Não Acredito Em Signos

By GioviSouza

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Julia Silva é totalmente cética - como uma boa virginiana com certeza seria. Enquanto seus amigos - e todos à... More

Boas Vindas!
1. Virgem
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3. Áries
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18. Câncer
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20. Leão
21. Leão
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23. Libra
24. Libra
26. Escorpião
27. Escorpião
28. Escorpião
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30. Sagitário
31. Sagitário
32. Sagitário
33. Sagitário
34. Sagitário
35. Capricórnio
36. Capricórnio
37. Capricórnio
38. Capricórnio
39. Aquário
40. Aquário
41. Aquário
42. Peixes
43. Peixes
44. Peixes
Epílogo
Agradecimentos

25. Libra

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By GioviSouza

Tati e Carol resolveram fazer um bolo para comemorar o aniversário de Lola à meia noite daquele dia. Percebendo que elas não precisariam da minha ajuda, resolvi deitar um pouco no quarto onde meu irmão esteve e descansar o que eu sabia que não descansaria durante a noite já que todos fariam questão de aproveitar cada segundo antes dos pais de Gui virem nos buscar em seus carros.

Era verdade que eu não conseguira pregar os olhos e não demorou muito para meu irmão vir ver se eu precisava de algo. Dei um meio sorriso para ele e chamei para se sentar ao meu lado.

- Está tudo bem? - Ele quis saber, pegando um dos travesseiros ali e virando o corpo de frente para o meu.

Continuei deitada, olhando-o por baixo enquanto pensava se deveria desabafar.

Davi nascera naquele signo e com certeza saberia o que dizer, certo? Mas não sabia se aquilo seria um incômodo, se poderia estragar a sua viagem.

De qualquer modo, ele insistiria em querer que eu me abrisse, então era melhor que eu dissesse o que precisava ser dito de uma vez por todas.

- Como consegue ser monogâmico? - Perguntei enquanto me ajeitava, apoiando o cotovelo no travesseiro e a cabeça em minha mão. - Não consigo me decidir em ficar com apenas um deles.

Meu irmão riu baixo e olhou para as próprias mãos que pareciam ocupadas em mexer com um fio solto da sua fronha. Então seus olhos procuraram pelos meus, um sorriso esperto nunca deixando os seus lábios enquanto respondia às minhas dúvidas:

- Eu me apaixonei, Ju. Estou amando a sua amiga. - Deu de ombros e eu podia ver suas bochechas corando pouco a pouco pela revelação dos seus sentimentos por Lola. Era fofo de se ver. - E você pode não estar apaixonada por nenhum deles, por isso não consegue se decidir.

Seria mesmo por isso? Franzi o cenho, pensando sobre o que o garoto havia dito e não acreditava que poderia ser aquilo. Eu gostava mais de um do que do outro? Me importava mais com um do que com outro? Não estava amando nenhum dos dois verdadeiramente?

Talvez eu estivesse sendo egoísta ou não estivesse pensando muito bem sobre tudo aquilo, mas realmente não queria me fixar à apenas um deles. Eu queria ambos e se estava tudo bem para eles, para mim também estava.

Ser Libriana estava sendo mais complicado do que eu imaginava quando se tratava de romance.

- Não me leve à mal. - Meu irmão tocou meu braço, chamando minha atenção. - Eu ainda acho outras garotas bonitas, mas nenhuma delas é a Lola. - Davi deu um longo suspiro antes de continuar. - Heloísa é diferente de todas elas. Essa garota desperta em mim sentimentos que eu nunca havia experimentado antes.

Por um momento eu senti inveja do meu irmão. Inveja por ele sentir algo tão gostoso como o amor. Eu queria sentir aquilo, queria ter por qualquer um dos dois, por Matheus ou por Thomás. Só queria sentir.

- Talvez o Universo queira que eu passe pelo signo de modo mais estereotipado possível. - Dei de ombros, me sentando na cama e ajeitando os cabelos. - Sendo uma perfeita Libriana.

- Talvez. - Davi pressionou os lábios em um sorriso compreensivo, tocando meu braço e acariciando em um consolo.

- Atrapalho? - A voz de Matheus preencheu o ambiente.

Nossos olhares se encontraram em um primeiro momento e eu notei que ele estava genuinamente preocupado comigo. Sorri para ele, tentando mostrar da melhor forma que tudo estava bem - mesmo que no fundo não estivesse. Então seus olhos encontraram os de meu irmão por um breve segundo antes de Davi se levantar.

