Acordo com uma dor de cabeça daquelas e resmungo, me sentindo cansada logo pela manhã.
Olho no relógio e vejo que é seis e meia.
Fico admirando minha pequena dormir por um tempo e depois tentei acorda-la.
— Filha, acorda minha pequena.
Sacudi ela devagar e quando vi que não ia adiantar peguei ela no colo, fazendo a mesma resmungar.
Enfim ela acordou.
- Blom dlia mamãe - falou coçando os olhinhos.
- Bom dia meu amor.
Dou um banho nela e coloco um vestidinho na mesma. Deixo ela brincando com umas bonequinhas e tomo banho rapidamente.
Pego os meus materiais para o meu curso e desço com minha pequena no colo, vendo que todos já estavam na cozinha.
— Bom dia.
— Bom dia.
— Blom dlia
— Eu vi - Sam fala olhando pra mim.
— Viu o que? Você está doido é!?
— Você de papinho com aquele idiota ontem - murmura, com um bico enorme.
— Não foi você que queria que eu fizesse novas amizades?
— Verdade filho. Deixa sua irmã. E outra, se caso eles passarem de amizade já esta tudo em família. Ele parece ser um bom rapaz...
— Só parece - resmungou.
— Falo nada viu. Só não quero que você se machuque - o nosso pai murmura.
— Vai acontecer nada não gente. Mãe, a senhora vai pra loja hoje?
— Vou sim. Por quê?
—Tenho que comprar umas roupas pra mim e pra Rosalie.
—Vai chegar da nova coleção hoje e você ja sabe, não precisa pagar, como sempre.
— Ta bom. Pai, vou sair hoje a noite tá?
Vejo quando ele se engasga com o pão e começo a rir.
— Com quem, Anne Hildegard Fonseca?
Resolvi não tira o "Fonseca" do meu nome. Deixei ele ai, afinal é da família também, ja que meu pai tem esse sobrenome no nome dele.
— Pai - falei olhando no relógio da cozinha - o senhor deveria estar na empresa à vinte minutos atrás.
—É mesmo amor. Hoje não tinha aquela reunião?
Achei que ele não conseguia correr mais, mas me surpreendi com o que vi.
Ele subiu e trocou de roupa em menos de três minutos.
Desceu correndo mandou beijo pra mim e pra minha mãe e antes de passar pela porta me olhou.
— A nossa conversa ainda não terminou, mocinha!
Suspiro, sabendo que marquei de sair com o Pietro à noite afinal, ele parece ser uma cara até legal.
— Anne, me fala que não é com aquele idiota do Pietro!?
— Vish, já to atrasada.
Dou um beijo na testa dele e na a minha mãe. Pego a Rosalie do colo da minha mãe e quando estou passando pela porta, ouço meu irmão vindo em nossa direção gritando.
- Anne, volte aqui!! NOSSA CONVERSA AINDA NÃO ACABOU!
Corro, abro a porta do meu carro, coloco a Rosalie na cadeirinha e entro no mesmo
Chego na creche em dez minutos e deixo ela com uma senhora, já de idade.
Vou para a faculdade, agradecendo aos céus por entrar ainda só oito horas e quando entro na minha sala, me esbarro em um rapaz. Sinto um arrepio e meu sexto sentido diz que ele não é flor que se cheire.
Me sentei e logo o professor chegou na sala e começou a explicar a matéria. Cochilo um pouco durante a "aula" e dei graças a Deus quando fomos liberados.
Vou na biblioteca e pego um livro para um trabalho que o professor tinha passado e quando olho no meu celular já era meio dia.
A Klara me ligou e ficamos conversando um pouco. Ela me pediu para que pudesse ficar com a Rosalie hoje, já que o sobrinho dela vai vim passar uns dias na casa dela e não tem ninguém com quem ele possa brincar, então deixei.
Fui pra casa e não tinha ninguém, liguei pra minha mãe e ela falou que a loja tava muito movimentada e que ela já tinha comido uma bobeira mesmo e que meu pai tinha ido pra Nova York, numa viagem de negócios.
Acaba sendo interessante. Meu pai, o pai da Cathy e o pai do gosto... imprestável do Carlos trabalharem e serem sócios da mesma impresa.
Meu irmão provavelmente deve estar resolvendo algum caso complicado ou em alguma audiência.
Vou na casa da Débora, conversamos um pouco e ela esta super feliz. Já esta com quase seis meses e descobriu que esta grávida de um menino.
Depois que sai da casa dela vou para loja da minha mãe e ajudei ela um pouco.
"Comprei" umas roupas pra mim e pra Rosalie e entrei em uma loja de recém nascidos para comprar uma roupinha para o filho da Débora.
Sei que ele nem nasceu ainda mais já quero garantir meu lugar de madrinha. Passo na casa dela rapidinho, entrego meu presente e fui pra casa.
Fico arrumando umas coisas e quando deu a hora, fui buscar a Rosalie na creche.
- Filha, você quer ir dormir na casa da tia Klara? - pergunto quando estamos no carro.
— Quelo.
Levo ela na casa da Klara e volto pra casa, já com o coração apertado por ficar longe da minha pequena.
Meu irmão chegou e noto que já está quase na hora do Pietro chegar.
Tomo um banho rápido e visto uma roupa que comprei hoje.
Desço e vejo que o Sam esta na porta, parecendo estar nervoso e o Pietro esta do outro lado.
Vou até eles e vejo o quanto ele está lindo.