uniquely perfect. || adaptaçã...

By sznsmani

31.5K 2.6K 1K

Quando Dinah Jane encontra Normani Hamilton sentada em um beco, ela não esperava que Normani fosse diferente... More

A Hybrid
Where's Dinah?
Normani Doesn't Hate Dinah
Can I Sleep With You?
Jealousy
Upset
I Can't Keep Her
Colorful Band-Aids
Will You Come Back?
Ally Is Like Normani
Are We Friends?
Normani And Camila Are Arrested
Three Thousand Dollars
Stuck In Cages Again
Rescuing Normani and Camila
Dinah Loves Normani
First Kiss
We're Dating
Can Normani Kiss Dinah Again?
Unconscious
Am I Your Manz?
I Need My Manz So Much More
Normani Wants To Help
I Don't Want Money... I Just Want You
Packing Up
Meeting Dinah's Family
Misunderstanding
Desire
Horny
Fever.
Learning To Speak Correctly
Teaching Normani Something New
Nightmare
Promise Dinah Won't Die
Saying Goodbye To Dinah's Family
First Time.
Dark.
Inconsolable
Oh, no! Not you!
Long As We're Together
More Than Anything
The Final Shot
Bleeding

Bruises

406 43 7
By sznsmani

POV Dinah.

Parecia que eu estava presa há dias, mas tinha apenas algumas horas que eu estava na sala de cimento com nada além de comida. Eu tinha quase certeza de que estava ficando louca. Especialmente, quando eu ouvi uma voz que já estava com saudades de ouvir.

No momento que ouvi a voz, cobri meus ouvidos. Se eu estava ficando louca, ainda seria capaz de ouvir, porque obviamente era tudo na minha cabeça. Mas eu não ouvi nada, descobrindo meus ouvidos novamente, não ouvi a voz da minha gatinha de novo. Em seguida, a voz de Normani gritou novamente e então a porta de onde eu estava havia sido escancarada.

Eu quase gritei de surpresa quando uma garota de cabelos loiros caiu dentro quarto com uma garota usando gorro em cima dela. A alegria se apossou de mim quando vi Normani, porque eu já sentia falta da menina, mas essa alegria se transformou em terror. Se Normani estava aqui na minha prisão de cimento, não teria mais como mantê-la segura.

— Ah, não! Não você! — não pude controlar minhas cordas vocais e disse ofegante.

A cabeça de Normani se ergueu de cima de Allyson e se virou para me encontrar. Seus olhos estavam vermelhos e inchados, assim que ela me viu, fez um som estrangulado não identificável, levantou-se e rastejou até mim.

— Dinah de Normani!

Mesmo horrorizada de ver Normani e Allyson aqui, presas comigo, corri para ajudar Normani a ficar de pé. Parecia que ela tinha machucado o tornozelo e fiz uma careta. Normani se agarrou a mim no segundo em que eu estava ao seu alcance, choramingando e suspirando.

Deslizei meus braços ao seu redor e a coloquei de pé, esmagando-a contra mim e ouvindo seus soluços. Ela não se apoiou direito por causa do tornozelo machucado e então beijei sua testa

— Baby, o que você está fazendo aqui?

— Normani tem sua Dinah! — ela arquejou, banhando a minha camisa de lágrimas enquanto beijava cada parte de mim que podia alcançar. Gentilmente, eu a peguei em meus braços. — Normani tem seu Dinah de volta!

— É minha culpa de ela estar aqui... — Allyson suspirou. — Desculpa.

— Eu vou estrangular você! — rosnei para ela, mas suavizei meu olhar e a voz quando me sentei na cadeira, e afaguei as costas de Normani: — Agora, gatinha... Por que você está chorando?

— Ela sentiu sua falta. — Allyson respondeu pela menina que ainda estava histérica. — Muito.

— Eu também senti sua falta, bebê gatinha. — abracei-a mais apertado, e ela fez um som estridente de aprovação. — Mas você deveria ter ficado em casa...

