Song On Fire

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I'm dying to show you
This could end happily ever after
There doesn't ever have to be disaster
And all you have to do is sing along

Song on Fire - Nickelback

Rozanna

Segui trabalhando normalmente nos clipes, minha viagem pra Nova York se aproximava, então liguei pra Sarah pra dizer que iria visitá-la e as garotas da banda. Ela ficou bem animada com a notícia, queria me apresentar seu namorado também. Era bom ver que todo mundo estava seguindo com a vida. Ou quase todo mundo. Os dias se seguiram e o Taylor parou de mencionar a ex ou o nosso problema, então parei de perguntar também.

- Mas você já deu sua resposta pra ele? - Scarlet perguntou um dia no almoço.

- Resposta de quê? - eu nem tinha comentado com a Priscila sobre o pedido do Taylor, então ela estava meio perdida.

- O Taylor me chamou pra morar com ele. E antes que você diga qualquer coisa, não respondi por causa da situação toda com a ex. - contei toda a história pra ela, que ficava cada vez mais indignada.

- Você fez muito bem em não responder, ele tem mesmo que resolver isso.

- Eu sei, Priscila, mas ainda fico ansiosa quando se trata desse assunto. Mesmo porque ele está viajando e não sei se alguma coisa mudou ou não. Enquanto isso, vou fingindo que nada está acontecendo e levando ele em banho-maria. Semana que vem eu vou pra Nova York e ele volta no mesmo dia que eu da turnê, então vou sentar e conversar com ele sobre isso.

- O que eu acho que você faz muito bem, afinal de contas, homens sempre precisam de um incentivo pra resolver os problemas.

Com essa afirmação categórica da Scarlet rimos e voltamos pro escritório.

No mesmo dia eu disse para o Taylor que iria para Nova York na semana seguinte para uma gravação e que voltaria no mesmo dia que ele.

- Acho bom você voltar junto comigo mesmo, a gente vai precisar ter uma conversa longa. - ele diz em tom de brincadeira.

- Nossa, que seriedade é essa? Até parece que a gente não se vê há uns 2 meses.

- Pra mim parece muito mais do que isso. Mas a gente compensa tudo quando eu voltar.

Ele sabia ser fofo quando queria.

Saindo a noite do escritório tive uma surpresa um tanto desagradável: a Natalie estava me esperando lá na frente.

- Ross, eu preciso falar com você. Será que você tem um minuto?

- Olha, Natalie, eu não quero ser desagradável nem nada, mas eu tô bem cansada e preciso terminar umas coisas antes de viajar.

- Eu sei, sua amiga me disse que você vai pra Nova York, mas eu precisava mesmo falar com você. - ela soou quase suplicante, mas não queria ficar conversando com ela mais do que o necessário.

- Não posso mesmo, me desculpe. Boa noite, Natalie.

Mesmo com o pensamento de que alguma coisa estava errada, me viro e saio. Vou pra casa arrumar minha mala para a viagem.

Minha ida para Nova York é bem melhor do que eu esperava, fiquei encantada com a cidade e quase não me lembrei da minha última – e única – ida até lá. As garotas da banda fizeram um verdadeiro tour comigo. Julia não podia estar mais feliz com o recente romance com o Zac, apesar da distância. Sarah também está bem feliz com o namorado novo, um médico emergencista, então os horários loucos dos dois não são um problema. Além dele ser uma pessoa incrível, sabe por tudo que ela passou, então está sempre cuidando dela com um carinho admirável. Fico pensando em como nós duas tivemos sorte, apesar de tudo. Nesse momento meu celular toca, sorrio para a tela com o nome do Taylor.

- Boa noite, meu amor. Tudo bem?

- Boa noite, meu anjo. Tudo bem, e com você? - ele soa cansado e alguma outra coisa que não consigo identificar.

- Tudo bem sim. Aconteceu alguma coisa?

- Eu preferia falar disso pessoalmente. Quando você voltar, será que você pode ir direto pra minha casa? Pra nossa casa?

- Claro. Meu voo chega tarde, acho que por volta das 22hs, eu pego um táxi direto pra lá. Tá tudo bem?

- Tá sim, mas a gente precisa conversar com calma. Quando você chegar eu te explico.

Mesmo com o coração apertado, concordo e desligo. Fico as horas seguintes remoendo o que ele disse e tentando imaginar o que poderia estar acontecendo. Cheguei em Tulsa pouco depois das 22hs. Assim que saí do aeroporto, começou uma chuva torrencial, como nunca havia visto por lá, entro no táxi e sigo direto pra casa do Taylor.

Chegando lá vejo as luzes da sala acesas, então sei que ele está em casa. Desço do táxi e paro na porta, mas antes de bater vejo que ele não está sozinho. A Natalie também está lá. Ela parece abatida, ele também. Não quero ficar olhando aquela cena e quando estou prestes a entrar, ele passa o braço pelos ombros dela. Ela o abraça. Meu coração se despedaça, quebrado em milhares de pedaços. Me viro e vou embora na chuva. Em algum momento do caminho pego um táxi e passo o endereço pro motorista. O endereço da minha casa.

Choices - ConcluídaWhere stories live. Discover now