What Are You Waiting For?

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Don't you wanna spread your wings and fly?
Don't you wanna really live your life?
Don't you wanna love before you die?
What are you waiting for wow?

What are you waiting for? - Nickelback

Rozanna

Quando o Taylor foi embora eu mal tive tempo de respirar, meus pais começaram um interrogatório que envolvia as perguntas “o que você está fazendo nos Estados Unidos?”, “você não percebeu que o Mark era um psicopata?”, “por que um homem com família?” e por aí. Minha mãe não aceitava o fato dele já ter filhos, ela achava que pra existir família, precisavam existir filhos e ela não aceitava que eu não pretendia ter filhos. Meu pai também, mas ele não palpitava muito sobre esse assunto, já que o deixava constrangido.

Fui salva pelo médico que estava fazendo a ronda dele e precisava me examinar. Graças a Deus ele pediu para meus pais saírem.

- Como a senhorita está? Sentindo dor?

- Meus braços estão doloridos, mas a cabeça não dói mais.

- As dores no corpo são normais pra esse tipo de trauma, o que mais preocupa é a cabeça. Vou pedir alguns exames só pra ter certeza que está tudo ok, mas você vai ter que ficar mais uns dias aqui. Por precaução.

Não discuti. Acho que isso era melhor do que ter que ficar em casa com meus pais querendo me forçar a voltar para o Brasil. Mas minha calma acabou quando eles voltaram pro quarto.

- Bom, minha filha, então nós vamos voltar pra casa e vamos arrumar suas coisas pra começar a enviar de volta pra casa. - meu pai disse.

- Não vou voltar pro Brasil. Minha casa é aqui agora. - meus pais fecharam a cara e tentaram protestar, mas eu continuei – Vou voltar pra lá pra fazer o quê? Trabalhar em escritório de advocacia? Ser professora? Não mesmo! Não vou voltar pra lá pra ficar sobrevivendo, sem poder fazer o que eu amo e, principalmente, ficar longe do meu namorado.

- Filha você não pode ficar aqui, longe da sua família. E se esse moço for outro louco? Você pode não ter a mesma sorte que teve dessa vez.

- Mãe, o Taylor não é igual o Mark. E se não tivesse conhecido meu ex aqui, seria em qualquer outro lugar. O que aconteceu com ele ontem não foi sorte, eu sei me defender. Agora que eu faço o que eu quero, do jeito que eu quero e com quem eu quero, não quero voltar a ser o que vocês escolheram pra mim só pra que fiquem contentes, já que é exatamente isso que vai acontecer, vocês vão ficar contentes, não felizes. Eu não vou estar feliz. É isso que vocês querem?

Minha mãe chorava baixinho e meu pai estava na janela, de costas pra mim. Meu pai se virou, olhou pra mim e abraçou minha mãe.

- Nós não queremos te ver infeliz, queremos te ver segura. Por isso a melhor coisa é você ficar com sua família agora e…

- Não. Isso está fora de cogitação. Eu não vou voltar pro Brasil. Existem loucos lá também! E se eu voltar, vou ser infeliz lá.

Ouvimos uma batida na porta, era a Scarlet chegando com a Priscila pra ver como eu estava. Ela logo percebeu que a coisa não ia bem, pela minha cara de poucos amigos. Mas ela não se intimidou e ficou por ali. Conversamos um pouco sobre trabalho, sobre os planos para os próximos dias, até que ela tocou no ponto que conversava com minha família um pouco antes: o que eu faria a seguir.

- Esquece, mãe. Não vou me mudar daqui. Se a Scarlet preferir, eu mudo pra outra casa, mas não vou sair de Tulsa! Por conta de um erro, de uma coisa ruim que aconteceu, eu tenho que parar minha vida? Eu tenho que desistir de tudo?

Choices - ConcluídaUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum