Contrato de Destino

By KassColim

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[LIVRO 1] Este é o primeiro livro da Série Vórtex. [Romance/Fantasia] Um contrato foi selado pelos... More

S I N O P S E
Palavras da Autora
G L O S S Á R I O
P R Ó L O G O
C A P Í T U L O 1
C A P Í T U L O 2
C A P Í T U L O 3
C A P Í T U L O 4
C A P Í T U L O 5
C A P Í T U L O 6
C A P Í T U L O 7
C A P Í T U L O 8
C A P Í T U L O 9
C A P Í T U L O 10
C A P Í T U L O 11
C A P Í T U L O 12
C A P Í T U L O 13
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N O T A D A A U T O R A

C A P Í T U L O 40

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By KassColim

Um simples detalhe

          Sua pergunta me deixara estranhamente abalada, mas me recusei a reconhecer o vazio perturbador que ela havia deixado na minha cabeça.

          O amor era a razão óbvia pela qual casamentos aconteciam, e era o motivo pelo qual deveriam acreditar que eu estaria me casando. Só havia uma resposta a ser dada, mesmo que não fosse verdadeira, era a única que faria o Erwan perder qualquer esperança e aceitar os fatos, e eu estava pronta para responder, porém, por ironia do destino, tia Eva aparecera.

          ― Vocês são tão perfeitos juntos! ― exclamou ela enquadrando o celular. ― Vamos, virem-se, quero tirar uma foto!

          Ele sorriu, e mais do que depressa me abraçou por trás, quase se debruçando sobre mim. Embora não desse muito para ver além da pista por causa da falta de luz, reparei que as pessoas próximas já nos observavam um tanto intrigadas, e tal fato, junto daquela insistência dele, me deixou com raiva e extremamente incomodada.

          ― Não precisa me abraçar assim ― falei entredentes tentando me soltar, mas a pressão dos braços dele só aumentou, o que me fez alterar o meu tom ― Erwan, por favor, assim não!

          ― Cunhada! ― A voz grave de entonação divertida e sotaque ímpar, reverberou atrás de nós fazendo com que Erwan me soltasse.

          Nicolae se colocou à nossa frente com aquele lindo sorriso brincalhão que nunca abandonava seus lábios. Ele estendeu a mão, e eu a segurei sentindo uma mistura de alívio e constrangimento. Como das outras vezes, levou o meu pulso até a boca, onde depositou um beijo demorado.

          Reparei no olhar desdenhoso do Erwan para ele, o que curiosamente pareceu fazer o sorriso do Nick aumentar antes que os seus olhos verdes adquirissem um insigne tom de vermelho-sangue, enquanto o canto dos seus lábios repuxados revelava parcialmente uma de suas presas. Era uma evidente provocação, e ao invés de me preocupar, tive vontade de rir quando os olhos azuis do Erwan aumentaram de tamanho. Rapidamente ele se afastou dali, sem nem olhar para trás, fazendo com que Nick soltasse uma gargalhada de apreciação.

          ― Me confere uma dança? ― inquiriu ele com um floreio, inclinando-se para frente oferecendo a mão, a qual aceitei. Com o seu jeito faceiro, Nick me puxou para ele, apoiando sua mão delicadamente no alto das minhas costas. ― Deixe-me adivinhar, ele é algum parente?

          ― Primo.

          Ele apertou os lábios e os belos olhos travessos em uma expressão avaliativa, que não conseguiu manter por muito tempo, pois logo sua boca fora se abrindo, e se abrindo num sorriso arteiro.

          ― Perdoe-me, sweetie, mas se me permite dizer, este seu primo é um mala. ― Foi inevitável, soltei uma gargalhada descontrolada e Nick mordeu o lábio segurando o riso. Seus olhos brilhavam, ele parecia se deleitar com a minha reação. ― Sweetie, sweetie... eu já disse para não rir assim. Neste exato momento o meu coração sangra ao vê-la casada com o meu terrível irmão, e não comigo.

          Meu sorriso diminuiu à medida que eu sentia minhas bochechas corarem. Eu nunca sabia quando o Nicolae falava sério, mas sempre busquei levar suas investidas apenas como uma brincadeira, e mesmo assim, não conseguia deixar de enrubescer com algumas delas. Talvez fosse pela intensidade do seu olhar, ou pelo seu jeito galanteador. Ele parecia estar sempre pronto e disposto a seduzir alguém.