- Acho que essa é a minha deixa. - Meu irmão sorriu para nós dois antes de sair, dando dois tapas no ombro do amigo.

Matheus fechou a porta atrás de si e se aproximou da cama, sentando onde antes estava meu irmão.

- Está tudo bem, Ju? - Perguntou, tocando uma de minhas mãos e colocando entre as suas em uma carícia despretensiosa.

- Tudo bem. - Assenti algumas vezes, olhando em seus olhos para tentar passar credibilidade. - Só vim deitar um pouco pra ficar descansada pra virar a noite.

- Tem certeza? - O garoto semicerrou os olhos na minha direção, fazendo revirar os meus próprios.

- Tenho. - Me levantei, puxando sua mão para que ele se levantasse, vendo sua resistência. - Agora vamos, já perdi o sono mesmo.

- Espera. - Ele reclamou, me puxando para si e abraçando minha cintura. - Vamos ficar um pouco aqui.

Mordi o lábio inferior e acatei ao seu pedido. Passei uma perna de cada lado do seu corpo e colei meus lábios aos seus, sendo muito bem recebida.

Matheus deitou seu corpo na cama e eu o acompanhei, sem separar nossos lábios do beijo calmo que havia se iniciado. Suas mãos atrevidas passeavam por meu corpo sem permissão e eu não me importava. Me sentia desejada a cada toque seu, a cada indício de intensidade colocado naquele beijo.

Sem controle sobre meus movimentos, procurava aliviar a tensão instalada no meu baixo ventre com a fricção de nossos quadris. Já podia sentir o quão animado ele havia ficado com o nosso contato.

Não me lembrava de ter intimidade com Matheus como naquele momento, como já havia tido com Thomás. Aquilo era novidade entre nós dois e eu estava adorando levá-lo ao limite. Foi quando percebi que estávamos próximos dele que eu resolvi separar nossos corpos, me levantando e indo em direção à porta.

Com a mão na maçaneta, olhei para o garoto por cima do ombro e o encontrei apoiado nos antebraços e completamente atordoado. Um sorriso malicioso e vitorioso nasceu em meus lábios enquanto eu proferia a seguinte frase:

- Te vejo na sala. - Pisquei na sua direção e saí dali.

Eu queria me entregar à ele, mas não via sentido em fazer aquilo ali enquanto ainda estávamos na presença de Thomás. Jamais faria aquilo com nenhum dos dois quando o outro estivesse presente.

Bom, a Julia Libriana sóbria não faria, mas tudo poderia acontecer até o fim daquela viagem.





Já passava da meia noite e aquele era o nosso último dia para aproveitar ao máximo aquela viagem. Havíamos feito o pacto de não dormir e todos estavam cientes de que, se um de nós dormíssemos, os outros fariam questão de fazê-lo sofrer as consequências.

Tati e Gui passavam a maior parte do tempo entre comer bolo e jogar vídeo game enquanto Lola e Davi interagiam vez ou outra, mas boa parte do tempo estavam preocupados em trocar carícias.

Carol era quem preparava as bebidas e vez ou outra recebia a minha ajuda ou de Tati. Matheus e Thomás trocavam algumas frases sobre o jogo de Tati e Gui ou sobre o narguilé que fumavam. Já comigo os garotos comentavam sobre algo que tínhamos em comum na maior parte do tempo.

É verdade que com Matheus eu tinha em comum o meu irmão e o colégio, enquanto com Thomás eu havia criado um laço mais forte e sabíamos mais um do outro, sendo assim acabava conversando mais com o garoto cacheado.

Em algum momento passei a me sentir sufocada por isso fui para a varanda me sentar em uma das cadeiras e olhar para o mar. Tínhamos uma vista privilegiada, era verdade e eu agradecia por aquilo, pois naquele momento eu precisava analisar as ondas se quebrando para me acalmar. Sabia que meu sufocamento se devia à minha escolha.

Matheus ou Thomás.

Dois garotos tão diferentes e uma escolha a ser feita.

Eu tinha mesmo que escolher?

- No que está pensando? - A voz de Thomás me despertou do transe.

Apoiei o copo na mesa e me levantei, sorrindo para ele.

- No quanto o mar deve estar frio. - Menti, entrelaçando os braços em seu ombro.

