uniquely perfect. || adaptaçã...

By sznsmani

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Quando Dinah Jane encontra Normani Hamilton sentada em um beco, ela não esperava que Normani fosse diferente... More

A Hybrid
Where's Dinah?
Normani Doesn't Hate Dinah
Can I Sleep With You?
Jealousy
Upset
I Can't Keep Her
Colorful Band-Aids
Will You Come Back?
Ally Is Like Normani
Are We Friends?
Normani And Camila Are Arrested
Three Thousand Dollars
Stuck In Cages Again
Rescuing Normani and Camila
Dinah Loves Normani
First Kiss
We're Dating
Can Normani Kiss Dinah Again?
Unconscious
Am I Your Manz?
I Need My Manz So Much More
Normani Wants To Help
I Don't Want Money... I Just Want You
Packing Up
Meeting Dinah's Family
Misunderstanding
Desire
Horny
Fever.
Learning To Speak Correctly
Teaching Normani Something New
Nightmare
Promise Dinah Won't Die
Saying Goodbye To Dinah's Family
First Time.
Dark.
Inconsolable
Oh, no! Not you!
Bruises
More Than Anything
The Final Shot
Bleeding

Long As We're Together

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By sznsmani



POV Lauren.

— Algo está errado! — joguei minhas mãos para o ar, andando de lá para cá na frente do sofá do apartamento de Dinah. Camila estava olhando para mim, preocupada, e eu continuei: — Ela já deveria ter ligado. Allyson deveria ter me dito para onde estava indo... Não, eu deveria ter feito ela me falar! Por que raios ela ainda não ligou?!

— Lolo... — Camila começou, hesitante, até ela estava com medo de minha reação explosiva. — Você não sabe se algo está realmente errado... Não tire conclusões precipitadas, não ainda.

— Mas a Ally não atende, Camila! — gemi, frustrada, e Camila estendeu a mão, agarrando-me pela cintura e me puxando para sentar do seu lado. Ela me deu um beijo rápido e esfregou seu rosto contra meu ombro, suavemente.

— Eu posso te ajudar a relaxar, se você quiser...

— Camila! — exclamei, a fitando com os olhos arregalados e me inclinando para longe da mais nova. — Eu preciso continuar tentando entrar em contato com ela, agora não dá.

— Tudo bem, tudo bem... — Camila suspirou. — Ally é uma pessoa difícil, mas acho que ela e Normani ficarão bem.

— Contra os dois caras enormes, que mais pareciam dois guarda-roupas, que pegaram a Dinah? Sério, Camila? — arqueei a sobrancelha, dando mais ênfase ao meu sarcasmo.

— Eu entendo o porquê de você estar preocupada, e sei que o que vou falar é algo horrível, mas eu estou realmente feliz por você não ter ido. Você teria deixado duas híbridas frenéticas aqui...

— E se elas não encontraram a Dinah? Céus... E se a Dinah voltar e a Normani não estiver aqui?! Ela vai me matar. Sem brincadeira, eu vou morrer.

— Bem... Então, só nos resta esperar que elas estejam bem. — Camila murmurou, novamente esfregando seu rosto em meu ombro. — Eu ainda estou feliz por estar com você. Eu não sei... E se eles me quisessem ao invés da Normani? Ou pior... E se eles tivessem conseguido pegar você ao invés da Dinah?

Olhei com surpresa para Camila e vi que ela tinha seus olhos bem fechados, bem apertados. Ela estava se preocupando com algo que eu não iria deixar acontecer, algo que não tinha acontecido.

— Camz... Nada disso vai acontecer, ok? Eles não sabem que você existe, então não há motivo para quererem me usar como resgate, tudo bem?

Camila me puxou para mais perto, assentindo fracamente e escondendo seu rosto na curvatura do meu pescoço. Deixei um beijo entre suas orelhas de pelo fofo e afaguei suas costas. Camila se preocupava com facilidade e eu odiava vê-la dessa maneira.

