—oi.
Dou um pulo.
Levo alguns segundos para recuperar o fôlego, e assim do nada, o perco, Dominic King me dá um beijo molhado, os lábios quentes cobrem os meus com intensidade, e as mãos dele fazem com que eu me vire para ele, ele toca meus ombros gentilmente e me vira, afasto a espuma para trás dos meus olhos e ele cola nossos corpos, e me beija de novo.
Quando meu corpo toca o de Dominic não sei descrever como me sinto exatamente, meu estômago gela e minhas pernas ficam um pouco mole, seu corpo é muito diferente do meu, apesar de tudo, nunca tive essa intimidade com Henry, ou nenhum tipo de intimidade que envolvesse ele invadir meu banheiro durante o banho totalmente nu.
Nunca vi o Henry nu, porém, acho que esse não é o melhor momento para pensar nele ou coisa assim.
Estendo as mãos e toco os ombros de Dominic, meu corpo se arrepia todo, as pontas dos dedos dele, deslizam por minhas costas e meu corpo todo se agita.
—vem para cama comigo—ele convida baixinho.
—pensei que fosse ver séries com as minhas irmãs.
Ele sorri, assim, com um jeito levado, depois, pega o sonete líquido e começa a se banhar, desvio o olhar, lhe dou as costas e sopro arregalando os olhos, constrangida e ao mesmo tempo tão excitada!
—eu comprei elas com chocolate, suas irmãs conseguem ser mais fáceis que as minhas!
Rio, é, pior que são sim, falou que é doce... as pestes são magras de ruins mesmo, amam chocolates.
—e também eu só quero curtir um pouco com você—ele esclarece—meu fornecedor cancelou a reunião de hoje a noite.
—ah.
Dominic e eu ficamos basicamente a manhã toda com as minhas irmãs vendo tv, foi a primeira rodada, logo após nosso café, ficamos na sala vendo tv, nem tirei o pijama, assim como as minhas irmãs, depois, elas pediram o almoço, comida japonesa—só sendo a Cecí e a Luh mesmo para estarem em Paris e comer comida japonesa—almoçamos e fomos para a segunda rodada de séries, Dominic é um apreciador de séries antigas dos anos 2000, assim como as doentes, as pestes estão apaixonadas por ele, eles mais tagarelavam que tudo, no entanto, confesso que nunca as vi assim tão interessadas por um namorado meu.
Com coisa que tive muitos...
—você vem?—ele pergunta e me abraça por trás.
—aham—respondo constrangida.
—não precisa ter vergonha Charlotte.
—é impossível, você está... duro!
Escuto uma risadinha da parte dele, depois ele me solta e se enxágua, minha consciência infelizmente não me deixa ter autonomia, eu fico imaginando o que os meus pais diriam se soubessem disso, eu sempre fui bem do tipo teimosa e dessas garotas que batem boca por qualquer coisa com os pais, porém, nunca desrespeitei eles em nenhum sentido no que se referisse ao que eles acham melhor para mim.
Sei que os meus pais só querem me preservar e gosto disso, eu me auto preservo muito, acho que por isso, eu fico meio bugada com essas coisas quando se trata do Dominic, ficarmos nus, mas para ele já é bem natural.
Claro, é mais velho, já teve várias namoradas, e é homem, eu imagino que para ele as coisas sejam bem mais tranquilas.
—te espero na cama Charlotte.
—tá.
Ele sai do box, consigo sentir a tensão se espalhando pelo meu corpo rapidamente, mas ainda sim, me vejo sorrindo ao finalizar meu banho, visto o roupão e coloco uma toalha nos cabelos, vou para o quarto na ponta dos pés, Dominic está sentado na cama, ele seca os cabelos com uma toalha de rosto, já está seco e... pelado.
Olho para baixo, me aproximo da cama, ele está de costas para mim, subo na cama e o abraço, Dominic me olha de lado e me beija a pontinha do nariz de leve, confesso, ok, ele é bem mais que fofo!
—você está alegrinho hein!—exclamo porque percebo isso.
—claro—Dominic afirma.
—e posso saber o motivo?
Ele me olha e se vira, me sento na cama e coloco o travesseiro em cima da coisinha dele... será que posso chamar de coisinha?
Dominic ri e me puxa, ele me empurra e caio na cama, acabo por rir quando ele sobe em cima de mim e começa a beija meu pescoço, porque tenho cocegas, odeio isso, é involuntário.
—eu já falei que não precisa ter vergonha!—repreende ele relaxado—eu não me importo.
—posso fazer uma pergunta?
—claro!
