De Fã para Amante

By IludidaKar

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Camila Cabello tinha várias certezas em sua vida, mas uma era irrevogável: Amava condicionalmente Lauren Jaur... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Penúltimo Capítulo.
Último Capítulo.

Capítulo 11

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By IludidaKar


— Semana que vem está ótimo, Lauren. — John dizia ao movimentar o seu copo de uísque, fazendo com que os cubos de gelo tilintassem pelo cristal. Ele estava um passo de estar bêbado, mas ainda assim, tratava de negócios.

A reunião tinha se transformado em uma festa completa. Todos estavam ansiosos e felizes por compartilhar esse momento com a cantora, mas a presença que sobressaia a todos, com certeza era de Camila. Automaticamente os olhos de Lauren buscaram pela brasileira, a menor estava com a expressão estranha beirando o cômico, parecia discutir alguma coisa com um dos seus amigos, o Alexander, um amigo compositor e querido de Lauren que sempre carregava um violão para cima e para baixo. Ele adorava compor, tocar e cantar, aparentemente, ele e Camila buscavam uma música em comum para animar mais a festa.

Camila estava bêbada. Era mais do que nítido isso, a maneira em que os olhos castanhos estavam meio desfocados, a expressão risonha, a franja colada na testa levemente suada, os olhos meio apertadinhos, suas gesticulações afobadas e a voz em um tom mais alto que o habitual. Completamente bêbada, porém, feliz.

Constatou Lauren, com um meio sorriso. Estava de olho em sua pequena, apesar de ser uma festa, ela não queria que Camila passasse mal ou coisa parecida, apesar que a própria Lauren não tinha muita coordenação nesse momento, estava tão bêbada quanto, mas mesmo com todo o seu torpor, a Camila seria prioridade em seus cuidados.

Relaxou um pouco quando viu a Camila saltitar com algo e gargalhar feliz, parecia que ela e Alexander tinha encontrado uma música.

Lauren cerrou os olhos por uns segundos com aquele som. Cristo. Como ela queria dar o mundo para aquela garota. Queria colocar um dedo no anelar esquerdo de Camila, queria dar-lhe o seu sobrenome e todo o seu amor. Assustou-se um pouco com pensamento, mesmo sabendo que entre ela e Camila tudo estava fluindo rápido demais.

Ela abriria mão de tudo para ficar com a Camila?

Sua resposta veio em segundos quando por alguma razão, Camila a olhou, presenteando com um sorriso lindíssimo, quase uma pintura de tinta e óleo. A mexicana suspirou antes de devolver o sorriso, Camila a deixava romântica, e melosa.

E sim, ela abriria a mão de tudo para ficar com a Camila.

A ideia lhe agradou bastante, apesar de saber que era apenas uma idealização. Infelizmente, a sua realidade era muito diferente de sua fantasia.

— Lauren, você está me ouvindo? — Insistiu John ao perceber que sua cliente e amiga estava divagando.

— Sim. — Lauren respondeu de pronto, relutando em afastar os olhos de Camila e mirar o seu empresário. — Semana que vem, é? Eu não sei se posso, tenho alguns compromissos políticos inadiáveis, quando o Cain estar viajando, tenho que comparecer nessas merdas.

John entortou a boca, desgostoso. Ele não aprovava esse casamento de Lauren com o Luís, achava que o mesmo estava apenas se aproveitando da situação e tentando se promover em cima da cantora. Algo que já tinha sido comprovado diversas vezes. John queria muito que Lauren se libertasse do Cain e vivesse a sua vida, voltasse a ser a mulher que já fora um dia... Mas, olhando para essa Lauren à sua frente, lembrava muito bem a Lauren de anos atrás que era cheia de vida e com ganas, não precisava olhar para a outra mulher na direção oposta da sala para saber que ela era a responsável por trazer a Lauren novamente a vitalidade.

Talvez, Camila Cabello fosse a salvação de Lauren Jauregui.

— Os seus fãs estão esperando por um longo tempo para o seu retorno, Lauren. Acho viável se focar um pouquinho em sua carreira e dá-lhes tanto o que eles necessitam e anseiam. Um final de semana aqui não lhe deixará em maus lençóis com o governador, sim? Aliás, você está aqui hoje. Pode estar aqui no próximo final de semana também. — John indagou, os olhos firmes nela.

Lauren aceitou uma dose de absinto. Não deveria misturar tanto as bebidas, mas estava feliz! Finalmente, o seu CD estava concluído, estava rodeada de pessoas que amavam e ainda por cima, Camila estava com ela, podia dar-se ao luxo de misturar.

— É bem simples, Laur. Basta você querer, não nadamos tanto para morrermos afogados antes de chegar na praia. — John insistiu.

Ela queria dizer-lhe que não era tão fácil assim. Queria dizer-lhe que estava sendo coagida pelo o Cain para participar dos eventos políticos, queria informa-lo que se não comparecesse, a sua irmã Taylor estaria em maus lençóis, que provavelmente perderia a guarda dos seus filhos e que conhecendo o Cain ele não permitiria que Lauren ficasse com a guarda provisória dos meninos, nem ela, muito menos os seus pais – esses que não se importavam com nada – já que esse seria o modo de castigar a Lauren por sua desobediência.

— Eu tenho que ver com a Tara primeiro, John. Ela está responsável por minha agenda, qualquer coisa relacionada com política, é com ela, infelizmente, eu não sei sobre os meus dias livres na próxima semana. — Respirou fundo, sentindo o desapontamento por estar presa nisso, então, retirou o celular do bolso. — Vou passar uma mensagem para ela, se eu estiver livre no próximo final de semana, com certeza estarei aqui.

De: Lauren: Tara, quero saber sobre a minha agenda para a semana que vem. Mande-me os compromissos, agora! Obrigada.

— Pronto. Agora é só aguardar.

— Não sei como você aguenta essa mulher, ela é tão tipo pombo. — John fez uma careta, bebendo o seu uísque e aumentando a careta ao perceber que bebera mais água do que álcool. — Pssssss. — Chamou o garçom e movimentou o copo, insinuando que queria outra dose.

Lauren aproveitou para virar a sua dose de absinto, fazendo uma leve careta e depositando o pequeno copo em qualquer lugar. Sua cabeça deu uma leve rodada. Ops. Provavelmente, era hora de se levantar e dançar para queimar o álcool do seu sistema. Levantou-se e tombou um pouco para o lado, mas riu debilmente, o seu celular encontrou o chão e ela franziu o cenho, adquirindo um bico ao perceber o quão era desastrada.

— Opa! — John riu ao pegar o celular e depois a segurar. — Acho melhor você assossega o rabinho aqui, está ficando de pilequinho.

— Camila. — Lauren balbuciou, achando interessante como as vogais brincavam em sua voz, nunca tinha percebido isso, era consciente como o nome da brasileira degustava em sua boca, mas agora tinha sido quase um doce derretendo em sua língua.

— Ela está bem. — John disse, fazendo a Lauren sentar-se novamente. — Quer água?

— Eu quero é tequila. — Lauren respondeu.

— Você está bêbada, querida. — John informou com carinho.

— Bêbada, e não caída. Você sabe que eu só paro de beber quando caio, literalmente falando, e se eu cair, eu continuo bebendo deitada! — Lauren riu, balançando a mão para o garçom.

