Secrets Segunda Temporada

By sweetcabello21

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Quatro anos após o casamento, Lauren e Camila decidem aumentar a família e dar a David, o primogênito do clã... More

Capítulo I
Capítulo II
Capítulo III
Capítulo IV
Capítulo V
Capítulo VI
Capítulo VII
Capítulo VIII
Capítulo IX
Capítulo X
Capítulo XI
Capítulo XII
Capítulo XIII
Capítulo XIV
Capítulo XV
Capítulo XVI
Capítulo XVII
Capítulo XVIII
Capítulo XIX
Capítulo XX
Capítulo XXI
Capítulo XXII
Capítulo XXIII
Capítulo XXIV
Capítulo XXV
Capítulo XXVI
Capítulo XXVII
Capítulo XXVIII
Capítulo XXIX
Capítulo XXX
Capítulo XXXI
Capítulo XXXII
Capítulo XXXIII
Capítulo XXXIV
Capítulo XXXV
Capítulo XXXVI
Capítulo XXXVII
Capítulo XXXVIII
Capítulo XL
Capítulo XLI
Capítulo XLII
Capítulo XLIII
Capítulo XLIV
Capítulo XLV

Capítulo XXXIX

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By sweetcabello21

Lauren POV

Meu estado de espírito estava péssimo, acordei para mais um dia de rotina, mas tudo não seguiu nada do planejado, o trabalho se arrastou e tive inúmeras reuniões intermináveis, sem contar os acordos pré-estabelecidos que, na última hora, uma das partes resolvia não aceitar. Para finalizar o dia de trabalho a audiência que participei levou muito mais tempo do que planejava, a parte boa era que uma cliente ganhou a causa, mas foi desgastante e lento, como resultado, eu corri do tribunal para o supermercado, pois tinha combinado de me encontrar com Camila lá. Ela pegaria David na escola de táxi para que pudéssemos ir às compras.

Isso explicava o fato de meus pés implorarem para que eu tirasse o sapato de salto e bico fino, que usava, e meu corpo gritava por liberdade daquela roupa social a qual estava presa. Tudo o que queria era apenas está de moletom e um blusão, mas preencher os armários e a geladeira era a prioridade do momento, então eu tinha que esperar mais um pouco. Olhei para o lado por ter a sensação de ter ouvido meu nome, mas Camila continuava a tagarelar com David sobre algo que eu não prestava atenção, minha cabeça estava pesando e eu precisava de um analgésico. Enquanto eu arrastava sem nenhuma vontade o carrinho de compras, David empurrava orgulhoso a carrinho com sua irmã.

Anabella parecia alheia ao nosso mundo, vez ou outra resmungava, na verdade emitia sons parecidos com resmungos, mas ela estava mais concentrada em morder, ou melhor, babar seu brinquedo. Era uma pulseira de pano que tinha uma borboleta da cabeça verde, corpo com listras pretas e brancas, e asas amarelas, minha filha amava a colocar na boca ou apenas levantar os braços para ficar olhando aquele objeto, mesmo sem ter sua vista totalmente focalizada, as cores e listras chamavam sua atenção. Além da pulseira, Camila colocou meias diferentes, no pé esquerdo ela usava uma com listras brancas e pretas com a carinha de uma zebra, no pé direito uma meia com listras amarelas e vermelhas com uma carinha de um cavalo. Outra na família para ter o gosto exótico de usar meias diferentes, rolei os olhos com aquele pensamento.

- Mama Lauren? – ouvi a voz do meu filho e direcionei meus olhos para ele. – A senhora está bem?

- Você está mais pálida que o normal. – Camila comentou preocupada, parando de andar.

- Só um pouco de dor de cabeça. – massageei as têmporas.

- Se quiser ir para casa, David, Anabella e eu terminamos aqui.

- É mãe! A senhora está com um aspecto horrível. – soltei um pequeno riso com o comentário.

- Já estou aqui. – dei de ombros. – Vamos até o fim, em casa eu tomo um analgésico e durmo mais cedo.

- David vá lá na farmácia... – Camila apontou a direção. – E compre analgésicos. – entregou uma nota de dez dólares. – Aproveite e pegue algumas garrafas com água para colocar no carrinho e também para sua mãe beber quando tomar o remédio. - nosso filho acenou em concordância e saiu em disparada.

Camila voltou a olhar a lista e procurar os produtos, estávamos na seção de cereais, agora eu empurrava o carrinho de compras e ela o carrinho com nossa filha.

- Amor. Pega três caixas desses. - apontou para a marca de cereal que gostava de consumir. – Duas daquele integral e cinco caixas daquele colorido, que David ama. – pediu. Ana começou a chorar, peguei as duas caixas e voltei a atenção a minha pequena, Camila a pegou no colo.

- Parece que alguém precisa de um pit-stop. – comentou divertida ao pegar na fralda, que provavelmente devia estar cheia. – Mamãe está aqui e vamos já resolver esse pequeno contratempo. – agitou levemente nossa menina para que ela diminuísse o choro. – Isso mesmo... – Ana parou de chorar e ficou procurando pela voz de Camila. – Mamãe vai trocar essa mocinha e já já estará cheirosinha. – pegou a bolsa da nossa pequena e colocou no colo. – Amor... – entregou-me a lista de compras. – Eu vou ao fraldário trocar essa princesa... – acenei em concordância. – Já o David aparece, você toma um comprimido e pede para ele ir pegando as coisas... – aproximou-se. – Assim não aumenta sua dor de cabeça. – selou nossos lábios. – Voltamos já...

- Quando voltar – chamei sua atenção. Camila girou parte do corpo e olhou para mim. -, traz algumas barras de chocolate. – pedi, ela acenou em concordância e pegou a direção ao fraldário. Voltei minha atenção ao carrinho, na verdade tinha agora dois para cuidar, e fiquei sem saber o que fazer, estagnada esperando por meu filho. Aproveitei para pegar todos os itens que faltava em casa e constava naquele corredor.

- Lauren? – estava concentrada organizando as compras no carrinho para colocar mais coisas quando uma voz chamou minha atenção.

- Oi. – respondi ainda curvada e não vendo a pessoa, sorri amarelo ao ver quem se tratava. – Sarah... Quanto tempo! – olhei para um lado e depois para o outro mesmo sem ter feito nada, apenas para certificar que Camila não estava voltando. Inspirei profundamente, eu tinha que educadamente mandar aquela mulher, que sorria largamente para mim, ir embora.

Para minha surpresa e total desespero, Sarah puxou meu corpo para um abraço caloroso, sem querer ser indelicada ou mal-educada, eu retribuí o abraço sem jeito.

- Não acredito que sempre nos encontramos nos supermercados da vida.

- Também não... – cocei a nuca. – Chega a ser surpreendente, parece uma pegadinha... – de mal gosto, completei mentalmente.

- E não é? Como você está?

- Eu vou muito bem, obrigada.

- Sou mãe novamente, não que não fosse antes... Ou que tenha deixado de ser...– tentei explicar. - A caçula da casa nasceu tem poucos meses!

- Meu Deus! Que notícia maravilhosa... Realmente precisamos colocar a conversa em dia, e isso me lembra que você está me devendo um chá, nada de cerveja agora porque tem que voltar sobrea para casa. – brincou, ou tentou brincar, apenas ri mais sem jeito do que por ter achado graça do comentário. – Mas falando sério, quando podemos marcar algo? Jacob e Will estão em Miami passando o mês com o pai, então estou disponível a qualquer momento. – explicou, percebi que ela estava muito próxima da minha zona de conforto, dei um passo para traz e fingi analisar a proposta.

- Eu teria que conversar com minha mulher para saber um dia que estaríamos disponíveis. – Sarah pareceu se decepcionar um pouco. Dei mais um passo para trás e comecei a ler os rótulos de umas caixas de cereais, apesar do meu carrinho estar cheio delas.

- Acredito que sair vocês duas será difícil, por causa do neném... Tenho certeza que ela não vá se incomodar se você for tomar um chá, algo insignificante, comigo.

- Mas eu vou! – quase pulei de susto, tive que segurar a caixa de cereal com força para que ela não caísse da minha mão. – Eu sou bem ciumenta, possessiva e barraqueira. – Camila pontuou, engoli em seco, coloquei a caixa de volta à prateleira e girei meu corpo. – Então provavelmente esse chá, que é algo insignificante... – abriu aspas com as mãos. – Será motivo para uma briga, então já estou respondendo pela Lauren. Ela não vai! – sorri internamente, agradecendo por Camila ter aparecido, mas já sabendo que levaria uns puxões de orelhas depois.

- Engraçado... – coçou o queixo, analisando algo. - Lauren negou o convite sem nem ter aberto a boca. - olhou para mim. – Pensei que fosse grandinha o suficiente para responder por si mesma. – deu de ombros, pensei em falar, mas ela logo prosseguiu. – Eu me separei do Thomas justamente por não fazer nada, ele dava as cartas, dizia as regras, quando eu devia jogar... Eu sei onde essa história vai parar.

- Não. Você não sabe. – pronunciei-me. – Sarah eu estou tentando ser legal, coisa que Camila não foi e nunca será tendo em vista que você não para de invadir meu espaço pessoal. – indiquei com a cabeça, ela já estava próxima novamente. – Eu sei que está solteira e fico estupidamente feliz que tenha saído de um relacionamento abusivo... Meu relacionamento com a Camila não é perfeito, até porque relacionamento nenhum no mundo é, ela é possessiva e perde a paciência facilmente, mas vem trabalhando isso constantemente, só não espere que ela seja passiva ao te ver se jogar em cima de mim... – Sarah abriu a boca surpresa. – Como disse estou feliz que esteja feliz e que esteja conhecendo outras portas, estradas e caminhos, mas eu sou casada... Pensei que isso tivesse ficado claro. Eu amo essa mulher! – indiquei Camila. – Mesmo com todos os defeitos delas... Você queria que eu respondesse com minha boca, então... Não. Eu não vou sair com você, logo porque não é nem minha colega dirá amiga... Estudamos juntas, mas isso faz séculos e nem mantínhamos um nível de contato mínimo para que tenha esse tipo de postura de que somos amigas que não nos vemos em anos... E eu não me incomodei por Camila ter respondido por mim, na verdade eu vibrei, pois não queria ser rude como estou sendo agora.

Não foi preciso dizer mais nada, Camila mantinha um sorriso enorme nos lábios, Sarah apenas saiu sem dizer mais uma palavra, aproximei-me de minha mulher e rodeei sua cintura, beijando sua testa em seguida. Nossa menina dormia serenamente, peguei e a coloquei de volta ao carrinho.

- Amor, acha que temos um relacionamento abusivo? – perguntou timidamente.

- Não somos perfeitas, mas não chegamos a esse nível. – tentei confortá-la, mas ela parecia pensativa. – Não fica com essa carinha, meu amor. – acariciei seus cabelos, puxando-a para mais perto. – Às vezes seu ciúme fala mais alto, mas você tem amadurecido e muito, além de estar se esforçando para melhorar a cada dia, nem todos os dias serão de vitórias, mas cada erro leve como aprendizado.

- Eu devia ter deixado você responder... – resmungou. – Mas eu me aproximei e fui ouvindo a conversa e percebi que ela estava se atirando mesmo sabendo que é casada, fui no inferno e voltei... Pelo pouco que ouvi da conversa, essa era a tal da desqualificada que David me disse uma vez. – acenei em concordância. Que bom que no fim você a colocou em seu devido lugar, de uma forma mais elegante que eu...

- Você não fez um trabalho todo ruim, senti-me como uma donzela em perigo e ao mesmo tempo como se fosse uma criança que não tivesse voz... – brinquei, Camila ficou com uma expressão desolada. – Não fique assim, amor. – praticamente supliquei com uma voz dengosa, beijando sua bochecha. – Sei que não fez com uma intenção ruim e nem estou reclamando, só na próxima, deixe que eu me defenda.

- Desculpa... sua voz saiu quase como um sussurro. Selei nossos lábios.