          Um arquejo atônito me escapou pela garganta quando Nicolae me envolveu a cintura. Em um movimento rápido nossos corpos giraram, e ele me deitou em seus braços dando uma piscadela, antes de me levantar visivelmente orgulhoso da sua desenvoltura. Com os dois pés fixos no chão, tentei recuperar o fôlego voltando a manter a distância ideal para aquela dança.

          ― Ora, ora, minha cara sweetie, creio que temos um marido ciumento aqui ― comentou ele sacudindo a cabeça num gesto displicente para afastar os cabelos lisos caídos nos olhos. Era um movimento infantil, quase inconsciente, o qual lembrava que apesar da sua idade milenar, ele era um jovem de aparente dezoito anos.

          ― Como?

          Segui o olhar de Nick até um dos cantos e, ainda que houvesse pouca luz, pude ver o Anton no meio das sombras ao lado de Andrei e Sebastian. Ele nos observava por cima da taça que virava entre os lábios, e eu não saberia definir se era febre ou calafrio, a sensação instantânea que aquele olhar me provocou.

          ― O seu excêntrico marido não tirou os olhos de você desde que os seus lindos pés pisaram nesta pista de dança.

          Franzi a testa intrigada com aquela afirmação, não acreditando muito. Me lembrei da ameaça que o Anton me fizera no lavabo depois que fiz a brincadeira sobre ficar com seus irmãos. Será que ele estava me vigiando para colocar a ameaça em prática? Balancei a cabeça reprimindo aquelas ideias, não queria piorar a noite, e eu também não estava fazendo nada de errado.

          ― É impressão sua, ele não se importa comigo ― confessei e Nick riu alto.

          ― Sweetie, você é incrivelmente inocente. Talvez seja por isso que está conseguindo deixá-lo ainda mais louco. ― Um Anton mais louco? Impossível. Eu não conseguia nem imaginar como seria sua versão normal, se é que algum dia ela existiu. Nicolae parara de dançar e me estendera o braço. ― Permita-me?

          Hesitei incerta ao que ele pretendia fazer, e se fosse o que eu estava pensando, não sabia se seria uma boa ideia. Me deixei vencer pelo seu sorriso exultante, me apoiei em seu braço e como temi, fui guiada em direção ao Anton. À cada passo, menos uma batida, mais calor e um intenso redemoinho no meu estômago. Será que o meu corpo nunca deixaria de reagir àquele vampiro? Só queria saber o que seria de mim, convivendo com ele todos os dias.

          ― Eu lhe trouxe a sua adorável esposa, irmão ― declarou Nick sorrindo ardiloso, sua entonação revelava uma certa provocação. ― Creio que está na hora da valsa dos noivos.

          No auge do desespero, não pensei muito, eu só queria diminuir a tensão que parecia ter surgido subitamente depois que o Anton estreitara os olhos por breves segundos.

          ― Não... não precisa de uma valsa dos noivos ― afirmei abrindo um sorriso forçado que, pelas risadas do Nicolae, Sebastian, e o meio sorriso de Andrei, não pareceu ser tão convincente. Mas tal detalhe se tornara irrelevante diante da imagem de Avigayil parada a poucos metros de distância conversando com alguns convidados. Seus olhos estavam fixos em mim.

          Mais uma vez não pensei muito, e nem calculei as consequências ou as variáveis de uma rejeição, rapidamente me coloquei ao lado do Anton, abraçando o seu braço. Os meninos se entreolharam visivelmente surpresos com a minha reação, já o Anton, apenas me olhou de lado, mas bastou uma curta análise seguindo o meu olhar para que ele entendesse que a minha reação tinha a ver com Avigayil nos observando como uma águia faminta esperando o mínimo descuido da sua presa.

          Soltei uma lufada de ar pela boca, aquilo não ia ser fácil, não mesmo.

          Senti ele se afastar para em seguida seus dedos me envolverem o braço, e quando dei por mim, estava sendo arrastada para outro canto. Quando paramos, Anton terminou de virar o líquido negro da sua taça, e após abandoná-la em uma das mesas, levou as duas mãos até o meu cabelo me fazendo dar um sobressalto, alarmada.

          ― O que...

          Seu olhar profundo fora o suficiente para me calar e me fazer desviar os olhos daquelas íris azuis. Enfrentá-lo era como ficar de olho em um furacão com a ameaça de que a qualquer segundo, ele poderia me devastar. Mas Anton estava tão perto e a sua presença era tão forte, que ainda me mantive presa a ele, observando o movimento quase mínimo que o seu nariz afilado e reto fazia ao seu respirar suave. Reparei nos seus lindos lábios fechados e levemente projetados para fora de um modo naturalmente presunçoso, que só os deixavam mais atraentes.