— N-Não é casa. — a mais jovem resmungou. — N-Não sem a Dinah de Normani.

Mordi o lábio contra a onda de emoções. Ela fez meu coração inchar de amor e carinho, ainda o quebrando por vê-la tão triste.

— Eu amo você, gatinha.

— Dinah de Normani. — ela chorou no meu peito. — Gatinha de Dinah?

— Sempre. — eu prometi.

Ela se contorceu ainda mais no meu colo, agarrando-se firmemente a mim e pressionando seu nariz contra a minha clavícula enquanto se enrolava a mim. Ela respirou profundamente, mas ainda estava trêmula devido ao choro. Eu comecei a afagar sua espinha para tentar acalmá-la.

— F-Fique com Normani agora. — ela choramingou. — Normani q-quer sempre s-saber o-onde sua Dinah e-está.

— Eu estou com você agora. — disse a ela em voz baixa. — Você está segura, minha gatinha.

— Sua gatinha. — ela assentiu, estremecendo.

Olhei para Allyson, agora que Normani tinha se acalmado e murmurando meu nome, aninhada contra o meu pescoço e os dedos cravados na minha camisa.

— Tudo bem, explique-se.

— Arin me ligou. — Allyson murmurou. — E ela queria que Normani viesse para poder trocar de lugar com você.

— Então você o trouxe aqui?! — rosnei. — Allyson... Você não ouviu as coisas... As coisas que o Arin me disse!

— Você não me deixou terminar! — ela protestou. — Eu sou a Normani.

Eu dei a ela um olhar de descrença.

— O quão forte você bateu a cabeça nesse chão de cimento? — Allyson riu.

— Eu quero dizer que... Vou dizer a ela que eu sou a Normani. Vou mostrar as minhas orelhas e ela não será capaz de dizer não. Eu sou um híbrido...

— Há várias falhas no seu plano. — suspirei de irritação com a garota loira, ajustando Normani em meu colo. — Primeiro: o Dr. Cowell está aqui... ela sabe quem é Normani. Segundo: por que diabos vocês estão aqui? Deveriam ter me deixado aqui!

— N-Não! — Normani balançou a cabeça, apertando-me. — Normani nunca mais vai deixar sua Dinah de novo!

— Normani é parte da razão de eu ter vindo aqui. — Allyson me informou antes que eu pudesse responder a minha gatinha. — Você não viu o quão triste ela estava, Dinah... Ela estava feito uma bola na sua cama com o seu travesseiro, um suéter e as suas roupas que estavam na mala... Basicamente, se algo cheirava a você, Normani tinha. Ah! E aquela atadura que estava em seu pulso... E ela não comeu ou bebeu! Ou dormiu! Ela disse que ia ao banheiro, mas usou isso para nos enganar... Então, ela saiu pela janela e ficou sorrateiramente escondida no banco detrás do seu carro.

— Espere... — balancei minha cabeça. — Você disse que ela não comeu ou bebeu qualquer coisa?

— Certo. — Allyson assentiu. — Nós oferecemos pizza e corndogs a ela, mas ela não quis.

— Normani! — engoli em seco.

Minha pobre gatinha estava tão chateada que tudo que fez foi se abraçar com minhas roupas. Ela não dormiu, comeu ou bebeu qualquer coisa, e raramente usou o banheiro. Cuidadosamente, tentei arrancar Normani de mim, para que eu pudesse encará-la.

Ela protestou, mas eu queria vê-la. Seus grandes olhos castanhos estavam cheios de alívio e suas mãos subiram para escovar minhas bochechas. Sorri para a menina de forma gentil.

— Por que você não comeu, dormiu ou bebeu água, bebê gatinha? Isso não é saudável...

— Normani n-não s-sentia n-nada... — Normani me respondeu calmamente, ainda acariciando o meu rosto como se ela não pudesse acreditar que eu estava na sua frente. — Normani apenas s-sentiu muita falta de Dinah...

