Unpredictable Love

By RayaneMorais1

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Lauren Jauregui acabara de voltar para Miami depois de passar três anos em Los Angeles, onde convivia com pes... More

Previsibilidade
Atletas
Achados e Perdidos
Sueño
Campeonato (Part I)
Campeonato (Part II)
Festa
Acampamento
Ato Inesperado
O Trato
O Encontro
Não minta!
Desculpa!
Sentir-se bem
Você quer?
Mais um dia
Viagem
Diversão
Jogo
TPM?
Calma, Camila!
A Faça Sua
Planos Futuros
Exames Finais
Sem tempo
Não dá mais!
Você é minha!
Praia
Inseminação
Lembranças
Aceitação
Cuidados
Inseguranças
Tentação
Provação
Olhos
Amigos
Dentinhos
Dia de Lua
Treze Anos
Não consigo evitar...
Casamento
Cumplicidad
Ações
Alexa
Sorrisos
Medos
Crescendo
Decepção
Perder
A Verdade
Juntas
Incrivelmente Maravilhosa
Dificuldades
Surto
Milagre Natalino?
Amor Imprevisível
Bônus

Vida Universitária

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By RayaneMorais1

Sejam bem vindas a nova fase uhuhh, espero que gostem, esse cap foi maravilhoso de escrever hahaha, comentem, please, e boa leitura :)

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Dois meses depois...

Abri os olhos sentindo uma dor forte em meu membro, rapidamente constatei do que se tratava. Lá estava ela, Veronica Iglesias sentada bem em cima daquela região sensível enquanto chacoalhava meus ombros.

- BOM DIA, JAUREGAY! – Disse animada continuando a se remexer em cima de mim e causando-me dor.

- Porra, Veronica, saí de cima do meu pau! – Grunhi irritada me remexendo e fazendo-a praticamente ser jogada no chão. Ela levantou-se rápido e alisou a bunda que provavelmente havia machucado com a queda.

- Acorda, sua idiota, temos muitas coisas pra fazer hoje. – Disse empolgada indo até a porta do quarto. – Se você não se levantar logo, eu vou planejar com a Dinah um jeito melhor de fazer você sair dessa cama. – Praticamente pulei da cama com os olhos arregalados quando ela saiu sorrindo vitoriosa, ouvi uma risada soar pelo quarto e olhei para o lado oposto, vendo Camila sentada em sua cama com os cabelos bagunçados e uma carinha fofa de sono.

- Vocês duas parecem crianças. – Comentou rindo baixinho por eu ter ficado com medo da ameaça de Veronica. Uma coisa era ter Veronica Iglesias planejando modos de me fazer sair da cama de manhã junto com minha irmã, mas outra totalmente diferente é ter ela planejando com Dinah Jane. Essas duas não eram uma boa combinação e eu não seria louca de entrar no caminho delas. – Bom dia, Lo! – Disse se levantando e vindo em minha direção. Biquei seus lábios com os meus em um selinho rápido por termos acabado de acordar.

- Bom dia, amor. – Falei ao me separar dela.

Camila mordeu os lábios me olhando sapeca, sua mão percorreu minha camisa regata branca, passando por minha barriga e indo mais pra baixo até chegar lá¸onde minha ereção matinal deixava certa protuberância ali. Seus olhos brilharam com travessura e ela envolveu sua mão em meu membro por cima da cueca, o apertando de leve e me fazendo fechar os olhos em aprovação.

- Hm... Posso me acostumar com isso todos os dias... – Ela murmurou plantando um beijo em meu maxilar e se afastando, abri os olhos, mas Camila já estava próximo a porta. – Vista uma calça, não quero as meninas olhando pra o que é meu... – Ela piscou e saiu.

Respirei fundo, colocando todo o ar pra fora que nem sabia que prendia. Essa garota um dia vai me matar! Como ela pediu e também porque não queria ficar andando pela casa com apenas regata e cueca, vesti uma calça preta de moletom e saí do quarto. Logo ouvi os sons de conversas preencherem meus ouvidos.

Se algum dia me dissessem que o que havíamos planejado durante a escola iria dar certo, eu negaria. Mas aqui estou eu, num apartamento com quatro quartos, morando com seis garotas fundamentais em minha vida. Com certeza o destino tem uma maneira inesperada de se expressar.

- Bom dia, palmita! – Dinah disse animada enquanto Vero e ela colocavam alguns pratos na mesa.

- Bom! Onde estão Ally e Mani? – Perguntei indo até o banheiro, mas a porta estava trancada.

- Lucy tá tomando banho e a Camila acabou de entrar no outro banheiro. – Vero me informou enquanto pegava os copos e colocava suco em cada um. Sentei em uma das cadeiras que tinha por ali. – Ally saiu cedo, você sabe o motivo e a Mani ainda tem um longo caminho pela frente. – Respondeu minha amiga.

- Mesmo assim a baixinha deixou café pronto para nós. – A grandona falou sorrindo afetuosa ao lembrar-se de Ally. – Como recompensa vou comprar um conjunto de formas de biscoito pra ela.

- É um ótimo presente! Ai ela vai poder cozinhar mais para nós. – Vero completou o pensamento da grandona e as duas bateram as palmas das mãos se entendendo naturalmente. Deixe-me explicar.

Hoje era uma segunda-feira, o que também significava que era nosso primeiro dia de aula na Universidade. Conseguimos esse apartamento por um bom preço que foi dividido igualmente para todas e ficava próximo ás Universidades da qual cursaríamos, além de ficar próximo ao Marlins Park. Eu gostava dessa coisa de ter um campo de baseboll por perto. Todas dividíamos quartos, com exceção da baixinha loirinha.