- David está demorando. – mudei de assunto para tentar espantar o clima que tinha ficado.

- Ele está com a Rachel e os pais dela, eu encontrei com eles voltando para cá. – explicou. Suspirei aliviada.

- Já estava começando a ficar preocupada.

- Pedi também que ele trouxesse os chocolates.

- Ele vai conseguir trazer tudo que pediu?

- Rachel disse que ia ajudar, mas vamos indo para encontrar com eles pelo caminho.

[...]

- O envelope era grosso e pesado, feito de pergaminho amarelado e endereçado com tinta verde-esmeralda. Não havia selo. – já era noite, eu estava muito bem acomodada na cama de David, que estava ao meu lado de banho tomado e arrumado para dormir, ele acompanhava atentamente a minha leitura do livro Harry Potter e a Pedra Filosofal. A história do bruxo mais famosos de todos os tempos, que embalou minha infância e adolescência, era a favorita da Camila e por isso David acabou apaixonando-se pelos livros, então de tempos em tempos ele pedia para a gente ler para ele. A primeira vez que ouviu a história, ele tinha sete anos. – Quando virou o envelope, com a mão trêmula, Harry viu um lacre de cera púrpura com um brasão; um leão, uma águia, um texugo e uma cobra circulando uma grande letra "H".

- Hogwarts. – David sussurrou extasiado. - Escola de Magia e Feitiçaria...

- Anda depressa, moleque! – mudei o tom de voz fazendo uma entonação mais dura, prosseguindo em seguida. - gritou o tio Válter da cozinha – Está fazendo o quê, procurando cartas-bombas? – e riu da própria piada. Harry voltou à cozinha, ainda de olhos fixos na carta...

- LAUREN MICHELLE JAUREGUI. - David e eu nos entreolhamos assustados ao ouvir a voz da Camila.

- O que a senhora fez? - ele perguntou, preocupado, marquei a página do livro e o fechei.

- Por que eu tenho que ter feito algo?

- Porque essa hora da noite... - olhou para meu celular, em cima das minhas pernas, e viu que passava das oito horas. - Mama Camila gritando seu nome quase completo sem nenhum receio de acordar a Anabella... - explicou, finalizando em seguida. - A senhora, com toda certeza, fez algo! - deixei os ombros caírem, suspirando em seguida.

Vasculhei em minha mente ao que eu pudesse ter feito de errado. Não poderia ser sobre a Sarah porque já tínhamos resolvido o assunto. Eu fui totalmente direta, então não poderia ser uma raiva atrasada por aquilo. Camila tinha o pavio curto, mas não costumava surtar por alguma coisa com um efeito retardado, geralmente ela resolvia em casa ou depois, mas sempre deixava o aviso, não era de parecer normal e explodir repentinamente. Mas, na verdade, tinha muito tempo que não brigávamos, uma briga séria, ela como prometido estava se controlando em seus ciúmes e sua estranha mania de querer tudo nas conformidades dela, então o que eu fiz?

- Eu juro que não fiz nada... – murmurei. Levantei da cama, e ajeitei as cobertas em David.

- Só sei que a senhora está ferrada.

- Olha o linguajar, garoto. - ralhei. David se encolheu em seus lençóis. - Eu vou ver o que sua mãe que e é melhor você dormir. - beijei sua testa. Coloquei o livro sobre o criado mudo, desligando os abajures em seguida. - Amanhã eu continuo a leitura... - acariciei seus cabelos, beijando sua testa novamente. - Boa noite, meu amor.

- Boa noite, Mama Lauren. - bocejou, aninhando-se ainda mais em sua cama. - Eu te amo.

- Também te amo muito, campeão!

Caminhei lentamente até meu quarto, dei um pulinho no quarto da minha caçula apenas para me certificar que ela estava dormindo de forma tranquila.

- Oi, amor. - minha voz saiu suave, entrei devagarinho no quarto, sem saber o que me esperava.

- Michelle, o que é isso? - arregalei os olhos ao vê-la segurando desengonçadamente a 38 semiautomática que Keana me emprestou. Pigarrei, coçando a nunca, sem saber bem o que dizer.