— Quando eles voltarem... — Allyson começou, pensativa. — Nós realmente precisamos dizer que eu sou a Normani. Normani pode ficar atrás de nós, mas eu preciso... Hm... Sentar no seu colo ou algo do gênero.

— Eu não penso assim... — disse lentamente, dando o cereal a menina mais nova e abrindo a garrafa de água pra ela. — Dr. Cowell sabe quem Normani é, lembra? Quero que Normani fique perto de mim, tenho medo de que eles tentem levá-la para longe...

— O q-quê? — Normani congelou no meio de pegar um punhado de cereais.

— Shhh... — eu a acalmei. — Eu não vou deixar ninguém nos separar, ok?

Dei um beijo suave na testa de Normani, quando me inclinei para trás, ela correu atrás dos meus lábios com os dela. ela me deu um beijo desajeitado antes de voltar sua atenção para a comida.

— O que... O que vamos fazer agora, então?

— Tentar negociar sua saída... Quando eles voltarem. — encolhi os ombros. Não havia outra saída.

Normani se virou e acabou com a água e o cereal antes de voltar pra mim e examinar o meu rosto com cuidado

— Dinah está bem? N-Não está m-machucada?

— Estou bem. — assegurei a menina, tocando seu nariz levemente.

Normani voltou a se aconchegar a mim, deixando sua cabeça debaixo do meu queixo.

— Normani ama Dinah... Normani está feliz por estar com sua Dinah agora.

— Eu ficaria feliz mais feliz se não estivéssemos aqui. — suspirei. — Estaria mais feliz também se soubesse que você estava segura no nosso apartamento.

Normani se afastou rapidamente, seus olhos castanhos confusos e preocupados.

— Dinah... Dinah n-não q-quer Normani aqui?

— Eu quero você comigo. — eu tentei explicar. — Mas não nesse lugar horrível.

— M-Mas... Mas Normani sentiu muita falta de Dinah... — os lábios de Normani tremeram.

Coloquei meu polegar suavemente sobre os lábios carnudos dela e me aproximei, colando nossas testas.

— Eu senti sua falta também... Mas você é a minha bebê gatinha e eu preferiria que você estivesse segura em casa, como gatinhas devem estar.

— Dinah ama Normani? — ela chiou.

— Sempre. — tirei meu polegar de sua boca para que pudesse beijá-la. — Eu te amo mais do que tudo!

Naquela momento, as vozes soaram no corredor, e os olhos de Allyson se arregalaram.

— Acho que é hora de colocar meu plano em ação. — ela murmurou.

— Plano? — murmurei, hesitante. — Eu não me lembro de concordar com qualquer...

Mas então, ela estava pegando uma Normani assustada do meu colo e o colocando atrás de nós.

— Desculpa!

— Cuidado! — resmunguei. — O tornozelo dela está machucado!

— Normani está bem. — a garota de cabelos encaracolados murmurou, levantei-me para ajudá-la a ficar de pé, mas Allyson me empurrou de volta na cadeira e se sentou no meu colo.

— Que merda... — rosnei.

— Shhh! — ela sussurrou. — Eu sou a Normani. Normani, você é a Allyson, okay?

Normani tinha conseguido se levantar, então saiu mancando detrás de nós e olhou para Allyson.

— Dinah de Normani, Allyson tem q-que se levantar a-agora!

Se olhares pudessem matar, tenho que certeza que Allyson estaria morta agora. Mas em vez disso, ouvimos o som de chave e a porta se abriu. Arin Ray entrou acompanhado de dois capangas e olhou para Allyson.

— Então você é o Normani, hm?

— Sim. — Allyson mentiu.

Meus olhos foram de Arin para Normani, nervosamente, e Normani desajeitadamente se aproximou de mim, parecendo confusa, mas ela não disse nada.

— Onde estão suas orelhas, então? — Arin perguntou, aproximando-se de nós.

Allyson puxou o cabelo e apontou para suas orelhas de gato.

— Vê?

O pânico estava entalado na minha garganta quando percebi que os olhos de Arin caíram sobre Normani. ela apontou para a minha gatinha.