Ela e Mani eram casos um pouco mais diferentes dos nossos. Mani está cursando dança, mas a Universidade onde ela recebe aulas fica a uns 40 minutos de nosso apartamento, o que a obriga á ter que sair de casa mais cedo e durante a manhã. Infelizmente não conseguimos um lugar mais próximo para ela, também por conta do preço, tudo estava muito caro e precisávamos começar a ter responsabilidades, ou seja, tratar o dinheiro quase que como um amigo nosso. E não se deixa o amigo fugir por ai de qualquer jeito.

Por isso Mani nunca estaria em casa pela manhã, não cedo pelo menos, levando em conta que já eram umas 10h, ela pegava o carro de Ally emprestado e enfrentava um trânsito um pouco complicado até onde estudaria todos os dias, mas ai está o preço que se precisa pagar para correr atrás de seus sonhos. Já a baixinha estava cursando medicina, o problema era que seu curso exigia período integral, ou seja, ela precisava passar a manhã e a tarde na Universidade, a fim de conseguir realizar seu sonho. Ally iria de metrô, ela estudava a apenas 10 minutos de onde morávamos agora, então não via problema em emprestar o carro á Mani todos os dias, sempre sendo atenciosa e carinhosa com quem merece. A baixinha é um verdadeiro amor!

- Dei uma olhada no tanto de comida que a Ally deixou. – Lucy falou saindo do banheiro. – Achei exagerado, mas ai me lembrei de ontem quando á Camila praticamente devorou todo o nosso armário depois que acabamos de arrumar tudo. – A garota de cabelos castanhos meio loiros sentou-se á mesa me lançando um sorriso acolhedor.

- Ei! Eu ouvi isso! – Minha namorada murmurou saindo do outro banheiro, pois tínhamos apenas dois no corredor, um de frente ao outro. Ela ainda vestia seu pijama que consistia em uma calça folgada com laranjas e uma camiseta cinza fresquinha. De fato, Lucy tinha razão, depois que arrumamos tudo quando nos mudamos ontem, Camila devorou quase toda nossa comida, o que era normal pra ela, mas nos fazia ficar admirada com o quanto ela ainda conseguia ser magra.

- Que calor! – Exclamei vendo o suor escorrer por minha testa. Fui até o banheiro, escovei os dentes, lavei o rosto e voltei para perto das meninas.

- Deu na previsão do tempo que hoje fará muito calor e tempo seco. – Vero comentou servindo-se com bacon e ovos. Fizemos o mesmo, mas a olhamos como se buscando compreender porque ela assistia a jornais, bem sei que Veronica não ligava para essas coisas. – O que?! Estamos na Universidade agora, estou tentando amadurecer aqui. Você sabem, assistir jornais e ficar informada sobre as noticias do mundo parece se encaixar a minha nova vida de adulta. – Nós rimos negando com a cabeça enquanto Vero filosofava sobre como é ser adulto. Depois de comermos, fiquei com a tarefa de lavar os pratos enquanto Camila os secava. Tínhamos que fazer tarefas ali para nos mantermos bem, não tínhamos mais mamães e papais prontos pra nos dar tudo que queríamos. – Bunduda, vem assistir desenho comigo!

- O que aconteceu com a vida adulta? – Dinah provocou Vero enquanto Camila terminava com os pratos.

- Ah, cala a boca, é bob esponja! – Veronica disse revirando os olhos e Camila os arregalou.

- EU AMO BOB ESPONJA! – Minha namorada gritou afobada e saiu dali deixando apenas um prato molhado. Através do balcão que separava a cozinha da sala, a vi praticamente se jogar no tapete ao lado de Veronica, ficando com a bunda pra cima e o rosto apoiado nos cotovelos enquanto ela e minha amiga cantarolavam a música de abertura do desenho. Duas crianças! Terminei o que tinha que fazer ali e me joguei no sofá junto com Dinah e Lucy e começamos a assistir o desenho, sempre sendo interrompidas pelos costumeiros comentários de Camila, porque ela não conseguia se conter quando assistia algo que gostava, e as risadas de Vero e Lucy. Foi uma manhã divertida! – Preciso me arrumar. – Camila falou ao notar o horário, entrando no banheiro e segui para o outro enquanto Lucy e Dinah tentavam fazer algo para almoçarmos.

Depois do banho tomado saí de lá usando uma saia preta de couro com um cropped top preto e uma blusa vermelha com bolinhas pretas amarrada na barriga, deixando-a aberta e com um nó no final. Havia dispensado os shorts de compressão que costumava usar na escola. Não tinha vergonha do meu corpo e não negava quando me perguntavam sobre o fato de ser intersexual, mas antes gostava de parecer uma garota aos olhos dos outros, não saindo por ai como se dissessem "Olhem, sou diferente, tenho um pau", mas agora apenas não pensava muito sobre isso. Apenas usava o que gostava, sem me importar se pareceria uma garota "normal" ou não. O fato era que aquele troço apertava e servia apenas pra não ficar evidente, agora, eu não me importava muito se ficaria ou não visível que tinha algo aqui embaixo me deixando diferente dos outros.

Camila saiu do outro banheiro, dando lugar para as meninas, usando um vestido branco de renda, muito bonito, que ia até o meio das suas coxas, deixando-a completamente perfeita.

- Você está linda! – A admirei de cima a baixo analisando cada cantinho daquele corpo maravilhoso, a vi corar. – Onde está seu laço? – Perguntei vendo que seus cabelos não estavam enfeitados como de costume.

