Entre Escolhas - concluído (L...

By Kah123Oliveira

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Após mudar-se para Forks, Katy conhece os Trampells, uma família carinhosa e gentil. De imediato, Katy forma... More

Capítulo 1 A Tragédia
Capítulo 2 O RECOMEÇO
Capítulo 3 A Festa
Capítulo 4 Primeiras Escolhas
Capítulo 5 Primeiras Consequências
Capítulo 6 Corações Quebrados e Encantos
Capítulo 7 Novos Caminhos
Capítulo 8 Conclusões e Paixões
Capítulo 9 Despedidas
Capítulo 10 Decisões Tomada
Capítulo 11 Londres
Capítulo 12 Novas Decisões
Capítulo 13 Novos Erros
♥️ Book Trailer ♥️
Capítulo 15 Decisões
Capítulo 16
Capítulo 17 Rótulos
Capítulo 18 Novas Consequências
Capítulo 19 Primeiros sinais de Falsidade
Capítulo 20 Forks
Capítulo 21 Primeiras Ameaças
Capítulo 22 Chuva de ódio
Capítulo sem título 23
Capítulo 24 Novas Decepções
Capítulo 25 Londres Novamente
Capítulo 26 Arrependimento?
Capítulo 27 Revelações
Capítulo 28 Novos Obstaculos
Capítulo 29 Tensão
Capítulo 30 Aliança Inimiga
Capítulo 31 Surpresa
Capítulo 32 Vida de mentiras
Capítulo 33 Novo Plano
Capítulo 34 Desconfiança
Capítulo 35 A inveja mora ao lado
Capítulo 36 Traição
Capítulo 37 Quando as máscaras caem
Capítulo 38 Destroços de uma Traição
Capítulo 39 Garota do coração partido
Capítulo 40 Esperanças
Capítulo 41 Perdão
Capítulo 42 Maré de destroços
Capítulo 43 Mentiras
Capítulo 44 O inicio do fim
Capítulo 45 Erros do Destino
Capítulo 47 O Destino prega peças
Capítulo 48 Desistência
Capítulo 49 O começo do fim
Capítulo 50 Nota e Agradecimentos
Entre Conseqüências (livro 2)
Entre Consequências

Capítulo 46 Más Escolhas, Más Consequências

85 14 24
By Kah123Oliveira

  " O homem anseia por conseguir tudo que desejas, mas com más escolhas,virão más conseqüências."  