— Quem é você?

Normani balançou a cabeça freneticamente, e Allyson se pronunciou.

— Ela é a Allyson. Amiga minha e de Dinah, ela é completamente normal. Tem identidade e trabalha numa clínica veterinária.

— Cala a boca. — Arin suspirou. — Eu quero falar com a... Allyson.

Os olhos de Normani nos pediram ajuda e Allyson deu de ombros.

— Fale com ela, então! — Arin fez uma careta e se virou para os guardas.

— Tragam a Allyson para mim.

— Não! — engoli em seco quando vi os homens se afastarem da porta. — Isso não será necessário... — meu olhar caiu sobre a menina mais nova, implorando para ela confiar em mim. Certamente ela sabia que eu não iria deixar nada acontecer com ela. — Allyson... Vai ouvir o que você tem a dizer.

Normani assentiu com medo, antes de ir mancando na direção de Arin com uma expressão aterrorizada. Uma vez que ela estava próximo ao Arin, o filho da puta do Ray a puxou em sua direção, fazendo com que Normani se movesse bruscamente e machucasse ainda mais seu tornozelo, e gritasse. A menina quase caiu no chão e eu quase empurrei Allyson do meu colo para ir a seu auxílio. Arin pegou o menina pelo casaco e o puxou para que ela ficasse de pé.

— Cuidado com ela! — rosnei. — Seus capangas a fizeram machucar o tornozelo!

— Olá, Allyson. — Arin me ignorou.

— Olá... — Normani sussurrou.

— Este é um belo gorro marrom. Quer saber algo engraçado? Quando eu falei com a sua amiga Normani... Ela me disse que poderia encontrá-la usando um gorro marrom e um casaco cinza... E olha! — Arin pegou na barra do casaco de Normani. — Casaco cinza. Coincidência, não é?

— São minhas roupas. — Allyson mentiu de novo. — Allyson estava com frio e eu emprestei a ela.

Arin deu um rude empurrão de ombro em Normani, fazendo a garota tropeçar. A raiva se apoderou de mim ao vê-lo tratar a minha gatinha de forma tão violenta, mas antes que eu pudesse responder, Arin estava puxando Normani de volta e sua ação seguinte me fez ofegar.

A mão dele estava aberta e se aproximando de Normani, por um momento eu pensei que ele a fecharia na garganta da minha gatinha, mas, ao invés disso, agarrou violentamente o queixo de Normani, obrigando-a a olhar para nós.

— Então ela é o Allyson, ahn? Mas por que ela não fala muito? E por que está usando gorro?

Allyson poderia dizer que eu estava a ponto de explodir, porque sua mão veio descansar em meu peito, tentando me acalmar. Mas Arin puxou o gorro da minha gatinha e Normani soltou um grito assustado, curvando-se ligeiramente.

Suas orelhas estavam invisíveis em seus cachos, mas Arin segurou seus cabelos e o puxou, Normani gemeu de dor e eu finalmente empurrei Allyson de cima de mim.

— Pare com isso! Pare com isso agora mesmo! — berrei, à plenos pulmões.

— Você não gosta que eu trate Allyson assim? — ele cantarolou amargamente. — E se eu pedir para o Jack ou Eric aqui torcer o pescocinho magro dela?

Normani arregalou os olhos e o terror me atingiu.

— Não! Se qualquer um de vocês triscar um dedo nela, eu juro que mato! Solte-a agora!

Arin empurrou Normani e pulou na minha direção. Normani, no entanto, agarrou desesperadamente a calça de Arin, mas não adiantou muita coisa. Allyson, que estava sentada no chão em estado de choque, entrou em ação, assim como os dois homens enormes que começaram a avançar sobre Normani. Arin tropeçou em seus pés e me impediu de chegar a Normani, então Allyson pegou a minha cadeira e ficou na frente de Normani, ameaçando jogar a cadeira nos capangas se eles ameaçassem chegar perto.

Arin me deu um soco no ombro, acho que a força o deslocou.