Pouco e pouco nossos passos se confundiram e ele empurrou meu corpo com o seu para me recostar no muro baixo da varanda. Nossos lábios se roçavam enquanto eu procurava pelo início de um beijo.

Não me importava se alguém pudesse nos ver. Na verdade, duvidava que vissem já que as luzes da varanda estavam apagadas e estávamos em meio à penumbra.

Iniciei o nosso beijo com calma, sentindo seus lábios nos meus, tocando-me com devoção e desejo. Suas mãos pousadas em meu quadril puxavam meu corpo para si enquanto as minhas se ocupavam de acariciar seu cabelo solto.

Com os pensamentos nublados, não percebi a presença de um outro alguém. Apenas quando uma terceira mão tocou a base da minha coluna e novos lábios passaram a beijar meu pescoço foi que eu percebi que não estávamos mais sozinhos.

Separei meus lábios dos de Thomás e toquei a nuca desnuda do outro garoto, percebendo ser a única pessoa que poderia estar ali, envolvido em nosso momento: Matheus. Seus olhos encontraram os meus e, em um ímpeto de coragem - ou falta de sobriedade -, eu beijei seus lábios.

Podia sentir a tensão de Thomás, sabendo que ele nunca imaginava que eu fosse fazer aquilo, mas logo relaxando e entrando na brincadeira. A bebida havia nos deixado leves e sabia que não estaríamos naquela situação se estivéssemos sóbrios.

Foi a vez dos lábios do cacheado beijarem meu pescoço e brincarem com a minha orelha, me fazendo derreter nos lábios de ambos. Agradecia aos céus por não estar no signo de Escorpião ou estaríamos tendo esse momento em uma cama e não na varanda.

Ainda sem descolar os lábios dos de Matheus, puxei Thomás para se fundir àquele momento. E então estávamos tendo um beijo triplo, confuso e molhado, mas muito excitante. A resistência veio por parte do Pisciano enquanto o Aquariano parecia disposto a tentar.

Descolei os nossos lábios e finalizei selando meus lábios aos de cada um deles.

Sem me preocupar em dar qualquer satisfação, voltei à sala e passei a dançar ao som de um música que havia sido colocada por Carol, que prontamente se juntou à mim.

Logo o momento havia se passado e todos haviam voltado às suas funções naquela viagem, como se nada tivesse acontecido.





Estávamos cansados demais para ir à escola na segunda feira, por isso todos faltaram sem pestanejar.

Havíamos ficado sem dormir sábado e domingo, não dormindo sequer na volta para casa, ainda animados com aquela viagem. Desse modo tínhamos muito sono atrasado para ser colocado em dia.

Matheus, Thomás e eu não voltamos a mencionar o beijo triplo, fosse a sós enquanto trocávamos beijos pelos cantos escondidos ou em meio ao nosso grupo de amigos. E eu agradecia por aquilo, já que não saberia explicar até que ponto aquilo tudo fora bom ou ruim.

Sabia que boa parte de mim dizia que havia sido bom e que queria repetir a experiência, mas outro lado - quase insignificante - gritava sobre o quanto aquilo era errado.

Decidi que precisava comprar algo para alimentar à mim e meus irmãos, já que meus pais haviam ido jantar em um restaurante com Tuti no domingo, não deixando muito para nos servir no almoço.

Já eram quatro horas da tarde quando eu chamei meus irmãos para comer pão francês com patê de atum. Estava sem criatividade para fazer algo mais elaborado. Tuti pegou seus pães e foi até o quarto, alegando estar procurando por um estágio e eu resolvi não incomodá-lo, então eu e Davi resolvemos comer em frente a TV.

- Você foi buscar pão assim? - Davi questionou, me fazendo olhar para a minha própria aparência em confusão.

- Estou desleixada? - Franzi o cenho.

- Está arrumada até demais. - Meu irmão riu, mordendo um pedaço de pão.

Revirei os olhos, balançando a cabeça em negação e rindo, sabendo que aquela era uma das características daquele signo e que ele mesmo adorava se vestir bem para buscar um chiclete na padaria.

Decidi não comentar nada e voltei a assistir a série que passava na televisão, continuando a passar um tempo de qualidade com o meu irmão.

"Então vamos lá, me deixe te entreter"


xx

N/A: O que acharam da Julia Libriana? Eu, como uma boa Libriana, achei que representou bem.

O que será que ela vai aprontar em Escorpião, hein?

Estão gostando?

xx



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