- É uma arma. - sorri amarelo.

- Sério? - indagou com uma falsa voz de descrença. - Eu jurava que era um pênis de borracha para socar no seu cu...

- Amor...

- O que faz com uma arma dentro da sua pasta? - cortou minha fala. Abri a boca, mas ela prosseguiu. - Não tente me enrolar. - avisou, inspirei profundamente.

- Amor... - tentei novamente, aproximando-me e pegando a arma e guardando de volta na minha pasta. Camila continuava me olhando, a cara séria, esperando uma explicação, ela cruzou os braços e eu engoli em seco. Não podia dizer a verdade, mas não sabia o que falar para que ela não fizesse mais perguntas. Finalmente parei para analisar a roupa que ela usava, meias coloridas, uma azul com listras brancas e outra azul com listras amarelas, uma calça de moletom cinza e uma blusa regata branca. - Você está linda. - desviei o assunto, mas os olhos de minha mulher continuavam insistentes e questionadores. - Desculpa, amor... - tirei o cartucho para mostrar que não tinha bala. - Não se preocupe, ela só me emprestou a arma, eu pedi sem bala...

- Por que ela tem uma arma? Melhor... Eu quero saber o porquê pediu isso. - sussurrou.

- Depois eu digo. - ela arqueou a sobrancelha. - Confia em mim. - praticamente implorei.

- Você não está pensando ensinar David a manusear isso?

- NÃO. - respondi de pronto. - Nem quero que ele saiba que estou com uma arma em casa.

- Lauren... Lauren...

- Eu juro, amor. - aproximei-me, coloquei a arma de volta na minha pasta e segurei sua cintura.

- Então, por que não me diz o que pretende com isso?

- Apenas confie em mim. – pedi, mas ela ainda me olhou torto.

- Difícil confiar... – retrucou.

- Eu nunca traria uma arma se estivesse planejando algo ilícito... Nem estou com isso na cabeça, mas não posso falar agora. - tentei selar nossos lábios, mas ela virou o rosto e dei de cara com sua bochecha. - Você fica linda com esse bico na cara. - sussurrei, descendo meu nariz por sua bochecha até seu pescoço, senti Camila estremecer, sorri satisfeita. - Você está tão cheirosa... - arrastei minha mão por toda extensão​ de suas costas.

- Ainda estou pensativa quanto essa arma. – resmungou. Beijei seu pescoço, fazendo uma pequena trilha até seu maxilar.

- Eu só preciso de um banho e depois vou cuidar direitinho para que não se preocupe quanto a essa arma. – mordi aquela região.

- Eu posso te acompanhar. - sugeriu um pouco manhosa, engoli em seco com a possibilidade, mas isso estragaria meus planos.

- Eu não demoro, amor... - direcionei meu nariz até seu ouvido, sugando o lóbulo de sua orelha em seguida. - Só uma chuveirada... - apertei sua cintura. - E eu tiro esse bico lindo da sua cara. - Camila gemeu em resposta.

- Vou dar uma olhadinha em Ana e David. - avisou, aproveitei que ela deixou o quarto, após selar nossos lábios, e peguei a arma, não querendo que Camila a visse novamente, para que voltasse a questionar. Fui, depois, ao closet para pegar o que precisa para tomar um bom banho.

Entrei no banho com a ideia de sair relaxada, prendi meus cabelos em um coque e entrei em baixo do chuveiro, gemi satisfeita ao senti a água morna escorrer por meu corpo, precisava tirar a tensão que ainda tinha do longo dia de trabalho. Desliguei o chuveiro para passar lentamente o sabonete, preocupando-me em ensaboar cada pequena parte do meu corpo, presava muito por minha higiene. Logo que tirei o sabonete do corpo comecei a passar hidratante para o banho, sentindo toda a tenção diminuir gradativamente.

Assim que terminei o banho, escovei os dentes, e passei óleo corporal pós-banho, vesti-me adequadamente, coloquei uma langerie vermelha.

Quando​ saí do banheiro, Camila estava deitada, folheando uma revista de arquitetura, sorriu ao me ver, eu estava ainda com os cabelos presos em um coque alto, com apenas poucos fios soltos e usando um roupão, cobrindo a langerie vermelha que marcava todo meu corpo.