          Eu estava perdida.

          Completamente perdida em cada traço, cada detalhe impecável dele. Qualquer um poderia acreditar facilmente que aquele ser à minha frente não era real, e que nem poderia ser idealizado em seus mais criativos sonhos, assim como eu nunca fui capaz de fantasiar ao menos algo próximo a toda sua perfeição física.

          Uma fisgada na minha cabeça me trouxera de volta para a Terra, só então percebi que o meu penteado estava ficando cada vez mais frouxo.

          ― O que você está fazendo, Anton? ― Tentei me afastar, mas ele não permitiu, seus dedos ágeis continuavam retirando os grampos fazendo com que as minhas longas mechas caíssem pelas minhas costas. ― Você... você está estragando o meu...

          ― Shhh... quieta. Só estou desfazendo essa coisa horrível que estava na sua cabeça.

          ― Não era horrível! Era o meu penteado! ― esbravejei levando as mãos até a cabeça. Não havia mais nada preso, a não ser por um dos lados que ainda estavam retidos pela joia. ― Céus! Você estragou tudo! Devo estar um horror! ― choraminguei, passando as mãos pela frente jogada para um dos lados, depois pelos cachos que por sorte continuavam macios. Só parei de me mexer quando percebi que ele continuava parado à minha frente, estudando cada gesto meu. ― Você é louco.

          ― Não os prenda mais ― falou autoritário.

          Ah, . Era só o que me faltava, ele querer mandar no modo como eu usava o meu cabelo. Preferi não discutir, pois eu tinha a ligeira impressão de que ainda estávamos sendo observados pela ave de rapina. Eu precisava ser boazinha.

          ― Obrigada por ter ficado ― murmurei. Anton elevou uma das sobrancelhas de modo arrogante, e escorregou as mãos para dentro dos bolsos da calça.

          ― Não fiz isso por você, fada.

          ― Claro que não fez, você é egoísta demais pra isso. Mas sou educada e agradeço mesmo assim, porque esta noite é importante e futuramente vai significar muito para a minha espécie. ― Levei uma das mechas de cabelo para detrás da orelha, desviando meu olhar para a chama de uma vela que queimava sem o menor movimento perceptível.

          ― Sim, você é muito educada ― falou ele, sua voz transbordando sarcasmo. ― Vejo que temos diferentes definições sobre educação.

           Suspirei juntando todo o meu autocontrole para não gritar.

          ― Você não vai conseguir me irritar hoje ― declarei calma, disfarçando a minha verdadeira vontade que era partir para a agressão.

          ― É realmente uma lástima, esta emoção te deixa menos sem graça.

          Percebi que a noite iria ser longa, e que eu teria que passar a maior parte dela fazendo várias preces a Aine para não perder a paciência. Inspirei fundo outra vez, várias vezes, até conseguir abrir o meu melhor sorriso como se ele tivesse falado algo muito engraçado. Eu já estava pegando o jeito, não podia ser tão mais difícil do que já estava sendo.

          Anton me fitou em desafio, mas logo o fulgor dos seus olhos fora substituído por um tom muito mórbido, quando Eleonora se aproximou para nos informar que o jantar seria servido. Eu não tinha ideia do porquê, mas via claramente como a luz do dia, que a relação dele com os pais não era das melhores. Mas que relação seria boa com alguém tão complicado quanto ele?

          Segui para a mesa dos noivos, era a maior de todas, de formato retangular com dez lugares marcados, onde acabavam de se sentar meus três avós, meus pais, Eleonora, Vincent e Avigayil. Logo me acomodei na cadeira destinada a mim, ignorando as indagações de Ava sobre o meu cabelo, pelo menos ela me garantiu que eu continuava apresentável.

          O único lugar vago era ao meu lado, Anton, que havia ficado para trás, ainda não tinha aparecido. Corri os olhos pelos arredores, o encontrando parado quase no mesmo local em que estávamos conversando com alguém que, pelas costas, quase reconheci. A certeza só veio quando a figura masculina se virou, me fazendo enrijecer inteiramente.

          O que o Anton poderia estar falando com o Erwan?

