Diário Da Juventude

TatianaGoncalvez

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Mirela, Lívia e Thamara são três jovens de 15 anos que estudam no colégio de tempo integral, localizado na ci... Еще

Mirela
Lívia
Thamara
Mirela
Thamara
Mirela
Lívia
Thamara
Mirela
Lívia
Thamara
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Lívia
Thamara
Mirela
Lívia
Thamara
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Lívia
Thamara

Lívia

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TatianaGoncalvez


Bom dia pessoal! Demorou um pouquinho, mas saiu, espero que gostem desse capítulo, e não se esqueçam de votar e comentar, me dizendo o que estão achando do livro. Beijos para todos vocês! <3


Sábado, 29/04/2017, 23:00 horas.

Só agora tive tempo de pegar para escrever, o dia hoje foi agitado! Mas eu vou contar tudo, tudinho, com todos os detalhes.

Eu amo os sábados! Não tem escola, tenho o dia todo livre de qualquer tipo de obrigação, é dia de sair, de ficar em casa, enfim, sábado é vida.

Acordei às dez da manhã, tomei um café, e fui direto para a sala ligar a TV para assistir qualquer coisa, enquanto eu dava uma olhada nas minhas redes sociais pelo meu celular.

- Filha, desliga essa TV já que não está vendo, está mexendo no celular, e nem presta atenção no que está passando aí. – pediu minha mãe. Bufei, mas desliguei a TV, eu realmente não estava vendo e nem prestando atenção em nada.

- Eu sabia que tinha uma filha consciente escondida aí dentro. – ironizou mamãe.

- Mãe. Mirela acabou de me chamar por mensagem aqui, para ir a casa dela. – disse.

- Vai voltar que horas?

- Não sei, mas a noite também vamos sair juntas. – já deixei avisado, para depois, minha mãe não resolver encrencar de última hora.

- Lívia, você não cansa da Mirela não? Vocês duas vivem juntas no colégio por uma semana inteira, e chega sábado fazem a mesma coisa?

O que minha mãe disse até que era verdade, eu nunca tinha parado para pensar nisso, e fiquei surpresa, realmente até nos finais de semana vivíamos juntas, mas o que eu posso fazer se quando estou com minha melhor amiga meus dias se tornam melhores? E eu era adolescente, adolescentes passam muito tempo com os amigos, e a Mirela era a minha melhor amiga, é natural, melhor do que ficar em casa sem fazer nada.

- Mãe, qual o problema? Hoje é sábado, dia de adolescentes como eu, se divertir com as amigas, e prometo que volto para cá, e daqui desço para rua a noite, o que acha? Melhor assim?

- Faz o que quiser Lívia... só mantenha seu celular ligado e sã e salva, não faça besteiras em. Vai almoçar aqui pelo menos né?

- Sim, depois do almoço eu vou a casa dela. – disse.

- Não se esqueça de voltar para casa em, seu pai precisa te ver também, porque se eu permitir sabe muito bem que fica o dia todo enfurnado na casa da Mirela. – disse mamãe.

- Não exagera Daniela. – provoquei, e mamãe arregalou os olhos, fazendo cara de brava.

- Sabe muito bem que eu não gosto quando me chama de Daniela, eu sou sua mãe, para de me provocar menina...

E eu caí na gargalhada. – Calma mãe! Eu estava só brincando com você, relaxa, você sabe bem que eu te amo, não sabe? – disse, me aproximando dela para abraçá-la.

- Acho bom que me ame mesmo, pois eu não te carreguei nove meses em vão. – falou ela brincando, e nós duas rimos. Mamãe sempre tão exagerada...

                                                                           ...

Almocei em casa, e após um tempinho, fui para casa da Mirela. Quem abriu a porta para mim foi a Vanessa, mãe da Mi. – Olá Lívia! Tudo bem? – perguntou ela, super educada.

- Oi tia Vanessa! Estou ótima. – respondi e sorri.

- Entra querida, você já é de casa. – disse ela. Assenti e entrei.

- Posso ir ao quarto da Mi?

- Mas é claro que sim sua boa, como você já é de casa, sabe o caminho muito bem.

- Isso é verdade tia Vanessa! – gritei e ri, enquanto seguia em direção para o quarto da minha amiga.