- Que cheiro delicioso. - inspirou profundamente, sorrindo em seguida, sua língua passeou rapidamente pelos seus lábios, molhando-os. Sorri em resposta àquele gesto. Camila se levantou, colocou a revista junto a minha pasta e chegou perto, abraçando meu corpo. – Amo como esse óleo corporal fica ainda mais gostoso em sua pele... – seus olhos estavam ardentes. Mordi meu lábio inferior.

Lentamente ela desatou o nó do roupão que eu usava e ele se abriu um pouco, ela sorriu satisfeita ao ver parte da langerie que eu usava. Tirei o roupão e o joguei no chão, Camila abriu e fechou a boca várias e várias vezes.

- Puta que pariu... – foi tudo que ela conseguiu pronunciar em um sussurro quase inaudível. Além da langerie eu usava um coldre na cintura com a 38 semiautomática. – Eu cometi um crime... – seus olhos devoravam meu corpo, sua boca estava entreaberta, minha mulher parecia desnorteada com o que via, por dentro eu estava bem satisfeita com o resultado.

- Eu preciso interrogar a senhora... – espalmei a mão e suas costas e a puxei para mais perto, Camila gemeu em resposta com meu toque nada gentil. – Talvez eu não seja nada legal nas perguntas que farei, mas faz parte do procedimento e você tem direito a um advogado, mas acredito que ninguém será capaz de conseguir te livra desse crime! – ela acenou em concordância. Ataquei seus lábios sem nenhum carinho direcionando nossos corpos à cama.

Deitei Camila na cama e fiquei por cima, indo lentamente, com ela, para o centro da cama, seus dedos passeavam sem pudor por minhas costas, arranhando a seu bel prazer. Meus dedos passeavam por seu corpo, reconhecendo cada cantinho, tocando cada zona erógena dela, deixando-a mais e mais excitada. Camila gemia em minha boca a cada dedilhar por seu corpo, comecei a descer meus beijos por seu queixo até chegar a seu pescoço, senti o feixe do meu sutiã ser solto e sorri contra sua pele.

- Muita roupa... – ela resmungou.

Afastei meu corpo apenas para retirar meu sutiã e puxar sua blusa, jogando as peças no chão. Voltei a deitar sobre seu corpo, dedicando meus beijos por sua clavícula enquanto minhas mãos rastejavam por seus seios, brincando com a aquela região. Quando já satisfeita, desci minha boca por seio esquerdo e o abocanhei sem pudor, passando a língua pelo mamilo enquanto minha mão apertava, apalpava e massageava o outro. Os gemidos delas variavam de acordo com a pressão ou com os movimentos que fazia, suas mãos apalpavam, apertavam e rasgavam minha pele. Quando satisfeita, troquei de um seio para o outro, deliciando-me com ele e sentindo meu corpo estremecer a cada gemido dado por Camila, sentindo-a altamente sensível a meus toques.

Levantei da cama e puxei a calça que usava, tirando suas meias em seguida, e depois sua calcinha. Aproveitei para começar a distribuir beijos do vão dos seus seios até chegar a seu umbigo, rodeando a língua por aquela região. Camila se apoiou em seus cotovelos para me observar, dediquei um tempo curto, apenas para aumentar o frio na barriga, na região entre o umbigo e o púbis, esfregando suavemente a palma da minha mão, a fim de aquecer a pele, desci meus beijos até a parte interna das suas coxas, encostando a ponta da língua de baixo para cima ao mesmo tempo que arranhava sua pele, Camila implorava com os olhos, ardentes e manhosos, quase gritando onde queriam minha língua, mas eu não tinha pressa, para sua frustação.

- Lauren... – ela gemeu. Tirei minha calcinha, ficando apenas com o coldre e a arma. Camila tentou colocar a mão para tirar aquela parte, mas estapeei sua mão e neguei com a cabeça.

- Nem ouse em tocar em minha arma. – avisei séria, ela assentiu. – Estamos entendidas? – ela confirmou novamente. – Assim espero ou terei que tomar medidas drásticas.