Ela se preocupava quando eu saía sem ela e quando voltava um pouco mais tarde do que o combinado, mais tarde do que o normal. Quando eu estava doente, ou quando achava que eu estava brava com ela por qualquer motivo.

— Eu só... — ela voltou a falar, com a voz abafada por estar com o rosto tão pressionado contra meu pescoço. — Eu realmente te amo, entende?

— Eu sei, Camz, eu sei, e eu também te amo. Nada de ruim vai acontecer com a gente, certo? Tenho certeza disso... Agora, vamos voltar ao assunto, ok? Eu estou preocupada com as nossas amigas e tenho minhas mãos atadas.

— Eu também! Estou preocupada com um monte de coisas... Coisas que eu realmente estava tentando não pensar, mas aí você começou a falar e eu... — Camila começou a divagar e eu rapidamente a interrompi. Eu sabia bem no que ela estava pensando, e tais coisas a renderiam pesadelos se eu não a parasse.

— E nós não vamos mais pensar nisso, entendeu? Se elas não ligarem até a hora do jantar aí sim vamos nos preocupar... E muito. Mas, enfim... — dei um beijo em sua testa, mas ela me puxou de volta para beijar meus lábios.

— Você está certa. — Camila sorriu fraco. — Que tal um café da manhã?

— Está quase na hora do almoço, mas essa é a minha Camila. — ri, lhe roubando um último beijo antes de me levantar e a levar para a cozinha, enquanto eu tentava ligar para Ally novamente, desesperada.


POV Dinah.

— Você acha que ela está bem? — perguntei, preocupada, correndo meus dedos suavemente sobre o pescoço machucado de Normani.

— Pela oitava vez, Dinah... Ela está simplesmente dormindo! — Ally retrucou, revirando os olhos com todo o meu desespero. — O que ela não fez em momento algum da noite passada porque estava sem você. E agora que ela está contigo, ela está dormindo, é simples.

Fiz uma careta, mas afaguei suavemente uma das bochechas gordinhas de Normani. Ela estava dormindo há horas e eu jurava que ela acordaria cheia de dores se continuasse enrolada em mim do jeito que estava, então, com a ajuda de Ally, eu a deitei no chão e com a cabeça no meu colo, claro. Fiquei preocupada por ela estar deitada no chão frio, mas ela dormia tão pacificamente como a bebê gatinho que era que resolvi não atrapalhar seu sono.

Agora, a única coisa que me preocupava era a grande quantidade de horas do sono de Normani.

— Você não acha que a lesão do pescoço é o que está fazendo ela dormir demais, certo? Ou isso é uma possibilidade?

Ally me encarou com uma clara expressão de tédio em seu rosto, e logo começou a rir.

— Dinah, puta que pariu, fale mais baixo, você vai acordar a garota.

— Desculpa... — suspirei, murmurando. — É que eu nunca havia experimentado tamanho horror antes daqueles poucos minutos que Normani esteve inconsciente, e não quero passar por isso nunca mais.

— Normani está bem. — Allyson suspirou, tentando me assegurar do que estava impossível de eu aceitar. Ela se afastou de mim e de Normani e se encostou na parede. — Agora, deixe-a dormir.

— Eu estou deixando ela dormir, — respondi, afastando alguns cachos do rosto de minha namorada, com todo o cuidado.

— Esta provavelmente é uma pergunta aleatória, mas... — Ally voltou a falar, pigarreando. — O que Normani faz para você amá-la tanto assim?

Dei a ela o olhar mais desacreditado que consegui, aquela pergunta era tão óbvia que chegava a ser absurda.

— Uh... Ela é a minha gatinha? Duh!

— Então, digamos que Normani não fosse parte gato, pudesse falar normalmente e não precisasse de você para absolutamente tudo. Ainda seria a mesma coisa?

— Ela ainda seria a Normani. — dei de ombros. — Eu preciso dela, então, mesmo que ela não precisasse de mim, eu ainda iria amá-la.