Assim que entrei no quarto dela, a encontrei sentada na cama assistindo filme no notebook. – Mi? Vendo filme nesse horário? – perguntei.

- Lívia?! O que faz aqui? Quer dizer... eu não sabia que você vinha aqui em casa hoje. – disse ela, assustada em me ver ali em seu quarto.

Eu ri e me sentei ao seu lado para conferir o que ela estava vendo. – Um porto seguro. Ótima escolha Mi! Eu já vi e adorei, mas acho que você vai ter que ver em outra hora.

- Disse a sua mãe que eu te chamei aqui não é? – perguntou ela, me olhando desconfiada, não tinha jeito mesmo, a Mi me conhecia perfeitamente bem.

- É foi, espero que não me desminta. Eu sei que você me ama. – falei.

- E é por eu te amar que você apronta essas, porque sabe que eu jamais te entregaria. – disse ela.

- Pois é... mas levanta dessa cama aí! Que tenho planos para hoje. – disse, muito empolgada.

- Planos? O que quer fazer sua louca?

- Primeiro, vamos ligar para a Thamara e chamá-la para passar a tarde aqui com a gente, mais tarde, ela vai sair junto com nós duas à noite e depois vamos todas voltar para a sua casa e dormir no seu quarto! Não vai ser divertido?

- Uau... você pensa em tudo mesmo. – disse ela.

- Sim, sou rápida e prática.

- Mas e se a Thamara não quiser? Ou se os pais dela não permitirem?

- Bom, aí nós duas vamos a casa dela e vamos tentar convencer os pais delas.

- Você é maluca, mas tudo bem! – disse Mi, topando com a minha brilhante ideia.

Ligamos para o celular da Thamara, e a convidamos para vir e passar a noite na casa da Mirela, ela pareceu gostar da ideia, mas disse que achava que os pais não iriam permitir, então, eu disse que iríamos para a casa dela para convencê-los, ela passou o endereço, e nós fomos a caminho da nossa missão.

Thamara abriu a porta de sua casa para nós duas. – Entrem. – disse ela, com um sorriso tímido.

- Olá... – disse uma mulher ruiva, baixa, e muito bonita, que com certeza era a mãe da Thamara.

- Oi. – respondemos juntas.

- Mãe, essas são as minhas colegas...

- Amigas. – corrigiu Mirela e Thamara riu.

- São as minhas novas amigas do colégio. – continuou Thamara.

- Você não me disse que já tinha feito amigas. – falou a mulher.

- Eu fiz.

- Eu sou a Lisa, mãe da Thamara, é um prazer conhecer vocês duas. – ela se apresentou.

- O prazer é todo nosso Lisa. Eu sou a Lívia. – disse.

- E eu a Mirela. –falou Mi.

- Lívia e Mirela. Fique a vontade, a casa é de vocês.

- Obrigada Lisa, mas nós duas queríamos falar com você, pedir algo. – eu disse, e Lisa arqueou a sobrancelha confusa. Thamara estava calada, como se estivesse com medo da reação que a mãe teria assim que perguntássemos.

- Podem falar.

- Somos amigas da sua filha, e queríamos nos conhecer melhor, passar mais tempo juntas, e queríamos te pedir a autorização para que a Thamara possa dormir hoje na casa da Mirela, prometemos que amanhã cedo ela estará aqui com você. – eu disse. Em matéria de convencer os pais de amigas, eu era sempre a melhor, sempre conseguia, nunca tive falhas.

- Onde você mora Mirela? – perguntou Lisa. E quando Mirela respondeu, e explicou tudo, e falou quem eram seus pais, Lisa pareceu confiar mais em nossas palavras.

- A senhora vai deixar a Thamara dormir com a gente na casa da Mi? – perguntei, fazendo cara de menina injustiçada.

- Você quer ir Thamara? – ela perguntou para sua filha.

- Sim, eu quero.

- Então, não vejo porque proibir. Mas por favor, Thamara, não apronte nenhuma e se comporte lá, e me mantenha informada sobre como você está. – pediu Lisa, olhando para sua filha com preocupação.

- Tudo bem mãe. E quanto ao papai? – perguntou Thamara.