John riu, porque sabia que Lauren era dura da queda. Ele tinha era pena de qualquer ser humano que tentasse competir quem bebia mais com a cantora, porque obviamente, a Lauren tinha um buraco negro ao invés de fígado.

Por isso que ele não a questionou, deixou que lhe entregasse uma dose de tequila para ela, enquanto, o mesmo pegava a sua própria dose de uísque. Ele olhou para a Lauren com carinho quase paternal, apesar de que não fosse tão velho assim, mas sempre teve sentimentos protetores com a Lauren. Ela era a sua garota, e sempre cuidaria dela como uma filha.

— Você gosta dela. — Não foi uma pergunta.

— Eu a amo. — Lauren respondeu sem pestanejar, os olhos voltados para a Camila, sentiu-se emocionada por vê-la. Ela tinha muito que agradecer aos céus, e uma dela era por permitir que ela estivesse viva para compartilhar esses momentos com a brasileira.

— Amor é uma palavra muito forte.

— É a única palavra que eu consigo expressar o que sinto pela Camila e ainda acho que é pouco. — Lauren murmurou, soltando um leve sorriso bobo. — Dói, sabe? Eu a amo tanto que parece que o meu peito vai explodir e o meu coração espatifará em inúmeros pedaços, só para eu amá-la em cada micropartícula que ele se transformará.

— Uau. — John estava impressionado, ele já sabia que Lauren sentia algo forte por aquela garota, mas não imaginou que seria nessa intensidade. — Você não acha que é muito cedo para sentir algo tão profundo assim?

Lauren o olhou, os esverdeados brilhando como pequenas estrelas em um céu escuro.

— Você acha que o amor tem um tempo estipulado? Que ele simplesmente espera acontecer? Não, meu querido John. — Lauren bebericou a sua tequila, gostou da sensação do álcool queimando os seus lábios e sua língua. — Eu não procurei por isso, muito menos esperei, simplesmente aconteceu... Como acontece em livros, filmes, novelas, fanfics... — Acenou com a mão. — Toda essas baboseiras escritas por pessoas que fantasiam por amor... Antes de conhecer a Camila eu achava que o amor era apenas se interessar por alguém e construir algo com ela, mas depois de Camila... — Ela sorriu. — Descobrir que amor não é apenas estar ao lado, é se doar, é se pôr no lugar do outro, ser unilateral, ser cúmplice e companheiro... É ter o seu coração e sua alma colada com o da outra pessoa porque você se transforma em apenas um. — Virou a sua dose, fazendo careta, as bochechas ficando avermelhadas. — E não, meu amigo... Não é cedo para sentir um sentimento profundo assim, porque o amor sabe a hora certa de acontecer, e aconteceu desde o primeiro momento que eu notei a Camila nas redes sociais, é predestinação.

John perdeu o fôlego com as palavras da cantora, ela falava tão tranquilamente que talvez, nem se desse conta da profundidade de suas palavras, mas o que ele conseguia enxergar ao olhar as duas era isso: Devoção, a promessa de um para sempre.

— Você a ama. — John sentenciou o óbvio.

— Eu a amo. — Lauren confirmou novamente, rindo.

— E vão ficar assim até quando? — Ele perguntou curioso.

— O quê? — Lauren virou o rosto para olhá-la.

— Você é casada e pelo o que me contou, ela tem namorado e estar apenas uma temporada aqui no México. O que vão fazer com todo esse sentimento? Que dizer, ela provavelmente deve sentir o mesmo por você já que te olha como se você fosse o próprio oxigênio para os pulmões dela.

O rosto de Lauren contorceu-se um pouco, como se ela sentisse dor.

— Desculpa, eu não queria entrar nesse assunto complexo. — John pediu com sinceridade, tocando levemente o braço de Lauren. — Eu só fui curioso e também porque me preocupo com o seu bem-estar, não quero que sofra no final de tudo.

Lauren apenas assentiu, mas o seu rosto continuou contorcido, o seu corpo tenso.

Futuro. Seis palavras capazes de transformar toda a sua vida.

A música animada que tocava de fundo foi silenciada e os acordes do violão do Alexander soou no ambiente, alguns se aproximaram para apreciar melhor, outros ficaram de longe, Lauren que antes já estava fragilizada pela pergunta do John, sentiu-se no chão... Principalmente quando Lights Down Low – Max Schneider soou pelo ambiente, fazendo o coração da mexicana errar algumas batidas porque a voz de Camila acompanhava ao do Alexander na música.

Futuro. Lauren puxou o ar profundamente pela boca e prendeu dentro de si, sentindo os seus olhos lacrimejar e o seu peito pesar. Sua boca estava rígida em apenas uma linha, ele ignorou o John ou qualquer personagem a sua frente, enxergando apenas a Camila que cantava com os olhos fechados, aparentemente emocionada.

A mexicana tentava não pensar em um futuro, porque o futuro fazia-lhe ter expectativa, mesmo que inconscientemente, e a expectativa é o que lhe mata quando a vida não a corresponde. Ela queria um futuro com a Camila, oh, ela queria muito... Lauren Jauregui queria tudo com Camila Cabello, desde uma casa, um animal de estimação e uma família... Jesus Cristo, como ela queria ter a oportunidade de envelhecer ao lado da brasileira, queria tanto que os seus ossos doíam como se tivessem sendo triturados com mãos.

Lauren fechou os olhos permitindo-se imaginar o futuro: Ela e Camila de mãos dadas andando em uma praia de uma areia muito branca e o céu tão azul e um sol tão brilhante que doía aos olhos, os seus pequenos dois filhos, um de três e o outro de quatro anos correndo na frente, juntando a areia entre gargalhadas angelicais, ambos sendo o misto dela e Camila... A menina com os cabelos tão negros como o céu ao anoitecer, os olhos esverdeados e a pele morena igual de Camila, assim como o sorriso... Ela era tão fofa e esperta que pregava peças no irmão... Já o menino era tão branco que quase poderia ser translúcido, a cabelereira castanhas com cachos grossos que bagunçavam graciosamente no vento, os olhos castanhos e um gênio um tanto difícil que mesmo assim a irmã conseguia contornar. Eles eram a mistura das duas. E o terceiro que estava por vim, e descansava no ventre protuberante de uma Camila que mais remava do que andava, viria para iluminar mais os dias de sua família tão abençoada. Atrás delas, dois pastores alemães corriam e latiam, ultrapassando-as e alcançando os seus filhos...

— Lauren? — Uma voz a chamou.

A cantora estava chorando, as lágrimas escorriam em abundância de seu rosto. Estava arrepiada, era como se a sua alma tivesse sido virada pelo avesso. Ela queria tanto que essa imaginação transformasse em verdade que sentiu os seus pulmões quase corromper de tamanho esforço que fazia para respirar. Antes de abrir os olhos, ela passou o dorso no nariz limpando qualquer líquido ali, então, fungou. Ao abrir, viu o John praticamente em cima dela e uma Camila que já tinha parado de cantar, mas a olhava avidamente de longe.

— Você está bem?

Lauren não respondeu ao John, apenas se levantou e caminhou até a Camila, apesar da música ter se encerrado, o Alexander tinha iniciado outra, ninguém reparou que a cantora andava com determinação até a brasileira, e se perceberam, ninguém se importou, eles estavam desencanados sobre o relacionamento de Camila e Lauren. Eles não julgavam, porque primeiro: Não era da conta deles, segundo: Não gostavam de Cain, e terceiro: Sentia o amor que elas nutriam ao se olhar.