Normani se agitou em meu colo e começou a murmurar algo com uma careta. Ally e eu nos calamos, esperando que ela voltasse a dormir, mas seus olhos se abriram de repente, ela respirou ofegante, por puro medo, e só então me notou ali.

Um sorriso de alívio automaticamente apareceu em seu rosto e ela suspirou, esfregando os olhinhos de sono em seguida.

— Dinah de Normani está realmente a-aqui! N-não foi um sonho!

Ela se sentou rapidamente, com um sorriso alegre no rosto, mas seus movimentos bruscos me assustaram e eu a contive.

— Cuidado, gatinha, seu pescoço e seu tornozelo estão muito machucados, princesa...

— N-Normani se lembra... — a voz da mais nova estava extremamente rouca e eu só conseguia pensar em como ela estava com dor, já que até sua voz foi afetada pelo aperto de poucas horas atrás.

— Teve uma boa soneca de gato, Normani? — Ally fez a piada.

— Oi, Ally! — Normani resmungou e sorriu adoravelmente para a loira. Ao olhar o rosto da minha gatinha, não pude resistir à tentação de lhe dar um beijo rápido, na bochecha. — Normani tem q-que ir até o banheiro!

Eu endureci. Arin tinha me permitido ir ao banheiro uma única vez desde que havia chegado ali, com seus guardas a tira colo. Os mesmos guardas que feriram a minha gatinha, e imaginar eles perto dela de novo me deixava em pânico.

— Eu também! Onde é o banheiro nesse inferno de cimento?

Apenas para colaborar com o meu desespero interno, Allyson também precisava de um banheiro. Ok, é agora que eu surto?

— Não tem... — murmurei, hesitante, desfalecendo de medo por dentro. — Aqueles caras... Os grandalhões de antes... Eles que me levaram até o banheiro.

— Oh... — Normani começou, e eu senti a pitada de medo que apareceu em sua voz. — A-aqueles q-que...

— Sim, gatinha, aqueles que machucaram seu pescoço. — engoli em seco, balançando a cabeça positivamente.

Normani se contorceu no meu colo, bastante incomodada, apertou as próprias mãos e as examinou.

— O q-que N-Normani faz?

— Eu acho que... — neste momento o Dr. Cowell na sala, me interrompendo. Normani se encolheu mais ainda contra mim, agarrando minha camiseta.

— Nós temos um problema. — Dr. Cowell começou a falar, lentamente, e Normani deixou escapar um pequeno grito. Eu a puxei para mais perto e afaguei suas costas.

— E o problema é? — Allyson prontamente se sentou, aproximando-se de mim e de Normani.

— Arin ainda está furioso... — Dr. Cowell apontou para mim. — Com você.

— É porque ele foi espancado e sabe disso. Ele não conseguiu o que quer, e eu digo com toda certeza que não vai. — respondi, com firmeza. — Diga a ele que de onde veio aquele soco, tem muito mais esperando por ele se ele ousar se aproximar de qualquer uma de nós novamente.

— Erm... — o homem grisalho e de cabelos estranhamente separados fez uma careta, coçando a nuca nervosamente. — Eu deveria separá-las.

— Não! — Normani e eu ofegamos em uníssono, imediatamente nos agarrando mais uma a outra. Continuei: — Não, nós vamos ficar juntas. Você não vai tirá-la da minha vista e ponto final! E já que estamos falando em tirar, eu agradeceria se você nos levasse ao banheiro.

Dr. Cowell nos examinou por um momento, e suspirou, se dando por vencido e assentindo.

— Vou levá-las para a outra sala... Lá tem um banheiro.

Estudei o homem por um momento, tentando decidir se deveria confiar nele. Ele abriu a porta da sala e havia três grandes homens do lado de fora, ele realmente veio preparado para nos separar. Prontamente balancei a cabeça em negação e puxei Normani instantaneamente para mais perto de mim, virando as minhas costas para os homens.

— Não, eu não vou cair nessa. Nós não iremos com você.