- Eu aviso o seu pai quando ele chegar, fica tranquila Thamara, ele não vai ficar bravo.

- Ok então.

- Então vamos lá arrumar suas coisas para você ir! – eu disse animada e seguimos para o quarto da Thamara, para ajudá-la a arrumar as roupas.

- Você vai precisar de roupa de sair à noite. – disse Mirela.

- Vamos sair de noite? – perguntou Thamara incrédula, como se fosse coisa de outro mundo.

- Claro. – respondi e ri.

Quando terminamos, agradeci a Lisa por ter permitido que sua filha fosse com a gente. Quando colocamos os pés na rua, eu tive uma ideia. – Meninas, vamos tomar sorvete?

- Agora Lívia? – perguntou Mirela.

- Claro.

- Você topa Thamara? – Mirela perguntou.

- Claro, vamos. – respondeu à ruivinha, colaborando com minhas vontades.

E lá estávamos nós, três meninas de 15 anos, sentadas em uma sorveteria, comendo, conversando, rindo, curtindo a nossa juventude, de maneira simples que nos deixavam felizes, era a cena mais improvável de todas, há uns dias atrás, eu jamais iria pensar na hipótese de estar em uma sorveteria em pleno sábado me divertindo com a Thamara, pela primeira vez desde que a conheci, eu queria mesmo me tornar sua amiga e conhecê-la melhor, assim como conheço a Mirela, somos bem diferentes uma da outra, mas sinto que ao mesmo tempo somos iguais, o que é estranho.

Eu pedi sorvete de morango, a Mirela pediu de frutas do bosque e a Thamara de bombom.

- Sabe para onde vamos hoje à noite? – perguntei, para que as duas pudessem ficar curiosas.

- Não, conta aí Lívia! – pediu Mirela.

- Tentem adivinhar, vai estar cheio de garotos da nossa escola. – dei a dica.

- Não... não está falando da pista de skate não né? – arriscou Mirela, acertando como sempre!

- É óbvio Mi. É para lá que vamos hoje, o Lucca vai estar lá, e eu preciso conquistá-lo, e o Caleb também estará lá, o que vai ser ótimo para você! – disse, a fazendo rir.

- Lívia... é que, não sei se é uma boa ideia, e se ele achar que eu fui lá só para vê-lo?

- E qual o problema? Você é linda Mirela, para de onda, ele vai amar te ver lá. Aproveite e o fisgue. – disse.

Percebi que Thamara estava calada, não dizia nada a respeito. – E você Thamara? Já se interessou por algum rapaz da escola? Pode nos contar, vamos guardar segredo. – disse, olhando para ela com carinha de anjo, assim ela não poderia mentir.

- Não sei se interessada é bem a palavra correta, mas...

- Sempre tem um "mas". – disse.

- Eu... achei um em especial bem bonito sim, ele até conversou um pouco comigo.

- Quem? Conta! – pediu Mirela, super curiosa, assim como eu.

- O Peter. – respondeu ela, e nós nos entreolhamos.

- O Peter? – perguntei incrédula ainda, com tanto rapaz para ela se interessar, e foi acontecer logo com o Peter!

Não que ele seja ruim, ele não é, Peter é um ótimo rapaz, super gente boa, porém, ele é bem popular também, e tem fama de conquistador, apesar dele não brincar com as meninas como os outros, mas ele fica sim com várias garotas, e nunca se apega a nenhuma, nunca teve uma namorada de verdade, apenas ficantes, e não acho que ele seja uma boa opção para uma garota como a Thamara, que parece ser bem frágil e talvez até romântica. Ainda não conheço muito dela.

Ela pode gostar dele de verdade, e o Peter... ele nunca se apegou a nenhuma garota. Dificilmente se apegaria a ela, o bom era que eu era amiga dele, o que significava que eu podia deixar avisado que não era para ele brincar com ela.

- Ele é um babaca não é? – perguntou ela.

- Não! Não é isso.

- É só que o Peter é bem popular também e já ficou com várias garotas do colégio Thamara, nunca se apegou a nenhuma, mas fora isso, ele é super gente boa. – respondeu Mirela.

- Ata... que ótimo, então, é melhor eu esquecer isso. – disse Thamara.