- Nova fase. Acostume-se! – Ela disse divertida e assenti esperando que Dinah saísse do banheiro e que Vero e Lucy não demorassem se comendo no banho.

- Desse jeito vai chamar a atenção de vários garotos. – Comentei a abraçando por trás e me aconchegando em meu local preferido, seu corpo, e mais precisamente deixando-me perto de seu pescoço. – Vou ficar com ciúmes... – Completei passando meu nariz por aquela região sensível. – Mas confio na namorada que tenho. – Camila riu.

- Também confio em você, mas... – Ela ergueu o olhar pra mim e franzi o cenho. – Vai ser bom saber que a Dinah vai estar com você, não quero que as universitárias oferecidas fiquem de olho no que é meu. – Ela brincou com as sobrancelhas numa expressão completamente boba que me fez rir.

- Nunca trocaria você, sabe disso. – Murmurei beijando seu pescoço e ela se arrepiou.

- Ok, estamos aqui, parem logo de se comer. – Dinah disse ao sair do banheiro já arrumada. Vero e Lucy fizeram o mesmo, logo nós estávamos comendo o almoço até que bom pra vista de que estávamos aprendendo a nos virar, feitos por Dinah e Lucy e logo descíamos de elevador, parando em frente ao nosso prédio. – Arrasem nas aulas, meninas.

- Pode deixar! – Vero disse animada entrando no carro de Lucy.

- Vou sentir sua falta. – Murmurei a contra gosto por ter que me separar de Camila.

- Eu também, boo, mas nos vemos de noite, certo? – Ela me lembrou me fazendo abrir um sorriso por poder ficar com ela durante toda noite, todos os dias daqui pra frente. Assenti e ela me deu um selinho demorado.

- Não é o fim do mundo. Vocês não vão morrer. Ela não é a Rose e nem você o Jack, agora se soltem que temos aulas. – Comentou Vero fazendo-nos revirar os olhos. Dei mais um selinho nela e a vi entrando no carro de Lucy assim como a namorada da minha amiga que ia dirigir. Logo que o carro se afastou, levando-as á Universidade que as três estudariam juntas, Lucy em artes cênicas, Camila cursando Letras e Vero Psicologia, Dinah e eu fomos para meu carro de apenas dois lugares, o que era suficiente para nós. Não sabia de fato quando trocaria minha BMW 507 preta, mas espero que nunca.

– Nossa, branquela, que calor! – Murmurava Dinah enquanto eu dirigia até onde estudaríamos. A capota estava abaixada e sim, estava fazendo um calor muito grande em Miami naquele dia, mas o que mais ela queria que eu fizesse? – Liga o ar dessa droga.

- Ei! Não xingue meu bebê. – A adverti prestando atenção á estrada. – E não posso ligar o ar, a capota está abaixada, isso só deixaria tudo mais quente.

- Não posso chegar suada no primeiro dia de aula, Jauregui. Minhas roupas não podem ter marcas de suor, eu vou fazer moda. – Ela disse como se não soubesse. Acredite, ter uma Dinah Jane empolgada era uma das piores coisas, ela conseguia falar o dobro do que Camila falava quando contava sobre algum filme ou livro que gostou. Bufando e vendo seu sorriso crescer, apertei o botão de colocar a capota no carro e liguei o ar. Não suficiente em me irritar mais do que isso, Dinah ainda ligou o rádio num volume muito alto, tocando Beyoncé e cantava quase tão alto quanto à cantora. Deus me ajude! Isso que é ser adulta? – CHEGAMOS! – Ela gritou animada quando estacionei em frente ao prédio 10 minutos depois. – Boa sorte, perdedora. – Dinah disse risonha me lançando um beijo no ar e saindo do carro praticamente correndo, me deixando ali sozinha. Cadê a parte em que Camila disse que Dinah me vigiaria? Não que eu precisasse ser vigiada, mas era bom ter alguém ao seu lado no meio de tantos desconhecidos. Droga, Dinah!

Apenas sai do carro a passos lentos, observando o local. A Universidade era grande, um prédio pintado de laranja e branco cheio de andares e diversas salas. Um enorme jardim com caminhos de concreto enfeitavam a frente, fazendo aquele monte de alunos que passeavam por ali parecerem pequenas formigas comparadas ao tamanho da estrutura do local. Peguei minha mochila e com ela nas costas comecei a andar até chegar ao prédio. É claro que atrai muitos olhares, algumas garotas que não pareciam esconder suas orientações sexuais me olhavam de cima a baixo quase que pulando em mim. Alguns garotos também cochichavam ao olhar em minha direção, o que me deixava um pouco envergonhada porque, não que eu não fosse acostumada com pessoas me olhando, mas pelo menos das outras vezes, eu tinha pessoas comigo, agora não havia ninguém ao meu lado. Isso que é ser universitária?

- Oi gatinha. Seja bem-vinda! – Um cara alto e bronzeado de olhos claros falou assim que passei por ele me entregando um papel que notei depois ser um mapa da Universidade. – Se estiver perdida, nós podemos te ajudar. – Ele completou com um sorriso malicioso brincando em seus lábios enquanto seus amigos sorriam pra mim. Eca!

- Lauren? – Alguém me chamou e não importava quem fosse, escutar uma voz conhecida em meio aquela multidão com certeza era uma coisa boa. Me virei dando de cara com uma garota de cabelos castanhos e olhos da mesma cor. Magra e com um corpo escultural, ela sorria de modo nostálgico. – Nossa! O que está fazendo por aqui?

- Tentando achar minha sala. – Falei franzindo o cenho e checando o mapa que o garoto me dera, seus amigos ainda estavam nos olhando.