— Isso é pelo meu quadril, sua desgraçada!

Mesmo com o ombro machucado, me lancei ao Arin. Nós dois caímos no chão e eu rolei, o Ray pulou em cima de mim novamente, fazendo com que me minha testa batesse contra o chão de concreto. Ouvi Normani gritar em protesto, e em seguida o peso de Arin tinha ido embora.

Levantei-me e percebi que Normani tinha abordado Arin, mas agora estava presa no chão e as mãos do Arin estavam em seu pescoço. Subi em cima dele e agarrei a camisa de Arin, puxando-o de Normani, que ainda continuava no chão. Arin me deu um soco na parte detrás da minha perna e eu desabei.

Allyson ainda estava ameaçando a cadeira para os capangas do Ray, que olhavam pra ela como se ela fosse uma idiota. Arin me agarrou pelos cabelos e me virou de costas para que ele me deixasse na mesma situação que Normani estava a pouco. Consegui empurrar o homem e fui até Normani, em pânico. Arin voltou até mim e eu consegui dar um soco nele.

— Dinah... — ouvi Allyson murmurar.

— Mas o que está acontecendo aqui? — uma voz rugiu, acompanhada pelo som de uma porta batendo.

Arin saiu de cima de mim, e nós dois nos viramos para encontrar o Dr. Cowell na porta, olhando-nos irritado. Meus olhos caíram sobre Allyson, pelo jeito que ela chamou o meu nome, pensei que ela estivesse sangrando, mas ela estava perfeitamente bem.

No entanto, sua expressão era completamente aflita, seus olhos estavam arregalados e fitando os dois capangas do Arin. Segui seu olhar e quase enfartei com a visão. O maior dos dois homens tinha Normani em seus braços, e a minha gatinha tinha grandes hematomas no pescoço.

— Minha gatinha! — engoli em seco e com a voz rouca.

— Eu sabia que o garoto de cabelo encaracolado era a Normani! — Arin cantarolou.

— Larguem tudo o que vocês tem nas mãos. — Dr. Cowell falou, principalmente para Allyson, com a testa franzida.

O homem que segurava Normani, deixou-a cair no chao com um baque nauseante, e eu corri para ela. No entanto, o outro cara tentou entrar no meu caminho, mas eu virei um soco em seu nariz. Minha mão doeu pra caramba, enquanto o homem tropeçou com a mão no nariz.

Deslizei para o chao até onde Normani estava. Eu podia ouvir vagamente o Dr. Cowell mandando todos saírem das sala, também ouvi ele dizer ao Arin – que estava mancando – que eles tinham que discutir algo mais tarde. Peguei uma Normani desmaiada em meus braços e a puxei para mim.

— Eu nem sabia o que estava acontecendo até que... Oh Deus! Eu sinto muito, ela está bem? — Allyson se ajoelhou perto de mim.

Toquei minhas mãos trêmulas no pescoço arroxeado da menina, gentilmente pressionando dois dedos na tentativa de encontrar seu pulso, e deixei escapar um som de pânico quando não senti nada.

— Ela ainda está respirando, Dinah. — Allyson me avisou, tocando seu pescoço numa outra posição.

Dei um soluço abafado, puxando Normani mais para perto e escovando suas bochechas com o polegar.

— Ela vai ficar bem?

— Posso vê-la? — Dr. Cowell apareceu atrás de mim, de repente.

— Fique longe dela! — debrucei-me sobre a menina de forma protetora.

— Acalme-se, Dinah. — Dr. Cowell bufou. — Eu já disse que não sou um assassino. Vou conversar com o Arin, mas só porque a menina quase foi morta antes de eu ter o meu dinheiro. Depois que eu receber o meu dinheiro, Arin será problema seu. Mas agora... Eu sou médico, Dinah. Deixe-me examinar a menina, você ainda pode segurá-la.