HANNA

Eu rapidamente previ que me sentiria muito feliz com tudo o que aconteceu. Eu havia previsto, que tiraria Katy da minha vida. Meus pais me amariam mais, meus irmãos seriam só meus novamente. Mas eu acabei separando a minha família. Meu ódio por Katy triplicou de tamanho. Toda vez que consigo tirar algo dela, duas são tiradas de mim. Depois de toda a confusão, escutei um belo sermão da minha mãe. Discuti com Alex, Steven e Alex discutiram, Rosie passou mal, e precisou ir ao hospital. Ouvi meus pais discutindo por minha causa. E isso foi doloroso. Nunca presenciei uma discussão deles. Mas o mais doloroso, foi ver meu pai defendendo Katy. Dizendo o quanto minha mãe pegou pesado com ela. Pela primeira vez em anos de casados, meus pais dormiram separados. Ouvi o choro de minha mãe a noite toda. E isso foi doloroso. Sai de casa, andei sem rumo. Não queria que ninguém me visse chorando por conta de tudo o que aconteceu. Encontrei com Zac. E ver a forma como ele fugiu de mim, me machucou por dentro. Eu sei que ele me ama. Que ele sente algo por mim. Ele ainda só não descobriu, e todas as minhas tentativas de fazer com que ele enxergasse isso falhou. Quando voltei para a casa, já era madrugada. Ninguém estava preocupado comigo. Ninguém nem ao menos perguntou onde eu estava. Me senti tão sozinha. Por um momento senti falta da tolice da Katy, até mesmo de toda a melancolia de Rush. Eu sei que poderia ter uma vida diferente. Com amigos verdadeiros, com um amor verdadeiro. Ser realmente amada pelos meus pais. Mas isso só seria possível se Katy não tivesse entrado em minha vida. E consigo ver agora, que nada do que eu faça, vai mudar isso. Katy entrou de cheio em minha família. E eles me substituíram por ela. Todo o amor que eu tinha, foi direcionado a ela. Coloco para fora tudo o que eu comi. E pela primeira vez, choro sentindo a dor da solidão. Me sinto realmente sozinha. Quando percebo, chorei até que amanheceu o dia. Desço para tomar café com meus pais. Preciso me arrumar para ir ao enterro do pai de Zac. Vejo que meus pais, não estão se falando. Tudo isso por minha causa. Alex ainda não está em casa, está no hospital com Rosie. Steven não dormiu em casa também. O clima está tão pesado, tão triste, tão solitário, que não consigo comer nada. Tudo me causa enjoo. O clima, o olhar de tristeza das pessoas, e a conversa que preciso ter com Tereza. Durante o enterro do pai de Zac, sento ao lado de Tereza. Essa chora compulsivamente, mas seu choro não é de perda, é o de medo de ficar sem o dinheiro. Observo Zac o tempo todo. Ele parece muito abatido, e tem um olho roxo o qual não havia percebido antes. Vejo que ele olha para os lados muitas vezes. E sei que ele procura por ela. O que me deixa completamente intrigada, pois me lembro que durante a discussão ela disse que veio para reatar com ele, e agora não está aqui. Noto também que Amber não sai do seu lado. O tempo todo ela fica sentada ao seu lado, acariciando suas costas. Depois de quase duas horas o enterro acaba.

-Tereza preciso falar com você.

-O que você quer falar garota? Eu acabei de perder meu marido. Estou emocionalmente abalada.

-Me poupe Tereza. Você está financeiramente abalada que eu sei. Ou você quer que eu acredite que essas lágrimas são por conta de Gibson. Me poupe.

-Venha garota insolente. Aqui não é lugar para conversarmos. Vamos para o meu carro.

Caminhamos disfarçadamente para o seu carro. Quando entro no mesmo, ela limpa a maquiagem borrada.

-Vamos diga. O que você quer falar? Não tenho todo o tempo do mundo.

-Tereza, eu estou fora. Não quero mais me envolver com você. - Ela dá uma risada diabólica.

-E o que você conseguiu fazer até agora? Você não passa de uma garotinha insolente. De uma mimada chorona. Um fracasso de ser humano.

-Tereza... - ela não deixa que eu termine de falar. Ela se aproxima de mim, e segura firme em meu queixo, me forçando a olhar para ela.

— Você não passa de uma invejosa medíocre, quem tem inveja de uma mera órfã? Você é tão fracassada que projeta a sua própria vida em cima do que ela tem. Fica perfeitamente nítido a preferência de Zac, é óbvio que ele não seria imbecil ao ponto de ficar com uma problemática. Você é sem sal, sonsa, burra, não sabe fazer nada direito! Acho que até a orfãzinha faria um serviço melhor que o seu Hanna. Quer saber? Quem não quer perder mais tempo com uma pessoa insignificante como você sou eu, desça já do meu carro imprestável! E fique sabendo, se alguém souber das nossas conversinhas... Algo muito ruim te espera... Eu acabo com a sua raça, entendeu ou quer que eu repita? Se bem que seria um favor para a humanidade, para seus pais e para o meu filho acabar com o peso de olhar para você. Agora vai, sai logo, anda! Já era pra ter saído! - Aquelas palavras soaram como uma bomba atômica em meu peito. Simplesmente me senti pior do que antes, eu desci daquele carro um caco, um lixo... Eu não poderia ter escutado palavras piores, ela simplesmente ressaltou mais uma vez o quão descartável eu sou. Assim que eu me defino. Descartável. Para Tereza, para meus pais e para os meus irmãos. Lágrimas caem dos meus olhos, descontroladamente. Isso tudo é culpa da Katy. Ela é a culpada por tudo isso. Enxugo minhas lágrimas, e corro para a casa. Sinto um cansaço gigante. Não consigo entender o que sinto. Estou confusa. Quando caminho para o meu quarto, vejo que Steven está no dele. Vou silenciosamente até o seu quarto, e bato na porta. Quando olho para ele, não vejo seus olhos. Vejo desprezo. E uma pontada de nojo. E perceber isso, dói. Percebo que ele arruma as malas, e me questiono mentalmente o porquê de tudo isso.

