Sempre Amor

By Anjo_Sombrio

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O sexy milionário Luke Devereaux apareceu no escritório de Louisa, a arrastou para o médico e exigiu que ela... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Livro Novo!
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 30
EPÍLOGO
Novidades!

Capítulo 29

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By Anjo_Sombrio

— Não é verdade... — Luke iniciou e sua voz falhou. Ele clareou a garganta e tentou outra vez:

— Eu nunca fingi que procurava algo mais e nunca disse isso. Eu fui sincero. Você é quem está tentando me jogar uma culpa por algo que não fiz.

— Tem razão — Louisa concordou com um tom de voz resignado. — Você nunca me disse que esperava algo mais.

— Pior é que cometi o erro estúpido de me apaixonar por você. E sabe o que é mais irônico? — ela murmurou, forçando sorriso. — Você prosseguiu no jogo sem saber que já havia vencido.

O consentimento fácil e tão contrário à personalidade forte de Louisa surpreendeu Luke. Eleja ouvira confissões de amor, mas nunca acreditara em nenhuma delas. E nem mesmo desejava acreditar. Porém, vindo de uma mulher como ela, Devereaux tinha que considerar a possibilidade de ser verdadeiro.

— Não se preocupe em me levar. Eu chamarei um táxi — ela concluiu e prosseguiu na direção do banheiro. E sem nem mesmo girar a cabeça, acrescentou em voz alta:

— Será melhor não nos vermos novamente.

Luke foi assaltado pelo pânico quando ouviu o clique da fechadura da porta do banheiro sendo trancada.

O som ecoou na sua mente e ele sentiu um nó de angús­tia formar-se na garganta. Não podia permitir que ela o abandonasse. O desespero o fez recordar-se de um dos pio­res momentos de sua infância. E foi quando estava sentado em uma das poltronas do estúdio de Berwick e em silêncio rezava para que o homem o aceitasse como filho e de algu­ma maneira o amasse. Porém o que viu nos olhos acinzentados do pai foi apenas frieza incalculável.

Luke afastou a lembrança dolorosa, determinado a não deixar que a tristeza o invadisse mais uma vez. A ira tomou o lugar da dor e Demereaux enfureceu-se. Como Louisa ousava fazer isso com ele? Por que o forçava a sentir coisas que não queria sentir?

— Você não vai a lugar algum! — ele gritou junto à porta do banheiro. — Vou lhe dar um tempo para se vestir e então quero que vá ao meu estúdio para que possamos re­solver isso da maneira apropriada.

Louisa recostou-se contra a porta do banheiro e sentia as pancadas fortes do punho de Luke do outro lado da madei­ra, enquanto gritava ordens. Deixou o corpo deslizar até o chão e abraçou as pernas. Foi quando percebeu que estava na mesma condição de três meses antes, quando percebeu pela primeira vez que se apaixonara por ele. Mas desta vez ela se recusou a chorar enquanto ouvia o som dos passos dele se afastando.

Cobriu o ventre com as mãos trêmulas e sussurrou:

— Não se preocupe, bebê. Seu pai pode não amá-lo, mas eu prometo que o amarei o suficiente por nós dois.

CAPÍTULO DEZOITO

Luke colocou a raquete dentro do armário e trancou a porta com força.

— Hei, calma! Não bata a porta com tanta força! — aconselhou Jack, no momento em que entrou no vestiá­rio do Mayfair Sports Club. — Você não pode ganhar todas!

— Eu sei. Mas já faz duas semanas que não acerto uma partida! — Luke exclamou.

— Talvez seja porque você anda muito distraído — sa­lientou Jack, enquanto sentava no banco para tirar os tênis.

Luke suspirou fundo e massageou a base da nuca por alguns segundos. Precisava relaxar. Estava se comportando como uma criança que detesta perder um jogo. Jack deveria, pensar que ele estava ficando maluco. Sentiu-se corar só de lembrar de como se conduzira na quadra.

— Eu me comportei como um idiota no jogo de hoje. Espero que me perdoe, Jack — pediu ele, enquanto retirava a camiseta suada e a socava na mochila. Uma tremenda dor de cabeça lhe martelava as têmporas.

A verdade era que sua atuação não tinha sido ruim ape­nas na quadra de esportes. Não conseguia concentrar a atenção nem mesmo nos negócios. E isso lhe custara um prejuízo de duzentos mil dólares no curto espaço de cinco minutos.

— Não se aborreça com isso — respondeu o amigo, no mesmo momento em que enrolava uma toalha nos quadris — O que acha de tomarmos um lanche na saída?

— Ótimo — concordou Luke.

Enquanto Jack se dirigia para a ala dos chuveiros, Luke descalçou os tênis e colocou-os na mochila junto com a camisa.

Ele sabia exatamente por que estava tão contrariado. Louisa DiMarco havia varrido sua vida como um furacão e depois desaparecera, deixando-o só para recolher as ruínas que sobraram. Aquela mulher era pior que um desastre na­tural. Quem sabe agora ela estivesse satisfeita consigo mes­ma pelo que havia feito.

Luke ainda não podia acreditar que ela fugira dele. Principalmente depois de confessar que o amava. Se ela o amasse de verdade, teria ido ao estúdio como ele lhe pedira e não escapado de Havensmere sem ao menos se despedir.

A fúria que ele sentiu ao descobrir que ela havia partido ainda o afetava. Ele considerou ao observar as mãos trêmu­las no momento em que guardou o restante das roupas na mochila e enrolou uma toalha nos quadris.

No minuto em que a sra. Roberts lhe contara sobre a par­tida de Louisa, ele ainda correu para a garagem com a inten­ção de apanhar o carro e persegui-la. Depois desistiu.