Camila perdeu o fôlego quando a Lauren rompeu a barreira entre as duas, a mão da cantora segurou o rosto da menor em formato de concha, a brasileira roçou suavemente a sua bochecha na mão de Lauren, quase ronronando de prazer pelo carinho, enquanto, os olhos se encaravam em declarações tão conhecidas e marcantes. Elas esqueceram que existiam outras pessoas no recinto, elas esqueceram de tudo.

Os amantes de alma, principalmente do amor, como o Alexander, mudou rapidamente a música ao perceber o que estava acontecendo entre Camila e Lauren. Perfect Symphony – Ed Sheeran and Andrea Bocelli soou no recinto...

— Eu te amo, Camila Cabello. — Lauren disse baixinho, mas com emoção, os seus lábios a pouco centímetros de distância dos lábios de Camila. Os olhos grudados nos castanhos. — Nunca vou me cansar de dizer isto. Eu te amo com tudo que existe dentro de mim, você é além da garota que roubou o meu coração... Você é a garota que devolveu o meu oxigênio e me apresentou o verdadeiro significado da vida... Você é dona não apenas dos meus pensamentos, mas como também do meu coração e da minha alma. Eu me movo por você... — A mão livre de Lauren encostou no peito de Camila, bem ao lado esquerdo. — Aqui, onde existem as suas batidas, é onde a minha existência encontrou lar, e não importa o hoje, o amanhã, ou o depois, em cada batida do seu coração ou do meu, tenha certeza que o nosso amor está vivo e eterno... Mesmo se um dia, eu não estiver aqui, ou você... Saiba que o nosso amor vai sobreviver até quando a batida de nossos corações pendurar, você é a perfeita sintonia para a minha vida e alma... Você é meu tudo!

Camila sentia as lágrimas borrando em suas bochechas na medida que ia escutando a Lauren, para muitos, ali não seria o momento ideal de uma declaração por estarem rodeados de pessoas, mas quem amava e apreciava o momento sabia que a perfeição era criada por nós mesmos, independentemente se fosse à sós ou com pares de pessoas em sua volta, aliás, os outros eram apenas detalhes insignificantes quando os seus olhos enxergavam apenas o seu grande amor à sua frente.

Ela estava bêbada, isso era fato. Mas nenhuma bebida ou qualquer droga alucinógena poderia se comparar ao efeito de Lauren Jauregui em sua vida. A cantora lhe revirava pelo avesso e lhe proporcionava sentimentos e emoções que nem o maior pico da droga mais potente poderia lhe proporcionar. Ela sentia as reações de Lauren em todo o seu sistema e não podia estar mais feliz por isto. Camila moveu os braços, passando-os envolta do pescoço da maior, o seu corpo encostado no da maior, os olhos sempre conectados.

— Lauren Michelle Jauregui você é a minha existência. — Camila pronunciou, ela riu, bobamente. — Eu te amo pra caralho, iria perguntar se você tinha noção disso, mas depois dessa declaração, eu sei que sim... — Beijou o queixo da maior, dando-lhe uma leve chupadinha, deixando a área vermelha, divagou. — Eu amo quando lhe marco, quando a sua pele fica vermelha com o toque de minha boca ou dos meus dedos, você tem noção do quanto fica minha quando sua pele me reconhece como a sua dona?

Lauren resfolegou, porque o arrepio foi involuntário.

— Não sabia, mas gosto da maneira que minha pele corresponde a você, porque além do meu coração, o meu corpo sabe que só tem a ti como a minha dona, o que eu posso mais querer da minha vida? — Lauren perguntou, apertando a cintura delgada de Camila com as duas mãos.

— Pode me querer em um quarto, apenas eu e você, comigo de quatro... E você me fodendo por trás. — Camila murmurou maliciosa quase com os lábios encostado no de Lauren. Falava baixinho, apenas para a mexicana ouvir. — Não vou reclamar se minha bunda estiver ardendo com as suas tapas, se você estiver me comendo, foda-se o resto.

Lauren arregalou os olhos, mas o seu corpo esquentou com o pensamento.

— Camila! — Lauren exclamou, sem saber quando o momento fofo perdeu-se pra algo ousado e safado, mas gostou, tanto que puxou o corpo da menor mais para si.

— Lauren! — Camila exclamou de volta. — Beije-me agora ou me arraste para o banheiro ou qualquer saleta pra me comer novamente, como fez mais cedo, juro à você que a única reclamação que sairá da minha boca será pra gemer quando você estiver mais lenta.

Lauren abocanhou os lábios de Camila para o bem de sua própria sanidade. Não que a ideia de arrastar a menor para algum canto em que pudesse saciar os desejos dos corpos, já que as palavras da brasileira causaram um reboliço dentro da mexicana... É rebuceteio que se chama, né? A mente de Lauren estava recheada de imagens de Camila rebolando em seus dedos, em sua boca... E em outras coisas à mais.

Um fato: Ela iria foder a Camila, não seria apenas com a boca, língua e dedos... Mas também de brinquedos, e ela torcia, rezava e fazia quase penitência para que a brasileira usasse da mesma metodologia com ela.

Só de pensar no arsenal que tinha fazia a alma de Lauren tremer, não que fosse masoquista ou sadomasoquista, longe disso, mas a cantora gostava de brinquedinhos que esquentasse e proporcionasse um bom orgasmo, mesmo que fosse sozinha.

Esqueceu-se completamente do assunto quando a língua de Camila afundou-se em sua boca e exigiu atenção. As línguas se encontraram e elas se beijaram lentamente, esquecidas de um mundo externo, os seus corpos grudados em um abraço impossível até de passar o vento. Elas apreciavam os lábios de uma da outra, as suas línguas entravam em sinfonia, as instigando a continuar. Nem se deram conta quando

Alexander parou de tocar e cantar, e a música estérea voltou a soar no ambiente.

Ficaram assim, esquecidas do mundo até o John tomar partido e cortar o momento, não por maldade, mas porque queria que elas socializassem com os outros. Elas teriam a oportunidade de ficarem à sós – Como ele pregou.

Nesse meio tempo, Lauren recebera a resposta da Tara:

De: Tara: Sra. Jauregui-Cain, segue via e-mail as suas programações da semana. Perdoe-me a demora, tenha um bom final de semana.

Lauren estranhou, desde quando a Tara era educada com ela? Abriu o seu e-mail e suspirou ao perceber que a sua única folga era daqui há quinze dias, comunicou ao John que não gostou muito, mas como um bom empresário, adaptou-se a agenda complicada da cantora. Estava decidido: A venda dos CD's e tarde de autógrafo aconteceria em quinze dias. Providenciaria em soltar isso para os fãs, já tinha a livraria escolhida, seria bom para os fãs porque dariam o tempo aos mesmos se prepararem.

Iria entrar em contato com a livraria, e fim.

— Olha os mojitos... — Alguém gritou.

Camila ergueu os braços, feliz por ter algo à mais para beber, Lauren apenas a olhou, com o braço envolto da cintura da mesma. A mexicana lembrou-se que prometeu a Camila que iria levá-la para conhecer os pontos turísticos de Ciudad de México, quando fez a promessa, não achou que a reunião que o John organizou se transformaria em algo tão animado. Olhou bem para o semblante de Camila que estava iluminado, bem... Se Camila estava feliz, o passeio poderia esperar para amanhã...