- Nós podemos te ajudar! – Outro garoto falou passando a mão por meus ombros. O olhei incrédula. Como assim ele acha que temos essa intimidade toda? Antes que pudesse lhe dar um fora, a garota a minha frente o interrompeu.

- Tirem os olhos dela, meninos. Ela já tem dona. – A garota se aproximou de mim tirando os braços do garoto educadamente dos meus ombros e passando os seus por ali. Abri a boca sem saber o que dizer e eles pareceram decepcionados.

- Affs! Mais lésbicas pra tirar as garotas bonitas da gente. É muita concorrência viu, vou te contar. – O que me deu o mapa saiu dali enquanto os outros riram e concordavam com ele, os seguindo.

Aquilo não soou como "odeio lésbicas", soou apenas como um cara desapontado que perdeu uma garota que estava interessado, mesmo que ele não me conhecesse. De maneira alguma haviam tratado daquele assunto como se fosse algo proibido ou nojento como algumas pessoas costumavam fazer na escola. Agora sim... A Universidade!

- Você é a garota vômito né? – Perguntei voltando a caminhar enquanto a garota retirou seus braços de cima de mim e se pôs ao meu lado. Lembrei-me sobre ela na escola. Fazíamos parte do mesmo time de vôlei, tínhamos ido ao mesmo acampamento, onde Camila e eu a encontramos vomitando e inexplicavelmente ela havia pedido para que não disséssemos ao seu namorado. Jogamos juntas no mesmo campeonato e a encontrei vomitando no banheiro em uma das festas que fui. Cuidei dela até acharmos o garoto com quem ela estava. – Nina, não é? – Ela fez uma careta.

- Garota vômito. – Ela repetiu e nós rimos, de fato tinha sido um apelido idiota. – Bem, sou eu sim. Você praticamente me salvou naquele dia da festa, só quis retribuir. – Sorriu mostrando suas covinhas e referindo-se ao fato de ter dado a entender que estávamos juntas para os garotos.

- Bem, obrigada. Eles são insuportáveis! – Murmurei revirando os olhos e fazendo-a rir.

- Correram só de pensar que você é lésbica, imagina se descobrisse que é intersexual. – Nós rimos, com certeza seria uma situação engraçada. – Então, qual curso você vai fazer?

- Administração. – Respondi franzindo a testa um pouco. Estava disposta a ajudar meu pai no futuro, tinha que começar de algum lugar. – Onde está seu namorado?

- Ah que maravilha, eu também. – Disse empolgada passando a mãos pelo meu braço a me ver checando minha lista de aulas, parecia interessada em ver também onde era a sua já que descobrimos que estudaríamos juntas. – O Ian está cursando medicina numa universidade próxima. Como vai a Camila? – Perguntou parecendo muito interessada. – Sempre achei vocês duas muito fofas. – Esclareceu sorrindo simpática, a agradeci.

Comentei que minha amiga Ally também estava cursando medicina e acabamos descobrindo que os dois estudavam na mesma universidade. Finalmente encontramos nossa sala e sentamos juntas mais ao fundo. Nina Dobrev era uma boa companhia, não interagíamos muito na escola, mas podia perceber que ela não era má pessoa. A professora chegou á sala e começou a falar sobre o cronograma de aulas, enquanto ela e eu conversávamos baixinho. Ela tinha se mudado com mais duas amigas para dividirem um apartamento e me contou sobre como ela estava um pouco entediada, porque ultimamente só teve tempo de arrumar as malas e não de curtir muito esse lado de Miami. Logo me identifiquei já que passava pela mesma situação, até mesmo sobre dividir o apartamento. Nina desviou sua atenção para uns papeis que estavam sendo distribuídos pela professora sobre o que faríamos nesse semestre. Matemática Financeira. Argh! Senti meu celular vibrar no bolso e o peguei rapidamente vendo que era uma mensagem de Camila.

[Camz] – TÔ MORRENDO DE SAUDADES! O que tá fazendo? No momento, tô no tédio...

E junto com a mensagem veio uma foto anexada dela que me fez rir. Camila fazia uma careta deixando sua boca aberta de uma forma engraçada. Ri baixo e resolvi tirar uma foto, não estava acontecendo nada demais então ninguém me notou.

[Lolo] – Tbm tô com sdds suas, boo. KKKKKKKK. Sua foto me fez rir. Tbm estou no tédio, a prof tá apenas explicando o cronograma de aulas.

Enviei a foto anexada á mensagem e logo Camila mandou a resposta.

[Camz] – MDS do céu! Mas é linda até fazendo careta, esses olhos do demo! <3. Vero acabou de mandar SMS nos convidando para uma festa de recepção aos calouros que terá aqui. Tá afim? Se sim, nos encontramos na festa porque as meninas disseram que não sabiam que horas vocês chegariam e não querem perder nenhum minuto da farra esperando vocês, mas se não quiser ir ficamos em casa, por mim tudo bem. Preciso ir...

Ri no mesmo instante com suas palavras. Camila conseguia ser o ser mais fofo do mundo. Logo a respondi.

[Lolo] – Por mim tudo bem. Te encontro na festa int. Avise todas as meninas. Beijos, Camz.

[Camz] - :* <3.

De fato seria ótimo ficar em casa apenas com Camila, mas uma festa agora não seria de todo mal já que daqui a uma semana começaria meu curso de mecânica à noite e não teria tempo para essas coisas. Não demorou muito e fomos liberadas no fim da tarde.