Do que adiantaria? Seria ela quem deveria chegar ao bom-senso. Eleja tinha feito seu papel e aceitado a responsabilidade pelo que acontecera. Havia proposto um casamento e assumido o filho. O que mais ela queria? A retribuição pela atitude decente que tivera fora a recusa dela em e casar com ele e desaparecer como fugitiva.

E à medida que os dias se passavam e ela nem mesmo lhe telefonava, a raiva aumentava. Louisa não passava de uma tola irresponsável. Será que ela não percebia o quanto precisava dele? Como iria conseguir viver naquele minús­culo apartamento depois que a criança nascesse? E quanto ao seu emprego?

Luke entrou em um dos cubículos do banheiro e ligou o chuveiro. Podia ouvir a voz de Jack, em um cubículo próxi­mo, cantando uma canção romântica. Ele sempre cantava no chuveiro e Luke se divertia com isso.

Como é que Jack podia parecer tão despreocupado, se tinha tantas responsabilidades e bocas para alimentar?

Luke sorriu e deixou a água morna cair abundante nas costas enquanto ouvia o amigo cantar. Quando prestou atenção na letra da música e percebeu que se referia a um homem sozinho e abandonado, não achou mais graça e começou a ensaboar-se. Jack poderia cantar aquela música sem nenhum ressentimento, pensou Luke. Afinal, quando retornasse para casa, sua linda esposa Mel estaria lá. O ca­çula enlaçaria seu pescoço, assim que o levasse ao colo. E quando abrisse a porta de entrada, com certeza, a linda garotinha de olhos azuis correria para os seus braços e o cha­maria de papai.

E quanto a ele? O que o esperava?

Sua independência. Seu orgulho. Seu autocontrole.

De alguma forma, a satisfação que Luke sentia por todas essas conquistas haviam perdido o sabor. E ele sabia que 0 lar para o qual teria que retornar, não passava de uma co­bertura solitária. Ou, então, uma mansão no campo que se tornara insuportavelmente vazia sem a presença de Louisa.

Enquanto friccionava os músculos doloridos com uma esponja de banho, procurava distrair a frustração que o acompanhava nas duas últimas semanas.

Quando Luke entrou no vestiário, Jack estava vestido e terminava de pentear os cabelos.

— Ei, amigo! Você não me parece nada bem! — Jack exclamou com as sobrancelhas erguidas.

Luke pendurou a toalha úmida no cabideiro e retirou do armário uma cueca samba-canção.

— E mesmo? — Luke respondeu com ironia. Porém, sabia que não poderia enganar o amigo.

Na verdade, Luke não se sentia tão desolado e confuso desde o dia em que soube da morte da mãe e ainda era ape­nas um pequeno garoto de sete anos.

— Quer falar sobre isso? — perguntou Jack.

— Estou bem, Jack. Pode acreditar.

Luke não tinha tanta amizade com Jack a ponto de lhe revelar seus segredos. Aliás, não tinha esse tipo de amizade com ninguém. E falar sobre seus sentimentos com alguém só o faria sentir-se mais vulnerável.

Uma pontada de dor e ressentimento apertou-lhe o co­ração.

Louisa o forçou a falar sobre seu passado. E o que acon­teceu? Ela simplesmente desapareceu de sua vida. E essa era mais uma prova da inutilidade de revelar sentimentos. Por isso que ele se recusava a confiar no amigo.

— Esse mau humor não tem nada a ver com a ultrassonografia que Louisa fará hoje, não é?

Luke parou de abotoar a camisa por um instante e girou cabeça na direção do amigo. Não tinha idéia sobre o que Jack falava, mas ficou surpreso pelo olhar de compaixão que o outro demonstrava.

Jack deu um tapinha de consolo num ombro de Luke e aconselhou:

— Não se preocupe, amigo. Tenho certeza que não há nada de errado. Eu e Mel também levamos um susto desses, quando ela estava grávida de Cal.

Luke levou alguns segundos para assimilar sobre o que Jack falava.

— Que tipo de susto?

— Você não está sabendo?

— Sabendo o quê? — Luke perguntou, atônito.

—Louisa tinha uma consulta pré-natal agendada ontem com o ginecologista. E aconteceu que ele não conseguiu, ouvir o batimento cardíaco do bebê e...

O sangue sumiu rosto de Luke.

— Está me dizendo que aconteceu alguma coisa com o bebê?

— Acalme-se. Deixe-me explicar. O médico suspeita que o equipamento que ele usou talvez esteja com defeito. Já não vinha funcionando bem há algumas semanas. Por isso ele pediu que Louisa marcasse uma ultrassonografia, apenas para se assegurar de que está tudo bem. Contudo, o doutor não demonstrou preocupação e por isso você também não deve entrar em pânico.

— Em que hospital ela fará o exame? A que horas? — Luke quis saber, com as mãos trêmulas, mal conseguindo amarrar os cordões do sapato.

— No University Centre Hastings. Sei que está marcado para essa tarde, mas não tenho idéia do horário.

— Não poderia ligar para Mel?

— Claro — Jack tirou o celular do bolso e ligou para casa. Levou mais de cinco minutos tentando convencer a esposa a lhe revelar o horário do exame.

Luke terminou de se arrumar em poucos segundos e ao mesmo tempo pensava. Por que Louisa não lhe avisara de que poderia ter acontecido algo de ruim ao bebê? Ele tinha o direito de saber. Apesar das diferenças que enfrentavam, Louisa deveria estar precisando dele num momento daque­les. Será que o seu orgulho era tanto que não lhe permitia pegar um telefone e comunicá-lo?

Assim que tivesse certeza de que tudo estava em ordem, pretendia ter uma boa conversa com Louisa. E, quem sabe, nunca mais permitiria que ela e o bebê sumissem de sua vista.

*****

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