-Steven... - Praticamente sussurro. Sinto vontade de ir até ele, abraça-lo e pedir perdão. E então me deitar em seu colo, e chorar sem ser questionada. Realmente só queria isso. Um pouco de carinho. Não sei o que é isso a tempos.

-Fala. O que você quer depois de todo o inferno que fez? - Ele diz ríspido.

-Para onde você vai?

-Não é da sua conta. - Não consigo segurar as lágrimas que caem dos meus olhos. Não quero sentir esse desprezo da parte dele.

-Claro que é Steven. Você é meu irmão. Eu queria pedir desculpas. - Ele me olha, e sinto uma pontada de surpresa em seus olhos. Até eu fico surpresa com as palavras que saem da minha boca. - Sei que o que eu fiz, não foi certo.

-Não foi certo mesmo Hanna. Eu queria poder te perdoar. Mas não é para mim, que você tem que pedir desculpas. É para Katy. O que você fez comigo, não é nada comparado com o inferno que você fez na vida dela. Ela está sofrendo por sua causa. - A menção do seu nome, acorda o demônio em mim.

-Porque vocês só se preocupam com ela? Ela mereceu tudo o que eu fiz, e foi pouco.

-Então você assume, que realmente fez tudo o que fez? - Rio da sua pergunta idiota.

-Eu só fiz ela pagar por tudo o que me fez Steven. Ela tirou meus pais, tirou você e Alex de mim. Tudo o que eu fiz, foi pouco para ela.

-E você foi e tirou Zac da vida dela? Tirou a felicidade que ela conseguiu ter depois de tudo o que passou? Você imagina a dor que ela carrega pela perda dos pais Hanna? Você consegue imaginar todo o sofrimento que ela carrega? O trauma que ela enfrenta?

-Eu carrego a mesma dor que ela Steven. Só que os meus pais e meus irmãos estão vivos. Eles deram as costas para mim. E eu amo o Zac. Ela tirou ele de mim também.

-Você é doente Hanna. Ele nunca foi seu. Ele ama Katy. Ele sente desprezo por você. - Sinto meu peito queimar com suas palavras. Porque não assume tudo o que fez de uma vez?