•••

Camila queria morrer!

Sua cabeça parecia uma bomba presta a explodir, podia até escutar o tic-tac proveniente da mesma. Tinha bebido muito no dia anterior, porque tinha feito isso de sua própria vida? Nunca mais iria beber! Prometeu a si mesmo depois que sua cabeça girou em 90º. A única coisa que lembrava era de ela e Lauren tombando por um apartamento bem decorado e luxuoso, depois imagens dos corpos de ambas sendo jogadas no colchão que estava até agora. Provavelmente, todo o seu fogo interior que clamava para transar tinha sido corrompido por sua bebedeira, o que era uma merda, mas levando em conta de como estava, não teria aproveitado nada.

Resmungou baixinho, rolando o corpo pela cama de colchão macio, encontrando o nada. Estava sozinha. Okay, sem drama, provavelmente a Lauren deveria estar por aí, soltou um gemido ao perceber que estava nua, esperava que fosse a mexicana que tivesse tirado a sua roupa, não estava receptiva com a ideia de outro alguém lhe vendo nua, não que tivesse problema com o seu corpo, mas era questão de autopreservação mesmo.

Abriu os olhos, sendo atingida pela claridade, os seus olhos estavam molhados e ela os esfregou. Bufou pelas cortinas abertas e quase desmaiou com o seu bafo, definitivamente, precisava lavar a boca. Agonizou um pouco antes de afastar o edredom branco e sentou-se. A sua cabeça estava pesada e rodopiava um pouco, fechou os olhos e os apertou várias vezes, respirando fundo com um mantra: Eu não estou bêbada. Eu não estou bêbada. Eu não estou bêbada. Isso não impediu que sua cabeça girasse um pouco mais.

— Dá um tempo, okay? Eu dormir, inferno! Não era pra estar assim. — Camila resmungou consigo mesmo, apertando suas parentais.

Depois de vários minutos relutando contra si mesmo, ela conseguiu abrir os olhos. Hum, o quarto era bem organizado, apesar que o branco e o salmão predominava, o que era relativamente chato e ofensivo para os seus olhos. Desejou um chopp, não que fosse alcoólatra, mas o seu pai sempre dizia que nada melhor para curar a ressaca do que um copo de cerveja.

Olhou para o lado, sentindo o seu cabelo seguir o movimento, nem precisava tocá-los para saber que eles estavam duros e emaranhados. Isso só a água com um punhado de condicionador resolveria. Ainda não entendia as pessoas que conseguia retirar os nós dos cabelos apenas com shampoo, por experiência própria, os seus cabelos ficavam virados no satanás apenas com shampoo, tinha que ter o condicionador para deixá-los maleáveis, enfim, isso era apenas detalhe.

Os seus olhos focalizaram o seu celular conectado ao carregador, alguma alma caridosa – vulgo Lauren – tinha feito isso por ela. Ao pegar no mesmo, franziu o cenho ao ver tanta mensagem de Ally, tinha também do Pablo, de Sinu e amigos aleatórios.

Iniciou com prioridades:

"Oi filha, você está bem? Mamãe está com saudades! Ligue-me, sei que o seu trabalho é corrido, mas nada que impeça de informar a mulher que te colocou ao mundo que estar viva. Te amo!". — Sinu.

Camila sentiu-se mal por estar ausente com os seus pais, então, respondeu rapidamente, prometendo que ligaria para a mãe no final do dia. Depois, destinou o seu tempo em responder aos outros.

Por último, decidiu ligar para Ally.

Quatro toques...

Camila, onde você está? — Ally questionou afobada, aparentemente preocupada, o que causou mal-estar na Camila por proporcionar tal sentimento em sua melhor amiga, ela não queria que Ally sentisse nada de negativo correlacionado a ela nem ninguém.

— Você não vai acreditar! — Camila respondeu eufórica. — Eu estou em Ciudad de México, tudo começou na sexta e quando me dei conta, estava aqui no sábado.

Você está brincando? — Ally perguntou quase estressada. — Você tem noção que de Guadalajara para Cidade do México são quase onze horas de ônibus?

— Sim, que dizer, não. — Camila riu com sua própria confusão. — Não faço a mínima ideia, vim de helicóptero, demorou muito menos que isso.

Uau, então, sua amiga Bella é endinheirada? Porque você sair de Guadalajara para Cidade do México de helicóptero é pura ostentação. — Ally retrucou sarcástica, mas a Camila não percebeu.

Camila coçou os cabelos, acabou passando a mão aberta por sua franja, mas os fios retornaram para sua testa. Ela estava tão empolgada para contar a Ally que estava na Cidade do México que não se apegou aos detalhes. Agora não tinha como inventar uma desculpa para isso. Resolveu tentar a verdade.

— Não foi a Bella, eu estou com Lauren Jauregui, ela me trouxe para cá. É algo inusitado, eu posso explicar quando chegar e...

Ally interrompeu.

Explicar? Regalias não podem ser explicadas. Algumas pessoas nasceram viradas para a lua, o que não é o meu caso. — Ally resmungou dura. — Aproveitem os amigos ricos, nem é sempre que eles irão perdurar, infelizmente, algumas pessoas precisam dar duro para sobreviver, o que é meu caso. — Alfinetou.

Camila franziu o cenho, sentindo o mal estar pelo seu corpo.

— Eu também dou duro, Ally, ter a Lauren como uma amiga não influência o meu cotidiano. — Não profissionalmente, Camila quis dizer.

Obviamente que não, até porque você ser escolhida pelo seu professor para trabalhar com o marido de Lauren é apenas proveniente de sua capacidade. — Ally soltou o veneno.

O semblante de Camila endureceu.

— Você está falando como se os meus méritos se resumisse a minha amizade com a Lauren, ela não tem nada a ver com as minhas conquistas, se eu estou trabalhando com o governador porque me mostrei capaz para fazê-lo e meu professor reconheceu os meus esforços, não fale como se eu estivesse me aproveitando de algo, porque não estou. — Camila quase gritou, seu coração batia furiosamente no peito, estava indignada; — Você assistiu e ainda assiste a minha luta, não diminua os meus esforços nem me transforme em uma aproveitadora.

Silêncio. Ally permaneceu calada por vários minutos, Camila respirava ofegante, mas também não era capaz de dizer nada, pensar que Ally, a sua melhor amiga estivesse conspirando contra si, fazia o seu coração doer.

Pode até não ser, mas você tem que convir que sua contratação para trabalhar com Luís Cain é bem conivente, principalmente depois de sua amizade com a Lauren, não quero destruir o seu mérito, mas quem não garante de que a sua "conquista" seja apenas por indicação? — Ally soltou, sem se importar em ser mal, ela só queria proporcionar a devastação em Camila, não importasse como.

— Não tem nada a ver... — Camila queria dizer a Ally o porquê de não, queria explicar a sua situação romântica com a Lauren, mas não podia, algo ainda a bloqueava e o comportamento ácido de Ally a fazia refletir, será que algum dia deveria dizer algo a menor? — Se estou empregada são por meus méritos e não por amizade, já que Lauren nunca comentou sobre mim ao Cain, eu tenho capacidade, Ally, posso estar na minha graduação, mas sempre busquei crescer e ser grande, não é nenhuma amizade que vai me garantir algo.