- Vocês podem ser amigos. – disse e Thamara riu. E trocamos o assunto.

Depois do sorvete, eu disse às meninas que tinha que passar na minha casa antes para ver meu pai, na verdade, o combinado era que da minha casa eu sairia para rua encontrar as meninas, mas fiquei com vontade de me arrumar junto com elas, então, tive mais uma brilhante ideia de levá-las até minha casa para avisar aos meus pais que da casa da Mirela que iríamos para a rua, com a presença das meninas, meus pais não poderiam se zangar.

Assim que entrei em casa acompanhada das garotas, minha mãe sabia que não era boa coisa.

- O pai está em casa? – perguntei.

- Sim, lá no quarto dele. Vai lá se despedir dele. – ordenou mamãe.

- Como sabe que eu só vim para vê-lo?

- Como se eu não te conhecesse com a palma da minha mão Lívia... assim que vi você entrar, já sabia de tudo, vai e depois conversamos. – disse ela, eu ri e a abracei.

Deixei as meninas na companhia de minha adorável mãe. E fui para o quarto do papai, para conversar com ele.

- Pai. – disse, me aproximando, ele estava deitado em sua cama assistindo TV.

- Olá querida! Vem aqui. Está bem? – ele me perguntou, me puxando para um abraço de lado.

- Estou ótima, e o senhor, como está?

- Melhor agora com a sua companhia. – disse ele, e sorriu. Golpe baixo. Agora como eu iria falar que só vim ali para vê-lo e que tinha que ir para casa da Mirela e de lá ir para rua e de quebra dormir lá. Ok. Não é a primeira vez que isso acontece, mas, nunca deixava de ser difícil.

- Então... eu passei aqui para te ver, e daqui vou para casa da Mirela, vou dormir lá. – falei.

- Sua mãe contou, mas pensei que você fosse descer para rua daqui e encontrá-las lá.

- Mudanças de planos... – disse e ri de nervoso mesmo. Morrendo de medo dele não deixar mais.

Ele franziu a testa e riu. – Só você mesma Lívia... nunca muda.

- Desculpa. É que...

- Eu sei, ela é sua melhor amiga, vocês são jovens e estão na fase de sair, mas só não exagera nas saídas, se não, vou ter que passar a te proibir algum dia. – disse ele.

- Não pai! Prometo não exagerar. – disse, e dei um sorriso travesso.

- Ok meu amor. Se cuida, não faça besteiras em. – ele disse, e beijou minha testa.

- Pode deixar pai, prometo que vou me comportar muito bem! Obrigada por me deixar ir, tchau, eu te amo. – disse, dando-lhe mais um abraço.

- Eu também te amo pequena. – ele disse. Sorri e acenei para ele antes de sair do quarto.

- Consegui mãe! Missão cumprida! Tchau, até amanhã, e eu te amo! – disse, abraçando-a.

- Missão cumprida... se comporte em Lívia, não cometa burrices.

- Pode deixar mãezinha. – falei.

                                                                       ... ...

Já tinha escurecido, e estávamos arrumadas para sair, passamos pela sala, onde os pais da Mirela estavam. Tia Vanessa e tio Gustavo, assim que eu os chamava.

Eles se aproximaram de nós três. – Se comportem na rua, não só a Mirela, mas vocês duas também, como vão dormir aqui na nossa casa hoje, as duas acabam sendo responsabilidade nossas por essa noite, então, tentem ficar longe de encrencas. – disse tio Gustavo.

- Pode deixar tio Gustavo. – respondi. Thamara como ainda não estava acostumada, apenas ficou quieta.

- Mirela, tomo conta da sua nova amiga. – disse a tia Vanessa, se referindo a Thamara.

- Claro mãe, a Thamara vai ficar o tempo todo com a gente.

- Estamos confiando nas três, não nos desaponte. – disse tio Gustavo. E nós três assentimos. Depois que a Mirela se despediu dos pais, conseguimos sair.

- Ai que vergonha... meus pais exageraram agora. Eles nunca foram assim. – falou Mirela.

- Eu gostei deles, são legais. – disse Thamara.

- Eles só estão sendo pais Mi. – eu disse.