-Eu assumo Steven. Assumo tudo detalhadinho para você. Eu fiz tudo o que pude para separa-los. Desde matar aquele cachorro sarnento até tirar Zac dela. Tereza me ajudou em tudo. Desde a foto dele com Amber, a traição de Rush. Eu fui para Londres, não para ver a sonsa da Katy. Fui lá para buscar o meu amor. Para fazer Zac enxergar como ele me ama. Eu com a ajuda de Helena, o dopei. Não foi difícil. Convenci Katy de que estava muito cansada para ir ao cinema com ela. E ela como a boa samaritana, mandou que fosse para o seu apartamento. Mas é obvio que não iria. Já tinha tudo planejado com Helena. Nós dopamos ele. Misturamos remédios, com bebida alcoólica. Não iria afetar ele em nada. Só traria ele uma grande confusão mental, o deixaria completamente confuso. Ele cairia em um sono profundo. E sua memória estaria lesada, assim que ele acordasse. Mas tudo foi melhor do que planejamos. Passei o perfume de Katy, e como seus sentidos estava confuso, ele pensou a todo momento que estava com ela. Não me importei quando fiz amor com ele, com ele me chamando pelo nome dela. Isso só aumentou a minha ira, o meu ódio por ela. Mas por um momento também fingi ser ela. Até pensei em depois me vestir, cortar o cabelo igual ao dela. Mas a tolice dela me enoja, então seria impossível. E meu caro Steven, ver a cara dela, valeu a pena cada segundo, cada beijo que dei em Zac. Helena me ajudou muito, colocando as taças de vinho pela metade, dando a entender que jantamos juntos antes de transarmos. Ela também me ajudou a mandar as mensagens do celular dele para o meu. E Katy é tão tolinha, que acreditou em tudo. - Dou uma gargalhada relembrando todo o acontecido. - Ela e sua amiga, me agrediram sim. Mas me deram somente uns tapas. Eu me cortei no aeroporto. E não doeu. Foi prazeroso sentir a lâmina cortando a minha pele. Até senti um leve prazer em fazer isso. Ver a cara de decepção da mamãe, quando chorei dissimuladamente e mamãe acreditou em tudo. - Respirei fundo, não havia percebido o quanto falava rápido. Steven me olha completamente assustado.

-Você não se sente mal, em saber que feriu alguém Hanna? Você não se arrepende de ter feito toda essa maldade?

-Não. Me arrependo de ter deixado Katy ir tão longe. Deveria ter sido mais cruel. Ter arrancado de vez todo o mal pela raiz. Em vez de ter matado aquele pulguento, quando criança, deveria ter matado ela. Ter feito algo que parecesse como um acidente. Afinal, não sei porque ela não morreu naquele maldito acidente com seus pais. Eu a odeio Steven. E se preciso for, vou passar cada segundo da minha vida, tramando uma forma dela pagar por tudo isso. Pagar por tudo o que me tirou. Nem que pra isso, eu precise até mesmo fazer algo contra a vida de Zac.

-Você tem algo a mais para contar? - Sua pergunta me deixa confusa. E só então quando termino de falar, vejo a plateia em minhas costas. Minha mãe tem lágrimas que caem facilmente em sua face. Meu pai, parece magoado de uma certa forma, que seria impossível descrever. E Alex, tem raiva em seus olhos. Steven coloca a mochila em seus ombros, pega a mala e em outra mão, vejo os papéis que tanto escondi. As cartas do meu psiquiatra. Ele sai batendo seu ombro no meu, e entrega as cartas nas mãos dos meus pais.

-Espero que agora, vejam o tamanho da burrada que fizeram. - Ao dizer isso ele sai. E eu fico completamente em choque, sem saber o que fazer.

-Mamãe, papai. Posso explicar.

-Você tem muito o que explicar mesmo Hanna. É incalculável a decepção que sinto de você. Como pode fazer tudo isso? Nós sempre tratamos você e Katy igualmente, e você fez tudo isso com ela? Fez todas essas coisas horrorosas com seus irmãos. Quem é você Hanna? - Meu pai diz completamente furioso. Vejo que minha mãe, segura no ombro do meu pai, tentando acalma-lo. E não sei o que fazer. Não tenho argumentos para os pares de olhos que estão em minha frente.

-Hanna eu briguei com Katy para defender você, e você mentiu, Você é louca! É pior do que eu imaginei! -Alex grita, e tem um olhar repreendido de minha mãe.

-Hanna, o que é isso? - Minha mãe diz, olhando as cartas em suas mãos. E vejo que em seus olhos, tem um brilho. Lágrimas. Ela tem as mãos trêmulas.

-Mãe, isso tudo faz muito tempo. Eu já sarei. Olha pra mim, eu estou bem. Eu só pirracei o Steven. É tudo mentira o que eu disse. Eu já sarei mamãe.

-Não Hanna. Você precisa enfrentar isso. Nós enfrentaremos isso junto com você. - Eu não vou para esse lugar, não vou para um hospício, nunca. Não preciso disso.

-Eu não vou para lugar algum.