Comecei a estimular os lábios de sua vagina partindo para o clitóris, meus dedos massageavam a região lentamente, aplicando força e ritmo conforme os gemidos delas, sentindo seu corpo se lubrificar para me receber. Escorreguei minha língua por seus lábios percorrendo cada pequena terminação enquanto meu polegar massageava seu clitóris rígido, Camila abriu mais as pernas para que eu fizesse meu trabalho, acompanhei seus gemidos, que se tornaram mais intensos e sôfregos. Meus olhos sempre presos aos seus, atentos a cada mudança em sua expressão facial.

- Isso! – gemeu mais alto quando a invadi com minha língua sentindo suas paredes me receber e seus gosto incomparável me preencher. Continuei a invadindo com a língua, com movimentos rápidos e precisos até Camila gemer, seu corpo vibrou em um longo espasmo enquanto eu bebia todo seu fluído, sem deixar nenhum resquício. O corpo de minha mulher escorregou e ficou caído na cama, era perceptível o quanto sua respiração estava desregular, elevei meu corpo até está em frente a ela, beijando-a intensamente, meus dedos passaram a passagear sua vagina, em movimentos preguiçosos.

- Agora que começamos o interrogatório... – disse sacana, Camila estava com os olhos fechados, mas sorriu de canto ao me ouvir. E sem avisos a invadi com dois dedos.

- Oh! – gemeu em meu ouvido.

- Geme gostoso... – ordenei.

- Oh! Isso... Lauren... – sua voz saia falha a cada estocada que eu dava. – Porra... Assim... – movia meus dedos lentamente e depois estocava-os bem fundo, sentindo suas paredes internas quererem me espremer. Meu corpo subia e descia por sua coxa, dançando junto com o seu. – Você está tão mo... Molhada. – sorriu contra meus lábios, aproveitei para invadir sua boca com minha língua enquanto meus dedos a preenchiam profundamente. Sentia meu corpo formigar, um aviso prévio de que estava chegando ao meu ápice, o precipício estava perto para que eu pudesse me jogar.

- Lau... Lauren... – um sussurro rouco e entrecortado arrepiou meu corpo. Passei a fazer movimentos mais rápidos e rudes. Senti meu corpo se tencionar e depois uma leveza me preencher, uma bolha estourou e ao fundo ouvi Camila gritar meu nome mais uma vez, deixei meu corpo cair sobre o seu sentindo minha pele desintegra-se aos poucos, minha respiração estava errática. Senti Camila tremer um pouco e abracei forte seu corpo ainda sem coerência para pronunciar qualquer coisa com sentido.

[...]

Camila dormia de forma serena, os cabelos desgrenhados, espalhados por seu rosto e pela cama, deixavam-na angelical, sorri satisfeita ao perceber que velar seu sono trazia um agitar inexplicável ao meu peito, seu corpo nu era um regozijo a minha sanidade, comecei a dedilhar o indicador por suas costas, vendo seu corpo, ainda dormindo, responder inconscientemente ao meu toque.

Da babá eletrônica um pequeno murmúrio vindo de nossa filha se fez presente, Anabella estava acordada e algo me dizia que choraria logo por fome. No segundo murmúrio mais alto Camila se remexeu.

- Pode ficar deitada, amor... - pedi com a voz baixa. - Eu vou. - prontifiquei-me. - Se ela estiver com fome eu trago até aqui. - Camila murmurou em resposta ainda dormindo. – Ela pode estar apenas suja... Descanse. - beijei sua bochecha, levantei e peguei meu roupão do chão, vestindo-o em seguida.

Chegando próximo ao quarto da minha filha estranhei o fato do mesmo estar com a porta entreaberta. Talvez Camila estivesse a deixado assim, abri a porta devagarinho e me surpreendi ao ver David com a irmã no colo, ele a ninava, sua voz era baixa e estava compenetrado. Seus olhos tão atento na irmã, que não percebeu que eu estava na porta admirando a cena.