- É verdade...

Assim que chegamos à pista da suma, fica no parque Zilda Natel, era o lugar favorito dos skatistas do nosso colégio, por isso tínhamos ido para lá, começamos a ver alguns estudantes da nossa escola por lá.

Eu olhava para todos os lados a procura do Lucca, ele gostava de andar de skate, com certeza estaria ali, eu só precisava encontrá-lo. De repente, uma garota da nossa sala se aproximou de nós três, nos olhando estranho.

- Que trio mais improvável, a popular, a esquentadinha, e a excluída juntas. Que aberração. – disse a garota de cabelo preto curto até o ombro, alta e encorpada, de olhos azuis, uma garota que na qual eu nem lembrava o nome.

Eu ri dela. – Alguém te perguntou alguma coisa estranha? – devolvi.

- Eu não sou estranha, a única estranha daqui é a Thamara, e daqui a pouco, vocês duas também vão ser se continuarem andando com ela.

- Qual o sue nome mesmo? – perguntei, sem paciência. Ela me olhou com raiva, por eu não se lembrar de seu nome.

- Josefine. Mas todos me chamam de Josi. – respondeu ela.

- Josi. Então, a Thamara não é estranha, ela é linda e nossa amiga, faz o seguinte, se não gosta da nossa amizade, fica caladinha, até porque, você não tem que gostar da nossa amizade, porque você não tem nada a ver com as nossas vidas, eu acho que você está, é com inveja dela e da nossa amizade. – disse, ela revirou os olhos furiosos e antes de sair de perto da gente, disse mais alguma coisa.

- Eu não tenho inveja de nenhuma das três, horrorosas. – disse, e então, nós rimos.

- Que garota maluca. – falei.

- Obrigada por te me defendido. – agradeceu Thamara.

- Você é nossa amiga agora, sempre vamos te defender. – disse, e ela sorriu.

O lugar estava enchendo cada vez mais, e o Lucca que é bom mesmo, nem sinal! Então, eu vi, não só o Lucca andando segurando seu skate, como o Caleb e o Peter também, os três estavam juntos! Eu nem sabia que isso era possível... Lucca junto com o Caleb? O Peter não era surpresa, já que conversava com quase todo mundo, mas o Lucca andando com o Caleb?

- Eu não sabia que o Caleb e o Lucca conversavam. – disse Mirela, assustada.

- Nem eu.

- Eles estão vindo para cá... – disse Thamara, nervosa de ver o Peter caminhando em nossa direção, juntamente com os outros dois.

- Olá meninas. – eles disseram quase ao mesmo tempo.

- Oi. – respondemos quase ao mesmo tempo também, e eles riram, Peter olhava para Thamara, Caleb olhava para a Mirela e para a Thamara, mas Thamara não olhava para Caleb, e Lucca, ele olhava para mim e para Mirela, mas Mirela só tinha olhos para Caleb. Confuso? É... Um pouco! Eu não sabia por que Caleb olhava para Thamara, mas não deveria ser nada de mais.

- Não sabíamos que os três se davam tão bem. – eu disse.

- A gente conversa um pouco, por causa da competição. Nós três andamos de skate meninas, é natural que conversemos. – respondeu Lucca.

- A sim.

- Vocês nunca vieram aqui antes, qual o milagre? – perguntou Caleb.

- Sabe como é... temos que mudar um pouco a nossa zona de conforto. – inventei, porque se dependesse da Mirela e da Thamara, elas iriam gaguejar só de responder a essa simples pergunta.

- Claro... – disse Peter rindo.

- Mirela, vamos ali comigo? – perguntou Caleb a ela. Mi ficou surpresa, mas aceitou ir com ele.

- Quer vir comigo? – perguntou Peter a Thamara.

- Onde? – ela perguntou surpresa também.

- Só vem comigo. – ele disse e sorriu, ela deu um sorriso tímido e foi com ele.

Só restou Lucca e eu. Eu e Lucca. – Só restou nós dois aqui. – ele disse.

- Sim. Você não comentou nada com o Caleb sobre o que eu te disse não né? – perguntei nervosa, com a possibilidade de ele ter me entregado ao Caleb sobre a mentira que eu inventei a respeito da Mi e do Caleb.