-Filha. Nós viemos aqui para conversar com você. Tereza está lá embaixo. Diz estar preocupada com você. Ela disse que você, está dizendo coisas sem nexos. Está fazendo acusações absurdas sobre ela.

-Não mãe Tereza me ajudou a fazer tudo isso que contei agora. Ela me ajudou mãe. Inclusive me ameaçou agora a pouco, se citasse o nome dela, ela iria fazer algo grave contra mim. -Digo tentando segurar as lágrimas que caem dos meus olhos, não acredito que Tereza fez isso. Ela jogou muito baixo.

-Então é verdade. Você acaba de confessar que realmente fez tudo isso? É isso que você quer dizer Hanna? - Meu pai grita comigo, e a cara de decepção que brota em seu rosto, atinge em cheio o meu coração.

-Sim. Eu fiz mesmo tudo isso. Mas é porque desde quando Katy apareceu, vocês me substituíram por ela. Vocês me abandonaram assim que ela entrou por essa porta. Ela devia ter morrido naquele acidente junto com os pais dela. Porque eu perdi os meus, quando ela perdeu os dela.

-Hanna chega! Olha o absurdo que você está dizendo! Sua mãe e eu sempre tratamos vocês todos da mesma forma. Igualmente. Sem diferença nenhuma. E você vem dizer essas asneiras! -Meu pai cospe suas palavras que cheiram a ódio.

-Calma Greg. Hanna está doente! - Minha mãe diz em lágrimas. E eu nego com a cabeça. Eu não estou doente.

-Isso não é doença! Tudo o que ela fez, foi por safadeza, e não doença. Eu desconheço essa garota em minha frente. Eu amei, eduquei, trabalhei muito para dar tudo o que ela queria. Eu dei a você Hanna, tudo do bom e do melhor. E aí está meu erro. Ter mimado você. Você merecia uma surra bem dada!

-Chega Pai! Chega por favor! - Eu digo a ele soluçando, enquanto as lágrimas não param de cair. - Eu mereço ouvir tudo isso sim, eu sei. Mas por favor chega. Eu sei que fui cruel, eu sei bem o que fiz. Mas foi por ódio, eu odeio Katy, e sempre vou odiar.

-Nesse momento Hanna, eu queria que Katy fosse minha filha. E não você. -Meu pai diz e sai, me deixando mais despedaçada do que eu já estava. Tudo o que Tereza disse, já me fez me sentir muito mal. Mas vindo de uma pessoa como ela, eu conseguiria ignorar. Mas ouvir essas palavras do meu pai, me matou por dentro. Minha mãe me olha, totalmente em lágrimas. Alex, observa a cena toda, mas não fala nada. Percebo que ele está em choque. E por um momento, até eu me dou conta, e percebo tudo o que eu fiz.

-Hanna, porque nunca conversou comigo. Porque nunca me procurou? Porque? Porque nunca disse o que sentia? - Minha mãe choraminga. Escutamos meu pai discutindo com Tereza, e a expulsando de casa. Eu até queria me vingar dela, mas no momento não tenho forças.

-Porque você não entenderia mãe. Não entenderia. Você iria dizer o que sempre disse. Que Katy precisava de muito apoio e carinho. Eu precisava mãe. Bem mais que ela.

-Vá descansar Hanna. Eu vou falar com o seu pai. Ele está completamente decepcionado com você. Depois eu vejo o que eu faço com tudo isso. - Ela diz, mostrando as cartas em suas mãos.

-Eu só não vou para lugar nenhum. Isso eu não vou. Eu não vou para um hospício. - Digo para minha mãe, enxugando as lágrimas em meu rosto.