- Que calor! – Nina reclamou ao meu lado quando nos dirigíamos ao estacionamento. Realmente, estava ficando insuportável mesmo. – Não aguento mais ter que desarrumar mais malas em casa. – Ela bufou frustrada.

- Que tal irmos a uma festa? – Ela me olhou de forma curiosa. – Camila e minhas amigas querem ir á uma festa na universidade delas próximo daqui. Sabe, recepção aos calouros, tá afim? – Perguntei de maneira casual e seus olhos castanhos brilharam, me lembrando muito os de Camila e o quanto eu estava com saudades dela.

- Eu já te adoro! – Ela disse animada vindo me abraçar.

Sorri, era bom ter feito uma nova amiga, mesmo que já nos conhecíamos no tempo da escola. Passei o nome da universidade de Camila para seu celular e também como chegar lá e ela se despediu segundos depois indo para seu carro. Esperei mais um pouco e logo avistei minha amiga grandona vindo até meu carro enquanto era acompanhada de algumas garotas. Ela se despediu delas e entrou no carro.

- Camila me mandou mensagem. Festa no primeiro dia? Já quero! – Falou empolgada me fazendo revirar os olhos para sua frase e sairmos dali em direção ao nosso apartamento.

Antes que pudéssemos chegar lá, passamos em um fast food e compramos dois hambúrgueres, seriam nossos jantares. Tive que aguentar Dinah falando sobre o seu dia na faculdade e como havia gostado e tudo mais, é claro que ela perguntou como havia sido o meu, mas falei tão pouco porque ela atropelava minha historia contando a dela. E aquilo durou pelos 13 minutos para chegarmos ao apartamento, deu uma pausa durante a nossa ida ao banheiro para nos arrumarmos e continuou nos 20 minutos que se sucederam para chegarmos á Universidade onde Camila, Vero e Lucy estudavam.

Dinah havia me avisado que Ally e Mani ficaram sabendo da festa e já estavam lá, pois tinham ido no carro de Ally juntamente com Troy. Assim que chegamos, escutamos a música alta de fundo e uma aglomeração de pessoas fazendo todo tipo de coisa. A primeira impressão que achei que teria da universidade de Camila, por ser mais da parte de ensino, interesses humanos, etc, foi que seria algo mais natural, me surpreendi ao ver um enorme prédio com janelas de vidro, totalmente moderno, algumas poucas plantas por ali que mal dava pra ser notadas já que tinha muita gente no local.

Havia diversas pessoas do mesmo sexo se beijando, algumas dançando, outras bebendo. Tinha gente de todo tipo ali e não pareciam se preocupar se outras pessoas achavam aquilo certo ou errado, apenas faziam. Dinah já saiu do carro praticamente dançando e me puxando pela mão para adentrarmos no local lotado.

- Ei, linda, vai um baseado? – Um garoto de cabelos desgrenhados e olhos vermelhos me perguntou quando passei por ele. Sinalizei em negativa. – Careta! – Murmurou se afastando. Logo Dinah abriu um grito ao ver as meninas em um canto ali perto de um bar. Ela sinalizou com as mãos e Mani e Ally nos viram, a negra praticamente correu pra beijar sua namorada, sempre acostumada a se verem durante o dia todo, mal tiveram tempo de ficarem juntas hoje. Comigo era igual.

- Você está gostosa, palmita! – Vero elogiou-me assim que me aproximei delas, abraçando Mani, depois que Dinah finalmente a soltou, e Ally. – Muito gostosa. – Repetiu encarando as minhas roupas de forma divertida.

Como fazia muito calor em Miami, mais do que o considerado normal, estava com roupas confortáveis e frescas, assim como as meninas. Usava botas pretas que vinham até meus joelhos, um short cintura alta que não deixava meu membro marcado, mas também sem o short de compressão por baixo, deixava no mínimo evidente que eu tinha alguma coisa ali, um cropped top preto, deixando minha barriga a mostra e um casaco xadrez por cima, finalizando. Além de meus cabelos estarem naturalmente soltos e um batom vermelho enfeitando meus lábios. Fiquei um tempo ali com as meninas bebendo, mas já fazia algum tempo que queria perguntar. Olhei para Ally lhe dando um sorriso meio de lado.

- Ela está dançando, Laur. – Respondeu antes que precisasse perguntar. Apenas assenti agradecida e olhei para algumas pessoas que dançavam por ali, logo meus olhos encontraram os da latina.

Camila usava um colan transparente que deixavam seu sutiã preto a mostra e tinha algumas marcas famosas o enfeitando na frente. Um short curto preto e desfiado deixando suas coxas morenas de fora e sapatos. Seu cabelo estava jogado de lado enquanto ela remexia seu quadril ao som de Hands to my self da Selena Gomez. Minha nossa senhora! Ela está linda! 

Sem esperar mais fui ao encontro de Camila, mas parei assim que vi que um garoto colocara a mão em sua cintura e sussurrava algo em seu ouvido. Uma sede de sangue se instaurou em meu ser e comecei a respirar pesado. Logo o rapaz levantou o olhar e me encarou, Camila havia sussurrado algo em seu ouvido também. Ele sorriu em minha direção e retirou a mão da cintura de Camila acenando pra mim e saindo dali. Caminhei mais um pouco e logo a alcancei. Colocando a mão onde a dele estava e a apertando ali enquanto grudava nossos corpos.

- O que disse a ele? – Perguntei em seu ouvido e Camila sorriu.

- Disse-lhe que era sua e apenas sua. – Ela falou virando-se de frente para mim e me olhando de forma intensa. Assenti séria para suas palavras porque aquilo era verdade e não ousava dizer o contrário. Camila começou a se remexer novamente, dessa vez mais devagar enquanto a voz sensual da cantora começava a me deixar atônita por sua proximidade.