Olhei pra ele por um momento antes de Allyson dar um suave tapinha no meu ombro, me fazendo suspirar e depois me inclinar para trás, ajustando Normani da melhor forma que pude. Então Dr. Cowell pode vê-la, mas de um jeito que eu pudesse puxá-la protetoramente caso ele tentasse algo.

Dr. Cowell estendeu a mão para Normani, parando a poucos centímetros de distância, olhando pra mim, pedindo permissão. Eu acenei com a cabeça e o médico examinou Normani cautelosamente.

— Quando ela acordar irá sentir muita dor, mas ela vai ficar bem.

— Eu não sei quanto tempo o cara o sufocou. — Allyson sussurrou. — Eu só ameacei jogar a cadeira no outro cara, e Normani desmaiou nas mãos do grandalhão.

— Mantenha... Mantenha Arin e aqueles caras longe... Se eles sabem o que é bom para eles, vão ficar longe. — murmurei, tomada pela raiva.

— Como está a sua mão? — Dr. Cowell riu. — Eu vi quando você socou o Eric. Belo soco.

— Minha pobre bebê gatinha... — eu o ignorei, simplesmente afagando os cachos de Normani.

— Você realmente se importa com essa menina, ahn? — Dr. Cowell murmurou, sorrindo divertido.

— Você não sabe da missa metade. — Allyson respondeu por mim, assentindo, enquanto me observava cuidando de Normani.

— Bem... — Dr. Cowell começou. — Eu vou ser o único que virá aqui até que o Arin receba os outros cientistas. Eles não acreditam nele. Bem, o único além da Paulina... Ela que veio trazer a comida para a Dinah antes.

— Ela tem uma arma. — eu fiz uma careta.

— Não está carregada. — ele riu. — Ela enganou você, uh?

— Aham. — murmurei, inclinando-me para beijar a ponta do nariz de Normani.

Ouvi a risada do Dr. Cowell e também ouvi a porta se fechar e trancar quando ele saiu. Allyson se sentou na minha frente e de Normani, inclinando a cabeça para examinar o rosto inconsciente de Normani. Ela estremeceu com a visão do seu pescoço, mas olhou pra mim.

— Eu quebrei a cadeira.

— Não é minha. — dei um leve sorriso. — Você é a razão pela qual Normani ainda está viva. Enquanto eu e o Arin brigávamos, você manteve os caras longe de Normani.

— Mas eu não fiz um bom trabalho, então. — Allyson franziu a testa.

— Mas ela está viva, Allyson. Isso me basta. — escovei meus lábios contra a testa de Normani.

Para minha surpresa, quando me afastei, a testa de Normani se franziu e a vi fazer um beicinho. Ela fez som de um pequeno chiado e apertou os olhos. Imediatamente ajeitei sua posição e a fitei.

— Bebê gatinha? Princesa?

— Ai... — ela chiou novamente, subindo sua mão até sua garganta extremamente machucada.

Shh..." eu o acalmava, salpicando seu rosto com beijos.

Senti-me aliviada, e as lágrimas brotaram dos meus olhos. Eu sei que me disseram que Normani ia ficar bem, mas eu ainda estava preocupada.

— Você está bem, amor?

Seus olhos se abriram e ela acenou fracamente com a cabeça. Sua mão segurou a parte detrás do meu pescoço, tentando me puxar para perto dela.

— B-Beijo... — ela resmugou com a voz um pouco rouca.

Fazendo um som que era metade de um soluço e a outra metade de uma risada, eu me inclinei e entusiasticamente beijei a menina mais nova. Senti-a sorrir contra meus lábios, então nos soltamos e nós roçamos nossos narizes.

— Eu estava preocupada com você...

— Sinto muito... — ela murmurou rouca, então fez uma careta. — Normani está... Normani está com sono.

— Provavelmente é porque você não dormiu por cerca de 24 horas e desmaiou. — Allyson explicou, sorrindo aliviada por ver Normani acordada.

— Você deveria dormir, bebê gatinha. — sussurrei pra ela. — Eu vou estar aqui quando você acordar.

