Sempre Amor

By Anjo_Sombrio

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O sexy milionário Luke Devereaux apareceu no escritório de Louisa, a arrastou para o médico e exigiu que ela... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Livro Novo!
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
EPÍLOGO
Novidades!

Capítulo 11

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By Anjo_Sombrio

Assim que Luke se afastou, Louisa seguiu-o com o olhar. A figura imponente e os ombros largos faziam com que o corredor parecesse mais estreito que o normal.

Decidiu seguir para a cozinha, enquanto uma voz inte­rior a censurava: Nunca diga a um homem que está se apai­xonando por ele logo no primeiro encontro. Ele vai consi­derá-la uma pessoa extremamente ansiosa.

Após refrescar o rosto na própria pia da cozinha, colo­cou um bule de água para ferver. Depois de vasculhar o armário, comprovou que realmente havia se esquecido de comprar o pó de café. No final, resolveu preparar um chá com ginseng. Era a única coisa que tinha para oferecer.

Luke surgiu na cozinha dez minutos depois. Estava tão bonito que ela não conseguiu impedir um suspiro. Ofere­ceu-lhe a xícara com o chá de ginseng e ele o provou sem reclamar. Depois, fixando os olhos nos dela, falou em tom de preocupação:

— Acho que temos um problema — revelou enquanto depositava a sua xícara no balcão da pia.

Louisa sentiu um nó na garganta diante do tom aborreci­do que notou na voz dele.

— Que problema? — ela perguntou e de repente lhe ocorreu que estava se envolvendo com um homem sobre o qual não sabia nada a respeito. Será que ele iria lhe contar que tinha esposa e cinco filhos?

— O preservativo estava rompido.

— Oh! — exclamou ela, em parte sentindo-se aliviada.

— Você está tomando pílulas anticoncepcionais?

— Bem... Para dizer a verdade, não estou tomando pílulas. Mas, não se preocupe. Acho que não haverá conseqüências.

— Como tem certeza disso?

Ela não queria falar sobre seus períodos irregulares ou o fato de que recentemente ficara dois meses sem o ciclo. Além disso, poderia quebrar o clima romântico. Por isso, mentiu:

— Meu ciclo deverá vir daqui a uns dois dias. Por isso tenho certeza de que não poderá ocorrer nenhuma gravidez.

— É uma boa notícia — ele se acomodou em uma ban­queta junto ao balcão e cruzou as pernas na altura dos tornozelos e tornou a pegar a xícara de chá. — Contudo, gos­taria que entrasse em contato comigo se houver algum problema.

— Eu farei isso — Louisa respondeu, incapaz de ignorar o pressentimento infeliz. Por que precisaria entrar em con­tato com ele se nem estavam namorando?

Luke provou mais um gole do chá e depois declarou:

— Sabe, Louisa, adorei nossa noite juntos. Você é uma mulher bonita, inteligente e muito carinhosa.

Carinhosa?

Será que estava imaginando coisas ou ele estaria apenas sendo gentil com ela?

— Você não é nada do que eu imaginava — Luke pros­seguiu. — O que me obriga a fazer-lhe uma confissão mui­to difícil.

— Confissão? O que quer dizer com isso?

— Você não tem idéia de quem eu sou, não é?

— Claro que tenho — ela respondeu com um sorriso por cima da borda da xícara que acabara de levar aos lábios. — Você é Luke, amigo de Jack e são parceiros no tênis. — "E o meu príncipe encantado", ela gostaria de acrescentar. Mas deveria esperar até que se conhecessem um pouco me­lhor. Não queria cometer duas idiotices na mesma noite.

Louisa apertou a xícara que mantinha nas mãos e tentou ignorar a frieza que via nos olhos dele. Algo estava errado. Mas o que seria?

No instante em que ele lançou o olhar acinzentado sobre ela, Louisa tinha certeza de que o que ele iria lhe dizer era muito sério.

— Eu sou Luke Devereaux, o novo Lorde Berwick. Você me enquadrou em sua lista dos mais cobiçados solteirões em seu artigo no magazine deste mês.

— Você é... — ela tentou colocar a xícara sobre o balcão, porém o tremor de seus dedos fizeram com que o recipiente virasse e derramasse o líquido sobre o balcão. Ela guardara na gaveta uma foto dele tirada por um paparazzo e não ha­via prestado muita atenção nela. Porém, agora, podia lem­brar-se da semelhança. Ainda assim, não conseguia enten­der a razão pela qual ele parecia sentir-se culpado de alguma coisa. — Que coincidência!

— Não foi uma simples coincidência.

