Foi Apenas Uma Aposta

By queili14

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Anne aos 17 anos foi humilhada por quem mais amava; Carlos Hildebrand. Por causa de uma aposta com seus amigo... More

Capítulo Um
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Capítulo Doze
Capítulo Treze
Capítulo Quatorze
Capítulo Quinze
Capítulo Dezesseis
Capítulo Dezessete
Capítulo Dezoito
Capítulo Dezenove
Capítulo Vinte
Capítulo Vinte e Um
Capítulo Vinte e Dois
Capítulo Vinte e Três
Capítulo Vinte e Quatro
Capítulo Vinte e Cinco
Capítulo Vinte e Seis
Capítulo Vinte e Sete
Capítulo Vinte e Oito
Capítulo Vinte e Nove
Capítulo Trinta

Capítulo Dois

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By queili14

Respiro fundo e lavo meu rosto logo em seguida.

Já se passou um mês, desde que tudo aquilo aconteceu, e eu não tive coragem de pisar novamente naquele colégio.

Odeio me sentir fraca e sensível à tudo, como estou me sentindo agora.

Saio do banheiro e caminho até minha cama. Me sento na mesma e engulo em seco.

Pego meu celular, disco o número da Cathy e no segundo toque sou atendida.

Ligação on

- Me solta cacete! - ouço alguém resmungar - Oi Anne.

- Oi. Eu estou te atrapalhando?

- Não, fica tranquila. Como você está?

- Estou bem, e você?

- Estou bem.

- Nossa, faz tanto tempo que nós duas nos falamos. Sua voz está tão diferente!

- Cathy, você sabe se seu pai está precisando de uma secretária, lá na empresa?

- Eu não sei, mas acredito que sim. Minha mãe colocou a Rebeca para correr, já que ela estava dando em cima do meu pai. Confesso que fiquei com um pouco de dó dela. Você está estudando?

- Eu... Eu estou sim - minto - Mas as coisas estão apertando um pouco aqui.

- Entendo. Olha, vem morar aqui. Tenho certeza que meu pai irá ceder a vaga à você. Falarei com ele ainda hoje.

- Está bem. Obrigada Cathy.

- Olha, vou precisar desligar agora, mas depois eu te ligo para te falar o que meu pai me disse. Beijos.

Ligação off

Espero que dê tudo certo, e que o pai dela deixe a vaga para mim.  Eu preciso sair dessa cidade, o mais rápido possível.

Eu perdi meus pais aqui, e a única coisa que me prendia à essa cidade, era o Carlos, mas agora...
Agora eu tenho a chance de ser realmente feliz e de tentar esquecer o Carlos.

Me levanto, caminho até meu guarda-roupa e pego um vestido azul claro.

Tiro a roupa que estou vestida e visto o vestido. Solto o meu cabelo, dou uma olhada no espelho e coloco um sorriso no meu rosto.

Saio de casa, e cerca de vinte minutos depois entro no colégio, em passos lentos.

Confesso que quando cheguei em frente ao mesmo, minha vontade era de dar meia volta e ir para a casa, como uma covarde... Mas eu não sou assim.

Jamais corri dos meus problemas, sempre enfrentei tudo por mais difícil que tenha sido.

Vejo algumas pessoas no corredor, e sinto o peso do olhar delas sobre mim, mas eu continuo a caminhar, sem abaixar a minha cabeça.

Bato na porta da sala da diretora Débora, e ouço a mesma mandar que eu entre.

Abro a porta, e a mesma abre um sorriso ao me ver.

- Anne, querida. Eu estava preocupada com você.

Ela se levanta de sua cadeira, caminha até mim, e me abraça.

Ela se senta e eu me sento na frente da mesma.

- Débora, eu vou me mudar de cidade e vim pegar minha transferência.

- Eu fiquei sabendo do que aconteceu e eu realmente sinto muito, mas pense melhor Anne. Sei que tudo isso que aconteceu foi ruim, mas acha mesmo que vale a pena sair daqui? Vale realmente deixar tudo para trás?

Ruim chega a ser um eufemismo em relação à tudo que aconteceu.

- Eu preciso disso. Para falar a verdade, eu não tenho nada a perder. Meus pais estão mortos e eu fui usada e machucada por quem amo e acreditei que me amava. Eu não tenho ninguém aqui, Débora.

- Você tem a mim, menina - diz e pega na minha mão, apertando a mesma logo em seguida - Você sabe que eu te ajudarei em tudo que você precisar, basta me dizer.

- E eu te agradeço muito por isso, mas eu acho que é o melhor pra mim. Eu falei com uma amiga, e ela me chamou para ir morar com ela.

- Está bem, se você quer assim, eu irei te apoiar.

Converso com ela sobre minhas faltas, como farei para pegar minha transferência e o que devo fazer para que eu volte a estudar, sem ter problema algum.

Ouço o sinal bater e estremeço.

- Eu preciso ir. Obrigada por tudo Débora.

Pego os papéis que ela me deu e me levanto.

- Te acompanho - diz se levantando logo em seguida.

Ela caminha até a porta, abre a mesma e eu saio da sala dela, sendo seguida por ela.

Tem muitas pessoas nos corredores, algumas ainda estão saindo de suas salas e posso ouvir algumas risadas baixas.

Abraço a Débora quando chegamos no portão e observo a mesma se afastar de mim.

Olho para o outro lado da rua e vejo uma cena capaz de ferir ainda mais meus sentimentos.

Carlos Hildebrand está beijando a Celeste, e parece apertar a bunda da mesma sem se importar com quem esta vendo essa cena deplorável.

Minhas pernas ficam bambas e meus olhos se enchem d'água. Um nó começa a se formar em minha garganta e eu abaixo minha cabeça. Apresso meus passos e antes de virar a esquina, levanto minha cabeça e algumas malditas lágrimas escorrem pelo meu rosto, sem que eu consiga controlar.

Olho uma última vez para o outro lado da rua e vejo que o Carlos me encara. Limpo minhas lágrimas e coloco um sorriso no rosto.

O Carlos não foi capaz de valorizar meu sorriso e nem o amor que sinto por ele. Ele não merece as minhas lágrimas...

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