— Dinah, Dinah... — Dr. Cowell caiu na gargalhada na minha frente, maneando a cabeça em negação. — Não é uma armadilha, querida! Se eu quisesse separar vocês, já teria dito. É mais divertido quando as pessoas lutam. Além disso... Eu quero ver você socar o Eric novamente!

— Eu vou levar a Normani. — declarei, com os olhos semicerrados e com a voz firme. — Não me importo de ter caras assustadoramente grandes, tanto na minha frente ou atrás de mim, mas eu vou levar a Normani. E se algum deles tocá-la, então eu vou...

— Você pode carregá-la. — Simon me interrompeu, ainda rindo da minha cara como se eu fosse algum tipo de piada. — Nós não vamos tocá-la.

Uma vez que eu me coloquei de pé, peguei o casaco de Normani e gentilmente tomei a minha menina gatinho nos braços de novo. Normani alegremente se agarrou a mim, no estilo noiva.

Allyson liderou o caminho, mantendo Normani entre nós, mesmo estando no meu colo. Saímos da sala seguindo o Dr. Cowell, que nos conduziu pelo corredor com um dos homens ao seu lado, enquanto os outros dois estavam atrás de nós. Era como se todo aquele corredor fosse feito de pedra.

— Isso p-parece co-coisa de filme... N-não é muito original! — Normani comentou, fazendo uma careta.

Dei um sorriso divertido ao ouvir as palavras da minha pequena, porém, sem deixar de fitar os caras ao nosso redor. Finalmente chegamos a uma sala onde o Dr. Cowell abriu e acenou para que nós entrássemos.

Tivemos o prazer de descobrir que essa sala era bem melhor do que a outra. Ainda era feita inteiramente de cimento, mas tinha um pequeno anexo que era o banheiro, havia um sofá e outra bandeja com comida e garrafas de água. Ally correu para o banheiro enquanto eu colocava a garota de pele negra no sofá, e depois fui falar com o Dr. Cowell.

Ele fechou a porta atrás de si, deixando os homens do lado de fora.

— As vezes eu me pergunto o porquê de pagar esses malucos.

— Eles trabalham para você?! — arregalei os olhos, engolindo em seco. — O homem que machucou o pescoço da minha gatinha...

— Sim, o Eric. Ele trabalha para mim. — ele me interrompeu, assentindo, e começou a rir. — E você quebrou o nariz dele.

— Ele mereceu. — rosnei, trincando o maxilar e respirando pesadamente.

— Bom... Meus homens estão vigiando a porta para que o Arin não tente nada idiota. Como eu disse antes, estou do seu lado até que Arin me pague. Meus homens não farão nada do que ele pedir até que eu concorde, ou seja, sem mais acidentes envolvendo estrangulamento.

— Se isso acontecer de novo... Eu juro que você vai perder um dos seus funcionários.

— Entendido, mamãe gato. — dá pra acreditar nisso que ele falou? E ainda por cima riu como se tivesse graça?

— Eu só me preocupo com ela porque a amo!

— E eu sei disso. Leve sua bebê machucada até o banheiro, há Germ-X lá, sei que a garota cacheada odeia germes... Ela gosta de estar limpa.

Assenti e vi Allyson saindo do banheiro, e Normani tentou se levantar. Dr. Cowell saiu rapidamente sem se incomodar em se despedir, então, me apressei em ir até minha namorada, a pegando no colo mais uma vez.

— Sua gatinha boba! Seu tornozelo está machucado, amor, eu vou te levar até o banheiro.

— Eu nunca mijei tanto em toda a minha vida! — Ally anunciou, examinando alguns dos alimentos que estavam sobre a mesa enquanto eu me encaminhava com Normani até o cubículo.

— O que é mi-mijar? — Normani perguntou, fazendo a típica – e adorável – careta confusa, sua voz lamentavelmente rouca.

— É outro modo de dizer que precisa fazer xixi. — informei a ela.

Nota mental: perfurar Allyson nas costelas por falar palavras feias perto de Normani. Ela definitivamente não precisava aprendê-las.

