Paixão Inocente

By DTojal

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Nesta sequência acompanharemos Valentina e Thomáz vivendo o seu amor no último mês que eles terão para curti... More

Préfacio/O aniversário de Valentina
Entre lençóis
Manhattan
O beijo que nunca existiu
Me deixa entrar na sua vida, Valentina?
Aquele beijo
Eu estou me apaixonando por você...
Meu medo é te amar...
No conforto do seus braços
Uma escolha que pode mudar tudo
Inverno
"Eu acho que te amo"
Nossa primeira vez
Eu e ele contra o mundo
Scars to your beautiful
Não me deixe
Se lembre-se de Paris...
Não pode ser ele?!
A grande surpresa
O garoto de Liverpool
A loucura que é você
Os demônios que habitam em mim
O último beijo do ano
A dança
Ah, minha vida!
Este coração
A inércia do pesadelo
Como você pode esconder isso de mim!
Nova jornada

O que eu não estou vendo?

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By DTojal

Consigo olhar todos com clareza. Mais não consigo falar. Vejo todos me olhando com uma expressão preocupados ao mesmo tempo eufóricos. Um zumbido forte me incomoda, acabo não conseguindo mais prestar atenção no que estão falando.

O Dr Benjamim e o Dr Jensen chegam. Começam a me examinar, o Dr Jensen põe uma luz forte em cada um dos meus olhos. Vejo os conversando, mais não consigo ouvi-los. Aquilo me deixa agoniada e nervosa. Eles notam algo no monitor e se agitam. Pego a mão  do Dr Benjamim, ele começa a gesticular, acho que ele quer que me acalme. Desvio o olhar. E noto um olhar diferente do Thomáz para as nossas mãos. Como se estivesse incomodado com aquilo. Nunca notei o saltar diferente nos seus olhos . Era tudo tão estranho. Sinto um arrepio diferente com a presença dele.

Isso que eu estava sentindo me incomodava. E a forma que ele estava olhando me incomodava ainda mais.

               ...............................................

Hoje completava 3 semanas após a cirurgia. Receberei alta logo pela manhã. Ainda não poderei voltar para o Brasil, terei que ficar mais um tempo aqui. Estava tão feliz de sair deste hospital. Estava tudo tão estranho, o Dr Benjamim estava tão formal comigo. Não entendo o porque? Ele só passava as visitas e só. Nunca mais conversou comigo, a não ser para perguntar como eu me sentia.

Nesses dias o único que não fazia esse lugar parecer melhor era o Christopher. Eu me sentia tão bem com ele. Me visitava todos os dias por 2:00. Só o que o horário de visitas permitia, mas aquelas horas me faziam tão bem.

Minha mãe entra no quarto no telefone e logo em seguida o desliga.

- Amanhã, vamos fazer um jantar! - dispara
- Um jantar? - rebato
- Sim, para comemorar-mos a sua recuperação! - diz
- Mãe, acho que não estou pronta para este tipo de programa. Só quero sair deste lugar! - rebato
- Querida, temos que comemorar! E além do mais sua irmã voltou para te ver e seu papa está preparando um prato no para você. Não vai fazer essa desfeita para eles... - indaga
- Chantagem emocional, agora? - questiono
- Só um pouquinho. Convidei o Dr. Benjamim como gesto de agradecimento por cuidar tão bem de você! - avisa - Chamei o Dr Jensen mais ele não poderá ir porque é o seu aniversário de casamento...
- Chamou os meus médicos também? - questiono - Sério, mãe? Quem mais a senhora chamou?
- Poucas pessoas, a Isla e o Edward... o Christopher e o Thomáz, também! - responde
- Um jantar simples? Não podia ser só a gente? - questiono
- Compramos uma casa tão grande, queremos inaugura-lá com a sua alta. Não vejo mau algum... - responde - Vamos, minha Valente se anime!!!
- Ok... O Dr Benjamim confirmou se iria? - questiono
- Ele disse que ia tentar ir... - responde - Mais não confirmou nada!
- Só não entendi o porque de convida-ló mais tudo bem... - rebato

Que vontade de pular. Finalmente vou para uma casa. Queria que fosse a minha real casa mais essa nova em outro país está boa. Papa estava no carro me esperando para poder irmos. A enfermeira para a cadeira de rodas na porta do carro e me ajuda a entrar. Ainda é muito dolorido me sentar. Mais o fisioterapeuta recomendou ficar o máximo possível, isso ajudava o meu corpo ir se adaptando com aquilo novamente. Confesso que queria me deitas neste banco, mas eu tenho que dar o pontapé inicial para minha total recuperação.

Chegamos na nossa nova casa temporária. Os portões se abrem...

- Essa casa não me parece temporária... -
disparo

Era bem maior que a nossa casa. Era uma mansão meio rústica com as colunas brancas, janelas e portas. O jardim era enorme, havia um caminho para carros de areia. Havia um chafariz entre a casa e o caminho para saída. Se a entra é tão grande, não imagino os fundos.

Meus pais me ajudam a sair do carro.