Discurso bonito quando não condiz com a realidade. Enfim, vou fazer o meu almoço, até mais, se é que você vai voltar hoje, até porque né... Amiga de patrão dono se faz. Bye. — Desligou.

Camila prendeu a respiração por alguns minutos, será que a Ally sabia de algo? Isso era tão improvável! Não sabia o quê, mas o tratamento da pequena deixou-lhe mal, rapidamente lembrou de Dinah com o seu sonho estranho das rosas brancas manchadas de sangue. As duas só poderiam estar loucas! O sonho de Dinah jamais qualificaria na conversa com Ally, apesar da mente de Camila refletir sobre a maior avisando que Ally não era confiável, mas quem era que não confiava em Ally? Ao nascer, ela tinha sido programada automaticamente para ser adorável. Por tanto, o comportamento da menor lhe deixou confusa.

Ignorando o sentimento, largou o celular e levantou-se, nua, caminhou até uma porta branca na lateral que deduziu que era o banheiro. Respirou aliviada ao adentar no mesmo, tinha uma escova embalada e pasta de dente. Lavou o rosto na pia, percebendo as olheiras do seu rosto, em seguida, escovou os dentes para depois ir para a ducha. Estava sem paciência para banheira. Na medida que a água fria escorria de sua cabeça para o seu corpo, ela ia se sentindo muito melhor, o peso de sua cabeça estava melhorando consideravelmente. Usou do shampoo e condicionador disponível, ensaboou-se com um sabonete deliciosamente cheiroso que lhe causava bem estar.

Ao terminar o banho, enxugou-se com uma das toalhas bem dobradas disponíveis embaixo do lavabo, enrolou os cabelos com outra, e vestiu um roupão branco e felpudo.

Quando saiu do banheiro, encontrou Lauren deitada na cama com um robe curto que abria-se e mostrava mais ainda a perfeição das pernas torneadas e brancas. A imagem era sexy, os olhos esverdeados estavam mais claros, os cabelos levemente bagunçados. Mas o que mais prendeu a atenção de Camila foram os lábios avermelhados da mexicana que estavam mais vermelhos por conta do sumo do morango que a mesma comia distraidamente, enquanto, a despia com o olhar.

Camila podia até ver um gotinha escorrendo sorrateiramente pelo canto dos lábios de Lauren... Jogo baixo, todo o corpo da brasileira se esquentou com a imagem. Tanto que até ignorou a bandeja de café da manhã na ponta da cama.

Sem cerimônia, Camila retirou a toalha dos cabelos que caíram úmidos por seus ombros, jogou o tecido em qualquer canto do quarto, em seguida, desfez o nó do roupão sob olhares ferventes de Lauren que parecia no paraíso com a visão que estava preste a ter.

— Penteadeira. — Camila ordenou com a voz rouca de tesão, o roupão deslizando pelo seu corpo, mostrando os seus mamilos endurecidos de antecipação. — Vou te foder na penteadeira e você me dará na boca o meu café da manhã.

Lauren mordeu o lábio inferior, terminando de comer o morango. O seu corpo arrepiou-se perigosamente, enquanto, lentamente ela se levantava e mirava cada pedacinho do corpo de Camila com desejo. Caminhou até a penteadeira, sentou-se sobre a mesma, ficando com as pernas suspensas e afastadas, abriu o próprio robe e ele caiu pelos seus ombros, mas se manteve preso em seus quadris. A brasileira teria que desvendar o resto. E pela determinação que Camila uniu-se a Lauren, a mexicana sabia que disposição a mais nova teria demais...

•••

Foi um domingo produtivo.

Lauren levou Camila para conhecer quase todos os pontos turísticos da cidade. Elas se divertiram bastante e também tiraram muitas fotos. Cada uma tinha criado em seus celulares um álbum específico apenas para os momentos de ambas juntas.

Claro que na Cidade do México, Lauren tinha muito fãs e foi constantemente abordada. Curiosos, eles perguntaram sobre Camila, mas a cantora respondeu vagamente que era uma amiga e prendeu a atenção deles apenas em si. Não que tivesse vergonha da brasileira, mas sabia que as coisas ficariam complicadas se por ventura, uma foto sua com Camila surgisse na internet. Não tinha argumento para explicar ao Cain sobre a sua amizade com a Camila. Preferia não correr o risco.

Em pontos que a privacidade era total, elas agiam como verdadeiras namoradas. De mãos dadas, e beijando-se vez ou outra, o clima era suave e tranquilo. Elas estavam tão felizes que alguma coisa possivelmente estava errada, dando-se conta a situação delas.

Uma coisa era certa: Quando a felicidade era demais, prepare-se que alguma coisa de muito ruim acontecerá.

Obviamente que elas não estavam pensando sobre isso, enquanto, aproveitavam o dia quente de domingo. Elas não se preocupavam em nada, ao não ser curtir a companhia uma da outra. Depois do longo passeio, voltaram para o apartamento luxuoso que era do John e do seu marido Hugo. Elas prometeram que teria o chá da tarde com eles, e fizeram isso. Lauren ignorou algumas ligações, principalmente do seu marido e dos seus pais que estavam novamente no México e queria ter uma conversa com ela.

Lauren não era idiota, sabia que se os seus pais queria conversar com ela, apenas um motivo existia: dinheiro. Eles não eram pais atenciosos, talvez, nunca fossem enquanto visualizassem apenas a luxúria e riqueza. O que era uma pena, a cantora via o tratamento dos pais de Camila para com ela, mesmo por telefone, sabia que Sinu e Alejandro Cabello – que ela secretamente chamava de sogros – eram doces com a brasileira. Ela até sentia uma certa inveja porque o amor de pais, jamais reconheceria.

Tinha sido algo que afetará a Lauren com grandes proporções que mesmo com terapia ainda não era capaz de apaziguar a agitação dentro do seu peito. Quem é que não desejava ser amado e acalentado pelos pais? Era difícil por muitas vezes essa indiferença que Clara e Mike destinava a ela. Com o passar do tempo, tentava não ficar tão magoada pelo destrato, mas ás vezes, era difícil. Isso ocasionou a mudança do seu humor, ela não estava tão animada quanto antes e Camila percebeu isso, mas nada disso, não quando estava com John e Hugo no recinto, apesar de eles mostrarem serem amigos adorados para Lauren.

Quando estava de volta para Guadalajara, que Camila soltou:

— Você sabe que é amada e querida por mim e Mercedes, não é? Sei que não é muita coisa dando-se conta ao amor dos seus pais, mas estamos aqui para você e por você. Jamais estará sozinha porque o nosso amor rompe barreiras e falo com tranquilidade que eu e Mercedes somos capazes de tudo por você. — A mão da brasileira buscou a da mexicana e entrelaçou os dedos.

Lauren arregalou os olhos e surpreendeu-se pela perspicaz da brasileira, já que não tinha contado nada a menor.

— Como você sabe...? — Questionou ainda surpresa.

— Eu vi a mensagem, desculpe-me, eu não queria ser intrusa. — Camila apressou em dizer, mordendo o lábio inferior nervosamente, não queria que Lauren achasse que ela era invasiva. — Eu estava ao seu lado e acabei lendo a conversa, desculpe-me por isso.

— Tudo bem. — Lauren suspirou, colocando a sua mão livre em cima da de Camila. — Eu que quero me desculpar se o meu humor estragou o nosso domingo.