- I want it all, I want it all

(Eu quero tudo, eu quero tudo)

Can't keep my hands to myself...

(Não consigo me segurar) - Sussurrei a letra da música em seu ouvido começando a me mexer juntamente com ela. Minhas mãos em sua cintura enquanto dançávamos uma de frente para outra nos encarando de uma forma que deveria ser proibida.

- I mean I could, but why would I want to?

(Quer dizer eu poderia, mas por que eu me conteria?) – Ela cantou a outra parte virando-se de costas e esfregando sua bunda em meu quadril. Puta que pariu! Camila sorria sapeca, um verdadeiro anjo em forma de demônio enquanto fazia minha imaginação voar livre pelo que poderia estarmos fazendo agora.

- Eu quero você agora! – Confessei baixo apertando mais forte sua cintura e colando nossos quadris mais um pouco. Sentia um calor percorrer todo meu corpo que se juntava ainda mais a temperatura quente de Miami.

- Se quisesse já teria feito alguma coisa. – Camila provocou me deixando de boca aberta para sua resposta. Abri e fechei a boca diversas vezes enquanto ela continuava com aquele sorrisinho sapeca no rosto. Grunhi baixo e praticamente a puxei para sairmos dali, a arrastando pela mão enquanto ela parecia se divertir, tentando abafar o riso.

- Hey Laur! – Avistei Nina vindo em nossa direção e acenando. – Já está indo? – Perguntou surpresa quando acenei e passei por ela lhe sorrindo como se pedisse desculpas, ela pareceu entender e não a vi mais depois disso. Chegamos finalmente ao carro e praticamente me joguei nele que ainda tinha a capota levantada pelo pedido de Dinah hoje mais cedo.

- Quem era aquela? – Camila perguntou com os olhos semicerrados enquanto eu ligava o carro e acelerava para sairmos dali.

- Era a Nina, sabe, da escola, descobrimos hoje que fazemos o mesmo curso e estamos na mesma sala. – Expliquei e dessa vez foi ela quem grunhiu.

- Mal chegou e já está fazendo amigas? – Perguntou soltando o cinto que a prendia e se aproximando de mim, continuei dirigindo agora um pouco mais rápido para chegarmos logo já que teríamos ainda uns 20 minutos até o apartamento, mas sempre respeitando as leis de trânsito. – O que combinamos hoje de manhã?

- Ela não é uma universitária oferecida, disso você pode ter certeza. – A defendi vendo Camila rolar os olhos enquanto eu tentava abafar o risinho. Ela com ciúmes ficava ainda mais linda.

- Está achando engraçado, Lauren? – Droga!

Infelizmente Camila havia notado meu sorrisinho e tinha acabado de pronunciar essa frase no meu ouvido de uma forma totalmente provocativa, agora sua mão passeava de encontro a minha coxa, engoli em seco quando ela arrastou suas unhas por ali e apertou de leve meu membro que já dava sinais de excitação. Merda!

- Cami... Camila... – Tentei chamar sua atenção quando ela mordiscou minha orelha e desceu seus beijos por meu pescoço, fazendo-me ficar arrepiada. Sua mão apertando mais meu pau dentro daquele short que já estava me sufocando. Seus dedos rasparam no zíper e ela o abriu juntamente com os botões. – Es-Estou dirigindo...

- Não me importo! – Disse firme puxando minha cueca preta pra baixo, fazendo-me engolir em seco, e deixando meu membro ereto ficar livre por cima da roupa. Suspirei quando ela deslizou sua mão por ele, desde o final até a cabecinha, o apertando um pouco mais ali onde estava mais sensível, gemi baixinho e um sorriso safado apareceu no rosto de Camila. – Não gosto e nem quero imaginar outro alguém colocando as mãos em você, me entende? – Perguntou em meu ouvido e assenti sabendo que também conhecia essa sensação. – Eu estava querendo colocar minhas mãos em você desde ontem na arrumação do apartamento. – Suas palavras brincando com minha excitação que só fazia crescer cada vez mais, deixando-me com um incômodo ainda maior em meu pau que estava mais duro do que rocha. – Fiquei o dia inteiro pensando em quando finalmente poderia fazer alguma coisa por você... – Deixou no ar começando a me masturbar devagar. Minha respiração ficando cada vez mais acelerada enquanto dirigia, rezando para que chegássemos logo mesmo sabendo que ainda teria um bom caminho pela frente.

- CAMI... – Gritei engasgando com meu próprio gemido quando num gesto inesperado Camila se abaixou e praticamente abocanhou meu pau ali mesmo no carro. Puta que pariu! – Meu Deus! – Minhas mãos apertaram o volante com mais força enquanto sentia sua boca aveludada descer por toda minha extensão apenas pra voltar por seu caminho novamente. – Me chupa assim. Droga! Isso... – Murmurei sentindo sua língua deslizar pelo meu pau e sentindo uma fisgada no local quando ela chupou sofregamente a cabecinha me fazendo ver estrelas.

- Hm... – Camila gemeu parecendo se divertir com minha agonia já que me remexia no banco a todo o momento e tentava manter o foco na estrada.

Ela gemeu mais baixo e franzi o cenho confusa. Ao mesmo tempo em que sua língua desceu por meu pau até minhas bolas, brincando com elas um pouco, avistei Camila levando suas mãos pra dentro do short. Ela estava tentando se aliviar. Desviei do caminho pegando a próxima entrada a direta que dava para uma estrada deserta. Camila voltou a chupar meu pau com devoção, acelerando o ritmo e fazendo um som estalado soar pelo carro.