- Gostou? - pergunta meu pai
- Se eu gostei? Ela é incrível! Não quero nem imaginar o preço deste "incrível"... - respondo
- Alguns milhões bem gastos! - rebate orgulhoso - Na verdade eu estava de olho nela há algum tempo...
- Seu pai namorava essa casa, querida. Antes ele não tinha um motivo para comprá-la. - dispara minha mãe
- Não achava necessário comprá-la se eu fica só dias...- rebate - Só vinha acompanhar como andava o restaurante e só! - completa
- Ela é linda, pai! - digo
- Contratei pessoas para cuidar da casa. Jardineiros, empregas, um cuidador para a piscina, um para cuidar dos consertos da casa, e contratei uma governanta para cuidar de tudo da casa. Eu quero essa casa funcionando impecavelmente... - indaga
- Virou o novo amor do seu pai - sussurra minha mãe
- É fica alguns minutos dos Bennett's! - completa
- Chega de namorar a casa, Jean! Ela é linda, nos amamos. Mas a Valentina precisa descansar... - interrompeu minha mãe
- Vamos querida, vamos para o quarto! - dispara meu pai

Acordo mais revigorada. Essa cama é tão macia, acho que a amo. Muito melhor que uma cama de hospital por melhor que ele seja. Me apoio para levantar e pegar a bengala. Vejo um embrulho na cadeira. É uma caixa grande, pego o cartão e abro para Lê-lo...

Espero que goste do presente. É para usá-lo hoje no seu jantar de retorno para a vida normal.

Beijos, Diana

Abro a caixa. Era um vestido Rodarte rosa claro. Era tão lindo e delicado. Não era tão longo. Devia bater uns 30 centímetros antes de chegar ao pé. Sem mangas e sem decote. Com uma pequena fenda nas costas. Não podia usar salto, mal conseguia andar sem nada imagina com salto. Vou devagar até o closet, e o abro. Estava com bastante roupas e sapatos. Não me lembro destas roupas, devem ser novas. Vejo uma sapatilha nude e as pego com a bengala uma por uma. Fecho o closet e vou para o banheiro tomar um banho. Pela primeira vez em um longo tempo, vou conseguir tomar banho sozinha.

Abro o chuveiro. Entro de cabeça no banho, uma coisa tão pequena fazia tanta falta. Sem enfermeiras e sem mãe para me dar banho.
Fico parada contemplando aquele momento tão mágico...

Uns borrões invadem os meus pensamentos. Era um borrão de um homem e a mulher. Não consigo entender. Eles pareciam estar em um chuveiro. Pareciam muito íntimos, não consigo ver nitidamente. A mulher... ela parecia comigo!?

- Você não viu nada... - um homem diz

O que está acontecendo? O que eu não estou vendo? O que aconteceu comigo? O porque a mulher se parece comigo? E quem era esse homem?

Minha cabeça está em chamas. Fecho chuveiro e saio.

Pego os meus remédios para dor e os tomos. Me deito e descanso. Minha cabeça e onde levei o tiro doem.

O que aconteceu comigo?

Minha mãe entra no quarto.

- O que foi querida? - pergunta preocupada
- Minha cabeça dói um pouco! - respondo
- Tomou o remédio? - pergunta
- Tomei, sim! Já está passando... - respondo
- Querida, se não estiver bem eu cancelo o jantar! - diz
- Não precisa, já estou melhor! - disparo
- Tem certeza? - questiona
- Sim, sim... só quero ajuda para me arrumar! - digo

Me olho no espelho. Pela primeira vez em muito tempo me vejo bonita. Agora que reparei no meu cabelo como está diferente. Iluminados e curtos. Eu gosto na verdade, eu amei. Minha sorte que não fiquei careca. Mais se eu ficasse não iria odiar, talvez.

Minha mãe chega no quarto.

- Os convidados já chegarão! - dispara
- Todos? - questiono
- O Christopher e o Dr. Benjamim ainda não... - diz
- Ah tá... - disparo

Desço com a ajuda da minha mãe. Vejo todos espalhados. Vejo meu papa conversando com a Isla e o Edward. Estranho o Christopher não está. Vejo a Diana com o Thomáz estavam próximos. O mais estranho era que eu estava incomodada com aquilo. Eles são casados, não era para me incomodar com isso.

Recebo a atenção de todos.

- Olha ela! - dispara o papa

Isla e Edward vem até mim. Isla me abraça logo em seguida o Edward.

- Ficamos felizes com a sua melhora! - dispara Edward
- Obrigado... e o Christopher não veio? - rebato
- Ele está vindo! - diz

Em seguida, Diana se aproxima com o Thomáz.
Ela me abraça euforia...

- Aii! - disparo
- Desculpa, irmãzinha fico feliz de ver você tão bem e tão bonita... - diz - O vestido ficou lindo em você! Você sabia que foi o Thomáz que escolheu... - completa
- Obrigado pelo vestido! Eu adorei... - respondo olhando para ela e em seguida para ele
- Oi, Thomáz... - digo

Ele me abraça forte. Aquele abraço era tão familiar. Mais não me lembro de ter nos abraçado assim. Ele me solta, como se estivesse culpado por alguma coisa.

- Fico feliz que esteja bem! - diz
- Obrigado, pena que estragou a nossa viagem...- disparo
- Você se lembra? - questiona
- Não, foi minha mãe que contou que estávamos em viagem. Fiquei até surpresa! - respondo
- Ah sim. - diz meio frustrado
- É como está a vida de casados? - pergunto para cortar o clima - A Mamãe falou que casaram...

Eles se olham.

- Estávamos meio distantes. Mais agora estamos bem na verdade ótimos... - responde Diana
- Que bom, fico feliz por vocês! - digo
- Obrigado - diz Thomáz com um olhar confuso

Estávamos todos na sala conversando. Enquanto o papa finalizava o jantar. A companhia toca.

- Deve ser o Christopher! - dispara Isla

O Dr. Benjamim aparece na entrada. Ele estava tão bonito. Sinto um frio na barriga com a sua chegada. E logo em seguida entra uma mulher o acompanhando. Nossa como ela era bonita.

- Kara ? - diz Thomáz
- Thomáz! - rebate Kara
- Vocês se conhecem? - questiona Diana
- Sim! Ela era minha ex! - responde Thomáz

Continua no próximo capítulo!

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