— Está brincando? O nosso domingo foi perfeito. — Camila acariciou o rosto de Lauren com muito carinho, enquanto, roçava suavemente o seu nariz com o da cantora, num beijo de esquimó. — Foi perfeito, Lauren. Eu não tenho o que reclamar desse final de semana, você me proporcionou diversas emoções diferentes e também diversões, eu não consigo imaginar um final de semana melhor. Eu te amo e me sentirei muito mal se você começar a se alto flagelar por achar que não correspondeu à expectativa, porque você fez demais...

Lauren sorriu verdadeiramente. O primeiro sorriso depois da rápida conversa por mensagem com os seus pais.

— Eu te amo... Oh, Cristo, você é tão perfeita... — Lauren murmurou ao se aproximar e capturar os lábios da brasileira em um beijo...

•••

Wish I Had No Expectations...

Algumas pessoas preferem não criar expectativa, porque ela é capaz de transformar um acontecimento, é capaz de nos cegar e nos fazer criar um mundo completamente distinto da nossa realidade. As expectativas nos fazem fantasiar e ignorar completamente os sinais, até porque quando se criamos expectativas, as suas crenças estão jorradas sobre elas.

Expectativas é aquilo que você quer, o que você anseia... Algumas pessoas preferem viver sem elas, mas o que seria uma vida sem expectativas? Apesar de causarem dores terríveis quando não são correspondidas, são elas que nos movem, que aquecem os corações e nos trazem esperanças. Se for olhar direitinho, a nossa vida gira em tornos de expectativas... Expectativa de trabalho, ou quando tem o trabalho, tem a expectativa do reconhecimento e de ser o melhor. Expectativa no amor, principalmente quando conhece alguém e faz um plano de futuro, ou se estar com alguém, tem aquela expectativa que dure para sempre. Expectativa de ganhar aquele bolão ou acertar na Mega Sena. Até mesmo expectativa de experimentar uma roupa e caber, ou ir em um restaurante e encontrar um prato ou uma sobremesa que deseja... A vida é uma eterna expectativa.

E na base da expectativa que Lauren sobreviveu por essas semanas. Tanto no trabalho como na sua vida amorosa. Tinha cumprido todo o seu papel de primeira-dama, ainda tinha curtido um tempo com Camila. A brasileira continuava atarefada, mas sem a presença do Cain era mais fácil para ambas se encontrarem, já que Lauren não tinha nenhuma obrigação de estar na mansão, então, elas se encontravam no apartamento da cantora que já tinha disponibilizado uma chave para a brasileira, então, era comum Lauren chegar e encontrar a Camila preparando a janta, ou o contrário. Elas transformaram aquele apartamento em seu lar.

Ali, elas fugiam da realidade e entregavam-se a expectativa. Ali, elas eram um simples casal completamente apaixonado que não conseguia e não sabia viver uma longe da outra. Ali, era o refúgio, era a segurança, era o ninho de amor.

Por muitas vezes, Camila levava trabalho para o apartamento, o seu relacionamento com a Ally estava um pouco espinhoso. A pequena continuava soltando algumas indiretas, ela não sabia o que dava aquele comportamento de sua amiga, mas achou que era TPM, ou algo similar. Ela tentava não se focar muito nisso porque era um assunto que lhe magoava, quando perguntava a Ally que existia algo de errado entre elas, a resposta sempre era a mesma: Não, não existe nada. Então, a brasileira afundava-se no trabalho, e relaxava com Lauren.

Lauren estava começando a ficar enfezada pela sobrecarga que Camila tinha com o trabalho. Era muitas coisas, e a maioria deveria ser competência de Jesus Puente, a sua paciência estava a ponto de explodir por saber que o professor estava sobrecarregando Camila com a desculpa que era aprendizado. Ela disse a si mesmo que não iria se intrometer nas questões profissionais da brasileira, mas não achava justo que a mesma tivesse se matando, enquanto, Jesus ganhava reconhecimento pelo trabalho árduo da menor. Sentia-se raivosa pela exploração, o que a fazia pensar... Quantos estagiários sofriam a pressão e exploração dos seus chefes? Mas isso iria mudar. Nenhum estagiário no escritório do Cain iria sofrer abuso de poder, não, enquanto, ela fosse a primeira dama.

Estava indo até o gabinete do Cain, enquanto, olhava em sua agenda os seus horários. Era sexta-feira à tarde, ela teria a tarde de autógrafo no sábado de manhã, até pensou em ficar para conversar com a sua família, mas tinha um grande detalhe que impedia: Era o aniversário de Camila. A brasileira até iria acompanhá-la para a tarde de autógrafo, mas a Ally presenteou Camila com um dia de SPA, a menor queria recursar para acompanhar Lauren, mas sabendo a situação complicada que estava com a melhor amiga, resolveu aceitar. Por debaixo dos panos, Ally estava fazendo uma festa surpresa para Camila que ironicamente Lauren tinha recebido o convite.

Ela confirmou a sua presença, mas tinha reservado uma viagem para Bahamas de três dias com a Camila para comemorar o aniversário apenas as duas. O seu plano era sequestrar a Camila depois da comemoração surpresa de Ally e as duas aproveitariam o que paraíso chamado Bahamas tinha a oferecer. Estava tudo pronto, tanto que ela mantinha tudo em segredo, e suas expectativas por esses três dias estava em alta. Lauren tinha se virado em trinta para que isso acontecesse e também tinha dobrado as suas presença nos eventos políticos, estranhamente, recebeu ajuda de Tara... Sobre isso, ela ainda não sabia o que pensar, mas era agradecida pela ajuda, se existia uma coisa que Lauren não era é ingrata. Você poderia ser um lixo de humano, mas se a ajudasse ou ajudasse qualquer outro ser humano, ela iria lhe agradecer e lhe reconhecer por isso.

Sobre Camila ser liberada do trabalho, ela iria resolver isso agora.

O carro parou em frente ao gabinete, Lauren não esperou que Ramirez abrisse a porta para ela. Saltou do mesmo, recebendo um olhar incomodado e recriminador do seu motorista/segurança, e ela esboçou um sorriso carinhoso, ela adorava aquele homem! O tinha como uma figura paterna porque ele a protegia de tudo, apesar de receber por isso, o zelo do Ramirez por ela ia além do profissional.

— Lauren... — Ramirez usou o tom de um pai dando bronca no filho.

— Ramirez... — Lauren riu, jogando o cabelo de lado. — Acho que não demorarei mais que dez minutos, então, poderemos ir para o aeroporto. Tudo bem?

— Claro, madame.

Lauren o olhou por uns segundos, sabia que Ramirez tinha família, e que não tinha nenhuma folga, ela já tentou o dispensá-lo por duas vezes por semana, mas o homem era fiel demais a ela, e dizia que não necessitava de folga. O próprio não confiava a vida de Lauren Jauregui nas mãos de outro, porque sabia que todos eram corrompidos pelo Cain, e ele preferia morrer do que ver a sua menina nas mãos de estranhos. Sim, ele também tinha sentimentos paternos em relação a cantora.

A mexicana ajeitou a sua saia azul de cintura alta e balão, e pisou firmemente até o gabinete. Usava um cropped preto, e Ankle boot também pretas. Os seus cabelos estavam lavados e bem penteados porque tinha acordado com disposição para escová-los, sua maquiagem era mínima: Base para esconder algumas imperfeições imaginárias, rímel, delineador e batom vermelho.