— Normani precisa mijar! — não pude deixar de rir com a carinha de Normani ao falar aquilo, ela estava sorrindo, orgulhosa, sequer sabia como aquela palavra soava errada em sua boca.

A coloquei no chão com cuidado, dando-lhe tempo para se equilibrar e tirar as calças. Virei-me de costas para dar privacidade a ela.

— Amor, você pode dizer que precisa usar o banheiro ou que precisa fazer xixi, são opções bem melhores.

Normani terminou de fazer o que precisava e franziu o cenho, girando em círculos no mesmo lugar.

— Onde está a p-pia? Normani precisa se lavar!

— Aqui, princesa... — comecei a procurar o frasco de Germ-X que Simon disse que estaria ali. — Há outras coisas que podemos usar para limparmos as mãos...

Normani achou o tubo na mesma hora que eu, e se abaixou para pegá-lo antes que eu pudesse ajudar. No entanto, quando ela se agachou, ela praticamente congelou e engasgou em surpresa.

— O q-que é isso?!

— Gatinha, o que você está fazendo? O que foi? — perguntei-lhe, indo até ela, mas ela começou a acenar tragicamente com as mãos.

— Olhe, Dinah!

Eu me agachei ao seu lado e ela apontou novamente para o que tinha achado de tão extraordinário. Era um pequeno grilo que estava no chão, o que era curioso, já que ainda estávamos no inverno. Mas o pequeno inseto estava ali, vivíssimo.

Normani olhava o pequeno inseto com total admiração, estendendo o dedo para tocá-lo, hesitante. Para mim não foi surpresa o que o grilo fez, ele pulou. Normani não esperava que ele fosse se mexer, então ela soltou um grito de surpresa e se agarrou a mim, confusa. Eu acabei caindo de bunda no chão e a menina foi se enfiando no meu colo, olhando para o inseto com os olhos arregalados.

— É apenas um inseto, princesa! — exclamei, e juro que tentei, ao máximo, não rir na frente de Normani e fazer com que se sentisse boba ou envergonhada, ou os dois, mas foi inevitável. — Veja, é um grilo!

— Ele foi mau com Normani! Ele saltou... Em mim! — Normani disse, assustada, apontando na direção do grilo.

— Isso é o que os grilos fazem. — expliquei, deixando um beijo em sua testa. — Cada inseto faz uma coisa, os outros fazem coisas diferentes.

— Dinah? Como eles se abraçam?

Arqueei as sobrancelhas, pega de surpresa com mais uma pergunta extraordinária que vinha da pequena garota, e dessa vez eu realmente gargalhei, alto.

— Ah, Normani, as coisas que você fala... — balancei a cabeça em negação, rindo nasalmente. — Eu não sei, mas eu prefiro abraçar a minha gatinha.

— Sua gatinha. — ela concordou, ates de acrescentar. Grilos são bobos!

— São, amor, são sim.

— Grilos... Normani n-não p-pode p-pegar... — a menor apontou para o Germ-X.

Peguei o frasco e peguei suavemente a mão da garota, com a palma para cima. Coloquei uma certa quantidade do álcool em gel e o tampei.

— Esfregue as mãos para matar os germes do grilo, bebê gatinho.

Normani fez o que eu disse, mas seu olhar caiu sobre a minha mão. A região onde eu havia usado para socar a cara do tal Eric estava bem vermelha, arranhada e alguns arranhões até sangraram um pouco.

— P-pobre Dinah de Normani! Você tem um machucado! Está doendo?

— Está tudo bem, amor. — assegurei, deixando que a pequena examinasse a minha mão.

Ela a pegou entre as dela, segurando-a como se fosse extremamente frágil, quebrável. Ela a levou até seus lábios e beijou delicadamente as juntas, então, seus olhos se arregalaram.

— Normani tem algo p-para Dinah!

— Onde está, amor? Em casa? — me coloquei de pé e a trouxe comigo, a aconchegando em meus braços. Em hipótese alguma eu a deixaria andar.

