras pessoas. Havia tido algumas boas conversas com algumas pessoas do alto escalão de Nova Iorque, havíamos conversado a respeito de meu curso de Direito e alguns planos futuros; fiquei contente por alguns deles darem-me seus números com interesse em minha carreira e oferecendo-me ajuda. Eu com certeza irei usar tudo isso.

Justin me olha com um sorriso no rosto enquanto eu converso sobre alguns assuntos que podem ser considerados delicados para a sociedade junto a outras pessoas da mesa e também sobre meus planos futuros. Eu finalmente consegui achar uma forma de não me sentir tão diferente de outras pessoas, daquelas pessoas.

– Vou ao banheiro. – digo baixo para que só Justin ouça.

– Quer que eu vá com você? – olha-me.

Eu nego.

– Leslie também quer ir, está tudo bem.

Ele confirma com a cabeça e eu deixo um selinho em seus lábios antes de me levantar da cadeira e enrolar meus braço no de Leslie ao caminhar para longe daquela mesa. Os olhares ainda existem mas eu não me importo mais, apenas quero que tudo termine para ir embora e acabar com toda a excitação que sinto em meu corpo por ter que prender as bolas em minha vagina – eu poderia encher um balde facilmente, ainda mais vendo como Bieber estava gostoso, sentindo seus dedos percorrerem minha coxa por cima do vestido e ouvir sacanagens em meu ouvido enquanto as outras pessoas estavam alheias ao que ele me dizia.

Só de me lembrar sinto um choque forte percorrer todo meu corpo.

Depois de fazer minhas necessidades eu ajeito meus cabelos e confiro se minha maquiagem está em uma boa condição ao lado de Leslie. Sylvia entra no banheiro e sorri sarcástica ao parar entre nós.

– Oh, duas putas conferindo se não denunciam o que realmente são. – diz mexendo em seu cabelo.

– Eu pelo menos sou paga para ser puta, Diron, já você, é de graça. – a morena dá de ombros.

A loira vira-se calmamente para a garota em seu lado esquerdo e aproxima-se dela e diz séria para que ela saia do banheiro. Eu decido intervir; ela quer conversar comigo e Leslie não sofreria as consequências por isso. Peço a ela para que saia mas não diga a Justin que estou aqui com ela, apenas que eu voltaria o mais rápido possível e, então, depois de me perguntar se tinha certeza e eu confirmar, ela o faz. Viro-me em direção a mulher com um rosto sério e cruzo meus braços olhando-a da mesma maneira.

– Quanto você quer? – eu junto minhas sobrancelhas. – Quanto você quer para sumir da vida de Justin?

Deixo uma risadinha escapar por meus lábios.

– Estou falando sério, garota. É visível que você é uma favelada e estou te ajudando porque nós duas sabemos que uma hora ou outra Justin irá se cansar de você, só estou adiantando tudo e até pagando por isso. – ela deu ombros.

Eu inclino minha cabeça e passo a mão por meu rosto. Ela havia dito a verdade, eu não vim de um berço de ouro e também acredito que Justin irá se cansar de mim em determinado momento então eu terei que lidar com mais uma pessoa saindo de minha vida, como sempre. Mas não iria assumir isso para ela, ao invés disso apenas passo minhas mãos pelo vestido e volto a olhar em seus olhos.

– O problema não é Justin estar com outra pessoa; o problema é estar comigo, que não faço parte do mundo luxuoso que ele e você fazem parte, estar com uma garota negra que veio do Bronx e não com uma branca, de olhos azuis e de cabelos loiros lisos, certo? Bom, Sylvia, lide com isso porque Justin é meu homem, sou eu quem sinto seus toques e beijos durante todas as noites, eu quem ouço sua voz rouca falar ao meu ouvido, não você. – digo séria. – Você não vai me separar dele, querida. Não importa o que tente. Ele é meu.

Esbarro em seu ombro ao passar por ela e caminhar para fora do banheiro. Leslie me espera na porta com um sorriso no rosto e então me abraça dizendo que precisa de mim como sua amiga e que havia orgulhosa de mim por ter falado tudo aquilo com aquele maldita.

Quando chego na mesa, apenas seguro uma das mãos de Justin e aproximo meus lábios de seu ouvido.

– Podemos ir embora? Eu quero sentar em sua cara.

Imediatamente ele se levanta e nos despedimos de todos os companheiros de mesa antes de sairmos dali.

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