Ao adentrar ao recinto foi recebida por vários funcionários que fizeram questão de babá-la, era a primeira-dama, eles a tinham em alto patamar e faziam com que ela se sentissem bajulada. Algo que ela odiava.

— Quero falar com Jesus Puente. — Avisou com a voz fria e o semblante fechado, alguns não sabiam a palavra limite e tentava de tudo agradá-la, mas isso só causava-lhe irritação.

— Claro, venha comigo, por favor. — Um disse, bem solicito, apontando para o elevador.

Lauren jogou novamente o cabelo deixando o seu rastro de perfume pelo corredor, e alguns suspiraram com o pensamento que Luís Cain era um homem de sorte, mas pobres coitados, não sabiam que a alma, o coração e o corpo de Lauren Jauregui pertencia a Camila Cabello, e que Cain era apenas um estorvo na vida da cantora.

A passagem no elevador e o caminho tinha sido totalmente silencioso, porque o funcionário estava nervoso e Lauren não fazia questão de socializar, não era por mal, mas ela estava elevando a expectativas da comemoração com Camila em sua cabeça... Ela tinha expectado tanto que um filme dos futuros momentos com a brasileira passava em sua cabeça.

O funcionário indicou o caminho, depois bateu em uma porta e abriu, soltou algumas palavras, então, Jesus Puente veio recebê-la com tamanha bajulação e afobação.

Lauren adentrou a sala do mesmo, olhando a sala que o professor provavelmente não merecia, já que não cumpria o seu trabalho.

— Sra. Jauregui-Cain aceita beber algo? Um suco? Um café? Uma água? — Ele perguntou com o dedo já no interfone.

Jauregui-Cain... Cristo, como Lauren odiava essa junção! Era ofensivo aos seus ouvidos. Movida pela raiva, ela lançou um olhar mais duro do que necessário para o homem a sua frente.

Jesus estremeceu.

— Talvez, não queira nada. — Jesus tirou o dedo do interfone. — Deseja sentar? — Apontou para duas cadeiras em sua frente.

— Vou ser direta e objetiva com você. — Lauren começou com a voz fria. — Não aprecio o seu método de trabalho, se é que podemos chamar de "trabalho", algo que você definitivamente não exerce e joga nas mãos de estagiários, os sobrecarregando e declinado o seu papel de instrutor. Eu não estou satisfeita com isso, Puente, e acho melhor você ter um bom argumento para declinar dos seus serviços, algo que eu não acho possível.

— Eu... Eu... — Jesus gaguejou e pegou um lencinho no bolso da camisa para enxugar a testa suada. — Eu tento ensinar os meus alunos na prática e... Eu tenho mais de quinze anos na universidade de Guadalajara sendo um excelente professor e meus métodos nunca foram questionados.

— Não foram questionados porque não tinha ninguém com pulso forte para bate-lhe de frente. Eu sei que os seus "métodos" não são aceitados, Puente. Você abusa do poder e sobrecarregar os estagiários para realizar funções que são do seu patamar. Eu sei que a prática leva a perfeição... — Lauren mais uma vez jogou o cabelo, exalando o seu perfume. — Mas quando abusamos do nosso poder com a prática não estamos ajudando, só saturando e buscando uma forma para tirar o peso de nossas próprias costas. É isso que você está fazendo, declinando o seu trabalho, e rompendo barreiras com os estagiários. — Ela se moveu para mais perto dele, o encarando nos olhos que por muitas vezes, Jesus quebrava a tensão do olhar ao desviar. — É isso que você faz... Você é um escorado, usa a desculpa de ensinar quando estar fugindo da demanda e deixando que os seus alunos façam por você, agora eu pergunto-me... Por incapacidade ou preguiça?

— Cain estar de acordo com o meu trabalho. — Jesus soltou por não ter argumento.

Lauren inclinou-se e esparramou as mãos na escrivaninha, o seu olhar sempre mortal para o homem a sua frente que enxergava como um rato.

— Não importa o que o meu marido ache do seu trabalho, a voz máxima aqui sou eu, ou você acha que se eu chegar à conclusão que és desnecessário aqui, você vai continuar exercendo a sua profissão? — Lauren sorriu de lado, um sorriso malvado. — Quer medir poder comigo, Sr. Puente?

Jesus que antes suava, agora parecia minar suor. Ele engoliu seco diversas vezes e tentou se enxugar em vão com o seu lencinho ridículo.

— N-não, Sra. Primeira-dama. — Ele respondeu com a voz sufocada.

— Ótimo. — Lauren abriu o sorriso e sentou-se, cruzando as pernas, os seus olhos brilhando em uma maldade deliciosa. — Vamos mudar algumas coisas...

Não demorou muito para o Jesus Puente entender o seu lugar na equipe de Cain, ele concordou prontamente em realizar o seu trabalho e não sobrecarregar o estagiários que no caso era apenas a Camila. Ele também prometeu que não iria contar nada para o Cain, não por fidelidade a Lauren, mas por medo de que fuxicasse contra a primeira-dama, ela mudasse o jogo e ele saísse prejudicado, ele era peixe pequeno comparado ao tubarão que Lauren era. Dado isso, ele aliviou o trabalho o trabalho para Camila e ainda lhe deu cinco dias para descansar com a desculpa de reconhecimento e agradecimento por a brasileira ter trabalhado arduamente.

Camila estranhou o comportamento do seu professor/instrutor, mas nada disse, apenas aceitou com felicidade os dias de descanso, principalmente por ficar livre, até ligou para Lauren informando, mas a cantora foi ponderada, quase fria com Camila sobre, o que deixou a brasileira magoada. Ela queria empolgação, algo que não conseguiu com Lauren...

Pela primeira vez em semanas, Camila saiu cedo do trabalho e chegou ao seu apartamento, sendo recebida por Ally que estava muito mais animada que os outros dias. Ela se distraiu um pouco com a sua amiga, e depois decidiu dormir, já que estava entediada e Lauren estava na Cidade do México.

Lauren chegou a Cidade do México, e se instalou em um hotel, não queria a toxicidade de sua família. Apesar de adorar os seus sobrinhos, ainda estava fugindo dos seus pais, e ainda tinha a sua irmã Taylor que deveria ter uma conversa séria. Sentia-se satisfeita por sua conversa com o Jesus Puente ter efeito, já que prontamente recebeu a ligação de Camila. Teve que fingir indiferença porque queria que a brasileira se surpreendesse com a o que tinha preparada para amanhã à noite.

Lá estava ela com as suas expectativas...

•••

Camila acordou de manhã com diversas ligações. Dos seus pais e amigos. Falou um bom tempo com os seus pais pelo FaceTime, depois com Dinah, estava para encerrar a ligação com sua amiga quando Ally adentrou ao quarto exalando felicidade e com um pequeno bolo nas mãos, cantando parabéns.

A cara de Dinah e o rugindo foi totalmente desagradável, então, Camila encerrou a conversa e se focou na pequena que sentava-se na sua cama com um sorrisão, oferecendo-lhe o bolo com duas velas rosas queimando.

— Feliz aniversário! Agora assopra as velas e faz um pedido! — Ally falou empolgada.