Dominic está de bom humor, acho que com o passar do dia, ele e eu finalmente fizemos as pazes, mas não é isso, ele de fato, está bem mais cordial, ou seria algo de sua personalidade?
—você sempre fica nu para as garotas no primeiro encontro?
—depende da garota!
Ele se apoia no cotovelo, coloca o rosto na mão e me olha, com o indicador, ele toca os contornos das minhas faces, estou mais leve, mesmo que ele ainda esteja pelado em cima de mim.
—eu gosto de ter liberdade, que a minha mãe não saiba disso, mas já fiquei pelado para algumas garotas.
—você teve muitas namoradas?
—não muitas.
—então você é do tipo que transa com uma garota e dispensa ela no dia seguinte?
—não, eu só sou do tipo de cara que não tem tempo para namorar, muito menos transar com quem quer que seja.
—sei, sei!
—eu só tive 3 namoradas, sério, e a minha mãe não conheceu nenhuma delas.
—contando com a sua esposa?
—contando com você!
—então você está falando que antes de mim, foi ela e mais uma garota?
—exato.
—mas não teve nenhum outro rolo?
—para que quer saber disso querida?
—precisamos nos conhecer ora.
É o meu argumento, Dominic estreita os olhos, mas começo a gostar da conversa.
—eu já dormi com 8 mulheres, é isso o que quer saber?
—até que não foram muitas, pensei que eram mais.
—e não se importa?
—porque eu deveria? Elas fazem parte do seu passado certo?
—sim, fazem.
—eu sou super madura...
—ah é, não consegue ficar pelada na frente do seu namorado, super maduro!
Reviro os olhos, Dominic me provoca, ele sabe que não consigo me sentir tão confortável em ficar nua perto dele, nem de ficar vendo ele pelado assim como se fosse muito normal.
—e o seu dever como namorado é fazer o que?
—te convencer do contrário?
—respeitar ora!
—ah, respeitar, essa era a minha segunda opção.
Rio, toco sua face, eu o beijo, Dominic me puxa e me deixa por cima, rolamos na cama e ele puxa o cordão do meu roupão, ele o abre e puxa para baixo, ele beija meus lábios com mais intensidade, e meu queixo, fecho os olhos e arfo porque começo a me esquentar de novo, a gostar dos beijos, do jeito como ele me despe, suas mãos tocam minhas costas e descem.
—me deixa te ver, te tocar Charlotte, eu adoro o seu corpo.
—como pode adorar algo que não conhece?
—mesmo que não visse, ainda sim adoraria cada pedaço do seu corpo amor.
Sorrio, ele toca os meus lábios e me olha em silêncio.
—o que foi?—pergunto.
—seu sorriso!
—o que tem ele?
—é lindo.
Coro, de fato, ainda mais envergonhada, Dominic me beija bem devagar.
—estou feliz que tenha vindo, minha viajem seria muito vazia sem você Charlotte.
—você é tão diferente do que eu pensei.
—é mesmo? E o que pensou?
Dominic não está surpreso com a minha constatação, mas eu estou surpresa de vê-lo assim tão espontâneo.
—pensei que fosse um desses caras mimados sabe? Você é tão fechado!
—é que eu não tinha ficado pelado para você, agora que me libertei, estou mais a vontade.
Gargalho, Dominic me aperta, ele se acomoda e puxa os cobertores da cama, tiro o roupão, jogo para longe assim como a toalha, mas vou me cobrindo até o pescoço, ele se aconchega e me beija a bochecha, tento deixar a vergonha de lado, subo em cima dele e me deito com a cabeça em seu peito, o corpo dele é tão quentinho.
—viu? Não arranca pedaço!
—se você tentar alguma coisa...
—eu não vou tentar nada querida, não sem a sua permissão, só quero ficar um pouco com você.
—você ainda não me disse porque está tão feliz Dominic King!
—não posso mais ficar feliz?
—assim do nada?
—Charlotte eu sou feliz.
Oprimo o sorriso.
—amigo do Aidan e feliz ao mesmo tempo?
—a ordem dos fatores não altera o resultado.
Acho que não me permiti ver com cuidado Dominic antes, ele é bem divertido mesmo, engraçado, e pela primeira vez em meses, consigo me sentir de fato bem de verdade, despreocupada.
Ele é como um pequeno remédio, percebo.
—não?—pergunto e lhe dou um beijo no peito.
—não mesmo!—reafirma e faz carinho nas minhas costas.
Tento relaxar, parece meio impossível com essa coisa dura encostando na minha barriga, mas tento ao máximo ignorar.
—mais tarde, voltamos para a sala, agora é hora de descansar.
—Dominic você não vai mesmo me falar porque está de bom humor?
—vai saber na hora certa.
Espero que logo.
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