Saímos do banheiro e encontramos Ally praticamente desmaiada no sofá, só me restou sentar com Normani em meu colo na parte livre, essa era a parte boa de Ally ser tão baixinha, ela não ocupava o sofá inteiro. Normani começou a procurar nos bolsos do casaco, com a testa franzida, novamente tomando minha mão entre as dela, até achar a atadura decorada que eu fiz para ela há bastante tempo.

— Você ainda guarda isso? — arregalei os olhos, mais uma vez me surpreendo com a mais baixa e todo seu carinho.

— Ela diz q-que Dinah ama Normani...

— E ela diz a verdade. — eu a puxei para mais perto, acariciando meu rosto entre seus cabelos negros. — Dinah ama Normani, tanto...

Normani sorriu, virando a cabeça para pressionar um beijo animado e desajeitado em meus lábios. — Normani ama sua Dinah!

Ela se afastou, segurando a atadura como se quisesse imobilizar a minha mão, porém, eu obviamente não deixei. — Minha mão está bem, amor, que tal colocarmos no tornozelo machucado da gatinha?

Normani fez cara feia, mas eu a roubei um beijo, fazendo com que suas bochechas ficassem coradas. Ela tirou o tênis e puxou a perna da calça para cima para que eu pudesse imobilizar seu tornozelo com a faixa colorida.

Quando terminei, Normani voltou a se aconchegar a mim e eu pressionei meu nariz contra sua bochecha. Ela suspirou, sua mão acariciando a minha clavícula.

— Dinah ainda n-não quer q-que Normani esteja aqui?

— Eu queria que nós estivéssemos em casa. — respondi, em voz baixa, eu não queria soar rude com a pequena. — Eu quero estar com você, todos os dias... Mas não queria você aqui, por causa dessas pessoas e dessas coisas. Era o que eu mais temia... — as pontas dos meus dedos escovaram seu pescoço roxo. — Isso me assustou, amor...

— Você estava com medo? — Normani me perguntou, em toda a sua inocência.

— Eu estava apavorada! Quando vi que o cara tinha te machucado, quando vi você caída no chão, sendo simplesmente jogada lá sem mais nem menos, eu corri até você... Mas o outro cara tentou me impedir e por isso eu soquei a cara dele, e machuquei a minha mão.

— Mas... Normani n-não entende... Normani está bem!

— Graças a Deus você está, amor. — fiz questão de me assegurar que seu corpo estava bem aconchegado ao meu. — Mas na hora tudo que eu conseguia pensar foi: aquele cara matou a minha bebê gatinho, e isso me fez ficar apavorada.

— Normani n-não está morta... Dinah não está morta. Dinah não p-pode ser morta!

— Eu sei, eu lembro, princesa. — sorri. Eu faria de tudo para não deixar que nada atrapalhasse o bem-estar de Normani.

— Vamos cantar o alfabeto! — a própria Normani sugeriu que mudássemos de assunto.

Nós estávamos abraçadas no sofá daquela sala de cimento, e, honestamente, eu não sabia como poderíamos escapar dali.

Para alegrar as coisas, Normani e eu cantamos o alfabeto todo, várias e várias vezes a seu pedido. Eu até ignorei a falta do "K" para que a menor não se sentisse mal. De alguma forma, nós duas conseguimos cair no sono enquanto cantávamos, ainda abraçadas.

Tudo estaria bem enquanto Normani e Ally estivessem seguras, e nós ainda estivéssemos juntas.



Notas:

Eu sei, sei que demorei, mas eu prometo tentar tirar o atraso dessa fic enquanto ainda estou de férias!

Voltei com algo tranquilo, mas não fiquem mal acostumados porque as coisas ficarão um pouco mais tensas no próximo, e a tendência é só piorar...

Me perdoem pela demora e eu prometo que volto!

Para mais xingamentos do que eu já recebi o meu tt tá na bio, mas vou jogar ele aqui também: fabnizer.

Prometo que vejo vocês logo, e podem me cobrar pra voltar!

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