- Que boca gostosa, Camz. – Murmurei hipnotizada vendo-a chegar até o fim, colando seu nariz em minha coxa devido à posição em que estávamos. A vontade que tinha era a de fechar os olhos e aproveitar cada sensação daquela boca maravilhosa percorrendo minha parte mais intima, mas tinha que continuar dirigindo. Soltei um gemido estrangulado quando ela arranhou minha coxa e chupou devagar toda minha extensão, logo voltando a ficar rápido e tornando-se devagar de novo, sempre alterando os movimentos. – Foda-se! – Falei para mim mesma encostando o carro em qualquer lugar por ali daquela rua deserta. Camila arregalou os olhos quando puxei seu cabelo com força, fazendo-a me encarar surpresa. Sem dizer mais nada, a empurrei de leve e passei para o banco de trás, checando se os vidros do carro estavam levantados. Camila entendeu o recado, retirando a mão de dentro do seu short, ela me sorriu maliciosamente e impulsionou o corpo pra frente, ficando de frente pra mim. Minhas mãos foram para sua cintura a puxei para sentar-se em meu colo de frente pra mim. – Você com certeza quer me deixar louca, Camila. – Me surpreendi com o quanto minha voz havia saído rouca.

Camila mordeu os lábios me encarando de forma intensa. Aquele maldito gesto enviando fisgadas para meu pau que continuava duro ali entre nossos corpos. Ela o encarou ainda mordendo aqueles malditos lábios e levou suas mãos até ele, masturbando de leve com facilidade, pois o pré-gozo já saía pelo pequeno buraquinho ali. Segurei sua mão direita, a que estava dentro do short e a levei até minha boca, a chupando o mais provocativa que consegui. Camila gemeu em antecipação e foi à deixa para lhe puxar pra um beijo feroz.

Suspiramos assim que nossos lábios se tocaram, os meus devorando os seus com vontade, querendo-os deixar marcado pelo tamanho da minha excitação naquele momento. Minha nuca foi maltratada com suas unhas, meu cabelo puxado enquanto ela me trazia mais pra ela. Levei minhas mãos com afobação para seu short, abrindo os botões e deslizando o zíper pra baixo. Em um movimento rápido Camila se inclinou ainda me beijando e o passei por baixo das suas coxas. Grunhi quando ela sentou com vontade em meu quadril e levei minhas mãos até sua bunda, maltratando aquela carne macia que eu tanto adorava com minhas unhas.

- Lauren... – Camila gemeu em meu ouvido quando desci meus beijos por seu pescoço, o chupando ali e apertando mais ainda seu corpo, fazendo-a roçar em meu pau.

- Porra, Camila! – Murmurei ao constatar o quanto ela estava molhada levando minha mão até o seu colan transparente. Apertei meus dedos ali e ela gemeu manhosa. – Eu preciso de você agora. – Sentenciei levando minhas duas mãos até o fim do colan e o rasgando ali mesmo.

Camila abriu e fechou a boca diversas vezes tentando procurar palavra para aquele momento, mas decidi não a deixar ter tempo pra isso. Segurei em sua cintura com força e a levantei minimante, encostando a cabecinha do meu pau em sua entrada, ela gemeu.

- Loo... – Gemeu arrastadamente quando a ajudei a sentar-se, deixando meu pau entrar fundo dentro dela. Uma necessidade me consumindo por inteira, a de tê-la, saciar minha sede por ela, uma sede que nunca cessaria.

- Rebola... Rebola gostoso, vai, Camz. – Mandei enfiando meu rosto em seu pescoço e mordiscando ali. Camila começou com os movimentos e gememos juntas pelo contato. Seus olhos fechados, cabelos bagunçados, boca vermelha e entreaberta, peito ofegante enquanto ela subia e descia cada vez mais rápido em meu pau que a atingia fundo.

- Oh, Lauren... – Seus gemidos ficando mais sôfregos enquanto os meus saiam praticamente estrangulados com aquela sensação de tê-la quicando em meu colo. Apertei mais sua bunda, a ajudando a aumentar o ritmo enquanto elevava meu quadril algumas vezes pra aumentar o contato.

- Você é tão... Gostosa... Isso! – Murmurava palavras cada vez mais desconexas sentindo meu corpo todo vibrar com aquilo.

Camila não estava diferente, ela agora mordia os lábios com força, mal me dando a oportunidade de beijá-los já que nossos movimentos aumentavam frequentemente. Seus dentes quase rasgando seu lábio inferior pra abafar os gemidos. Suas mãos presas em meus ombros enquanto ela descia e subia. As minhas passeando por todo seu corpo, desde seus seios ainda cobertos á sua bunda, cintura, coxas, cabelo.

- Lo, eu to... Hm... Quase... Céus! – Ela não conseguia mais falar agora só gemia. Seus gemidos sendo os sons mais maravilhosos da face da terra.

- Você é perfeita! – Murmurei vendo-a sorrir entre os movimentos. As gotas de suor invadindo sua testa e fazendo seus cabelos colarem ali. Mesmo com o ar ligado aquele carro estava quente, quente como inferno, principalmente meu corpo inteiro. Sentia a dolorosa sensação em minhas bolas, Camila rebolou com mais vontade fazendo-me atingir seu ponto esponjoso e ela mordeu meu ombro abafando o gritinho estrangulado que ainda consegui escutar denunciando seu orgasmo. – Oh! – Gemi roucamente quando em mais duas estocadas e pela ardência da sensação que meu ombro sentia agora, liberei todo meu prazer em três jatos fortes dentro dela que rebolava minimamente agora buscando prolongar os últimos resquícios de seu prazer. Depois de alguns segundos ali, éramos apenas corpos cansados e suados em um carro numa rua deserta.

