Nimbus e os Cavaleiros de Cen...

By RodrigoMataro

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Em um mundo onde continentes flutuam sobre nuvens mortais onde monstros colossais ameaçam a humanidade, um jo... More

Obrigado, este Livro tem os melhores Leitores
Prólogo (Primeira Parte)
Prólogo (Parte Final)
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24

Capítulo 19

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By RodrigoMataro

Esconderijo...

Nimbus estava há mais de duas semanas no depósito da Brand, sua armadura havia sido retirada e colocada dentro de algumas caixas para não chamar a atenção, ele sabia que não conseguiria se misturar aos guardas, provavelmente todos se conheciam. Nunca mais iria beber e esquecer das suas obrigações.

Ele se limitava a ficar bem no fundo do depósito, atrás de algumas pilhas de caixas e prateleiras abarrotadas de comida, quando alguém se aproximava ele, simplesmente se mantinha atrás das coisas e se alguém se aproximasse muito, corria sorrateiramente entre uma e outra.

No primeiro dia em que ficou escondido após entrar na nave, acordou com o forte som das turbinas trabalhando a todo vapor, o sacolejar da nave era constante e fazia seu estômago embrulhar, e depois de alguns minutos observando o teto e desfrutando da maior ressaca da sua vida, ele se deu conta do que havia feito.

Num certo dia, desceram mais de cinco pessoas para dentro do local, três mulheres e um homem. Todos carregando pranchetas.

— Esse capitão é maluco, nunca vi alguém fazer uma contagem de estoque com duas semanas de viagem — o homem reclamou e Nimbus notou que não iria conseguir se manter escondido de cinco pessoas se elas fossem contar tudo que havia por ali, para acabar logo com aquilo, Nimbus saiu de trás da pilha de caixas onde estava escondido e ficou parado no meio do corredor. Imediatamente ele foi visto.

— Ei, quem é você? Como entrou aqui? — perguntou um dos homens, no mesmo momento em que o avistou.

— Eu nunca vi ele por aqui, com certeza não trabalha na cozinha — uma mulher falou.

— O que você está fazendo aqui? Se explique! — O homem se aproximou e pegou Nimbus pelo antebraço.

— Calma, eu estava carregando as caixas e fiquei por aqui — respondeu Nimbus.

— Como assim, você está aqui desde quando?

— Ué, desde que a gente partiu.

— Que horror, ele é um clandestino. — falou uma das mulheres.

Assim começou toda a confusão, foram chamados os guardas e Nimbus foi levado para a ponte de comando onde estava o capitão. Agora Lonios o tinha levado até a seu camarote, e estava tão furioso que não havia falado nada durante todo o caminho. Ele praticamente empurrou Nimbus para dentro da cabine e começou a falar.

— Nimbus o que você tinha na cabeça quando se escondeu dentro dessa nave, você sabe da periculosidade dessa missão? Você sabe a loucura que você fez? A cada dúzia de naves que partem sozinhas pelo éter, somente metade chega ao destino? Nós temos cinquenta por cento de chance de morrer nessa viagem Nimbus, o que eu ensinei a você não valeu de nada não é, entrou por um ouvido e saiu pelo outro, só pode ter sido isso, você não aprendeu nada do que eu lhe ensinei, agora não sei se você era a pessoa certa para eu tomar como aprendiz, realmente não sei.

Nimbus não falou nada, apenas se segurou como pôde, mas não conseguiu e lágrimas escorreram pelo seu rosto.

— Nimbus você não entende o perigo que está correndo, existem coisas pelo éter de que nem mesmo eu posso te proteger. E nós somos somente duas naves, se somente um monstro do éter, grande o suficiente, nos atacar, tudo estará perdido, não poderemos fazer nada. Ele vai afundar as duas naves. — Lonios se aproximou do garoto e colocou as duas mãos sobre os seus ombros e enquanto falava ele se abaixou um pouco e ficou cara a cara com ele.

— Desculpe Mestre. — Nimbus continuava a chorar baixinho.

Lonios deu um suspiro profundo e voltou a falar enquanto caminhava de um lado para o outro do camarote, com uma das mãos sobre a testa.

— Está bem, já que não podemos voltar vou ter que arranjar alguma coisa para você fazer, aqui todos trabalham. Deixa eu ver, eles não vão aceitá-lo como um soldado, o grupo já está fechado, acho que vou levá-lo para o Dr. Henry, mas antes, me fale, como você conseguiu entrar aqui?

Nimbus ainda um pouco envergonhado e de cabeça baixa, enxugou o choro e começou a falar da história que foi confundido com um guarda, e ele aproveitou a oportunidade, mas omitiu a bebedeira. Enquanto ele contava a história, Lonios começou a guiá-lo pelos corredores.

— Maldição! Não deveria ter ensinado a você sobre como é importante aproveitar as oportunidades — Lonios tentou acalmar seu aprendiz. Depois de mais alguns corredores e lances de escada que Nimbus não sabia identificar, eles chegaram a uma sala pouco iluminada, mas com muito barulho. Ela era muito grande e ocupava mais da metade da nave e em toda a sua extensão havia enormes construções de metal semelhante a caixas que Nimbus desconhecia. Chegando lá, Lonios perguntou para um dos vários homens que estavam andando para lá e para cá, no local:

— Onde está o Dr. Henry? — O homem apenas apontou para um canto, e Lonios conduziu Nimbus até lá.

Chegando no local, o cavaleiro acenou para um homem, ele tinha aproximadamente uns quarenta anos, estava um pouco acima do peso, careca, com cabelos apenas na lateral da cabeça, usava um macacão sujo de óleo e por baixo uma regata que mostrava que ele tinha braços e peitoral muito fortes. Ele reconheceu Lonios e se aproximou.

— Sãr Lonios o que o traz aqui na minha engenharia? Se não me engano só o vi por aqui quando a nave foi apresentada ao senhor. — Quase não podia se escutar o que o homem falava, pois o som das máquinas trabalhando estava muito alto.

— Verdade, não me interessa muito essa parte das naves, não gosto do barulho. Podemos conversar em um local mais tranquilo?

— Pois não, me acompanhem. — Ele caminhou para um canto e entrou em uma sala em que o barulho era menor, chegando lá, ele retirou tampões que tinha colocado dentro da orelha. — No que posso ajudá-lo, Sãr Lonios?

— Dr. Henry esse é meu escudeiro Nimbus, ele entrou clandestinamente nessa nave e foi descoberto somente agora.

— Ahh! Então é esse o motivo de tanto alvoroço dos guardas. — ele gargalhou e estendeu a mão para Nimbus e se apresentou. — Prazer eu sou Dr. Henry Motigomeri.

— Sim é ele — Lonios mostrou um sorriso largo para o Doutor. — Mas o capitão exige que ele tenha um emprego aqui na Brand, o senhor não teria uma vaga na sua equipe para ele?

— Claro, sem problemas, aqui sempre precisamos de mais gente, o trabalho nunca acaba, mais uma mão seria muito bem-vinda. — O velho olhou para Nimbus analiticamente.

— Bom, não vou precisar me preocupar com isso então — após dizer isso, Lonios se virou em direção a Nimbus. — Não pense que você vai parar o seu treinamento, você ficou muito tempo sem treinar, todos os dias quando seu turno acabar me procure, entendeu? Muito bem então, nos vemos depois, Nimbus. — O cavaleiro se virou para Dr. Henry. — Ele é todo seu doutor, até mais — depois ele rapidamente, foi embora.

***

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