Capítulo 22

68 13 5
                                    

Após isso Nimbus dormiu novamente, o sono estava bom, pois fazia bastante tempo que ele não desfrutava do conforto de uma cama. E a noite passou tranquila, Nimbus estava realmente cansado e acordou somente no outro dia. No momento em que ele abriu os olhos, Jaime já estava acordado e se vestindo para o trabalho. Também havia vários outros tripulantes andando de um lado para o outro dentro do cômodo.

— Bom dia Nimbus, pronto para ir trabalhar? — Jaime perguntou.

— Bom... dia — Nimbus estava com os olhos inchados de tanto dormir, e acordar era um pouco difícil.

— E aí pronto para ir para a engenharia?

— Como você sabe que eu vou para a engenharia? — Nimbus perguntou, espantado que até isso todos já sabiam.

— Seria porque você está no alojamento da tripulação da engenharia? Além disso, eu vi você e o Sãr Lonios conversando com o Dr. Henry.

— Entendi, então é óbvio que vou para lá.

— Sim realmente, se você quiser companhia eu vou para lá também, meu turno começa agora.

— Aceito sim. — Nimbus se arrumou rapidamente, lembrou que não era permitido portar armas dentro da Brand, pegou a sua espada que havia escondido embaixo do colchão antes de dormir e a guardou dentro do baú que ficava ao pé da sua cama e viu que ali havia um macacão semelhante ao que Dr. Henry usava, ele o retirou dali, trocou de roupa e para garantir, fechou o cadeado e levou a chave consigo. Depois de arrumado ele foi com Jaime para a engenharia, durante o caminho o garoto explicou tudo para Nimbus.

— Esse alojamento na frente do nosso é o outro alojamento do pessoal da engenharia, o mais de trás é dos soldados, e o na frente deste é do pessoal de serviços gerais.

— Serviços gerais? — perguntou Nimbus.

— Sim, carpinteiros, artesãos, e mais alguns serviços específicos.

Eles chegaram à porta do final do corredor e entraram na engenharia, o barulho continuava ensurdecedor. Vários homens andavam pra lá e pra cá executando as suas tarefas.

Ele se despediu de Jaime e foi à procura do Dr. Henry. O encontrou conversando com alguns homens, aparentemente dando instruções, quando o avistou, Henry se despediu dos homens e foi em sua direção.

— Bom dia garoto, espero que tenha descansado, porque o dia hoje será longo — falou, quando se aproximou de Nimbus, ele quase não ouviu por causa do barulho.

— Sim Dr. Henry — ele se lembrou que no dia anterior ele não queria ser chamado de senhor.

— Bom, vamos lá então. — Ele começou a caminhar e chamou Nimbus fazendo um sinal com a mão para o acompanhar. Caminharam um pouco e chegaram em uma sala. Ali havia vários armários pequenos um em cima do outro, o homem se aproximou de um deles e falou:

— Nimbus esse aqui é o seu armário. Nele vão ficar os seus pertences. Dê uma olhada.

Lá dentro estava pendurado num cabide, um avental de couro sem mangas, e algumas camisetas, tinha também um par de botas, luvas, também de couro e dois tampões para os ouvidos.

— Entendeu? Coloque o avental e me acompanhe. — Ele esperou Nimbus se vestir e o conduziu.

Nimbus imaginou no que iria trabalhar. Será que seria um ajudante de mecânico e aprenderia a consertar a Brand? Ele estava apreensivo. Caminhando um pouco o homem o levou até um local e lá estava Jaime com o mesmo uniforme que Nimbus, todo sujo de óleo, segurando uma vassoura e alguns panos sujos. Chegando lá Dr. Henry chamou o garoto.

Nimbus e os Cavaleiros de CenferumOù les histoires vivent. Découvrez maintenant