No conforto do seus braços

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- O que você está falando? - questiono
- Eu sei, Valentina! - dispara
- Você sabe o quê? - pergunto desesperada
- Que a sua gaiola que te impede de ser feliz é o Thomáz...- diz - Eu não estou te condenando, eu quero é te libertar dele. Olha o que ele fez com você? Ele tirou a alegria do seus olhos. - completa
- Você não sabe o que está falando! - rebato
- Eu sei, sim! O que aquele merda fez com você...- grita
- Não é culpa dele! A culpa é minha. Eu sou o lixo da história...- disparo
- Não a culpa não é sua! Você é só uma menina, tem o direito de se encantar por qualquer um. Mas ele como marido da sua irmã não tinha o direito de retribui! - diz
- Ele me ama! - digo
- Não, Valentina, não ama! Ele só ama a sua beleza, o seu corpo, a sua juventude. Ele não te ama, ele só ama o que você dá para ele! - rebate
- Por favor, para! Não me deixa pior do que já estou! - digo cansada
- Não é para se sentir menor, Valentina! Você está aqui comigo. Porque você sente algo por mim. Deixa eu te amar, deixa eu te proteger... - diz segurando o me rosto
- Eu não posso...- digo
- Pode sim! - responde e me beija

Eu retribuo o seu beijo. Tão doce e tão sereno, eu gostava da sua boca na minha, dos seus beijos.

Ele para e me encara.

- Me deixa te proteger. Quando você for embora eu vou com você. Largo tudo para ficar com você... - diz
- Você é louco! - digo
- Não louco, apaixonado... - rebate - E eu sei que você sente a mesma coisa, eu sinto - completa
- Passe a noite comigo? - pergunto
- Não precisava pedir! - responde
- Mais não é da forma que você está pensando! Só dorme comigo... - afirmo
- Seria uma honra você nos meus braços... - rebate

Nos deitamos. Encontro um conforto em seus braços. Enquanto eu estou deitada em seu peito, ouço suas batidas tão serenas quanto seu rosto dormindo. Me sento e fico o olhando. Ele é tão bonito, tão doce e compreensivo. Ele foi o único que me fez esquecer essa bagunça que está minha vida. Eu toco seu rosto e o acaricio. Volto a me deita em seu peito, seu corpo reage com a chegada do meu corpo. Vou até seu ouvido...

- Eu estou me apaixonando por você... - sussurro em seu ouvido - Posso até ousar a dizer que te amo...

Volto e me deito de volta em seu peito.

Acordo num susto. Era o Christopher fechando a porta.

- Foi mau! Não queria te acorda. Só fui pegar o nosso café! - se desculpa
- Não precisava se desculpar, tinha que acordar alguma hora... - brinco me espreguiçando
- Ótimo, seu café da manhã! Temos bolo, waffles, panquecas, bacon, torradas, suco e café. - diz
- Nossa bastante coisas...- digo
- Somos americanos, esse é nosso café da manhã tradicional! - brinca
- Estou vendo, vou aceitar os waffles e o suco, por favor. - digo
- Isso aí, tem que manter esse corpo perfeito! - brinca
- Idiota... - disparo
- Linda! - rebate

Acabamos o nosso café. O telefone toca. Vejo e era ele, o Thomáz. Olho para o Christopher.

- É ele, não é? - questiona

Respondo com a cabeça.

- Atende - dispara
- Não quero! - rebato
- Ele deve está puto, querendo saber onde está. Melhor atender! - diz

Por insistência do Christopher atendo o celular.

- Alô - digo
- Onde você está? - diz furioso
- Eu sai... - digo
- Com o Christopher, não é? - dispara
- Sim - respondo
- Eu quero que você se afaste dele! - indaga - Onde você está, eu vou te buscar... - completa
- Em breve, estou em casa... - rebate

Christopher pega o celular da minha mão.

- Alô, irmãozinho! Desculpa mais a Valentina, não pode falar no momento! - dispara e desliga
- Você é louco! - digo
- Sim, por você! Toma seu celular. Se eu fosse você manteria ele desligado! - exclama
- Ele vai me matar. Espero que você tenha uma ótima desculpa! - disparo
- Vou contar a verdade, que eu estava com você e tivemos nosso primeiro encontro... - rebate

Eu olho para ele. Mais confesso que acho graça.

- Thank you, Plaza! - grita - Pela melhor noite da minha vida! Daqui a 10 anos retornaremos aqui casados e vamos fazer nosso segundo filho aqui...
- Agora você vê o futuro? - questiono
- Vejo as exatas, e uma delas aponta nós dois aqui. - responde
- E as outras? - pergunto
- Você e eu, nas Bahamas! Você com um biquíni vermelho, esperando nosso primeiro filho, ainda nas suas primeiras semanas... - responde - E a última, você e eu juntos! Na verdade não consigo ver um futuro que você não esteja nele.
- Você decorou isso? - questiono
- Na verdade sim, quando você tomava banho! Peguei no Google... - brinca

Rimos até pegarmos o elevador.

- Eu falei sério sobre não ver o meu futuro sem você... - dispara

E o elevado se fecha.

Na moto aquela adrenalina da primeira vez volta. Nem percebo que estava tão presa no Christopher. Aquela liberdade é tão boa. O vento afasta todo o peso que carrego para longe.

- Se segura, vamos desviar um pouco! - grita

Ele acelera ainda mais. Aquela adrenalina era tão boa...

A moto vai parando até que ele a desliga.

Estávamos num campo, perto do rio.

- Aqui, eu quero que você me encontre aqui hoje. As 23:00! - dispara
- Porque? - questiono
- Você saberá! - rebate - Se você vim hoje, saberei que me ama...
- E se eu não vim? O que acontece... - pergunto
- Te deixarei em paz! - diz - Não te incomodarei mais, não vou nem aparecer nos lugares que estiver...
- Não faça isso, por favor! - peço
- Então venha! A decisão é sua! - rebate

Voltamos para a moto e ele dá a partida.

Chegamos em casa. Entro primeiro e vou direto para o quarto. Para não correr o risco de dar de cara com o Thomáz.

Entro no quarto e tranco. Me viro e dou de cara com o Thomáz em pé na sacada.

- Agora podemos conversar? - questiona
- Oi...- digo
- Não me diga que não aconteceu nada, de novo? - questiona
-  Não aconteceu nada. Só saímos ele planejou algumas atividades para mim. Eram muitas e ficou tarde demais para vim de moto. Dormimos num hotel em quartos separador...- respondo - Foi só isso!
- Custava me ligar? Fiquei preocupado com você! - diz se aproximando
- Estava no bolso do casaco e no silencioso. Me desculpa! - respondo

Ele me abraça e me beija.

Me afasto.

- Preciso descansar um pouco...- invento
- Tá claro. Vamos jantar hoje só eu e você? - dispara
- Hoje? - rebato
- Sim, vamos as 20:00! Já fiz duas reservas no Le Coucou...- responde - Até a noite! - completa e sai

Merda.

O que eu faço agora?

Continuação no próximo capítulo.

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