Choices - Concluída

By RozannaLazzaro

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Suas escolhas definem quem é você. Mas e se você simplesmente se deixou levar e não escolheu nada? Seria poss... More

Blow me (one last kiss)
Rollin In The Deep
Cut Right Through Me
Just Like a Pill
Kiss Me
Still Falling For You
Brave
Insatiable (Conteúdo adulto)
Best Of Me
World's On Fire
What Are You Waiting For?
Crash and Burn
After The Rain
Song On Fire
Lost Without You

Rise

83 14 18
By RozannaLazzaro

This is no mistake, no accident
When you think the final nail is in, think again
Don't be surprised, I will still rise

Rise - Katy Perry

Rozanna

Depois desse encontro e dessa revelação, a Sarah acabou voltando pra Nova York, juntou as coisas dela no apartamento e saiu de lá, sempre acompanhada pela Julia e pelas outras garotas da banda. Ela também tinha dado um basta. Depois me disse que havia pedido uma medida protetiva contra ele e o divórcio, não seria um processo fácil pra ela, como não foi pra mim, mas eu tenho certeza que ela estaria bem amparada: além das amigas na banda, ela também tinha a família que estava sempre por perto.

Quanto a mim, eu voltei à minha rotina nas semanas seguintes: trabalho, sair com as garotas para dar risada e meu namorado de volta à cidade, então eu passava mais tempo na casa dele do que na minha. Não achava ruim, só quando a ex-mulher dele aparecia por lá para pegar os filhos. Mas fazia parte do pacote, eu sabia. Nessas horas eu tentava ficar afastada deles e vê-la o mínimo possível.

- Eu sei que é complicado, Tay, mas a sua ex faz de propósito. Ela vem aqui quando você diz que pode levar seus filhos até lá.

- Eu sei, meu anjo. Já tentei falar com ela, mas não adianta. Ela ainda acha que vamos voltar a ser um casal, por mais que ela saiba que agora eu estou com você.

Sempre nesses dias nossas conversas eram sobre isso. T O D A S A S V E Z E S. Nunca brigávamos, mas a conversa era sempre igual. Acho que seria mais fácil se gravassemos e só apertassemos o play quando ela aparecer.

- Sabe que essa é uma boa ideia. - ele estava rindo da minha sugestão. E pela cara dele, estava considerando ela. Pronto, era oficial, além de amigas loucas, tinha também um namorado louco.

Continuamos a conversar e rir da situação, depois fomos pra cama, pois já estava tarde e no dia seguinte eu tinha que viajar pra uma reunião com um novo cliente e ele também iria viajar, mas dessa vez para começar a turnê pelos EUA.

Voltei cerca de dois dias depois e fui direto para o escritório. Chegando lá encontrei um embrulho enorme na minha mesa, acompanhada de um cartão.

OBRIGADA POR ABRIR MEUS OLHOS.

MEU DIVÓRCIO SAIU.

SARAH MILLER

Sorri para o cartão e liguei para ela.

- Oi, Sarah. Acabei de chegar ao escritório e ver seu presente.

- Oi, Ross. Que bom que recebeu. Estava com medo que extraviasse. Você já abriu o pacote?

- Ainda não, preferi te ligar primeiro.

- Então abra e se você preferir, eu posso trocar.

- Não se preocupe, o que você tiver mandado está bom. E como você está lidando com tudo isso?

- Não consigo lembrar de uma época em que estive mais feliz: estou trabalhando bem mais com as garotas, agora consigo viajar com elas despreocupada; moro num apartamento pequeno, mas só pra mim está ótimo. E agora eu consigo sair sem me preocupar com o que o Mark está fazendo. Mas tem uma coisa que me preocupa. O Mark sumiu.

- Como assim sumiu? - todos os pelos do meu corpo se arrepiaram, como um gato quando está acuado.

- Simplesmente sumiu. Depois que ele assinou o divórcio, ele saiu do apartamento que morávamos e alguns colegas de trabalho dele chegaram a me ligar, antes de saberem do divórcio, para saber do paradeiro dele. Fazem pelo menos duas semanas que ele sumiu.

- Você disse pra ele alguma coisa sobre nosso encontro? - um sinal de alerta se acendia no fundo da minha mente.

- Não, disse só que havia descoberto que ele me traiu e que a nossa relação era tóxica, por isso que estava me separando dele.

- Entendi. Bom, ainda bem que ele sumiu. - disse e desliguei o telefone.

Mas não estava nada bem, pois tinha a sensação de que ele sabia que havia sido eu quem alertou a Sarah e por isso ela se separou dele. Naquela noite eu contei minhas preocupações para o Taylor.

- Não acho que ele seja louco de vir atrás de você. Pelo menos não depois do que aconteceu quando ele esteve aqui. - ele tentava me tranquilizar – Se você se sentir mais confortável, eu sempre posso voltar pra casa. Ou você pode viajar um pouco comigo.

- Não precisa voltar, e também não posso viajar com você, tenho que trabalhar. - eu lutava contra o nó no meu estômago formado pela ansiedade que meu ex ainda era capaz de produzir em mim. - E se precisar, eu sempre posso correr pra sua casa. Afinal, ele não sabe onde fica.

Conversamos por mais um tempo e desligamos.

Minha rotina continuava igual, mas alguma coisa estava estranha, não sabia dizer o que. Tudo era aparentemente igual: continuava trabalhando sem parar, saia com as garotas para dar risada, falava com meu namorado todo dia. E ainda assim me sentia incomodada, com um nó no estômago que não sabia de onde vinha.

- Continuo achando muito estranha essa história do Mark ter sumido. - eu disse um dia para o Taylor ao telefone.