- O super-irmão está aqui para não te fazer chorar... - ele falava baixo. - Você está com fome ou suja? - Anabella parecia responder ao irmão, balbuciando em resposta, seus olhos atentos e ouvidos aguçados em direção ao irmão mais velho. - Hmmm... - a cara da irmã começou a ficar vermelha, ameaçando choro, pensei em entrar, mas David, ainda sem saber que eu estava na porta, começou a cantar, indo em direção ao trocador. - Sua fralda está pesada, Batatinha... - beijou a testa da irmã. - Mas vamos resolver em alguns minutos... Eu só preciso achar... - vasculhou pelo chão algo que procurava. - Pronto! - disse quando viu o banquinho. Arrastou-o com o pé até ficar em frente ao trocador, subiu em cima e ficou na altura ideal para trocar a irmã. - Mama Camila me ensinou, mas nunca fiz – apontou para todas as coisas que tinha em cima do trocador. - isso sozinho, então... - começou a desabotoar o body baby que a irmã usava. - Eu preciso da sua ajuda, sei que as vezes a Mama Lauren também se atrapalha... - rolei os olhos. - Porque eu a lembro das etapas quando vejo que não está fazendo algo corretamente. - explicou orgulhoso. - Mas eu também posso errar e como nem Mama Camila e nem Mama Lauren apareceram... - começou a tirar a fralda suja. - Eu vou te ajudar a ficar limpinha. - Anabella começou a chorar. - Não fica assim, pequena... Vai acabar acordando nossas mães. - David levantou a bunda da irmã, a segurando-a pelos pés e começou a tirar o excesso de sujeira com lenços umedecidos. Ana continuava chorando, então David graciosamente ajeitou o polegar da irmã​ dentro de sua boca, ela por sua vez calou e concentrou-se em chupar avidamente o dedo como se sugasse o peito da mãe, em busca de comida. - Bem melhor assim, Batatinha... Em alguns minutos você estará limpinha e liberada para dormir. Sei que preza por sua higiene, deveria seguir seu exemplo, mas não sou muito chegado a banhos. - meu filho estava concentrado em passar a pomada antiassadura na irmã. - Eu sei, não sou um bom exemplo nessa área, mas prometo me esforçar para não te decepcionar. - David fechou a fralda suja e a jogou na lixeira, abrindo uma nova em seguida, e colocando-a na irmã. - Prontinho! - contemplou orgulhoso. - Eu só preciso colocar sua roupa de volta e estará liberada para voltar a dormir. - cheirou a irmã. - Está cheirosa como sempre. - tocou seu nariz e concentrou-se na tarefa de vestir o body baby na irmã. Desceu o banquinho ainda sem olhar para a porta. – Vou te ninar um pouco até que durma. – minha filha parecia atenta ao irmão ao mesmo tempo que estava concentrada em chupar o dedo.

David a colocou no berço, com muito cuidado, Ana soltou o dedo e começou a chorar, meu filho pareceu se desesperar, sem saber o que fazer, mas como eu sabia que a rotina da minha filha se resumia a comer e dormir, sabia que toda vez que fazia cocô ou xixi seu estômago se esvaziava e logo reclamava de fome.

- Eu assumo daqui. – informei, entrando dentro do quarto. David pareceu se assustar comigo.

- A senhora... Quer dizer... Eu... A senhora está aqui faz tempo? – afirmei com um gesto de cabeça. – Eu só queria ajudar... – disse sem jeito.

- Eu sei, meu amor. – peguei Ana no colo. – Essa mocinha está com fome e só Mama Camila pode resolver. – acariciei seus cabelos, Ana chorou mais alto. – Calma meu amor, vamos já te alimentar... – beijei suas bochechas. – Eu quero um sorriso lindo e não essa carinha de choro. – Campeão. – olhei para David. – Pode ir dormir agora, você fez um ótimo trabalho e eu estou muito orgulhosa. – meu filho sorriu com minha frase. – beijei seus cabelos e o vi sair com um lindo sorriso no rosto. – Você viu como seu irmão cuidou de você? Camila e eu estamos criando um verdadeiro homem!

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Erros corrijo depois.

E aí, como estamos?  

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