— Não? — O que exatamente Luke queria dizer com tudo aquilo?

— Eu aceitei o convite para jantar na casa de Jack por­que queria conhecê-la. Estava aborrecido com aquele arti­go que publicou. Ele me causou muitos problemas nas úl­timas semanas e... — ele deu uma pausa para respirar e depois prosseguiu:

— Tinha a intenção de dizer-lhe o quanto havia me prejudicado com aquele artigo.

Ela se segurou num canto do balcão para disfarçar os dedos trêmulos:

— Não estou entendendo — o olhar de remorso no bri­lho dos olhos dele agora estava mais evidente. — Por que não me diz logo o que está pensando?

Ele gesticulou com as mãos no ar.

— Quando fomos apresentados eu imaginei que você soubesse quem eu era na realidade. Depois, quando começamos a flertar... Bem, acho que ficou mais complicado para lhe dizer o que eu tinha em mente.

— Está querendo me contar que tudo o que partilhamos fazia parte de sua "armação"? Queria apenas me fazer de idiota?

Se aquela era a intenção de Luke, ele havia tido pleno sucesso, ela considerou. Louisa se derretera nos braços dele, confessara que estava se apaixonando e até lhe conta­ra sobre o teste de Meg Ryan. Abrira seu coração para um homem que a desprezava. Uma sensação de angústia amea­çou bloquear-lhe a garganta, mas Louisa engoliu a saliva para conter a emoção. Toda a alegria que sentira durante a tarde inteira se desvanecera em segundos.

— Não é bem assim — Luke tentou justificar-se. Depois se ergueu e aproximou-se dela.

Louisa recuou um passo para impedir que ele chegasse mais perto.

— Então como é? — perguntou ela. E sem esperar pela resposta prosseguiu:

— Corrija-me se eu estiver enganada. Pelo que entendi, você despreza o que eu faço e mesmo assim resolveu me seduzir...

— Você está exagerando! — Luke reagiu interrompendo-a. — Eu até havia esquecido sobre o artigo no momento em que chegamos aqui.

— Ah! Muito conveniente para você! Acha que por con­fessar isso, eu me sentiria melhor?

— Não precisa ser tão sarcástica — ele afirmou, estrei­tando os olhos. — Acontece que eu tinha o direito de estar zangado. Poderia pelo menos ter tido a gentileza de me contatar e perguntar se eu gostaria de fazer parte de sua lista.

Louisa ficou boquiaberta. Luke não poderia estar falan­do sério. Será que ainda se julgava no direito de culpá-la pelo que tinha acontecido entre eles?

— Já que pensava dessa maneira, deveria ter revelado quem você era desde o minuto em que fomos apresentados. Mas preferiu me seduzir para poder me humilhar, não foi?

— Não. Eu não tive essa intenção. E também não fui o único a desfrutar da situação. Não ouvi você reclamar quan­do eu lhe proporcionei o seu primeiro orgasmo.

— Seu convencido arrogante! — ela exclamou, cega de raiva. E sem perceber apanhou a xícara que estava sobre o balcão da pia e jogou na direção dele.

Num gesto de puro reflexo, Luke desviou a cabeça para um lado e a xícara espatifou-se contra a parede azulejada da cozinha.

— Calma — ele pediu, enquanto passava a mão pelos cabelos.

— Saia do meu apartamento! — gritou ela com a voz trêmula. Como ela poderia ter sido tão idiota? — pergunta­va-se mentalmente.

— Está bem. Não precisa gritar. Se é assim que deseja, sairei imediatamente.

Luke girou nos calcanhares e caminhou na direção da porta de saída do apartamento. Ao passar pelo hall apanhou a jaqueta que ainda estava no chão e depois de sair, bateu a porta com força.

Louisa o havia seguido e feito mais alguns protestos, po­rém Luke nem mesmo olhara para trás.

Assim que o viu sair e bater a porta, Louisa recostou-se na parede do hall. A mesma parede em que, minutos atrás, Luke Devereaux a aprisionara e a levara ao paraíso por duas vezes seguidas.

Não demorou muito para que as lágrimas de frustração jorrassem abundantes pelo rosto dela. As pernas estavam tão trêmulas que Louisa deslizou o corpo devagar, apoiando-se na parede, até chegar ao piso. Abraçou as pernas e afundou a cabeça entre os joelhos, na tentativa inútil de esconder a própria estupidez.

Como poderia achar que estava apaixonada por alguém com quem passara um único dia? E agora que sabia a frau­de que era Luke Devereaux, por que sentia o peito tão vazio como se lhe tivessem arrancado o coração?

****

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