- Eu também, mas o que você quer fazer sobre isso?

- Eu conversei com a Priscila, ela sugeriu que fosse até lá conversar com o pai dela. Vou aproveitar pra fazer isso amanhã.

- Você pode também falar com o delegado, aquele que te sugeriu o curso de autodefesa.

- Boa ideia. Vou aproveitar pra fazer isso também.

Continuamos conversando e peguei no sono segurando o celular. Acordei no dia seguinte cedo e com o celular descarregado. Pra minha sorte era sábado e não tinha horário. Quando desci para o café da manhã, a Scarlet já estava lá.

- Caiu da cama, foi?

- Não, peguei no sono falando com o Taylor. Mas foi até bom ter acordado cedo, assim resolvo tudo que preciso. Você vai comigo na casa da Priscila hoje?

- Não, esqueceu que tenho um encontro?

- Sim, esqueci. Mas não tem problema. Vou aproveitar pra ir também até a delegacia, quem sabe o delegado consegue me ajudar.

Terminei meu café e saí com o carro da Scarlet. Fui até a delegacia primeiro. Lá o delegado me disse que não poderia fazer muito, ele emitiu um alerta pra busca do meu ex namorado, pra ver se ele havia saído do estado de Nova York e era isso. Ele não podia fazer mais nada.

Minha visita à delegacia demorou mais do que eu imaginava e acabei saindo de lá no meio da tarde. Parei numa lanchonete lá perto para comer alguma coisa e pensar no que fazer a seguir. Aproveitei para mandar uma mensagem pra Sarah e ligar para o Taylor.

- Você já esperava por isso, certo? Agora o que você vai fazer?

- Ainda não sei, mas vou pra casa da Priscila falar com o pai dela.

- De qualquer forma, acho que o melhor é você avisar a Sarah também.

- Já avisei. E ela também está preocupada com tudo isso. Bom, deixa eu desligar.

- Ok, vamos ter uns dias de folga, então amanhã eu já estou de volta. Até amanhã, meu anjo.

- Até amanhã, Tay.

Terminei meu lanche e saí. Então eu o vi, do outro lado da rua, com um olhar entre a loucura e o ódio. Mark. Fingi que não o vi e segui em direção ao carro. Quando estava próxima dele, senti uma mão agarrando meu braço e me puxando com força. Vou ficar com uma marca.

- A culpa é sua! Ela me largou por culpa sua!

- A culpa é toda sua! - eu puxei meu braço pra me desvencilhar dele – O louco aqui é você!

Eu tentei escapar, mas ele me agarrou e me puxou, fazendo com que eu batesse a cabeça na parede com toda força. Uma dor irradiou por toda minha cabeça, me fazendo lacrimejar. Eu estava confusa. Então o Mark encostou o rosto no meu. Eu tentava desanuviar minha mente. Piscava pra afastar as lágrimas que a dor fazia brotar nos meus olhos.

- Você contou pra ela! A culpa é sua! Eu vou te matar! - ele segurou minha cabeça e a bateu contra a parede com uma fúria que não sabia que ele era capaz.

Nesse momento eu pensei que precisava reagir, senão morreria ali, naquela hora. Então eu me lembrei das aulas de autodefesa e dei um chute o mais forte que consegui na virilha dele. Foi o suficiente para eu conseguir escapar. Mas ele agarrou minha perna, me fazendo cair. Me virei no chão e, quando ele já estava próximo o suficiente, dei um chute no estômago dele. Me levantei e corri.

Apesar de ser fim de semana, a rua estava vazia. Quando estava quase chegando na esquina da avenida, ele me alcançou e puxou meu braço. Eu consegui me virar e dar uma cotovelada no nariz dele, fazendo com que ele caísse no chão e batesse a cabeça na guia com um som horrível, e ele ficou ali, imóvel. Então eu senti alguém me segurando pelos ombros e me virando. Encarei um policial.

- Moça, o que aconteceu?

- Ele me atacou. Ele me atacou e tentou me matar. - em algum lugar no fundo do meu cérebro eu pensei que soava histérica, mas só conseguia repetir. E gritar.

Nesse momento vi o parceiro do policial que me segurava passar por nós, até onde estava meu ex.

- Moça, quem era ele?

“Era”? Será que ele havia escapado de novo?

- Meu ex namorado. Eu preciso ir embora daqui, preciso ir pra casa da Priscila. - comecei a ouvir uma sirene de ambulância ao fundo, não entendi porque haviam chamado uma ambulância pra mim.

- Calma, moça. Tem alguém pra quem possamos ligar?

Assenti. Peguei meu celular, desbloqueei, localizei o telefone da Priscila e entreguei para o policial. Ele pegou o número e passou para o parceiro, me devolvendo o celular. Logo depois dois enfermeiros apareceram e me levaram até a ambulância. Não havia reparado que eu sangrava. Pouco depois eu vi o policial que havia me segurado falando com um dos enfermeiros. Eles cochichavam alguma coisa. O policial veio falar comigo.

- Qual seu nome, moça?

- Ross. - disse simplesmente.

- Ross, eu sou o policial Deryl. Você pode me contar o que aconteceu? - ele soava quase paternal.

Então eu contei tudo, desde quando morava em Nola, como conheci Mark e tudo o que me levou até aquele momento. E chorei. De desespero e raiva por estar ali, daquele jeito.

- Ross, você vai para o hospital agora. Sua amiga já está avisada e vai te encontrar lá. Não se preocupe, seu ex namorado não vai mais te fazer mal. Ele morreu.

Não sabia o que eu estava sentindo. Estava abalada pelo que tive que fazer. Chorava de raiva por tudo pelo que ele havia me feito passar. Mas, principalmente, me sentia livre.

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