Sempre Amor

By Anjo_Sombrio

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O sexy milionário Luke Devereaux apareceu no escritório de Louisa, a arrastou para o médico e exigiu que ela... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Livro Novo!
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
EPÍLOGO
Novidades!

Capítulo 25

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By Anjo_Sombrio

— Berwick era o meu pai — Luke declarou e depois provou um gole do café, antes de prosseguir. — E foi por essa razão que eu herdei o título e esse lugar — ele repou­sou a xícara na mesa do terraço.

Uma brisa suave desalinhava os cabelos de Louisa e es­palhava no ar a doce fragrância das flores.

— Ah... — Louisa apenas murmurou. Não sabia o que dizer. A simplicidade com que ele se revelava a comovia. Ela não esperava realmente que ele revelasse algo tão pessoal. Agora ela podia entender por que ele ficara tão zangado com o artigo dela no Magazine. Luke era filho ilegítimo e não queria que ninguém soubesse disso. Ela só não entendia a razão de ele considerar o fato como um verdadeiro estigma.

— Bem, é claro que eu não fiquei muito feliz quando descobri a verdade — ele confessou amargo.

— E é claro que deve ter levado um choque quando sou­be do testamento e tudo o mais... Mas este lugar é tão incrí­vel! Você deveria ficar feliz por ele ter deixado a herança e o título. Essa não é uma maneira de demonstrar que ele o reconheceu como filho? — Ela deu uma pausa ao notar que as feições dele se enrijeceram. De alguma forma o havia ofendido. — Desculpe-me, eu não queria dizer que...

— Não é preciso se desculpar — Luke murmurou, porém, as feições permaneceram severas. — Eu não queria Havensmere ou o título. Só aceitei pelo fato de achar que depois de restaurado seria um ótimo investimento — Luke falava tão cautelosamente que parecia estar tentando mais convencer a si próprio do que a Louisa. — E também não descobri que Berwick era meu pai por ocasião do testamen­to. Eu soube disso quando minha mãe morreu.

— E quantos anos você tinha?

— Sete.

Uma onda de compaixão provocou lágrimas nos olhos de Louisa. Ela procurou pela mão dele e a apertou.

— Sinto saber disso, Luke. Eu sei como é horrível per­der alguém que se ama muito, principalmente nessa idade. — Quem diria, ela pensou, que eles tinham em comum uma perda dolorosa no passado. Contudo, ela percebeu que Luke não parecia triste. Demonstrava indiferença.

— Como sabe disso?

— Perdi minha mãe quando eu estava na adolescência.

— Deve ter sido difícil... — ele aproximou as mãos do rosto dela e afastou algumas lágrimas com os próprios polegares. — Mas não deve se comover comigo. Eu era mais novo e por isso não me lembro muito bem de como ela era.

Louisa ficou espantada com as palavras dele. Será que o fato de não se lembrar de como era a mãe, tornava a perda menos dolorosa?

— Como descobriu que Berwick era seu pai? — ela per­guntou, começando a entender a razão de ele querer livrar seu filho do estado de ilegitimidade.

Luke podia perceber a compaixão nos olhos dela e não queria que isso acontecesse. Precisava encerrar essa con­versa. Já revelara segredos demais.

— Minha mãe deixou um testamento no qual declarava que tinha um filho de Berwick. E ele ordenava um teste de DNA no qual a paternidade fora confirmada.

— E ele não reclamou a sua guarda? Luke deu de ombros.

— Ele me trouxe para a Inglaterra e pagou por um bom internato. Eu concordei — ela não precisava saber que ele odiava o lugar. Os corredores frios e a comida insuportável. Os intermináveis dias chuvosos. O escárnio dos colegas por saberem que era um bastardo. Os olhares de piedade nos olhos do diretor e da esposa, quando Luke permanecia na escola, mesmo durante as férias, porque ninguém vinha buscá-lo. O desespero. A solidão. Mas ele sobreviveu a tudo isso. E triunfou na vida. E o mais estranho era que talvez a rejeição de Berwick até o tenha ajudado. Por isso é que ele se tornara um homem autossuficiente que não pre­cisava de ninguém. E ele gostava de ser da maneira como era. — A educação que recebi foi ótima — ele prosseguiu — e tudo acabou dando certo.

— Mas quem cuidava de você, Luke? Do suporte emocional?

Não houve nenhum suporte emocional, ele sentiu vontade de dizer. Mas isso significava se aprofundar demais e ele já revelara o suficiente.

— Já respondi às suas perguntas — Luke disfarçou e, beijando-lhe o dorso de uma das mãos, comentou:

— Agora é sua vez de revelar alguma coisa sobre a sua vida.

— Está bem. O que quer saber?

— Por que razão tem tanto problema em aceitar a figura de uma autoridade masculina?

— Quer dizer como você?

— Apenas responda à questão — ele quis saber enquanto brincava com os dedos das mãos dela e adorava vê-la irritada. Ele realmente a achava linda quando estava zangada.

— Para começar, não considero isso como um problema.

— Ainda não respondeu a minha pergunta — ele insis­tiu, sabendo que ela não morderia a isca tão facilmente.

—Bem, acho que não constitua nenhum segredo. Meu pai é um daqueles italianos tradicionais. Eu o amo muito, mas não suporto como sempre se achou no direito de inter­ferir nos meus assuntos e dizer o que eu devo ou não fazer, apenas porque é homem e é meu pai. Após a morte de mi­nha mãe, nosso relacionamento não foi dos melhores. Ago­ra, porém, acho que superamos as nossas diferenças.

— Acho que agora entendo porque usa um adesivo de feminista sobre a testa.

— Que adesivo? — ela perguntou e tentou recolher as mãos que ele ainda mantinha entre as dele. — Solte-me! Eu me recuso a ficar de mãos dadas com um chauvinista!

— E quem disse que tem escolha? — ele prendeu as mãos dela atrás das costas e as imobilizou pelos pulsos.

— O que está fazendo? — ela gritou, sentindo-se ultra­jada e excitada ao mesmo tempo.

Ele a calou com um beijo.

Louisa tentou resistir. Mas assim que percebeu que ela fraquejava e seus corpos se ajustavam de maneira perfeita, Luke abandonou o beijo e, libertando-a, recuou um passo. Tinha que cumprir sua pala­vra para vencer aquele round. E era o que pretendia fazer. Por isso forçou-se a libertá-la com um sorriso insinuante.

— É melhor você ir para a cama, Louisa. Precisa descan­sar. Pretendo mantê-la muito ocupada amanhã.

Em vez do olhar de desafio que ele esperava, ela cur­vou os lábios num sorriso e os olhos refletiam um brilho misterioso.

— Acho melhor fazer o mesmo, Devereaux. Não quero que perca o fôlego rápido demais.

Ele deveria ter adivinhado que ela não deixaria por menos.

Luke sorriu logo depois que ela saiu e o deixou sozinho no terraço. A adrenalina jorrando a mil, só de pensar no que aconteceria no dia seguinte.

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