- Que loucura! – Murmurou parecendo adivinhar meus pensamentos.

- Nós somos doidas. – Comentei vendo-a sorrir e não aguentei, sorri também, logo aquilo se transformou em risadas e depois em silêncio novamente. – Não sabe o quanto senti sua falta hoje. Ter você me mandando fotos só fazia meu coração apertar por não ter ficado o tempo todo com você hoje. – Confessei beijando seus lábios rapidamente.

- Eu que não aguentava... – Ela me deu um beijo na bochecha. – De saudades de você... – Outro no queixo. – Por mim ficaria a tarde toda te beijando... – Um rápido nos lábios enquanto eu sorria. – E quando finalmente te vi e pensei sobre você acenando pra aquela garota... – Abri minha boca pra argumentar, mas ela beijou meus lábios novamente. – Eu só queria mostrar pra todos que você era minha. – Mordiscou meus lábios.

- E sou, meu amor, não precisa se preocupar. – Afastei seu cabelo para trás da orelha e ela sorriu. – Eu sou inteiramente sua e só sua, certo? – Ela assentiu com um bico fofo nos lábios. – Hm... – Murmurei sem jeito, segurando em sua cintura e a elevando de leve. Camila gemeu manhosa por ter me retirado de dentro dela. Beijei seus lábios novamente, brincando superficialmente com os seus.

- Precisamos ir. – Ela disse suspirando durante o beijo e se afastando.

Observei quando ela colocou o short com dificuldade e fez uma careta incômoda por provavelmente estar com o colan rasgado, assim, o contato com a peça e ainda por cima por ela ter acabado de gozar deveria ser ruim. Ri baixinho e ela me lançou o dedo do meio em reposta. Ajeitei meu membro dentro da cueca e subi o short. Logo fomos para o banco da frente e liguei o carro saindo daquela rua sinistra que só me atrevi a entrar porque estava sendo manipulada pelo poder do sexo. Em poucos minutos chegamos ao apartamento e assim que abrimos a porta, todas nos encararam.

- Onde é que vocês estavam? – Lucy foi a primeira a perguntar levantando a cabeça do colo de Mani e nos olhando preocupada. Perguntei-me por Veronica já que aquele deveria ser seu lugar.

- Estavam se comendo, não dá pra ver?! – Minha resposta veio em seguida quando Veronica apareceu na sala e Mani se levantou, indo para o colo de Dinah no outro sofá. Corei, pois não tinha pra onde correr já que elas sabiam só por nossas expressões, Camila parecia pensar o mesmo. – Estava colocando a Allycat na cama.

- A Vero conseguiu deixar ela muito bêbada. Até o Troy ficou preocupado. – Mani explicou completando.

- E elas disseram que era minha responsabilidade cuidar dela, vê se pode?! – Lucy e Mani jogaram almofadas em Vero por saberem que estavam certas já que minha amiga sempre tentara embebedar a Ally, mas ela sempre lutou contra isso, nada mais justo do que ela cuidar da baixinha pelo menos.

- Você precisava ver, ela ficou murmurando sobre Jesus e dizendo que tínhamos que comprar mais bebidas pra ela. – Mani comentou abafando o riso. Fui até a cozinha e peguei um copo de água.

- Ai dissemos que não tínhamos mais dinheiro, assim ela pararia de encher o saco. – Vero completou.

- Mas ela falou que não tinha problema, que podíamos comprar um vinho e dividir pra todas já que Jesus dividiu um pão pra cinquenta peixes. – Dinah se pronunciou pela primeira vez me fazendo rir.

- Um pão pra cinquenta peixes? – Perguntou Camila risonha e confusa pela situação.

- Palavras da Ally, vai saber o que ela quis dizer com isso. Deveria estar na bíblia. – Lucy murmurou nos fazendo rir mais. Ver Ally bêbada com certeza deveria ser um ótimo programa.

- Preciso de um banho. – Falei quando os risos cessaram.

- Palmita, só uma coisa... – Dinah disse quando me viu indo até o banheiro. Camila já ia para o outro, que ficava em frente ao que estava indo. Tomaríamos banho separadas por conta das meninas, sabíamos que não costumava dar certo ficarmos nuas no mesmo local. Lucy e Vero pareciam não se incomodar com isso, mas não iria fazer nada com elas por perto, então... Melhor evitar contato. Já tivemos muito por essa noite. – Da próxima vez, limpe o short, hm?! – Comentou sorrindo maliciosamente e me vi encarando meu short.

- DINAH! – Camila gritou com ela e arregalei os olhos ao constatar que havia uma pequena mancha branca ali se sobressaindo. Meu Deus! Já podia sentir meu rosto todo ardendo.

- O que? A culpa não é minha se você dá mais do que chuchu na seca, Chancho. – Completou analisando suas unhas e fazendo as meninas rirem e Camila corar. Decidimos encerrar aquele assunto por ali e nos encaramos sorrindo envergonhadas por ter sido "descobertas", fechando as portas dos banheiros em seguida.

Morar com seis garotas barulhentas e entronas, uma delas sendo minha namorada por quem sou completamente maluca.

Estudos, festas, liberdade.

É estranho. Sinto que posso fazer tudo, mas também tenho que me impor limites. É como se me sentisse livre, exceto por minhas responsabilidades, MINHAS e de ninguém mais. Se isso era ser adulta...

Eu estava adorando minha vida de universitária.



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