-Hanna. Vamos esquecer tudo isso está bem. Eu jamais deixaria você ir para um lugar como aquele. Eu jamais deixaria minha filha em um hospício. - Minha mãe me diz carinhosamente, me abraçando, e dando um beijo em minha testa. Gesto que ela não fazia a muito tempo. E então choro em seu abraço. Liberto muito sentimento. Percebo como sentia falta do carinho da minha mãe. De um simples beijo na testa. Ela sai com Alex, e eu tento relaxar um pouco. Eu deito em minha cama, tentando descansar um pouco. Mas não consigo. Escuto minha mãe chorando, desabafando com Alex. Escuto quando ela diz, que não queria ter uma filha como eu. Que não me educou para tal coisa. E isso dói. Dói muito. Por um segundo, até penso em ligar para Katy e contar toda a verdade. Talvez diminuísse toda a decepção dos meus pais. Mas não vou fazer isso, não vou permitir que Katy seja feliz com Zac, depois de destruir toda a minha vida. Acabo cochilando, e sonhando com uma vida sem Katy. Quando acordo com alguém batendo na porta. Alex.

-O que você está fazendo aqui? - Digo para ele. Não sei como agir.

-Vim ver como você está. Trouxe um suco para você. - A preocupação dele comigo, aquece meu coração. Ele ainda se preocupa comigo. Ele entra no quarto, e eu tomo o suco. O que me espanta, é que assim que eu tomo o suco, Alex pede para fazer carinho em meu cabelo. Gesto que ele fazia, quando éramos pequenos. Ele sempre fazia, quando eu me machucava. E acabo adormecendo, com ele fazendo carinho em mim. Me sentindo aquela pequena menina novamente.

(....)

Já se passou um mês desde aquele dia horrível. Eu fui traída pela minha família. Eu achei que o abraço da minha mãe, era sincero. Que acabaria bem. Achei que a preocupação de Alex comigo, era verdadeira. Achei que ele havia me entendido. Mas aquele suco, não era um simples suco. Nele havia calmante. Pois eles sabiam que eu não iria por bem. Então junto com os enfermeiros da clínica, eles fizeram isso. Quando acordei, só sentia o peso em meu corpo. Não conseguia me mover. O sono era muito pesado. Sentia meus braços e pernas. Mas mexer eles, eram praticamente impossíveis. Eles pesavam uma tonelada. Dias depois acordei, em um quarto completamente branco. Com as paredes, e o chão completamente almofadados. Eu estava em um hospício. Eu chorei horrores, e entendi o porquê daquelas paredes e chão serem almofadados. Porque queria socar eles, ou até mesmo bater a minha cabeça neles. Chorei por vários dias e noites. Não falava com ninguém, e não me alimentava. Passei muito mal por conta das medicações. Depois de algumas semanas, consegui a me acostumar um pouco com o lugar. Fiz amizade com a enfermeira que cuida de mim. Ela tem me dado mais carinho do que recebia em casa. Ela me fazia sentir melhor, mas não impedia que eu a cada segundo, tramasse a minha vingança contra Katy e toda a minha família. Eles iriam pagar caro, por fazer isso comigo. Iriam se arrepender, cada segundo de suas malditas vidas. Depois de um tempo, eles me permitiram sair do quarto. Minha mãe veio me ver, duas vezes. Mas não quis falar com ela. Aleguei que não estava bem. O que realmente não era uma mentira. Sentia muito enjoo, e vomitava muito. Célia, a enfermeira que cuidava de mim, dizia ser efeito dos remédios. O que ela não sabia, é que eu não os tomava, eu os guardava embaixo da língua, e escondia embaixo do meu colchão, assim que ela saia do quarto. Pois se meus planos de fuga, não dessem certo. Eu os tomaria todos de uma só vez. E acabaria com a minha vida, acabaria com tudo. Por conta disso tudo, o meu médico me pediu vários exames, para saber se estava tudo bem. Pois não me alimentava, e já havia perdido muito peso. Fiz os exames. Um tempo depois, Célia entra em meu quarto, completamente eufórica.

-Hanna querida, olha isso! É o resultado dos seus exames. - Eu pego o papel em minhas mãos, e releio três, quatro, cinco seis vezes. Eu não acredito, não é possível.

-Você está grávida querida. 

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