— Arin? — Normani engasgou, tentando me escalar como se tivesse acabado de se lembrar de tudo o que tinha acontecido. — Dinah está bem? N-Não está machucada?"

— Tenho alguns hematomas, mas estou bem, baby. Você está pior do que eu... Dr. Cowell vai manter Arin longe daqui. — prometi. — Eu ainda o odeio, mas acho que ele está do nosso lado agora.

— Dinah tem c-certeza q-que Normani pode dormir? — Normani franziu a testa.

— Normani Gatinha Fofinha! — avisei, provocando-a. — Se você não se calar e seus olhos não estiverem fechados em dois segundos, não vou te beijar até que você tenha cinquenta anos!

Normani fechou instantaneamente os olhos, aconchegando-se a mim e fazendo um pequeno chiado de protesto. Allyson sorriu maliciosamente e eu afaguei a bochecha de Normani. A garota abriu um olho e me fitou, quando viu que eu a peguei me olhando, fechou novamente os olhos.

— Normani... — ameacei, brincando.

— Mais um beijo? P-pela gatinha de Dinah? — Normani fez um beicinho. Simplesmente irresistível.

Sorri para ela e fiz o seu desejo, dando-lhe dois selinhos.

— Dois beijos para a minha bebê gatinha. Agora, durma. — Normani se aninhou a mim e praticamente ronronou.

— Ela é adorável. Você pode compartilhar? — Allyson riu.

— Minha. — encostei-me a parede e Allyson resolveu se sentar ao meu lado.

— Okay... Mas quando Normani perceber que a sua amiga gato aqui é melhor do que você, um ser humano sem graça, ela virá para mim.

— Vai nessa... — eu ri. — Agora fique quieta, se não a minha gatinha não consegue dormir.

Normani franziu a testa, sentando-se de repente e puxando seu casaco:

— Normani n-não consegue dormir com isso... — Normani sentou-se de repente, com a testa franzida, enquanto tentava tirar o casaco.

— Okay, bebê. — disse a ela, e a ajudei a tirar o casaco.

Ela voltou a se aninhar a mim, e Allyson cobriu a nós duas com o casaco, e Normani suspirou feliz.

— Dinah p-pode... — Normani recomeçou, murmurando. — Cantar p-para Normani?

Olhei de relance para Allyson que parecia se divertir, mas acenei com a cabeça de modo que a menina mais nova fechou os olhos novamente. Comecei a cantar "Love On Top", que parecia ser a música favorita de Normani.

Gradualmente, a respiração de Normani foi se acalmando e antes que eu terminasse a música, ela já dormia. Allyson sorriu pra mim, mas não disse nada, imaginei que ela não quisesse se arriscar a acordar a menina encaracolada.

Embora eu não estivesse gostando nada do fato de que Normani estava presa na sala de cimento comigo, eu tinha sentido uma falta absurda da menina que alegremente dormia em meus braços. Continuei a segurar Normani de forma protetora, enquanto eu e Allyson encarávamos a porta.

Normani veio até a minha atual prisão por minha causa e eu não deixaria ninguém tirá-la de mim. Eu não sabia como, mas Allyson e Normani sairiam daqui de forma segura. Mesmo que isso signifique que eu não saia.

Normani choramingou em seu sono e eu a puxei para mais perto, pressionando um beijo na sua testa.

— Você está bem, minha bebê gatinha. Eu estou aqui com você.

Continue Reading

You'll Also Like

31.6K 2.8K 17
Dinah se tornou uma ótima lutadora. Passava metade da sua semana na academia junto com a sua melhor amiga. E desde que começou a treinar lá, uma garo...
54.8K 2.4K 45
Nos foi dada uma missão, a missão de proteger o país.
98.5K 6.1K 11
[CONCLUÍDA] Lauren, capitã do time de futebol, sempre amou infernizar a vida da nerd da escola: Camila Cabello. O que ela não esperava era conhecer e...
1.3M 75.3K 88
Uma história sobre o amor, ou dor! Iníciciada: 28/08/22 Finalizada: 10/12/22