          Não demorou muito para que o meu primo seguisse o seu rumo enquanto o Anton caminhava em direção à nossa mesa. Nossos olhares se cruzaram, e eu rapidamente disfarcei desviando os meus para o garçom que acabava de me oferecer vinho branco. Assim que o meu excêntrico marido se sentou ao meu lado, a entrada fora servida.

          A música havia diminuído, apenas refletia uma doce e suave sonância instrumental ao fundo. As vozes soavam baixas, e o único barulho prevalecente era o brando tilintar dos talheres nos pratos de porcelana. A atmosfera começava a ficar aconchegante, até que um ruído alto das caixas de som fez todos olharem em direção ao lugar onde ficava o DJ.

          De repente, as luzes da pista de dança, que haviam sido suavizadas, resplandeceram de uma vez, iluminando a única silhueta parada no meio dela. O que o Erwan estava fazendo ali? Ele sorriu e levou o microfone, que até então eu não percebera que ele segurava, até a boca.

          Que a tia Eva havia herdado todos os genes da loucura dos Aileen eu já sabia, e tinha suspeitas de que os havia repassado para o filho. Aquele momento parecia ser a pavorosa constatação disso, porque algo me dizia que a aparição dele ali não havia sido programada, portanto, nada de bom poderia acontecer. Estremeci só de pensar.

          ― Prima, essa é pra você! ― falou ele apontando para mim.

          Erwan abandonou o microfone em uma das mesas mais próximas, e então, ao voltar para o centro da pista fez um sinal em direção à mesa do DJ. Uma música árabe caliente e agitada começou a tocar, e ele começou a dançar. Seu paletó não demorou para sair voando para o lado, enquanto ele mexia os ombros projetando a virilha para frente com as pernas abertas. Elas se abriam cada vez mais, ele remexia os quadris e serpenteava o tronco de um lado a outro.

          Sua gravata voou para o outro lado, e os seus dedos habilmente afrouxavam o colarinho da camisa branca, e sem delongas, passaram a abrir os botões da peça de roupa ao mesmo tempo em que ele mantinha o ritmo empolgado das pernas e do abdômen.

          No momento em que Erwan se livrara da camisa, as mulheres foram ao delírio e começaram a assoviar. Tia Eva soltou um berro de uma das mesas que ficava atrás de nós, mas provavelmente ele não escutara já que ela estava longe da pista e a música alta abafava a maioria dos sons.

          Erwan continuava na cadência de movimentos frenéticos enquanto corria as mãos pelo abdômen, projetava os quadris para um lado, depois para o outro, e então para frente dando pequenos saltos nessa direção. Suas mãos desceram para as coxas, subiram para a região da virilha, e quando encontraram o botão da calça social, não acreditei que ele pudesse fazer aquilo.

          Ele tinha ficado louco.

          Tia Eva passou pela nossa mesa como um tornado, e quase fora abatida por um dos sapatos que Erwan arremessara diretamente do pé. Vi que o negócio realmente tinha ficado sério quando o tio Hans, pai do Erwan, passara apressado, o que fez com que Louise e Ava se levantassem rapidamente.

          Meu primo parecia fora de controle, ele já descia a calça quando meu tio o pegou pelo braço e saiu o puxando para fora dali. Tia Eva juntou todas as coisas dele, e logo saiu atrás. Minha mãe, mais do que depressa, mandou retirarem a música, então pegou o microfone e se desculpou desejando a todos um excelente jantar.

          Apoiei os cotovelos nos braços da cadeira, abaixei a cabeça e levei as mãos até o rosto. Eu estava constrangida demais para conseguir encarar Eleonora, Vincent e Avigayil. Nós fadas, que sempre julgávamos os vampiros, havíamos nos prestado a um papelão daqueles, enquanto eles se mantinham completamente civilizados, educados e reservados.

          Céus, o que eles estariam pensando naquele exato momento? Todas as palavras do Anton dirigidas à minha pessoa em relação à falta de educação, civilidade e modos acabavam de ser comprovadas, não por mim, mas pela minha espécie.

          Anton...

          Em um lapso, me recordei de um detalhe. Levantei a cabeça e me voltei para o vampiro ao meu lado.

          ― O que você e o Erwan estavam conversando? ― inquiri desconfiada. Com uma tranquilidade angustiante, Anton terminou de virar o restante da sua bebida. Largou o copo sobre a mesa, e só então olhou para mim, mas não falou nada. ― Não minta pra mim, eu vi você falando com ele antes de vir para mesa.




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