A maior sorriu feliz por sentir a cumplicidade com a sua melhor amiga estabelecida, parecia que tudo estava voltando a funcionar direito. Então, ela aproximou o tronco do rosto e assoprou as velas, fazendo o pedido para que ela e Lauren durasse por toda eternidade, foi um pensamento instantâneo, não teve muito tempo de analisar já que o bolo foi diretamente na sua cara, melando-a de cobertura de chocolate e massa de baunilha.

— Ally! — Camila gritou com o rosto melado, a cobertura escorria do seu rosto para o seu colo, enquanto a menor ria. — Você vai me pagar!

Ally arregalou os olhos e tentou fugir, mas Camila foi mais rápida em agarrar em um calcanhar da pequena que caiu no tapete e gritou, puxando a sua perna, fazendo a Camila tombar para frente, arrastando a maior juntamente com o bolo, a melação foi completa, já que Camila fazia questão de jogar o bolo em Ally, assim como Ally esfregava pedaços de massa na Camila. Elas gargalhavam! Algumas vezes, comiam da massa de baunilha que estava deliciosa por sinal.

Depois da guerra e elas estarem devidamente meladas e ofegantes, Ally sentou-se e disse com bom humor:

— Hora de ir para o SPA, vá tomar banho e eu arrumo toda essa bagunça, é o seu aniversário e você merece.

— Obrigada Allycat! — Camila deu um beijo estalado na bochecha da menor. — Você é melhor amiga do mundo e eu te amo!

Ally sorriu suavemente, vendo a maior se levantar e correr para o banheiro, rapidamente o seu sorriso sumiu e seu semblante transformou-se em sério, se Camila soubesse que ela estava planejando para hoje, provavelmente não a chamaria de "melhor amiga", muito menos de "amiga".

•••

Camila sentiu algo diferente dentro de si, era uma sensação incômoda que parecia corromper todos os seus órgãos, parecia que o seu estômago e intestino estavam virando uma bola de neve. Ela não entendia o motivo, depois de um tempo entendeu que era nervosismo, ela odiava se sentir nervosa sem nenhum motivo porque isso significa apenas uma coisa: Mau presságio.

Não que fosse supersticiosa, mas ninguém ficava pilhado sem motivo. E esse frio que corrompia o seu corpo e sua alma não era normal. Mesmo recebendo todos os mimos do SPA, ela não conseguia relaxar completamente. Será que tinha sido a mensagem impessoal de Lauren lhe deixando feliz aniversário? Não sabia, mas algo dentro de si estava errado.

Tentou distrair, fez todos os tratamentos que o cupom de Ally a proporcionou, assistiu a tarde de autógrafo de Lauren pelas lives de alguns fãs, mas desta vez não teceu nenhum comentário, apesar de estar feliz. Bebeu um momento de champanhe, e mandou mensagem ousada para mexicana.

De: Camila: Eu sei que você está autografando, mas eu queria que estivesse aqui autografando lentamente a minha boceta com a sua língua.

Foi algo baixo, mas Camila não achava nenhuma forma de tesão escrota. Ela gostava de palavras esdrúxulas, principalmente quando Lauren a soltava. Palavras sujas no sexo fazia toda diferença, ela não era santa e muito menos hipócrita para não admitir isso. Gostava de desejar e se sentir desejada. Gostava de receber mensagens pecaminosas e fotos "sujas". Tanto que anexou um nude na mensagem que enviou do seu sexo depilado e sensível, a expectativa era que Lauren colasse a língua quando estivesse de volta para Guadalajara.

Esperou ansiosa por uma resposta que não obteve, e achou que Lauren tivesse deveras ocupadas com inúmeras fãs. Quando o seu dia de relaxamento e a noite caia, Ally veio buscá-la. Camila estava decepcionada por não ter recebido nenhuma mensagem de volta de Lauren, será que a mexicana estava tão ocupada que não tinha visto a sua mensagem? Porque a mesma estava no twitter vendendo simpatia e ela sabia que a tarde de autógrafo tinha acabado.

Camila tinha optado por um corpete preto que valorizava os seus seios, uma calça de couro que agarrava em suas coxas e bunda, e um scapin preto com solado vermelho. Os seus cabelos estavam hidratados e bem penteados, e ela sentia-se cheirosa e maravilhosa, tinha optado por rímel e batom nude.

Estava cheirosa e arrumada demais para quem ficaria apenas em casa. Suspirou, e tentou prestar atenção para o falatório sem fim de Ally. Quando a pequena estacionou no apartamento, a esperou, sentiu uma espécie de nervosismo de sua amiga, mas não deu muito valor.

Subiram o elevador com Ally falando diversas coisas ao mesmo tempo, e Camila só queria um botão para desligá-la. Quando saíram do elevador, Ally fez questão de ir na frente e adentrou o apartamento escuro, Camila puxou o celular do bolso em busca de alguma mensagem de Lauren mas não teve absolutamente nada. Os seus passos até se tornaram lento por estar fuçando o aparelho, quando adentrou no apartamento estranhou por Ally não ter ligado as luzes.

— Ally? Acenda a luz! Não consigo enxergar nem um metro a minha frente. — Camila resmungou, estressada, ela achava naquela altura do campeonato, Lauren teria mandado algo para ela. Porra, era seu aniversário!

De repente, as luzes acenderam, e um coral de vozes gritou "Feliz Aniversário". Mas o que fez realmente o coração de Camila bater descontroladamente por nervoso e surpresa foi a presença de Pablo que sorria debilmente ao se aproximar dela que estava sem reação e beija-lhe a boca. Por instinto, Camila fechou os olhos, mas com a sua mente entrando em colapso pela presença do Pablo em Guadalajara, no México!

Ele a beijou com paixão, agarrando-lhe pela cintura, e Camila não viu outra opção ao não ser abraça-lhe pelo pescoço e retribuir o beijo na mesma intensidade, apesar de algo dentro de si morrer por fazer isso.

Ally corroeu-se de ciúmes por ver a cena, não esperava essa recepção. Achava que Camila teria um pouco de dignidade e rejeitaria o beijo de Pablo, mas quem ela queria enganar? Camila Cabello tinha se mostrado uma falsa sem sentimento, apenas confirmava a sua teoria. Estava tremendo de raiva quando uma pessoa surgiu a porta com expressão radiante mas que decaiu ao ver Camila tão engajada beijando um homem. A pequena sorriu pela destruição no semblante da outra.

Lauren Jauregui segurava um lindo buquê de copo de leite. Tinha sido fria proporcionalmente para fazer supressa a Camila no assustado. Mas imagina, quem teve a surpresa foi ela ao ver a sua brasileira agarrada em um homem. Os seus olhos arregalaram e sua respiração acelerou, sentia a corrente sanguínea correndo dentro dos seus vasos e o batuque do seu coração em seu ouvido insistentemente. Ela o reconheceu, era Pablo Alvarez.

— O amor é lindo, não? — Ouviu alguém comentou, e quando virou a cabeça com os olhos marejados percebeu que era Ally Brooke.

Nesse momento, o beijo encerrou e Camila afastou do Pablo um pouco para respirar, os seus olhos mediatamente focaram em Lauren, e o coração da brasileira falhou. Seu namorado não tinha visto a cantora ainda, e não teve a oportunidade.

Lauren soltou o lindo buquê e sumiu da vista de Camila, da festa.

Expectativa é realmente uma merda. Lauren pensou enquanto descia as escadas desesperada em seu choro sofrido... Maldita expectativa!

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