Foi Apenas Uma Aposta

By queili14

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Anne aos 17 anos foi humilhada por quem mais amava; Carlos Hildebrand. Por causa de uma aposta com seus amigo... More

Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Capítulo Doze
Capítulo Treze
Capítulo Quatorze
Capítulo Quinze
Capítulo Dezesseis
Capítulo Dezessete
Capítulo Dezoito
Capítulo Dezenove
Capítulo Vinte e Um
Capítulo Vinte e Dois
Capítulo Vinte e Três
Capítulo Vinte e Quatro
Capítulo Vinte e Cinco
Capítulo Vinte e Seis
Capítulo Vinte e Sete
Capítulo Vinte e Oito
Capítulo Vinte e Nove
Capítulo Trinta

Capítulo Vinte

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By queili14

— Eu realmente sou muito parecida com a senhora - murmuro, após um momento de silêncio.

— Olha, a nossa conversa está muito boa mas estou com muita fome - falou Sam se levantando - Então vamos almoçar.

— Vamos senhor guloso - diz Calissa se levantando em seguida.

Caminhamos para a sala de jantar e noto um verdadeiro exagero de comida na mesa.

Nos sentamos e nos servimos. Preciso admitir que me senti realmente em família, só faltou minha filha.
Sorrio ao lembrar dela.

— Você tem fotos da nossa neta?  Não deu pra vermos ela ontem...

Pego meu celular e mostro uma foto dela para eles.

Juan me olha e coça a sua cabeça.

— O que foi?

— Já vi que vou ficar de cabelo branco logo. Você é linda e ela também.

— Ela já tem um admirador - falo e vejo o sangue se esvair do rosto dele e do Sam por alguns momentos.

Dou uma risada e vejo Sam fechar a cara.

— Anne... Ela é filha do Carlos?

— Sim. Mas ele não sabe disso e se depender de mim ele jamais saberá.

— Eu sempre perguntava como você era, então nossos pais diziam que você era linda e eu emburrava.

— Por quê?

— Porque quando eu falava que ia te trancar no quarto e não deixar nenhum menino chegar perto de você eles riam. E agora, quando te conheço já é mãe! - fala, o que me faz balançar minha cabeça em negação.

— Mesmo assim, ela está solteira - Juan para de falar por um momento, pensa um pouco e me olha - Não está?

— Podem ir parando com isso. Assim vão assustar a minha filha. Ela é jovem, tem o direito de namorar com alguém e não serão vocês a impedir que isso aconteça.

— Desde que não seja o Carlos -  Sam resmunga.

— Pelo que vi ontem, vocês não se dão bem. Por quê? Ele não é o pai da Rosalie?

— Ele me machucou e não vou correr o risco dele machucar ela também. Eu gostaria muito de manter distância dele, mas isso será praticamente impossível agora.

— Por qual motivo filha?

— Estou trabalhando no projeto EPD e ele também.

— Entendo. Irei marcar o exame e te aviso quando será. Não quero que tenha dúvidas sobre ser nossa filha.

— Está bem. Agora tenho que ir, irei dar uma arrumada em casa e depois pegar a Rosalie na creche - falo me levantando.

— Posso ir com você? - Sam procura e faz cara de cachorro sem dono.

— Pode sim.

Observo ele tirar algumas chaves do seu bolso e arqueio minha sobrancelha.

— Eu estou de carro.

— Mulher dirigindo é perigo - Calissa o encara com a cara feia e ele dá uma risada — Com todo respeito, claro.

— Posso te dar um abraço?

Assinto e ela me abraça, seguida pelo Juan.

— Vão com Deus.

Saimos da casa e entramos no meu carro. Meu celular apita e vi que era uma mensagem de um número desconhecido. Havia uma foto minha deixando a Rosalie com a senhora da creche seguida da mensagem "Ela é tão  linda não é? Sonho de qualquer família."

Guardo meu celular antes que Sam visse, ligo o carro e espero ele se "acomodar". Ele coloca o cinto e me olha.

— Você tem carteira?

— Sim.

— Estou com medo.

Gargalho e acelero o carro, fazendo com que ele me olhe feio.

— Você está namorando? - pergunto, curiosa.

— Pegando algumas amigas, para ser mais exato.

— Trabalha?

— Sou um advogado formado, querida. Quem era no telefone?

— Uma amiga - respondo rapidamente, um pouco tensa.

— Eu sei que você está escondendo algo e a mamãe também sabe. O que é?

— Não é nada.

— Fala agora, Anne Hildegard!

— Ainda é Anne Fonseca e eu já falei que não é nada. Chegamos.

Estaciono o carro e saio do mesmo. Espero ele sair do carro para abrir a porta de casa e entrarmos.

Ele se senta no sofá, me puxando junto com ele. Segura minhas pernas que estavam no colo dele e me olha.

— Você vai ficar aqui - disse quando eu tentei levantar e falhei miseravelmente - E só vai sair quando me contar o que está acontecendo.

— Eu já falei que não é nada!

— Você não sabe mentir. Fale logo Anne.

— Me solta - exijo.

Ele não faz nada então mordo o braço dele fazendo com que ele me solte de imediato e saio correndo em direção a cozinha.

Paraliso ao ver a caixa em cima da mesa com as fotos e me arrependo de ter corrido para a cozinha ao imaginar quantas perguntas Sam irá fazer até que consiga a real resposta sobre elas.

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