- Não, ele não disse nada Lívia, eu sei guardar segredo.

- Ainda está triste com isso?

- Não muito...

- Uma hora você esquece a Mirela. – disse.

- Espero.

- Lucca.

- Sim?

- Você me acha bonita? É para ser sincero. – perguntei, ele me olhou sem entender e sorriu como se a resposta fosse óbvia.

- Claro que sim. Você é linda, gata de mais. – ele disse.

- Então porque se interessou pela Mirela e não por mim?

- Eu não sei, onde está querendo chegar? Você... Você gosta de mim Lívia? – ele perguntou surpreso, como se fosse a coisa mais inacreditável do mundo.

- Não haja como se fosse uma surpresa.

- Desculpa, mas é uma surpresa para mim Lívia, eu não sabia.

- Sério?

- Claro que é sério.

- Tá, então, agora você já sabe. Deixa-me te mostrar o quanto sou incrível, fica comigo Lucca. – disse, me aproximando mais dele.

- Eu não quero te dar esperanças de um namoro. Você é legal de mais pra mim Lívia.

- Eu só quero ficar com você, não estou te pedindo em namoro, uma chance para eu te mostrar que posso ser inesquecível. – disse.

- Você é tão confiante de si.

- Eu tenho que ser.

Ele sorriu maliciosamente e pegou na minha mão, me puxando para um lugar mais calmo para que ficássemos. E eu vibrei de felicidade por dentro, por ter conseguido convencê-lo. Fiquei encostada na parede, com ele de frente para mim, me cercando com seus braços. Seu skate estava no chão, ao nosso lado, e ele me olhava com desejo e curiosidade ao mesmo tempo.

- Você tem que me beijar antes da competição começar. – lembrei-o, o fazendo rir.

- Ainda falta um tempo para a competição começar, não se preocupe.

- Porque não me beija logo? – perguntei impaciente.

- Não seja apressada Lívia, eu só quero te observar por um tempo, admirar sua beleza. – ele disse, com um sorrisinho travesso no rosto. Ele estava me deixando louca de vontade de beijá-lo logo.

Até que ele segurou com uma mão em volta de mim, e a outra mão em meu rosto, e me beijou. Quando sua boca encostou-se à minha, senti que todo o meu esforço valeu à pena, era melhor do que sonhava, meu coração ficou batendo forte enquanto nos beijávamos, foi um beijo longo, e de língua! Eu não podia ter pedido algo melhor que isso, estava me sentindo nas nuvens durante o beijo. Acho que ele também gostou, pois não queria parar de me beijar. E quando nossos lábios se afastaram, ele ficou me olhando admirado, sorrindo.

- Você beija muito bem Lívia, é realmente incrível. – ele disse.

- É, eu sei. – disse, mostrando confiança.

- Eu... preciso de mais. – ele disse, já segurando no meu rosto, então tive a brilhante ideia de fazer charminho.

- Calma aí rapaz! Acho que você tem que treinar para sua competição agora. – disse.

- O quê? Não, ainda da tempo de darmos mais alguns beijos. – ele disse, aproximando o rosto do meu, e eu me afastei sorrindo.

- Lucca, primeiro a sua competição, depois ficamos de novo. – disse, ele me olhou derrotado.

- Você quer me deixar louco por você não é?

- Acredite no que quiser. – disse e ri.

- Tudo bem Lívia... você vai me ver competindo não é?

- Se apaixonou foi? – ironizei, e ele riu.

- Claro que não. Eu não fico apaixonado. – respondeu ele.

- Ótimo. Porque eu também não. – menti, claro que eu menti.

Ele arqueou a sobrancelha confuso, mas não disse mais nada, apenas caminhou comigo até a pista de skate.

Depois que eles competiram, e quem ganhou foi outro carinha desconhecido, que não era do nosso colégio, saí depressa de lá com as meninas, queria da um perdido no Lucca, para deixá-lo com vontade de quero mais, e para ele ver que não é só os homens que brincam com as mulheres, as mulheres também brincam com os homens, está certo que eu ainda sou uma garota, mas também sou uma mulher, e tenho bastante atitude. Esse foi um dos melhores sábados da minha vida.


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